domingo, 20 de julho de 2014

FanFic: {Série 30 Tons} "30 Tons de Branco" #5 (+18)

                              Autora: Paulinha Jackson


(Série com 5 mini-fics)

Book I





[Lilás simboliza respeito, dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação.]

Michael Jackson - Um bilionário, herdeiro do império Jackson. Misterioso, imperial, frio, objetivo... Michael pensou que tinha tudo o que poderia, até que uma cláusula no testamento do seu avô exigir que ele fizesse algo que ele disse que nunca faria, casar.
Ele está em busca de uma esposa que possa suprir todos os seus desejos.

Elise Wood - Uma jovem que sonha em terminar sua faculdade de direito. Tímida, bondosa, alegre e sonhadora... Elise perdeu a mãe recentemente, as dívidas se acumularam e ela perdeu também sua casa. Seu emprego não está mais pagando suas contas e ela precisa de outro trabalho. Mas ao entrar no prédio da corporação Jackson ela vai receber muito mais do que uma proposta de emprego...



Capítulo 1


O homem alto e esguio caminhou decididamente pelos corredores principais do prédio 'Jackson' -Um dos muito que a família Jackson possuía - Dentro de um terno negro, muito bem cortado, que caía em seu corpo como uma luva. Os cachos penteados e presos, e no rosto a máscara de seriedade que ele sempre usara.

Até chegar a sala de reuniões ele ganhou alguns "bom dia" bastante entusiasmados das mulheres - Os quais ele não respondeu - Sem falar dos suspiros femininos, que soavam aos seus ouvidos como lamúrias desesperadas.

- Bom dia senhor Jackson - A jovem senhora o cumprimentou.

- Bom dia. Já estão todos aí? - Ele passou a mão no cabelo nervosamente.

- Sim senhor.

Michael tomou uma profunda respiração antes de entrar na sala. Ele precisava de paciência para enfrentar seus irmãos. Nunca se dera bem com nenhum deles, principalmente depois da morte de seu pai e da doença de seu avô. Os irmãos de Michael jamais o aceitara, sempre o julgaram como um bastardo metido.

Michael era filho de Josph, mas não de Katherine, sua esposa. Joseph teve um caso com uma das empregadas da casa e desse romance nasceu Michael., Mas ao contrário do que os irmãos Jackson sempre quiseram, Michael nunca foi rejeitado pelo seu pai e avô, pelo contrário, Joseph e Prince sempre fizeram questão de tratá-lo igual aos demais e sempre frisaram que Michael seria o futuro daquela empresa. Michael alavancou os negócios da família e tornou a família Jackson umas das 5 famílias mais ricas do mundo, isso em apenas 5 anos de gestão como CEO.

Quando ele abriu a porta seus cinco irmãos o olharam com desdém e os dois advogados o cumprimentaram com um aceno de cabeça. Michael não dispensou nenhum 'bom-dia' ou um sorriso sequer, apenas sentou-se na cadeira que era de seu avô e decretou.

- Que comece logo a leitura.

Os advogados se entreolharam e começaram a ler o testamento de Prince Walter Jackson.
Nos primeiros 20 minutos de leitura ninguém se surpreendeu. Os bens foram divididos igualmente, e a presidência da empresa foi delegada a Michael. Isso já era óbvio.

- Vejo que já terminamos - Michael levantou-se, ajeitando sua gravata azul.

- Não, senhor Jackson, há mais uma cláusula - Michael franziu o cenho e voltou a sentar-se. - O seu avô exige que para todos se apoderarem de seus bens, devem estar casados.

- O que? - Perguntou um Michael incrédulo.

Capítulo 2 


Os demais Jacksons - Jermaine, Randy, Tito, Jackie e Marlon, não se alteraram, pois Jermaine, Marlon e Tito eram casados, Jackie e Randy noivos... O único que teria problemas com a tal cláusula era Michael.

- Você não pode estar falando sério, Duke - Seu tom impassível e sua carranca foram assustadores quando ele olhou para o advogado da família.

- Não estou aqui para brincadeiras, Michael - Duke fixou o olhar no homem a sua frente. Michael Jackson, atual CEO da Corporação Jackson aparentava mais do que seus 35 anos, talvez  a carga de carregar uma empresa de tal porte nas costas o tenha feito parecer assim. O advogado prosseguiu.

- Seu avô mudou o testamento após perder seus dois filhos, claro que a morte do pai de vocês foi um terrível acidente, mas toda a sua inquietação se deu depois do suicídio de Jared.

Michael bufou e levantou-se bruscamente, enfiou as mãos no bolso da calça para amenizar a vontade de socar algo.

- Então por causa de tio Jared, o mulherengo e apostador, que quase leva a famíli a falência, todos temos de pagar?

- Todos não Michael, você. Por que para nós não há problema em casar - Disse Randy, recebendo como resposta de Michael um olhar fuzilador.

- Michael, sente-se, por favor, e relaxe - Blame, o outro advogado interveio.

- Relaxar? - Sorriu irônico - Você acaba de me dizer que terei de me casar contra a minha vontade, apenas para cumprir uma cláusula cômica e quer que relaxe? - Sua voz subiu duas oitavas.

- Entendo que se sinta assim, mas deve compreender que essa empresa foi construída em cima de valores familiares e seu avô teve medo que isso se perdesse.

- Já chega! - Michael rugiu e todos os demais na sala se assustaram pela ira na sua voz - Já entendi o que tenho de fazer. Podem sair. - Apontou para  a porta.

- Ei, não pode nos expulsar, essa empresa também é nossa! - Protestou Jermaine.

- Foda-se! Eu levei a empresa até onde ela está hoje, vocês nunca fizeram nada.

- Você não fez mais que sua obrigação, você é o filho ilegítimo, o bastardo tem de ralar para ganhar seu lugar ao sol.

A mão de Michael formigou para socar a cara de Jermaine, mas ele conteve-se.

- Sugiro que saia agora Jermaine, não quero descumprir a promessa que fiz a vovô de manter a família unida.

- Vamos Jermaine - Tito interveio, puxando o irmão.

- Idiota! Bastardo! - Jermaine provocou.

Michael se aproximou e sorriu cinicamente para Jermaine.

- Posso até ser idiota, mas não sou eu que tenho uma esposa vadia, que trepa com qualquer um que ofereça um prada¹  a ela.

- Não, Jermaine - Jackie gritou e segurou um Jermaine transtornado - Não vale a pena, deixe esse idiota aí.

Michael continuou inabalável, parado e sorrindo cinicamente, enquanto os irmãos e advogados deixavam a sala de reuniões.

Michael caminhou até a janela, que tinha vista panorâmica para a iluminada Manhattan... Ele estava inconformado com tal situação, ele prometera a si mesmo que jamais casaria. Ele jamais se esqueceria do tanto que sua mãe foi posta de lado, do quão Katherine, mulher de Joseph, sofreu e de como seu pai morreu, em uma queda de helicóptero rodeado de amantes. Não, ele não acreditava no 'felizes para sempre'.
Ele teria de dar um jeito nisso, ele era a pilastra dessa corporação.


(...)

Elise tomou o último gole de seu expresso e jogou o copo no lixeiro ao seu lado. Ela suspirou pesadamente enquanto observava o fluxo intenso de Manhattan.

- Você está certa disso? - Anne, sua prima e amiga, perguntou-lhe.

- Não muito, mas eu preciso. - Ela bufou e recostou-se no espaldar da cadeira.

- Você trabalhando em um sexo shop - Anne riu - É  a coisa mais improvável do mundo.

- Não exagera Anne... O emprego no café é ótimo, mas eu preciso de algo que pague melhor e o sex shop pagará muito bem.

- A corporação Jackson está mesmo querendo dominar, não é? - Anne divagou - Agora vão investir em uma rede de sex shop.

- O CEO é mesmo muito inovador... Ele é brilhante nos negócios - Os olhos de Elise se iluminaram e um sorriso estampou seus lábios, ao mencionar o nome de Michael.

- Ihh, lá vem você com essa cara de boba apaixonada. Esse amor platônico pelo todo-poderoso-e-gostoso-Jackson ainda vai dar o que falar. - Anne riu e Elise sorriu tristemente.

- É só um sonho impossível - Suspirou.



Capítulo 3 

Elise passou a mão pelo cabelo, nervosamente. Ela tinha estudado a planilha e tinha aprendido o que cada 'brinquedo' sexual fazia... Mas mesmo assim ela não sentia-se segura para a entrevista.  Ainda mais agora que ela soube que quem passasse pela primeira etapa da entrevista iria papear com Michael Jackson.

Ohhh God! Ela não sabia como se prostraria de pé na frente daquele homem. Sua paixão platônica desde que o dia em que ela o viu pela primeira vez, adentrando o café do prédio, dentro de um terno negro, o rosto sério e o caminhar cheio de segurança. Elise não foi a única a suspirar por ele e também não foi a única a ser ignorada.

- Meninas, vamos subir - Neide, uma jovem senhora chamou as candidatas, que estavam ali para serem entrevistadas.

Todas subiram para o décimo terceiro andar. Algumas conversavam entre si, outras preferiam o silêncio, esse era o caso de Elise, que preferiu se manter calada, tentando amenizar seu nervosismo e tentando tirar de sua mente a figura do CEO da empresa... Isso estava deixando-a excitada.

O pequeno bip indicando que o elevador havia chegado tirou Elise do devaneio.

- Neide - Ela segurou o braço da senhora, antes que ela deixasse o elevador. - Daria tempo de ir até o banheiro?

- Claro, querida, começamos em 15 minutos - Elise assentiu e seguiu rumo ao banheiro.

No local só havia uma faxineira, a qual Elise cumprimentou educadamente e logo a mulher saiu.
Elise sabia que tinha que dissipar seu nervosismo e tensão e ela sabia bem como fazê-lo. 

Entrou em uma das cabines e trancou. Após baixar a tampa do vaso sanitário ela sentou-se ali... Deixou as imagens de Michael voltar a sua cabeça e instantaneamente seu sexo tremeu. Ela apertou um dos seios e seu suspiro tornou-se audível. Sua mão desceu para entre suas pernas e ela afastou a calcinha para ter acesso ao seu clitóris, ele estava molhado, inchado e pulsante. E quando seus dedos beliscaram o ponto sensível, o nome 'Michael' escapou de seus lábios.

Quando ela saiu da cabine nem podia acreditar no que havia feito . 

Ela tinha mesmo se tornado uma devassa, o que mais de 8 meses sem sexo  fez com seus hormônios?

Onde estava a mulher tímida que ela sempre fora?
Elise tinha mesmo acabado de se tocar chamando pelo seu patrão até gozar?

Sim, ela tinha. E agora estava tentando dar um jeito no cabelo, diminuir o tingimento vermelho de suas bochechas e ohh sim, sua calcinha havia ficado desusável e agora ela teria de ir para a entrevista sem calcinha.

Depois de mais recomposta ela rumou para a sala onde as garotas estavam.

- Elise Wood? - Uma outra mulher, a qual Elise desconhecia, chamou-a.

- Sim, sou eu. - Disse hesitante.

- Você pode subir direto para a sala do senhor Jackson, ele lhe aguarda. Me siga, por favor - Elise engoliu em seco.

Os seus ouvidos tinham a enganado? O que o todo-poderoso-e-gostoso-Jackson queria com ela?

Ela não questionou a mulher, apenas seguiu-a. No elevador a mulher se disse secretária de Michael e disse se chamar Mirtes. Elise cavou alguma resposta para dar a mulher em seu cérebro e lembrou de dizer seu nome e sorrir.

Quando o elevador parou no quadragésimo quinto andar e as portas de abriram Elise se impressionou com a opulência do lugar. O luxo e a riqueza eram gritantes ali.

Elas caminharam ladeadas, seus respectivos saltos fazendo barulho no chão de linóleo preto. Pararam em frente a uma porta de madeira talhada. Mirtes bateu na mesma e a voz tranquila de Michael respondeu-lhe um 'entre'.

- Pode entrar, querida - Mirtes disse-lhe sorridente, abrindo a porta e dando espaço para Elise entrar.


Capítulo 4

Quando ela finalmente estava dentro da sala , pensou que fosse desmaiar a qualquer momento.
Lá estava ele, imponente, sério, sentando em uma grande cadeira de couro negro, atrás de sua mesa mega moderna.

Ele não olhou-a de imediato, estava entretido lendo algum papel. Elise estava absorta pela sua figura e pelo cheiro de pós-barba que adentrou suas narinas. Ele parecia mais um deus grego.
Quando ele tomou conhecimento de quem estava ali, tirou os olhos do papel para prestar atenção na mulher a sua frente.

Ela era fodidamente bela... Curvas sinuosas, a pele impecável, rosto angelical.

- Por favor, sente-se senhorita Wood - A voz de Michael soou como um maravilhoso canto para ela. Sua pele se arrepiou instantaneamente. Deus, ela amava tudo sobre aquele homem... E vê-lo assim falando com ela era a realização de um sonho. Ela poderia gozar apenas em observá-lo dentro daquele terno.

Elise suspirou e torceu os dedos nervosamente.

- Está nervosa senhorita Wood? - Michael perguntou despreocupadamente.

- Na-- Não, senhor Jackson.

- Então pare de torcer os dedos assim - Ele encarou-a - Isso me irrita!

- Desculpe, senhor.

Michael arqueou a sobrancelha, sentindo algo em suas calças  se avivar diante da mínima submissão de Elise. Ele apoiou os cotovelos na mesa e cruzou os dedos.

- Existe alguma razão pela qual não está usando calcinha agora?

Elise agarrou a barra da cadeira com tal forma, que os nós de seus dedos embranqueceram.

- Acho que não entendi. - Desconversou, tentando manter a voz sem tremulações.

Como droga ele poderia saber? Ele tinha visão raio-x?!

- Não gosto de me repetir.

- Eu... não entendo.

Ohhh, o que ela mais queria agora era sair dali correndo. Elise podia sentir suas bochechas tingindo-se de vermelho.

Michael olhou-a languidamente e plantou um sorriso lascivo em seus lábios.

- Você entrou aqui vestindo nada mais que esse vestido.

- Hum... bem... - Engoliu em seco.

- Senti o cheiro de sexo assim que passou por aquela porta - Disse tranquilamente.

OH MEU DEUS! - Elise gritou mentalmente, seus olhos vasculhando um lugar para onde ela pudesse fugir.

- E tem mais - Acrescentou, ainda sorrindo lascivamente - Esse vestido não é bem adequado. Será que tenho que lembrá-la do código de vestimenta?

Elise sentiu-se doente. Ela só podia pensar em quanta má impressão ela estava causando, na vergonha que estava sentindo e claro na vontade de sair dali corrento, o mais rápido possível.

- Me desculpe, senhor, mas o código de vestimenta não há nada sobre calcinhas - Elise defendeu-se, hesitante.

- O código é claro para ser profissional, senhorita - Ele sorriu malévolo - E continue me chamando de senhor.

Michael mordeu o lábio inferior e Elise viu em seus olhos... o que? Desejo?!

- Desculpe se estou apressando o senhor, mas há algum motivo para eu estar aqui?

- Sim, Elise, tenho uma proposta a lhe fazer.


Capítulo 5 

Michael pôs-se a pensar se aquela garota aceitaria sua proposta. Ela parecia inocente, crédula, e totalmente influenciável, ele só precisava atacá-la no ponto certo e Elise faria o que ele quisesse. Ele soube no instante que descobriu que teria de ter uma esposa, que essa mulher seria alguém como Elise.

Ele sabia bastante sobre ela, e já tinha a observado o bastante para saber o quão diferente ela era daquelas modelos e socialites com as quais ele estava acostumado a lidar.

- Mas voltaremos a proposta depois - A voz de Michael era suave e acolhedora, como um dia ensolarado, mas seus olhos eram constrangedoramente lascivos.

Michael apreciava a inocência da mulher a sua frente, a fazia parecer um coelhinho assustado e ele o lobo pronto para atacar... E ele adorava tal sensação.

 - Por falar nisso, dá próxima vez que for gozar em um local público, certifique-se de que ninguém está ouvindo. 

Elise arregalou os olhos.

- Você sabe? - Perguntou de repente e arrependeu-se em seguida.

Divertimento inundou a expressão de Michael, e ele desceu os olhos até o decote do vestido dela.

- Há câmeras no banheiro, não nas cabines, mas próximo aos espelhos... Eu estava a seguindo através das câmeras e quando a vi entrar no banheiro liguei o áudio e ouvi-a.

A cor deixou o rosto e os lábios de Elise e ela só estava respirando parcialmente, ela podia sentir o ar rarefeito em seus pulmões.

- Vai ficar bem, Elise? - A voz de Michael continuava suave.

Como Elise não respondeu, ele levantou-se, circulou a mesa, parou atrás da cadeira onde ela estava e baixou-se para falar perto do seu ouvido.

- Está tudo bem, querida, esse vai ser nosso segredo, mais um entre alguns que compartilharemos.

Quando ele acabou de falar Elise podia jurar que tudo nela estava arrepiado, sem falar na umidade entre suas pernas.

Ela virou-se na cadeira e encarou-o.

 - Por que estava me seguindo?

- Tive meus motivos - Ele deu de ombros.

Ohh homem - Elise gemeu mentalmente.

- Me.... me ... desculpe por aqui... eu... eu 

Michael viu seu rosto ir do pálido para vários tons de vermelho. Ele não queria constrangê-la a esse ponto, mas é que ela era tão bonita e doce, que lhe agradava provocá-la... Ele queria pular nela naquele momento. Ele tinha que resistir a vontade de fodê-la.

A verdade era que Michael tinha a observado durante todo o ano. O quão humilde e doce ela era, com todos, desde os clientes mais ricos do café, até os faxineiros. Ele sempre gostava de prestar atenção em seus funcionários, ainda mais uma bela mulher como Elise não lhe passaria desapercebido. Ele observou-a sair correndo do trabalho para a faculdade diversas vezes. Ela não se metia em fofocas, trabalhava duro, não reclamava...

Michael até pensou em se aproximar muitas vezes, mas algo dizia para ele esperar, até agora.

- Não tem namorado, não é?

- Hã? - Perguntou aturdida. Michael suspirou, ele odiava se repetir.

- Você ouviu.

- Não... Estava ocupada demais para arranjar um.

- Bom - Ele sorriu. Saiu de trás da cadeira e se recostou na mesa a frente dela - Agora me diga por que devo contratá-la para trabalhar na 'Home pleasures'?

O coração de Elise estava descompassado... Ela até tinha bolado uma boa resposta para essa pergunta antes, mas agora ela não conseguia pensar em mais nada que não fosse o homem parado a sua frente.

Ela decidiu falar simplesmente a verdade.

- Bem... Humm... Eu precisava de um trabalho que pagasse melhor, para que eu pudesse quitar algumas dívidas e realizar meu sonho de terminar minha faculdade. Eu sei que trabalhar em um sex shop não é muio meu estilo, mas o que eu tinha a perder?

Elise surpreendeu-se consigo mesma, por ter tido a coragem de ser tão sincera. Ser sincera com ele e falar suas dificuldades não eram mesmo nada diante do fato de que ela foi pega se masturbando.

Ela viu seu rosto de iluminar-se com diversão e contentamento e ela teve vontade de devorá-lo. A atração entre eles era palpável.

- Honestidade - Michael divagou.

Ele enfiou uma das mãos no bolso, e caminhou pela sala.

Elise se perguntou se ele estava a avaliando ou estava desapontado com ela.

- Eu amo isso em uma mulher.

Borboletas se soltaram no estômago de Elise, depois da frase proferida por ele. Elise manteve-se calada, estava com medo de dizer bobagem.

- Você ama o sexo Elise? - Ele parou de nadar e pôs-se na frente dela.

- Hum... bem... quem não gosta? - Elise suspirou pesadamente - Não acha que isso é ousado demais para me perguntar, senhor?

- Você acha que posso contratar alguém para trabalhar em um sex shop sem saber disso? - Elise negou com a cabeça.

Ela olhou para baixo do umbigo dele e viu sua ereção mal contida dentro das calças caras. Sua intimidade tremeu e ela sentiu seus sulcos molharem o interior de suas coxas. Ela o queria dentro dela, desesperadamente.

O que tinha de errado com ela?

Ele se inclinou até ela e afastou seus cabelos, que estavam apoiados em um lado do seu ombro.

- Quem fez isso com você? - A voz dele soou fria e irritadiça.

- Fez o que? - Elise perguntou ofegante.

- A cicatriz - Ele tocou a marca, que parecia um feio corte. Marca que ela tentava esconder até de si mesma.

- Prefiro não falar sobre isso, senhor - Ela mexeu-se desconfortavelmente, para que ele tirasse sua mão dali. Ele percebeu e tirou.

- Tudo bem, não nos conhecemos a esse nível ainda.

Ela puxou outra longa respiração e baixou os olhos.

- O que sabe sobre mim, senhorita Wood? - Elise se surpreendeu pela pergunta, mas logo tratou de respondê-la.

- Bem, senhor... sei que passa a maior parte do tempo trabalhando, principalmente depois que seu avô morreu. Já vi algumas de suas poucas namoradas, mas sinceramente, não acho que já amou alguma delas. Não acho que já se apaixonou por algo que não fosse seu trabalho.

E ela estava certíssima.

As sobrancelhas de Michael ergueram-se.

- É assim que se sente sobre mim?

- Acho que não vou responder essa pergunta, senhor. - Ele riu, divertindo-se.

- Tudo bem. Quero fazer algo com você, Elise. - Ela olhou-o de cenho franzido.

- O que?

- Quero fodê-la - Disse sem rodeios - Mas antes terá de assinar um acordo de confidencialidade.

Ela se sobressaltou quando ele voltou a rodeá-la e depositou um beijo em seu pescoço.

- Um acordo de não-revelação?

- Sim, é preciso para que as coisas entre nós possam acontecer. Preciso que assine antes que possamos prosseguir com essa... entrevista.

- Isso não faz nenhum sentido - Disse boquiaberta.

- Irá fazer em breve. Você concorda em assinar? - Ele abaixou-se e deslizou os lábios pelo pescoço dela - É só uma medida de segurança, Elise, um homem como eu precisa dessas coisas.

Bastardo! Ela gritou mentalmente... Como ela iria dizer não com aquele poço de gostosura roçando os lábios pelo seu pescoço?

O que ele iria fazer com ela que precisava de um documento assim?

Ohh Deus, se ela não assinasse nunca saberia.

Ele entregou o documento a ela e Elise pôs-se a lê-lo brevemente. Um silêncio se instalou entre eles enquanto Elisa analisava as duas páginas do documento. Com um suspiro de satisfação e medo, ela finalmente assinou.

Ele rapidamente pegou os documentos e também rubricou, logo em seguida jogando-os sobre a mesa e direcionando seus olhos para ela.

Ele baixou-se na frente dela, quase ajoelhado e depois de algum tempo olhando para seu decote ele deslizou os dedos pelo seu colo, fazendo-a tremer.

- Ohh Michael - Disse roucamente.

- Está pronta para o que nós acabamos de concordar?

- Sim.



Continua em "30 Tons de Vermelho" 



"30 Tons de Vermelho"


A cor vermelha ativa e estimula, significa elegância, paixão, conquista, requinte e liderança.




Elise começou a entrar no jogo de Michael. Mas o acordo de confidencialidade é só o começo de tudo, Michael precisa desses papéis para sentir-se seguro o suficiente para mostrar a Elise seus 30 tons de vermelho. Será que essa sedução é muito quente para ela aguentar?

Capítulo 1 


- Levante-se, Elise - Disse imperativo.

Elise buscou alguma força e conseguiu ficar de pé, mesmo com as pernas trêmulas.

- Junte as palmas de suas mãos - Elise obedeceu-o de imediato.

Seu coração batia tão aceleradamente que ela podia sentir o fluxo sanguíneo chiando em seus ouvidos, sua respiração estava tão ofegante que parecia que ela acabara de correr uma maratona.

Ela observou-o afrouxar o nó da gravata e logo depois retirá-la por completo. Ele aproximou-se o suficiente para ela sentir sua respiração. Elise umideceu os lábios e segundos depois os lábios dele pousaram sobre os dela, macios e reinvindicadores. No início só um roçar de lábios, acompanhado por algumas mordiscadas, mas logo a língua dele pediu passagem e Elise entreabriu os lábios de bom grado. Seu gemido foi nítido e audível quando a língua dele acariciou a sua... Ela pensou em como apenas beijá-lo era prazeroso, ela mal podia esperar para tê-lo dentro dela. Suas mãos não puderam mais ficar quietas, ela desuniu-as e levou-as até os cabelos dele, deleitando-se com a maciez de seus cachos. Michael parou o beijo imediatamente e afastou-se minimamente.

- Não mandei você desunir as mãos - Elise arregalou os olhos - Aqui eu mando, você obedece, entendeu Elise?

- Sim - Disse hesitante.

- Sim, o que?

- Sim, senhor - Ele sorriu com o canto dos lábios.

- Boa garota... Me dê suas mãos - Ela uniu as mãos novamente e e estendeu-as para ele. Michael envolveu-as com a gravata, amarrando-as fortemente. - Tente soltá-las, querida.

Elise puxou as mãos, mas não obteve sucesso em soltá-las. Ela olhou para Michael e o brilho de desejo em seus olhos a fez cativa por longos segundos.

- Quero que confie em mim, Elise - Disse sedutor. Rodeando-a, até parar atrás dela - Tem algo que não quer que eu faça? - Ele soprou contra o pescoço dela e Elise gemeu mais uma vez.

- Na... não senhor.

- Confia em mim? - A mão dele deslizou por sua coxa, desnudando-a até descobrir uma de suas nádegas, a qual ele apertou.

- Co... co... confio - Disse ofegante.

Elise se achou uma completa maluca naquele instante... Ela estava confiando em seu amor platônico, certo? Certo, se ela o conhecesse tão bem quanto gostaria. A verdade era que ela sabia coisas superficiais sobre Michael.

Ahhh ela estava pouco se lixando, sempre sonhou com isso e não ia dar para trás agora. Ela confiava nele e ponto.

Michael segurou sua cintura e levou-a até a frente da mesa e afastou alguns papéis que tinha ali.

- Deite-se, querida - Ele espalmou uma mão na coluna dela e ajudou-a a declinar sobre a mesa.

Quando os mamilos intumescidos fizeram contato com o tampo frio da mesa, mesmo que o vestido fino ainda os cobrisse, Elise gemeu.

- Michael - Chamou-o ofegante.

- Shh - Ela sentiu o peso dele contra seu corpo e sua ereção roçar em sua bunda - Relaxe, e sinta como isso pode ser bom - Antes de se afastar, ele depositou um beijo na nuca dela.

Michael ergueu seu vestido até a cintura dela, e ofegou com a visão a sua frente. Ele não podia negar que adorava essa anatomia feminina e sempre que gostava de uma mulher, pensava em como ela ficaria com a bunda marcada pelos seus tapas. Mas  com Elise isso se potencializou ao máximo.

Ele passeou os nós dos dedos levemente por suas coxas e ajudou-a a afastar as pernas. Seus dedos migraram para a intimidade dela e Elise tremeu.

- Tão molhada - Sussurrou.

Ele voltou a se afastar e a acariciar a pele lisa e uniforme das nádegas dela. Michael ergueu sua mão aberta e desceu com força sobre a bunda de Elise. O formigamento do açoite se concentrou em seu clitóris.

- Ohh meu Deus - Ela gritou, mexendo-se na mesa.

- Quieta, Elise - Ele rugiu e ela obedeceu-o.

O tapa a assustou, é verdade, mas foi extremamente excitante.

Elise se sobressaltou quando a mão dele chocou-se contra a sua bunda outra vez e ela gritou e gritou a cada tapa que recebia, sentindo-se cada vez mai a beira do orgasmo.

Suas nádegas estavam ardendo, se clitóris pulsava a ponto de estar dolorido e sua excitação era tamanha que seus sulcos escorriam por suas pernas.

- Por favor, senhor - Choramingou.

Michael beijou cada uma de suas nádegas e separou-as para passear ali sua língua. Elise se contorceu com o toque suave da língua dele. Michael não parou mais de acariciá-la, movendo sua língua de um lado a outro pelo clitóris dela, sugando-a com fome, seu dedo brincando na entrada do anus dela, levando-a ainda mais a borda... Elise gozou, gritando o nome dele, se contorcendo, tremendo.

Michael afastou os lábios da intimidade dela e penetrou-a com dois dedos, imediatamente movendo-os em sua entrada apertada e molhada.

- Você vai gozar de novo, Elise. - Ela ouviu-o dizer e quando ele lhe desferiu mais um tapa ela desmoronou em um novo orgasmo. Tão intenso, que lágrimas escapara, de seus olhos.

Ela ouviu parcialmente o barulho de um zíper sendo baixado e de um pacote sendo rasgado e então ele estava posicionando o membro na sua entrada.

- Vai ser rápido, querida.

Ambos gemeram quando, em uma única estocada, ele penetrou-a. Elise não o viu nu, mas poderia dizer pelo quão alargada ela estava, que ele era absurdamente grande e grosso.

Michael inclinou-se um pouco e espalmou as mãos na mesa para em fim começar a se mover.

Ele arremeteu contra ela, forte, fundo, rápido. Com toda a fome selvagem que ele sentia naquele momento.

Elise já podia sentir mais um orgasmo se formando, mais uma estocada dele e ela estaria desmoronando.

E foi o que aconteceu, enquanto Elise gritava e apertava-se em torno 'dele', movendo seus quadris contra ele e perdida nas sensações do orgasmo, Michael chegava a sua libertação, gemendo o nome dela delirantemente.

Ele saiu de dentro dela e livrou-se da camisinha, jogando-a no lixeiro ao lado da mesa. Caiu sobre a cadeira e trouxe-a para seu colo, livrando-a da gravata que prendia suas mãos. Elise enlaçou seu pescoço e descansou a cabeça em seu peito para recuperar o fôlego.


Capítulo 2

Quando as respirações estavam normalizadas e os corpos mais recuperados Michael mexeu-se na cadeira e a fez levantar.

- Pode se arrumar no banheiro, é logo ali - Ele apontou uma porta do lado esquerdo da sala.

Elise caminhou o mais depressa possível até o banheiro e trancou-se por lá.

UAU! Ela tinha acabado de ter a melhor transa de sua vida, com o homem que ela sempre sonhou... Será que isso poderia ficar melhor?

Puxa vida, até ontem ela era só uma garçonete do café, que sonhava em estar exatamente assim. Ela poderia dizer que estava tudo perfeito, se sua bunda não estivesse ardendo tanto. Ela riu ao levantar o vestido e ver o quão vermelha estava suas nádegas.

De todas as coisas que ela já imaginou sobre Michael Jackson, nunca lhe passara pela cabeça que ele gostasse de coisas do tipo sadomasoquista... Será que sua proposta tinha haver com isso?

Ansiosa por respostas ela se higienizou rapidamente e voltou para a sala. Encontrou-o com um copo de uísque nas mãos. Michael sorriu assim que a viu.

- Está bem, Elise?

- Sim - Sorriu -  Bem, minha bunda ainda está doendo, mas... - Ela deu de ombros. Ele achou-a graciosa.

- Cuidaremos de sua bunda preciosa mais tarde. Agora temos de conversar. Sente-se- Ele apontou a cadeira a sua frente.

- Melhor ficar de pé - Elise corou ao olhar para a mesa e lembrar-se do que acabara de acontecer.

- Então venha até aqui - Ela caminhou hesitante até ele, e ao parar em sua frente ele puxou-a para seu colo. 

Elise gemeu quando sua bunda roçou nas coxas dele.

- Shh, vai passar, bebê - Ela ofegou com o carinho em suas palavras, e com suas mãos afáveis.

- Senhor...

- Pode me chamar de Michael, Elise. Pelo menos quando não estivermos transando - Elise assentiu sem olhá-lo.

- Michael - Ele suspirou pelo modo suave que seu nome soara nos lábios dela - Sobre a proposta... Você me quer como sua submissa, é isso? - Ele riu. A risada mais sexy que Elise já ouvira na vida.

- Não deixa de ser isso - Respondeu, agora sério - Mas, tem mais Elise.

- Mais?

- É ... Existem trinta maneiras para chegar até mim e você acaba de completar a primeira rodada.

- Isso é um jogo? - Perguntou de cenho franzido.

- A vida é um jogo, minha cara.

- E o amor é um jogo pra você? - Ele não respondeu, desconversou.

- Você foi honesta comigo e isso foi a primeira rodada - Disse acariciando suas coxas - Mas é preciso mais. Necessidades físicas, emocionais e sexuais. Você pode sair por aquela porta a qualquer momento, não irá perder seu trabalho no café, mas não está apta para trabalhar no departamento de sexy shop da corporação - Ele sorriu e Elise notou o divertimento em sua voz.

Ela escutou tudo cuidadosamente, tomada pela confusão.

No que ela havia se metido, afinal?

Ela conseguiria dizer não aquele homem que ela tanto admirou? Não apenas por sua beleza e poder, mas por todas as coisas boas que ela já o vira fazer.

- O que afinal é a proposta?

- Eu preciso de uma esposa, Elise.

Elise se sobressaltou e saiu de seu colo. Ele estava a pedindo em casamento?

- Por um período de cinco anos - O coração de Elise afundou em seu peito. Então era isso, era um negócio. - Se você aceitar e obtiver sucesso, você nunca mais vai precisar trabalhar na vida, você terá todo o dinheiro que precisa o resto de sua vida.

- Espere um minuto, Michael - Ela fechou os olhos, tentando controlar-se - Eu não estou a venda como um objeto - Disse irritada.

Elise não era orgulhosa, muito menos hipócrita. Ela sabia bem que precisava sim desse dinheiro, mas isso poderia soar para ele como puro interesse.

- Eu sei que é honesta, Elise. E acredite, eu não estaria lhe propondo isso se não soubesse.

- Eu preciso pensar - Ela suspirou.

- Você tem duas horas. Se aceitar arrume uma pequena mala. Iremos viajar.

Elise girou em seus calcanhares e saiu sem olhar para trás... Ela realmente não sabia o que fazer e nem sequer poderia contar isso a sua prima e amiga.

                                                      (***********)


- O que? - Anne arregalou os olhos.

- Isso mesmo. Se você pudesse ter todas as suas contas pagas, nunca mais se preocupar com dinheiro e ainda estar com o homem que você sempre quis, mas em uma espécie de negócio?

- Você não está me contando tudo, não é? - Anne perguntou enquanto secava seus cabelos.

- Eu não posso - Bufou - Eu preciso de sua opinião.

- Não está pensando em se prostituir, não é? - Anne gargalhou e Elise atirou-lhe uma almofada.

- Isso não é engraçado!

É só que o maravilhoso Jackson me quer como sua esposa e submissa por alguns anos, em troca de barras de ouro - Gritou mentalmente.

- Bem, querida, sabe o que sempre digo da vida. Se isso vai te fazer feliz e não vai machucar ninguém, vá em frente. Só tome cuidado com o seu coração. Sei que ele é muito sensível.

- Obrigado, Anne - Ela abraçou a prima. - Vai sair?

- Sim, meu anjo.

- E eu vou viajar - Sorriu - Não me espero para os próximos dias.

- Seja feliz, você merece. E me deixe saber de notícias suas.

Duas horas mais tarde, naquele dia, Elise já estava dentro de um bonito vestido e segurando uma pequena mala.

A campanhia tocou e ela correu para abrir a porta.

- Michael - Ele olhou-a demoradamente e só então sorriu.

- Vamos, bebê?

- Vamos - Ela segurou sua mão e deixou o apartamento.


Capítulo 3

Ela seguiu-o até o estacionamento, onde um belíssimo carro negro os aguardava. Michael prostrou-se ao seu lado no veículo e deu ordens para o motorista prosseguir com o plano.

Ele estava silencioso, seus dedos movendo-se furiosamente no teclado do notebook. Elise mexeu-se desconfortavelmente no assento. Droga, ela queria conversar com ele, saber mais sobre essa coisa absurdamente quente, sexy, e dominante, que estava ao seu lado. Decidiu puxar assunto.

- Michael? - Ele ergueu seus olhos da tela e encarou-a.

Elise sentiu o coração falhar uma batida com a intensidade que viu em seus olhos.

- Sim.

- Podemos falar? - Suspirou - Esse silêncio me incomoda.

Ele não respondeu, apenas inclinou-se sobre o banco do carro e deu ordens para que o motorista ergue-se uma 'parede' negra, deixando-os em privacidade.

- Agora pode falar - Elise torceu os dedos nervosamente e ganhou um olhar repreensor de Michael.

- Desculpe - Deu de ombros - Hum... queria saber sobre nossas... é... quando formos...

- Transar? - Ele completou. Elise assentiu.

- Você vai sempre me espancar? - Ela perguntou, uma mistura de sentimentos em si: medo, ansiedade, excitação.

- Gosto de ver sua bunda marcada - Respondeu sério - Mas nem sempre o farei. Você foi uma garota má, por isso a puni.

- Má? - Perguntou realmente curiosa.

- Teve a audácia de ir até meu escritório sem calcinha - Ele soou divertido - Devo te espancar outras vezes? Gostou dos meus tapas, Elise? - O tom de sua voz fez Elise se arrepiar.

- Sim - Ofegou.

- Há tantas coisas que quero fazer com você, querida - Ele tirou o notebook de seu colo e se aproximou dela. Sua mão correu por sua coxa e ele apertou-a, em um movimento até rude, em contra partida ele depositou um beijo suave nos lábios dela e afastou-se em seguida.

- Eu concordo com tudo que temos que fazer, Michael. Eu quero estar com você.

- Você tem certeza absoluta? - Elevou uma sobrancelha. Elise assentiu.

- E sobre os 30 meios... para chegar a você?

- Esquece, pense menos. tenho certeza que se sairá bem no final.

- Alguma mulher já conseguiu cumprir os tais meios?

- Não. E não vamos mais falar sobre isso - Ele cortou-a - E não torça os dedos Elise. - Ela parou imediatamente.

- Eu tenho algum direito de requerimentos?

- Fale - Ele disse voltando a dar atenção a seu notebook.

Elise meneou a cabeça, estressando-se pela sua bipolaridade.

- Esqueça - Disse irritada.

- Está brava?

- Só quero ficar quieta. Me acorde quando chegarmos - Ele assentiu.

Elise virou-se, dando-lhe as costas e tentou relaxar. Ela precisava de um pouco de paz.

(...)

Sentiu-se ser chaqualhada e quando abriu os olhos encontrou um par de olhos negros, fitando-a.

- Chegamos, bebê - Ela espreguiçou-se, arrastando a saia do seu vestido para baixo.

- Onde estamos? - Elise olhou pela janela e viu que se tratava de uma praia.

- Na minha casa de praia - Respondeu - Vamos logo Elise, eu preciso ficar sozinho com você... Mal posso esperar por isso - Sorriu lascivo.

(...)

Elise sentiu-se oprimida pela opulência da casa, que pensou mais parecer um castelo, com todas aquelas pilastras e portas gigantescas.

Sem falar nas obras de arte... Era uma mansão moderna, digna de um bilionário.

Ela subiu as escadas com uma das empregadas, que ficou encarregada de lhe instalar, e Michael sumiu por uma das portas, dizendo-lhe que a encontraria em breve. Elise escrutinizou o belíssimo e luxuosíssimo quarto. As paredes pintadas de branco gelo, a enorme cama king-size rodeada por dosseis, os criados-mudo adornados por abajures de cristal. As portas laterais davam a um banheiro, que Elise afirmou que era do tamanho do apartamento onde morava e a segunda porta era a de um closet. Ela caminhou até uma porta de vidro e abriu-a, maravilhando-se quando viu o jardim anexo e através de um engradado ela podia ver a praia ao longe.

Duas mãos suaves, mas de toque forte, rodearam-na e foram direto aos seus seios, puxando-a para trás.

- Onde esteve? - Perguntou em um ronronar, aninhando-se ao corpo dele.

- Resolvendo alguns problemas - Ele apertou os dedos nos seios dela e depositou um beijo na nuca dela. Elise gemeu.

Ele virou-a abruptamente e encostou-a no engradado. A mão dele foi para a nuca dela e prendeu um montante de seus cabelos, mantendo a cabeça dela erguida e então tomou seus lábios com urgência, movendo sua língua furiosamente contra a dela. Com a mão livre ele tratou de despi-la o mais depressa possível, e não demorou para Elise estar apenas com a calcinha de renda. Michael parou de beijá-la e afastou-se minimamente para olhá-la.

- Você é linda - Elogiou, os olhos brilhando de desejo - Não se mova, eu volto logo - Elise quase choramingou quando ele se afastou. Tinha uma necessidade tão absurda dele, que já sentia-se molhada só com seus beijos.

Ela ouviu o barulho de gavetas sendo abertas e fechadas e segundos depois Michael voltou ao terraço com uma espécie de corrente fina, interligada a dois prendedores, um par de algemas e uma venda, mas a parte que Elise mais gostou foi o fato dele estar sem camisa. Ela desejou mais que qualquer outra coisa, beijar aquele peitoral. Ela teve que pressionar as coxas para conter o excitamento.
Michael colocou a algema e a venda no bolso e caminhou até Elise voltando a envolvê-la em um beijo. Ela espalmou a mão no peito dele e afastou-se um pouco para espalhar beijos pelo pescoço e peitoral dele, parando um pouco para mordiscar os mamilos dele. Suas mãos desceram pela barriga lisa e levemente definida de Michael, parando na sua ereção, que a calça mal continha. Elise baixou o zíper e enfiou sua mão ali, apertando levemente a ereção dele. Michael gemeu audivelmente e voltou a reivindicar os lábios dela, enquanto suas mãos estavam amassando os seios de Elise.

Ele parou o beijo e baixou a cabeça para abocanhar os seios dela, um de cada vez, deixando-os bem molhados. Em seguida puxou os grampos de seu bolso e sorriu maliciosamente para Elise.

- Tenho certeza que nunca usou algo do tipo - Ele mostrou a ela os grampos - Vai incomodar, mas será gostoso - Elise assentiu.

Michael colocou cada um dos grampos nos mamilos de Elise, prendendo as correntes que o interligavam, atrás do pescoço dela.

A sensação de seus mamilos intumescidos sendo beliscados e puxados enviou uma onda de excitamento absurda para seu núcleo. A dor inicial se acentuou imediatamente.

Michael deu-lhe mais um beijo antes de ordenar que Elise unisse as mãos acima da cabeça e ele prendeu-as no engradado.

- Eu trouxe também a venda, mas não vou usá-la por agora - Ele baixou a calça e a boxer, exibindo sua poderosa ereção.

A boca de Elise salivou. Michael pegou a camisinha e deslizou-a por seu membro. Voltou a se aproximar de Elise e reivindicar seus lábios. Uma de suas mãos indo até o meio das pernas dela, para brincar com sua intimidade molhada. Elise prendeu uma das pernas envolta da cintura dele e puxou-o contra si.

- Por favor, senhor, eu preciso - Pediu sofrega. Michael agarrou seu rosto com ambas as mãos.

- Me quer dentro de você, Elise? - Perguntou roçando a ereção contra a barriga dela.

- Mui.. muito - Ela arfou.

Michael não esperou mais para enterrar-se dentro dela. As pernas de Elise perderam as forças instantaneamente e ela ajudou-a a erguer-se e envolver as pernas em sua cintura.

Michael passou a mover-se selvagemente contra ela. Elise mexia-se o quando podia, o que não era muito, já que estava algemada. Ela gritou, gemeu, se contorceu, a cada estocada feroz. A glande dele atingindo nervos vaginais, que ela pensou que nem existissem. Ela queria suas mãos livres agora, para segurar seus cachos macios, para prender seus rosto e beijá-lo até lhe faltar ar.

Os grampos em seus mamilos roçavam contra o peito dele e aumentavam a dor prazerosa no local. Elise estava muito, muito perto. Bastou mais uma estocada dele para ela tremer em seus braços e desfazer-se em um orgasmo, que deixou-a fora de órbita por diversos segundos.

Michael encaixou a cabeça na curva do pescoço dela, enterrou os dedos na carne de sua bunda e estocou-a ainda mais fortemente. Ele rugiu contra o pescoço dela. Elise sentiu os dentes dele na carne de seu pescoço, e chamando por ela ele gozou.


Capítulo 4

Elise estava na confortável cama. Depois de um sexo maravilhosamente selvagem, em que Michael a tinha feito gozar mais de 4 vezes, ela estava exausta.

Exausta... mas feliz. Ela não pensou mesmo que fosse ser feliz vindo para uma praia com sua paixão platônica, ao qual ela convivia a menos de 5 dias.
Bem, ela até tinha descoberto algumas coisas sobre ele e agora estavam bem mais próximos. Quando não estavam transando, ele sentava-se na cadeira da varando do quarto dela e trabalhava ali, sempre por perto. Nessas horas Elise aproveitava para tirar-lhe informações. Mas ela pensou com certeza que o momento preferido de seu dia era sempre quando iam dormir. Ela amava a forma carinhosa como ele a segurava em seus braços, beijava sua testa e lhe dizia "Boa noite, bebê"

Ela tinha experimentado tantas coisas nesses dias. Apetrechos sexuais de vários tipos: Vibradores, pomadas, prendedores de seios, prendedores de clitóris. Sem falar nas algemas, vendas e no sexo com gelo da última noite... Foram realmente muitas coisas para que ela lembrasse. Eles fizeram sexo de todas as maneiras que ela achara possível, mas  ele não deu mais sequer um tapa nela, e Elise tinha que admitir que estava sentindo falta. A dor aliada ao prazer é sem dúvida alguma a forma mais poderosa de elevar seu tesão. E ainda mais com um homem como Michael, que sabia exatamente aliar esses dois lados. A verdade é que ela sempre foi encantada pelo mundo BDSM, até chegou a assistir alguns vídeos na internet, mas achava-se pervertida em admitir seus gostos. Ainda mais uma estudante praticamente celibatária como era. Mas agora ela tinha achado alguém como ela, e o melhor era que ele era o homem dos seus sonhos. Elise daria um jeito dele puni-la... Ela iria mandar sua timidez para o inferno e ia fazê-lo puni-la, com um chicote.

Elise correu para o closet e colocou um dos biquinis, que ele havia comprado, soltou os cabelos e saiu rumo a praia.

- Senhorita Wood - Um segurança chamou-a assim que ela atravessou a porta para deixar a casa.

- Sim - Encarou-o sorrindo.

- O senhor Jackson não quer que vá á praia sozinha e ainda mais por essas horas o mar está agitado. - Elise aproximou-se do segurança o mais sensualmente que pode.

- Diga ao senhor Jackson que eu mandei ele se danar - Ela alisou a lapela do terno dele e saiu caminhando sensualmente.

Antes de chegar a praia ela tirou a parte de cima do biquini, sentindo-se mais livres das suas amarras a cada momento. Deu uma olhada para trás e viu que Michael caminhava em sua direção, junto ao segurança com o qual ela tinha 'flertado'. Ele parou abruptamente, arregalando os olhos quando viu que Elise estava quase nua. Michael gritou algo para o segurança, que voltou para a casa quase correndo e foi em direção a Elise com tudo.

- O que deu em você, Elise? - Ele gritou, sacudindo-a pelos ombros.

- Nada - Dei de ombros.

- Como nada? - Gritou mais uma vez - Você flerta com o segurança, manda eu me danar, me desobedece, faz topless e ainda diz que não é nada? Você bebeu?

- Não - Arqueei a sobrancelha - Talvez não esteja me levando na rédea curta, senhor Jackson. - Disse paulatinamente. Michael rugiu, um som sexy saído do fundo de sua garganta.

- Vista - Ele praticamente empurrou um paletó pelos braços dela. - Livre-se das roupas quando chegar ao quarto e deite-se de bruços - Ele se aproximou até estará centímetros do seu rosto - Eu sei o que quer, Elise, e eu vou te dar.

Ela caminhou o mais depressa possível para a casa. Assim que entrou no quarto livrou-se das roupas e deitou na cama, de bruços, como ele havia mandado.

Não se passou muito tempo até que Michael entrou no quarto. Elise podia sentir que ele ainda irradiava raiva, mas agora misturada com desejo.

Ele estava vestido apenas com uma calça de moleton cinza. Foi com satisfação e apreensão que Elise o viu com um chicote na mão. Era diferente do chicote que ela havia imaginado, esse tinha vária cerdas de couros interligadas ao cabo. Na outra mão dele algumas tiras de couro e uma venda. Ele colocou a venda e as tiras em cima do criado-mudo e inclinou-se até Elise, para espalhar beijos ternos em suas costas. Ela estremeceu com esse simples toque.

- Diga sua palavra segura, Elise.

Ela fuçou  em sua mente algo que achasse apropriado.

- Docinho - Disse.

Michael achou a escolha da palavra estranha, mas a questionaria sobre isso depois.

- Tudo bem, quando as coisas estiverem demais pra você, basta dizê-la e eu vou parar. - Elise assentiu.
Michael sumiu de sua visão periférica  e então Elise sentiu o primeiro açoite. O golpe foi forte o suficiente para encher seus olhos de lágrimas. Foram cerca de 5 golpes seguidos, um mais forte que o outro.

Elise aguentou todos calada, apenas apertando os lençóis quando ardia ao extremo.

- Impressionante - Michael divagou. Agora apenas passeando o chicote pela pele avermelhada dela. - Tem certeza que nunca foi submissa antes?

- Não senhor.

- Você é impressionante, bebê.

Ele voltou a se aproximar de Elise, virando-a sem dificuldade.Ela estava agora deitada com as costas no colchão e tendo suas mãos presas ao espaldar da cama. Michael voltou a ficar de pé a sua frente, com seu chicote em mãos... Ele começou a açoitá-la, mas dessa vez sem força alguma. As cerdas de couro do chicote, roçando contra a pele de seus seios e entre as suas coxas, eram torturantes, mais torturantes do que se ele tivesse lhe batendo com força.

- Por favor, senhor. - Elise choramingou.

Michael largou o chicote em um lugar qualquer e pegou a venda, colocando-a em Elise em seguida.
Ele tomou-lhe os lábios em um beijo sensual e intenso. Seus lábios abandonaram os dela para abocanhar seus seios. Ele brincou com os mamilos intumescidos, sugando-os, mordiscando-os, até ter uma Elise completamente insana abaixo dele. Michael abandonou seus seios para descer seus lábios para a intimidade de Elise.

- Tão molhada - Ele soprou contra as dobras molhadas dela. Elise se mexeu, empurrando seus quadris, e ganhou como repreensão uma mordida na virilha, que quase levou-a ao orgasmo.  - Quieta.

Quando Michael passou a língua desde sua entrada até seu clitóris pulsante, Elise gritou, forte o suficiente para suas codas vocais arderem. Dois dedos dele lhe adentraram e foram recebidos com um aperto.

- Goze, Elise - Como se seu corpo obedecesse seu comando de voz, Elise gozou. Tão forte que sua cabeça girou e ela sentiu-se fora de órbita por alguns segundos.

Seus olhos foram descobertos e ela abriu-os para contemplar o par de olhos negros que a encarava.

- Não feche os olhos - Ordenou.

Elise teve que se esforçar muito para não fechar os olhos quando ele invadiu-a, preenchendo-a e alargando-a com sua ereção extensa e grossa. Ela 'apertou-o' dentro de si. Michael grunhiu, começando a arremeter dentro dela.

Elise envolveu suas pernas na cintura dele, trazendo-o para ainda mais perto. Os olhos sempre fixos um no outro.

- Me solte, senhor - Elise pediu - Eu preciso tocá-lo.

Michael atendeu seu pedido, soltando-a. De imediato Elise passeou as mãos sobre seu peito, depois agarrou seus cachos e trouxe-o para um beijo.

Ele colocou a mão entre eles e enquanto estocava-a firmemente, ele movia seus dedos pelo clitóris dela.

- Michael - Ela chamou, cravando as unhas em suas costas.

Michael repreendeu-a mordendo-a mais uma vez, dessa vez um pouco mais acima do seio. E com isso Elise veio, em um orgasmo que não parecia findar.

Ainda trêmula e mole pelo orgasmo, ela foi surpreendida quando Michael colocou-a em cima dele, de costas para ele. Ergueu sua bunda, deixando-a na altura de seu rosto e o rosto de Elise na altura de seu membro, ainda ereto.

Elise não pensou duas vezes, tomou-o em suas mãos e logo após em sua boca, sugando-o com vontade, provando seu gosto ali. Michael também começou a sugá-la, sempre incansável, sempre levando-a a borda.

E Elise gozou, mais uma vez. Se não fosse a fome de tê-lo em sua boca ela teria desmaiado de cansaço naquele instante, mas a vontade de dar-lhe prazer era mais forte e quando ela sugou-o com força mais uma vez sentiu seus jatos quentes no fundo de sua garganta. Ela só parou de sugá-lo quando ele parecia ter despejado tudo dentro da boca dela.


Michael puxou-a sem dificuldades para seus braços e deu-lhe um beijo carinhoso na boca, mesclando seus gostos mais uma vez. Elise recostou a cabeça em seu peito ainda arfante e derivou em seu sono.


Capítulo 5


2 Semanas haviam se passado. Os dias mais felizes que Elise já passara. Ela estava nas nuvens com todo o progresso que havia feito com Michael. Ela não tinha mais vergonha de dizer-lhe o que queria na cama - Não que fosse necessário, já que ele era um deus entre quarto paredes - Mas ela usara desse argumento para dizer a si mesma que sentia-se liberta.

Fora da privacidade do quarto, ele a mimava e a cuidava, tratava-a como se ela fosse uma peça de porcelana.

Quando precisava trabalhar fazia questão de tê-la por perto, raramente ela ficou sozinha nessas semanas. Ah sim, e eles tiveram longas conversas, desde coisas muito importantes até amenidades do tipo "Qual seu filme favorito".

Ela sempre fantasiou em como Michael seria na intimidade e sempre achou que ele seria um cara legal, mas ele era muito, muito melhor do que  ela sonhou... Ela não podia  estar mais apaixonada. Pena que eles estavam prestes a voltar para a cidade talvez deixar esse paraíso traria problemas para eles.

- Tudo pronto? - Michael perguntou entrando no quarto.

- Sim - Elise assentiu.

Michael viu seu semblante triste e se aproximou, pegando-a em um abraço.

- O que há bebê? - Perguntou ofertando-lhe um carinho nos cabelos.

- A verdade era que eu não queria ir - Suspirou.

- Se eu pudesse adiaria nossa ida, mas sabe que já estou no limite. Tenho que trabalhar, amor.

- Eu entendo - Ela assentiu - Bem, vamos? - Ele se inclinou para salpicar um beijo suave nos lábios dela.

- Vamos, mas trate de por um sorriso nesse rosto, ou eu vou puni-la.

- Hummm, gostei da ideia - Ele riu.

- Eu criei um monstro.

O casal saiu de mãos dadas rumo ao carro.

Durante uma parte do percurso eles foram em silêncio. Elise chegou a cochilar, mas foi desperta pelo homem ao seu lado. Michael estava passando as mãos perigosamente pelas suas pernas.

- Me bolinando, senhor Jackson? - Michael olhou-a maliciosamente.

- Eu pretendo fazer bem mais que isso. - Elise sorriu.

Mais rápido do que ela pode se ater, Michael já tinha levantado seu vestido e arrancado sua calcinha. Depois de erguer a 'parede' do carro, para lhes dar privacidade, ele ajoelhou-se no chão do carro e puxou as pernas de Elise, deixando-a exposta e trazendo-a de encontro a sua boca. Ele sugou-a até ela se contorcer e gritar seu nome, libertando-se em um orgasmo.

Elise ajudou-o a descer sua calça e boxer, e montou-lhe, encaixando-se nele em uma só estocada. Michael grudou ambas as mãos nas nádegas dela e Elise apoiou as mãos em seus ombros. Ela passou a subir e descer por sua extensão, cada vez mais rápido. Ambos gemendo loucamente.

- Venha, Michael - Ela disse aos arquejos. Os olhos de Michael brilharam de aprovação por sua ousadia.

- Minha frase, bebê - Ele disse. Segurou-a com firmeza, impedindo-a de se mexer e estocou-a ainda mais selvagemente. 

Eles gritaram quando o orgasmo os atingiu.

Estavam abraçados, ainda ofegantes, quando o motorista bateu na parede divisória.

- Chegamos, senhor Jackson.

E voltar do paraíso não seria tão bom assim...

Continua em "30 tons de dourado"



"30 Tons de Dourado"




O dourado simboliza vibração elevada, vigor, inteligência superior e nobreza.

Elise já ouviu a proposta de Michael, já acatou-a, já se apaixonou perdidamente por ele. 

Ela provou de tudo com ele na cama e amou cada segundo. Agora Elise vai entrar em seu mundo de uma vez por todas. Ela vai conhecer seus irmãos, seus amigos e amigas...


Entrar no mundo de riqueza e luxo de Michael não vai ser nada fácil e nem bom para Elise.

Capítulo 1

Eles se arrumaram o mais depressa possível e quando já estavam apresentáveis desceram do carro.

- Onde estamos, Michael? - Elise perguntou confusa.

- Na minha casa, bebê. - Disse, tomando a mão dela na sua.

- Eu tenho que ir para casa, Michael. - Repreendeu - Na segunda minhas aulas retornam e tem também o emprego no café. Não acha que já sumi de lá por muito tempo?

- Você não trabalha mais - Ele bufou, puxando-a rumo a casa - E sobre suas aulas, o motorista pode levá-la.

- Não. Eu não vou parar de trabalhar - Disse irritada.

Michael encarou-a, com uma nítida expressão de impaciência no rosto.

- Você será, provavelmente, a senhora Jackson e acha que vou deixá-la trabalhar de garçonete no café?

- Bem, eu ainda não sou a  senhora Jackson e enquanto isso não acontecer continuarei com minha vida. Eu lhe disse que tinha meus requerimentos.

- Eu pedi que me falasse aquele dia.

- Pediu, mas nem estava prestando atenção. - Ele parou abruptamente e segurou Elise pelo queixo.

- Então me diga agora - Ele apertou mais firme sua bochecha - Isso é atenção suficiente?

Elise irritou-se e empurrou-o.

- Pare de agir feito um ogro. Você me domina na cama e só. Não é meu dono. - Sua voz tremeu na última frase.

Michael suspirou. Suas mãos passaram nervosamente em seus cabelos. O fato era que ele não estava acostumado a ser contrariado. Seus funcionários, amigos, mulheres, sempre faziam o que ele queria e ele não sabia como lidar com um 'não'.

- Desculpe  - Disse finalmente - Você pode continuar trabalhando e estudando. Eu só peço que venha viver comigo.. Eu preciso de você por perto, ademais sei que vive de favor na casa de sua prima e lá é bem pequeno para as duas.

- Não sei, irei pensar. Agora peça para seu motorista me levar.

- Por favor, Elise, não seja intransigente. Já pedi desculpas, o que custa entrar e conhecer minha casa? - Michael apontou a faixada da construção e só então Elise percebeu o tamanho da mansão  em que Michael morava. Era, sem duvida, a casa mais linda que ela já vira.

- Por favor, bebê - Ele pediu mais uma vez, e ela não resistiu.

Voltou a segurar a mão dele e ambos caminharam em silêncio rumo a casa. Elise ficava mais boquiaberta a cada metro andado.

Assim que entraram na casa, sem que Elise tivesse nem tempo de olhar para os lados, uma empregada veio as presas em sua direção.

- Senhor Jackson - Disse esbaforida - Senhora.

- Bom dia - Elise disse simpática.

- O que há Nana?

- Seu irmão está aí - Michael suspirou pesadamente.

- Quem deixou-o entrar?

- Ora, maninho, e eu preciso de consentimento para entrar em uma casa que é minha? - Elise virou-se a tempo de ver o homem alto e moreno parado a alguns metros deles, com um sorriso cínico nos lábios.

A mandíbula de Michael ficou tensa e o aperto na mão de Elise ficou mais forte.

- Michael - Elise segurou em seu braço, ciente de que ele estava pronto para atacar.

- Ahh e essa deve ser a vadia da vez... Michael, de modelos e atrizes à uma garçonete morta de fome  - Elise arregalou os olhos pelo ataque desnecessário de Jermaine.

Capítulo 2

Não houve aperto suficiente no braço de Michael que o parasse. Ele avançou em Jermaine, apertando seu colarinho com ambas as mãos, empurrou-o contra o corrimão da escada.

- Respeite Elise, ela não se equipara a vadia da sua esposa - Jermaine se irritou e tentou soltar-se - Se voltar a falar assim dela te arrebento - Michael soltou um Jermaine esbaforido.

- Seu idiota, cretino...

- Pare de me elogiar e diga logo o que veio fazer aqui?

- Vim em nome de meus irmãos exigir que saia dessa casa - Disse altivo.

- O que? - Michael perguntou incrédulo.

- Isso mesmo que ouviu. Enquanto não casar seus direitos resumem-se a zero. Só não o tiraremos da presidência por que temos consciência de que é um ótimo CEO.

- Vocês são inacreditáveis - Balançou a cabeça negativamente - Diga a todos que sairei daqui, agora saia da minha frente - Jermaine assentiu, um sorriso ironico nos lábios.

Quando ele atravessou a porta um Michael enfurecido subiu as escadas quase correndo. Elise, que até agora assistiu a tudo calada e chocada, subiu atrás dele.

Nunca passara pela sua cabeça que Michael tivesse uma relação tão difícil com os irmãos. Isso deveria deixá-lo muito triste, ela pensou. Elise não teve irmãos, mas sempre fora muito próxima de suas primas e com apenas uma nunca se dera bem, e isso sempre a incomodou, imagina ser assim com os irmãos, a única família que ele tem.

- Michael - Elise chamou timidamente, adentrando o quarto.

- O que quer, Elise? - Ele disse impaciente, enfiando uma roupa atrás da outra em uma mala.
Elise se aproximou e tocou seu ombro.

- Você tem a mim - Disse. E essa simples frase o fez parar. Ele virou e olhou-a com um sorriso nos lábios.

 Sem dizer nada ele puxou-a contra si em um abraço apertado, salpicando alguns beijos em sua cabeça.

- Obrigado, bebê. Agora vamos para meu apartamento, não quero mais ficar aqui.

Elise assentiu e assistiu com contentamento ele escovar seus cabelos para trás de sua orelha e espalhar beijos cálidos por seu rosto.

- Me espere lá embaixo, sim?

- Sim, senhor - Disse em tom submisso. Provocando-o.

- Pare de me provocar, senhorita Wood - Ela sorriu maliciosamente e caminhou para fora do quarto.

(...)


Elise olhou-se no espelho pela enésima vez apenas naquela noite. Ela mal podia acreditar na imagem que via refletida ali, nem reconhecia a si mesma dentro daquele vestido e coberta de jóias.


1 semana havia se passado desde que ela tinha ido morar com Michael. Ela decidiu ceder á seus apelos, até por que eles poderiam se tornar marido e mulher, e para isso eles precisavam se conhecer melhor e convivendo diariamente seria mais fácil. Por um lado ela acertou, pois sua relação com Michael estava indo as mil maravilhas.

Pela manhã eles saiam juntos para o trabalho, almoçavam juntos quase sempre, a tarde Elise ia para a faculdade e só voltada por volta das 6 horas, algum tempo depois Michael chegava, eles jantavam juntos e depois... Ahh depois a noite era curta para eles.

Mas nem tudo foram flores, assim que o romance foi a tona Elise passou a ser julgada, pelos colegas de trabalho, pelos colegas da faculdade, pelos irmãos de Michael, que a procuraram uma e outra vez para diminuí-la e afastá-la dele, mas Elise manteve-se forte e nem ousou contar a ele tal ocorrido. Ah, sim, sem falar na imprensa, que agora a taxavam de todos os nomes depreciativos possíveis, o título preferido deles era 'gata borralheira'.

Bem, Elise sabia que teria de enfrentar coisas do tipo quando topou entrar nisso. Não estava sendo fácil e algo lhe dizia que as coisas não tendiam a melhorar... E esse jantar, para o qual ela estava indo, seria mais um desafio.

Ela desceu as escadas de cabeça erguida, tentando parecer o mais natural possível naqueles saltos de 15 centímetros.

- Está maravilhosa, bebê - Michael disse boquiaberto.



Ele aproximou-se para segurar sua mão e beijá-la delicadamente nos lábios.

- Vamos? - Ele assentiu e de mãos dadas ambos seguiram para o carro.

Milhares de flashes cegaram Elise quando ela desceu do veículo, já em em frente ao casarão onde o jantar beneficente estava sendo realizado.
O aperto na mão de Michael ficou mais firme quando ambos pousaram para as fotos. Elise admirou o jeito seguro como ele pousava, mais parecia um super-modelo.

Ambos ignoraram as perguntas persuasivas dos repórteres e seguiram para dentro do evento.
Lá dentro Elise sentiu-se muito melhor do que achou que se sentiria. Michael não largou sua mão um segundo sequer, apresentando-a orgulhosamente como sua noiva, futura esposa. Os únicos olhares negativos que ela recebeu foi das moças solteiras, que se mostraram bastante irritadas por Elise estar tirando do mercado um  solteiro como Michael Jackson.

O jantar estava maravilhoso, o vinho agradabilíssimo e a compania de Michael não poderia ser mais atenciosa e carinhosa. Ele beijava-a e acariciava-a sempre que podia e seu olhar de "Mais tarde" a deixava mais excitada a cada momento.

- Michael - Michael deixou de encarar Elise para atender a dona da voz feminina. Elise fez o mesmo, e deparou-se coma belíssima morena de cabelos negros, olhos verdes e corpo escultural. Essa mulher deixava qualquer relis mortal no chinelo.



- Rose - Michael sorriu, cumprimentando-a. E Elise viu naquele sorriso e naquele olhar que aquela mulher era problema, e dos grandes.


Capítulo 3 


- Querido - A mulher sorriu, estendendo a mão para Michael. Ele sentou-se imediatamente para abraçá-la e dar-lhe dois beijos nas bochechas.

- Por onde andou nesses últimos 2 meses?

- Viajando por aí, baby. Uma tática para esquecê-lo um pouco, depois daquela noite - Rose soltou seu veneno.

Elise estava embasbacada, observando tudo. Seu sangue fervendo.

- Não seja exagerada, Rose - Disse sorrindo - Venha, sente-se conosco - Elise arregalou os olhos, desacreditando no que acabara de ouvir.

- Não vai me apresentar sua acompanhante? - Rose perguntou antes de aceitar o pedido dele e sentar-se a mesa.

- Claro, essa é Elise. Elise, essa é Rose.

- Prazer, querida - Disse exagerando na melosidade de sua voz.

- Prazer - Elise disse irônica.

As duas se olharam evidentemente com raiva e ambas sentaram. Michael entre as duas.

Nos primeiros 20 minutos a atenção intensiva de Michael foi dedicada a morena de olhos claros ao seu lado.

Elise tentou não prestar atenção na conversa, mas foi impossível, ainda mais com Rose fazendo questão de falar 3 oitavas mais alto o quanto eles se divertiam juntos desde que eram adolescentes.
Elise engoliu o nó que formou-se em sua garganta, tomou  mais um gole de sua bebida, antes de apanhar sua bolsa e se levantar.

- Vou ao toalete - Disse e finalmente Michael olhou-a, mas apenas assentiu e voltou a falar com Rose, que não deixou de dispensar um sorriso cínico para Elise.

Elise desviou dos banheiros e rumou para fora da festa. Assim que estava longe o suficiente, descalçou suas sandálias e caminhou até o ponto de táxi. Os olhos arderam pelas lágrimas acumuladas, mas ela não deixou uma sequer cair.

Quando o táxi parou em frente a seu antigo prédio ela pagou ao motorista e desejou-o boa noite antes de descer. Abriu a porta com uma das chaves que pediu ao porteiro, encontrou o apartamento vazio e na semi-penumbra, apenas a luz do quarto de Anne estava ligada.

- Anne  - Ela chamou. Arremessou os sapatos em um canto qualquer. Anne saiu do quarto vestida em um bonito vestido curto, saltos altos e cabelos presos.

- Elise, o que faz aqui? E vestida assim? - Ela franziu o cenho.

- Michael arrumou compania melhor na festa e me esqueceu.

- Como foi isso, meu anjo? Me conte. - Anne puxou a prima até o sofá, onde ambas sentaram. Ela contou resumidamente tudo que havia acontecido na festa, a todo momento tentando segurar as lágrimas. 

- Foi isso... - Deu de ombros.

- Mas que idiota!

- Pois é - Ela levantou e sorriu, fingindo tranquilidade - Agora vá para a sua festa.

- Eu não te deixarei sozinha assim.

- hey, eu estou bem.

- Eu te conheço Elise, sei que não está.

- É verdade, você me conhece bem, então sabe que prefiro ficar sozinha agora não é? - Anne assentiu.

- Vai mesmo ficar bem?

- Vou sim - Mentiu.

Anne abraçou-a e disse-lhe que ligasse a qualquer momento, se ela precisasse.

- E lembre-se, se ele aparecer aqui, mande ir se foder -  Elise riu dos modos da prima. Provavelmente ela jamais faria isso, mas não era má ideia.

Assim que Anne saiu Elise livrou-se das roupas e jóias e tomou um banho rápido, vestindo uma de suas camisas velhas que haviam ficado ali.

Estava na cozinha procurando o pote de sorvete, para 'afogar as mágoas' quando a campanhia tocou.

Ela se arrastou até lá, exausta não só física, mas também mentalmente.

- Michael - Murmurou chocada, assim que abriu a porta.

Ele não disse nada, apenas empurrou a porta, nada sutilmente, e entrou no apartamento.

- Feche a porta, Elise - Disse impassível.

- Michael, eu não... - Antes de Elise prosseguir a frase Michael caminhou até ela e bateu a porta, trancando-a. - Por que não me respeita uma vez e faz o que estou pedindo, vá embora, eu não quero conversar.

- Calada. Eu quero conversar e nós vamos conversar, mas não agora. Onde é seu quarto?

- O que? - Perguntou incrédula.

- Sabe que odeio me repetir - Grunhiu.

Elise analisou o homem bonito e imponente a sua frente. Dentro daquele terno risca de giz, cinza, ele parecia absolutamente comestível, ainda mais assim bravo. Se ela não estivesse com tanta raiva dele...

- Não tenho quarto, durmo aí - Ela apontou para o sofá.

Michael observou o pequeno sofá por alguns segundos. Ele mal podia acreditar que enquanto ele dormia em uma king-size, confortavelmente, o corpo delicado de Elise descansava naquele lugar desconfortável.

Isso quase roubou seu foco, mas ele retardou tais pensamentos.

- Tire a roupa - Decretou.

- Não - Ela desafiou.

- Agora, Elise - Foi quase um grito - É uma ordem!
Elise, ainda indignada, tirou as roupas quase rudemente. Em segundos ela estava completamente nua.

Michael desatou sua gravata e caminhou até ela, amarrando suas mãos.

A respiração de Elise já estava ofegante e seus olhos ardendo pelas lágrimas. Lágrimas de indignação, exatamente por estar excitada em uma situação como essa.

Ele puxou-a, sem dizer uma palavra, até ele estar sentado no sofá. Ele trouxe-a para seu colo, deitando-a de bruços sobre ele, os quadris de Elise apoiados exatamente sobre o dele.

Ela fechou os olhos e mordeu o lábio inferior quando sentiu o primeiro tapa, que logo foi seguido por outro ainda mais forte, e assim suscetivelmente. As carnes dela estavam trêmulas e ardidas quando ele parou. Elise sentia-se extremamente dolorida e excitada. Ela podia sentir sua intimidade úmida.

- Nunca mais fuja de mim, Elise - Ele disse, acariciando onde antes havia punido -  Não sabe como me senti, nem imagina.

- E você imagina como me senti? - Ela disse finalmente.

Michael afastou-a um pouco, apenas para ter acesso ao botão de sua calça, ele abriu-a e desceu-a um pouco, liberando seu membro rijo. Sem dificuldade alguma ele ergueu Elise, fazendo-a montá-lo.

O suspiro foi audível quando ela sentiu-se preenchida por ele. Michael ficou torturantemente imóvel dentro dela e impediu-a de se mover.

- É você, Elise. Não vê que é só você que eu quero - Disse sério, olhando-a nos olhos - Eu tenho te dado atenção intensiva durante as últimas semanas, eu só te negligenciei por alguns minutos e você foge de mim? - Elise engoliu em seco - Desculpe-me se isso te fez sentir mal... eu não faço, nunca mais... só não fuja mais de mim.

Ela viu nos olhos dele a sinceridade.

O assunto morreu depois disso, pois Michael ocupou a boca de ambos em um beijo maravilhosamente intenso. Ele abandonou os lábios dela e seguiu para seu pescoço, lá ele mordiscou e beijou todo o local, fazendo Elise gemer em satisfação. Chegando em seu ombro ele mordeu o local sem dó alguma, lambendo o ferimento em seguida para atenuar a dor. Os seios de Elise receberam atenção especial depois disso. Michael sugou-os e mordiscou-os até Elise estar rebolando involuntariamente.

- Mova-se, bebê - Disse, liberando o aperto na cintura dela, que a impedia de se mover.

Elise imediatamente iniciou os movimentos de sobe e desce. No início lentamente, saboreando o deleite de sentir-se empalada por ele. Mas logo a coisa tornou-se frenética. Ambos movendo-se um contra o outro, os lábios grudados em um beijo intenso, gemendo contra a boca um do outro.

- Michael - Elise gritou quando atingiu seu ápice. Todo seu corpo tremendo e retesando-se.

Ela sentiu-o tremer em baixo de si, quando ele também atingiu seu ápice.



Capítulo 4


Quando Elise sentiu os espasmos pós-orgasmo do seu corpo abrandarem, a sua raiva voltou. Ela livrou-se do aperto dele e se levantou, abaixou-se para catar suas roupas, vestindo-as em seguida.

- O que está fazendo, Elise? - Michael perguntou impacientemente. Agora também já recomposto.

- Estou me preparando para dormir, preciso que me deixe sozinha.

- Vamos para casa, bebê. - Disse doce.

- Minha casa é aqui, Michael. E não vai me convencer fazendo essa cara de coitado. Você me ignorou em uma festa, na qual eu era sua acompanhante, tudo por que uma mulher mais bonita, e provavelmente melhor foda que eu, apareceu te dando mole. Tem noção do quão ridícula eu me senti? - Elise desabafou, sem conter as lágrimas dessa vez.

- Bem, talvez eu tenha mesmo agido errado, mas...

- Mas, nada. - Ela cortou-o, dando-lhe as costas.

- Tudo bem- Suspirou - Me desculpe, bebê. Isso não vai mais acontecer - Ele se aproximou e segurou Elise pela cintura, virando-a para si - Por favor, volte comigo. Eu não vou conseguir dormir sem você.

- Tudo bem, me deixe entrar naquele exagero de vestido.

Elise afastou-se para ir se vestir.

(...)

O despertador de Elise soou as exatas 6:00 horas. Michael acordou-se junto com Elise e ficou quieto, observando-a se arrumar.

Ela deslizou a camisa vermelha pela cabeça e a calça de linho preta pelas pernas, caminhou para o banheiro e voltou de lá 10 minutos depois, já maquiada e com os cabelos arrumados.

Só então ela viu que Michael estava acordado,  olhando-a. E diga-se de passagem, com uma expressão nada bem humorada.

- Bom dia, amor - Ela disse sorrindo.

- Até quando vai insistir nisso, Elise? Não precisa trabalhar. Volte para a cama.


- Esse assunto a essa hora não dá - Revirou os olhos - Nos vemos no almoço?

- Não. Farei uma pequena viagem, talvez só volte depois das 23 horas.

Elise suspirou, odiava passar o dia longe dele.

- Sentirei saudades - Disse, olhando-o ternamente.

Michael abrandou seu humor e chamou-a para se aproximar.

- Também sentirei - Ele abraçou-a tão ternamente, que Elise desejou nunca mais sair daquele abraço - Vou te ligar a cada intervalo de reuniões.

- Para onde vai?

- Vou a Nova Iorque - Michael ergueu a sobrancelha - Se não trabalhasse poderia ir comigo.

- Não comece com joguinhos, seu trapaceiro - Elise disse de olhos estreitos. Ganhou um tapa na bunda como 'punição'.

- Não seja ousada. E agora quero um beijo - Ele segurou a nuca dela firmemente e trouxe seu rosto para si, reivindicando seus lábios em um beijo que ultrapassava a linha do intenso, era quase selvagem, violento, dolorido, e Elise amou. Ela pode sentir o gostinho de sangue quando se separara.

- Até logo, amor e qualquer coisa me ligue.

- Pense em mim.

- Eu pensarei, em cada minuto do meu dia - Elise sorriu e deu-lhe mais um selinho antes de sair do quarto.

A manhã no trabalho parecia se arrastar para Elise. Só em saber que Michael estava distante dela, que não estavam no mesmo prédio, isso a deixava sem ânimo. Isso fez Elise pensar em quão apaixonada estava por ele, o quão dependente dele ela se tornara e tal fato não parecia bom para Elise, já que eles não tinham nada. Se olhassem criticamente, eles só moravam juntos e talvez fossem namorados. Bem, Michael disseram que eram noivos, mas ele  nunca fez tal pedido e ademais ainda havia a história dos '30 modos de alcançá-lo', que Elise nem sabia em que pé andava, nem poderia imaginar quais eram esses modos e se ela já havia alcançado algum. A dúvida e incerteza martelavam em sua cabeça, como um lembrete de que ela não podia entregar seu coração aquele homem. Mas era tarde demais, ela pensou com amargura, seu coração, corpo e alma já eram dele e agora era torcer para que tudo não fosse por água abaixo e ela viesse a sofrer feito uma condenada.

Ela olhou para o relógio e viu que seu turno havia acabado, era quase meio-dia e ela tinha que se apressar para ir a faculdade. Elise já estava se livrando do avental da farda quando outra garçonete chamou-a.

- O que há Marvin?

- Alguém quer que você vá atendê-lo.

- Mas meu turno acabou.

- O homem exige que você vá até a mesa dele.

- E quem é? - Perguntou de cenho franzido.

- É um dos irmãos do seu noivo. Um dos donos da corporação.

Elise sentiu os pelos de seus braços se eriçarem de puro medo. Meio trêmula ela seguiu até a mesa em que o homem estava.

Ele era um moreno, vestido em uma camisa polo e um shorts cargo. O homem parecia casual e menos intimidante do que todos os outros Jacksons que ela já vira.

- O que deseja, senhor - Elise disse, de olhos grudados em seu bloquinho, pronta para anotar o pedido.

- Bem, creio que você é Elise. Sente-se  - Ele disse simpático.

- Não acho conveniente senhor, estou em horário de trabalho.

- Querida, eu sou um dos donos daqui não há problemas - Elise hesitou, mas obedeceu, sentando-se de frente para ele. - Jermaine não exagerou quando disse que você é linda. - Elise corou escarlate.

- Pode ser direto, por favor - Pediu.

- Claro. Bem, primeiro devo me apresentar - Ele estendeu a mão para ela - Sou Marlon, irmão mais novo de Michael.

Elise enxugou a mão suada no avental antes de apertar a mão dele.

- Agora pode dizer - Pediu mais uma vez. Marlon riu, achando uma graça seu jeitinho.

- Bem, Elise, você deve saber que Michael não tem uma boa relação com os irmãos. - Elise assentiu - Mas eu particularmente não tenho problemas com ele, só não temos muito contato. Se eu vim aqui hoje não foi para prejudicar Michael, mas sim para proteger você.

- Me proteger? - Ela perguntou confusa.

- Sim. Eu pesquisei bastante sobre você e cada coisa que descobri me fez admirá-la e ter certeza de que é uma boa pessoa. Elise, Michael é um homem sombrio, cheio de coisas complicadas, mulheres como você só podem se machucar ao lado dele - Elise observou o homem sorridente e aparentemente sincero. Ela irritou-se com seu comentário e mais ainda com a revelação de que ele a tinha investigado.

 Droga, agora todos a investigavam como se ela fosse uma criminosa! E o que esse homem tinha a ver com ela e Michael? NADA.

- Bom, isso eu que devo saber. Ninguém tem nada a ver - O sorriso de Marlon se desfez pela primeira vez e ele ficou sério.

- Duvido que Michael tenha contado o real motivo de ter pego a primeira que viu pela frente para se casar. E aparentemente ele fez uma boa escolha, pois posso ver o quão ingênua e influenciável você é. Já está caidinha por ele.

- Você e seus irmãos são um bando de falsos, que apunhalam o Michael pelas costas. Fique você sabendo que eu não sou ingênua, muito menos influenciável, eu apenas consigo enxergar no Michael o que todos vocês se recusam a ver. Ele é um bom homem. -  Marlon gargalhou ridiculamente alto, chamando a atenção dos demais clientes.

- Ele te enganou direitinho - Marlon disse, recuperando-se - Sua idiota, você vai se ferrar, o Michael...

- Senhorita Wood - Elise virou para a voz que interrompeu-os. Um homenzarrão alto e musculoso, vestido em um terno negro, estava parado atrás dela - O senhor Jackson mandou levá-la.

- Hã? - Antes que Elise se desse conta o homem estava arrastando-a do café. Ela ainda teve tempo de olhar para trás e ver Marlon balançando a cabeça em negativa - Hey, me solte - Ela exigiu quando já estava no elevador.

- O senhor Jackson quer vê-la na sala de conferências.

- Mas eu não quero vê-lo -Elise soltou-se do homem e parou o elevador, saindo do mesmo.

- Por favor, senhorita - Elise caminhou apressadamente, enquanto o segurança a seguia.
Ela entrou em outro elevador e conseguiu fugir do segurança. Desceu no térreo e correu de volta para o café, na esperança de encontrar Marlon lá. Agora ela queria saber o que ele tinha a lhe dizer. Mas ela não o achou mais lá.

Suspirou resignada.

- Senhorita, o senhor Jackson na linha - O segurança estava outra vez atrás dela, entregando-lhe o celular. Ela arrancou o celular das mãos dele.

- Amor - Michael disse esbaforido - Graças a Deus você me atendeu.

- Eu quero explicações, Michael. Quando voltar conversaremos - Dizendo isso ela desligou o telefone.


Capítulo 5

Elise se sentiu cansada ao extremo depois de toda aquela confusão. Voltou mais que depressa para a cozinha, apenas para livrar-se do avental e pegar sua bolsa. 

Ela dispensou o motorista e pegou um táxi, preferiu assim, afinal acabara de desistir de ir para a faculdade.

Seu celular tocou todo tempo durante o trajeto até o prédio onde ela morava com Michael, e ela ignorou-o.

Assim que se viu sozinha no gigantesco apartamento, ela se livrou das sandálias, jogou a bolsa em um canto qualquer e desabou sobre o sofá, literalmente desmaiando em um sono profundo.
Elise acordou com um afago gentil de mãos quentes e reconfortantes. Ela sorriu antes mesmo de abrir os olhos, ela sabia bem de quem era aquelas mãos.

- Michael - Elise abriu os olhos, ainda sorrindo.

Tonta pelo sono ainda estava alheia ao que havia acontecido antes dela pegar no sono.

- Bebê - Ele disse com a voz rouca, beijando levemente seus lábios.

Elise arregalou os olhos, subitamente lembrando-se do ocorrido. Levantou-se em um sobressalto.

- Adiou suas reuniões? - Perguntou fria.

- Não tive cabeça para nada.

- Com certeza a abordagem de seu irmão tem algo a ver com isso? - Michael assentiu - Primeiro quero saber como soube que o Marlon estava falando comigo?

- Tem seguranças te vigiando... E há câmeras no café, eu estava te vendo. - Elise riu, de puro nervoso.

- Deus, eu não tenho mais privacidade! Você me vigia, seu irmão me investiga - Ela balançou a cabeça em negativa.

- É para protegê-la, Elise. - Ele suspirou pesadamente - Espero que não tenha acreditado em nada que aquele idiota disse.

- Bem, ele não me disse nada demais. Isso por que você atrapalhou a conversa. Por que eu falar com ele te deixou em desespero, Michael? Eu sei que está me escondendo alguma coisa, sugiro que me diga, por que se eu descobri de um a forma errada pode ser pior.

- Não há nada - Ele disse irritado - Ele só quer colocá-la contra mim, para que eu não me case. É só isso.

- Tem certeza? Realmente não há algo que precise me dizer?

- Já disse que não - Michael deu-lhe as costas.

- Tudo bem - Elise suspirou para se recompor - Não quero ficar brigada com você por isso -  Michael virou-se para agarrá-la e prende-la em um abraço conciliador. Em poucos segundos eles estavam perdidos um nos lábios do outro.

(...)

Elise acabou de delinear seus lábios com o bar cor-de-vinho, borrifou um pouco de perfume na nuca e ajeitou o vestido pela décima vez. Ela sempre ficava nervosa ante a esses eventos. Mesmo depois de 3 meses ao lado de Michael e tendo que participar de vários jantares e eventos durante esse tempo, ainda assim ela ficava apreensiva.

Michael surpreendeu-a, rodeando sua cintura e abraçando-a por trás.

- Está belíssima, amor - Elogiou, beijando-lhe o pescoço.

- Obrigado - Ela sorriu.

- Está nervosa? - Michael perguntou, notando-a trêmula.

- Um pouco - Deu de ombros.

Michael passeou uma mão pela sua perna, adentrando-a pela fenda lateral do vestido. Ele alcançou rapidamente o elástico da calcinha dela, baixando-a em seguida.

- Michael, o que está fazendo?

- Sem calcinha hoje - Ele disse apenas. Elise não se moveu para ajudá-lo a tirar a peça.

 - Nem pensar - Disse.

- É uma ordem, ou vou te punir - Ela obedeceu-o, ainda hesitante. A ideia dele puni-la era mais interessante do que ir ao evento sem calcinha, mas ela estava nervosa demais para iniciar uma discussão sobre isso.

Sem mais, eles seguiram para o evento. Depois de todas aquelas fotos, apresentações e conversas chatas, eles finalmente sentaram para jantar.

Assim que o fizeram Michael enfiou a mão por baixo da mesa e começou a acariciar Elise, bastante sugestivamente. Ela deixou de bom grado, disfarçando o máximo que conseguiu.

Ele não parou por aí, infiltrando uma mão, nada sorrateira, dentro da fenda de seu vestido. Elise arregalou os olhos quando Michael tocou sua intimidade.

- Michael, pare. - Advertiu. Ele apenas olhou-a de sobrancelha arqueada e sorriu cinicamente.

Elise mordeu o lábio fortemente e enterrou a cabeça na curva do pescoço dele.

- Abra mais as pernas - Ele sussurrou. Elise obedeceu-o.

Michael passeou os dedos pela intimidade dela, puxando o ar entre os dentes ao senti-la tão molhada.

Ele pressionou o clitóris dela e passou a circulá-lo, com movimentos precisos e leves.

Elise sentiu uma vontade louca de apertar os seios, que estavam doloridos.

- Contenha-se, bebê e goze. - Ele disse firme.

E quando ele escorreu um dos dedos para dentro de Elise ela se desfez em um orgasmo. Ela teve que morder o pescoço dele para não gritar.

- Tudo bem amor? - Michael perguntou, diante do silêncio de Elise.

- Eu deveria te punir depois disso - Michael gargalhou. Elise pensou que esse era o som mais gostoso que ela já ouvira.

Finalmente ela conseguiu força suficiente para erguer a cabeça e olhá-lo.

- Vou ao banheiro. - Ela disse e Michael ampliou ainda mais o sorriso vendo seu rosto corado.

- Volte logo, amor - Ela assentiu.

Elise entrou na cabine do banheiro para se limpar, coisa que ela fez rapidamente. Aproveitou para retocar o batom em seguida.

- Ora, se não é a futura senhora Jackson - Elise encarou a imagem da mulher atrás de si.

A mulher estava olhando-a com desdém.

- Rose - Foi a única coisa que Elise disse.

- Você é patética, sabia? Mas se bem que não consigo ter raiva de você, só pena. Queridinha, o Michael foi um solteiro convicto até hoje, não houve uma mulher sequer que conseguiu que ele cogitasse a possibilidade de casar. Eu, por exemplo, sempre tentei, mas ele nunca deu esperanças. Bem que ele se fartou nesse corpo - Rose apertou os seios vulgarmente. Elise teve uma vontade louca de vomitar - Você achou mesmo que o Michael estava apaixonadinho por você? E que entre tantas mortais um ser insignificante como você iria chamar a atenção dele? Sério que nem desconfiou desse milagre? - Rose riu - Você foi apenas a primeira coisa que apareceu.

Elise suspirou uma e outra vez, impedindo as lágrimas de caírem. Ela tentou colocar em mente que Rose só estava querendo desestabilizá-la, e bem, ela estava conseguindo, mas Elise não iria deixar ela perceber isso e tampouco iria baixar ao nível dela.

Ela simplesmente ignorou Rose, deu as costas e preparou-se para sair do banheiro. Ela teria feito isso, se não tivesse trombado com alguém antes de sair.

- O que faz aqui, Marlon?

- Dessa vez você vai ouvir a verdade sobre Michael, Elise. Eu tenho obrigação de te contar.

Continua em "30 Tons de cinza"



"30 Tons de Cinza"



Cinza é a expressão de neutralidade. Símbolo da indecisão e da ausência de energia. Quanto mais sombrio, mais expressa desânimo e monotonia.


Elise teve a difícil prova dos tons de dourado de Michael. Ela provou de sua estrondosa riqueza, teve o desprazer de conhecer seus irmãos e a nada agradável, Rose.
Mas Elise ainda desconhecia o real motivo de Michael querê-la como esposa - Ele precisava de uma para receber sua herança - E talvez essa revelação feita de uma maneira persuasiavamente má intencionada, vá quebrar esse casal.
A história passará por seu lado cinza.

Capítulo 1

- Tudo bem - Elise respondeu. A verdade era que ela realmente estava curiosa para ouvir Marlon - Mas precisamos sair daqui.

- Não. Ninguém vai nos incomodar aqui - Ele cortou-a - Vamos direto ao assunto, certo? - Elise assentiu - Elise, Michael só propôs casamento a você por que ele precisava de uma esposa para receber sua parte na herança. Você pode pensar que ainda assim ele poderia escolher qualquer uma para tal cargo, mas ele foi exatamente até você, mas isso só aconteceu por que ele sabia o quão ingênua você é. Ele fez os papéis de seu casamento isentando você de quaisquer direito sobre os bens dele.

O mundo de Elise girou, literalmente. Ela precisou firmar suas pernas e segurar-se para não desabar.

- Mas ele me disse que... Ele não confia em mim?! - Ao chegar a tal conclusão os olhos de Elise se encheram de lágrimas.

- Eu te disse que não era mulher para ele - Marlon sentenciou - Eu tenho as provas do que falo aqui - Ele estendeu-lhe alguns papéis, que até então Elise não tinha visto - Eu consegui isso com o assistente do advogado de Michael.

Com as mãos trêmulas Elise agarrou os papéis e leu-os até onde conseguiu, e com uma dor imensa ela constatou que Marlon falava a verdade.

- E tem mais - A voz melosa e irritante de Rose quebrou o silêncio. Elise nem sequer lembrava que ela estava ali - Michael e eu nos encontramos a menos de 2 meses atrás, vocês já estavam juntos, mas isso não impediu-o de ter uma noite espetacular comigo - Rose sorriu vitoriosa.

- Mentira - Elise gritou. Ela poderia até acreditar na história da herança e na punhalada que Michael estava preparando para ela, mas em traição física ela se recusava em acreditar.

- Pergunte a ele. Exija que ele lhe diga a verdade - Ela arqueou a sobrancelha.

- Elise - Marlon voltou a conversa - Caso ainda não tenha entendido o plano de Michael, lhe explicarei. Ele se casaria com você, pegaria sua herança e lhe chutaria dias depois do casamento, provavelmente com uma mão na frente e outra atrás. Se ele sentisse o mínimo de pena de você ele te daria uma esmola para que não reclamasse.

- Ele se livraria de você para ficar comigo. Não viu como ele me olhou? Como ele ignorou-a completamente quando estava comigo? - Rose disse.

- Ele a iludiu, enfeitiçou. Você não é a primeira nem será a última mulher com a qual ele brinca.

- Você foi como um coelhinho fácil de se abater para um lobo como ele, querida. Não tens o mesmo sangue frio que eu, que sempre voltei para seus braços apesar de tudo. Tenho que te falar que você nos rendeu boas gargalhadas.

- Já chega! - Elise gritou tão forte que sua garganta ardeu.

Ela olhou mais uma vez para a belíssima mulher a sua frente, só a figura imponente da mulher já a humilhava. Seus olhos voltaram para Marlon, que olhava-a com uma evidente expressão de pena.
Uma única coisa passou por sua mente... correr dali e ela o fez, deixando as duas pessoas para trás, Elise voltou para a multidão da festa passando por ela feito um furacão. Lágrimas embaçavam sua visão e ela teve de empurrar alguns convidados para sair dali o mais depressa possível. Algumas pessoas a olhavam e apontavam, provavelmente consternados com seu aparente desespero.

- Elise - Ela ouviu alguém chamá-la momentos antes dela atravessar a porta principal. Ela virou-se para encarar o dono da voz.

Dois olhos negros observaram-na por poucos segundos, assim que ele viu o desespero estampado no rosto dela, Michael teve a certeza do que acontecera.

Elise virou-se e saiu do prédio, ela conseguiu entrar em um táxi antes de Michael alcançá-la.

A última imagem que ela teve foi de Michael parado na calçada, as mãos na cabeça, o rosto torcido de confusão e o nome 'Elise' saindo desesperadamente de sua boca.


Capítulo 2


O táxi demorou mais do que 20 minutos para chegar ao apartamento de Anne. Elise tirou todo o dinheiro que tinha na bolsa e entregou ao taxista, nem se dando o trabalho de saber quanto era.

Ela ignorou os olhares e burburinhos que lhe laçavam por onde ela passava. Provavelmente sua aparência deveria estar deplorável.

Elise encontrou o apartamento vazio, e agradeceu a si mesma por sempre carregar a chave consigo. Assim que ela adentrou o apê e fechou a porta, ela sentou-se no chão e chorou, chorou com toda a dor e o desespero que estava sentindo naquele momento.

Foram poucos minutos até que batidas na porta chamaram sua atenção.

- Elise, sei que está aí, abra a porta - Michael gritou, ainda batendo na porta.

- Vá embora - Elise gritou em resposta.

- Por favor, amor, por favor me deixe entrar. Não me afaste de você - Ele implorou com a voz trêmula.

Elise levantou-se tropega e firmou-se antes de abrir a porta. A última coisa que ela queria agora era vê-lo, mas ela precisava ouvir da boca dele, só assim para deixá-lo de vez.

Quando Elise abriu a porta viu uma figura tão triste e desesperada quanto a dela. Michael estava desesperado, sem o terno e a gravata, o rosto manchado por algumas lágrimas.

- Amor - Foi a única coisa que ele disse, logo após agarrou Elise em um abraço apertado, que não foi retribuído por ela.

Eles passaram alguns segundos assim, Michael abraçado a ela, ambos totalmente em silêncio.

- O que Marlon te disse, amor? O que ele e a Rose fizeram para te deixar assim? - Michael murmurou a pergunto no ouvido dela.

A voz dele tirou Elise de seus estado de torpor e trouxe de volta sua ira. Ela empurrou-o.

- Eles me disseram tudo que você me escondeu - Michael baixou a cabeça - Você estava maquinando para me apunhalar pelas costas.

- Eu... eu - Ele suspirou para tomar coragem, mas falhou miseravelmente.

- Você precisava de uma esposa para receber sua parte na herança e como não tinha tempo para procurar pegou a primeira idiota, iludiu-a e fez um plano mirabolante para não dar um tostão do seu maldito dinheiro  - Elise riu, sem vontade alguma - Para mim não era sobre dinheiro, nunca foi - Ela gritou - Sempre foi sobre sentimento, mas para você não é assim, não é?

- Bebê - Disse trêmulo.

- Pare! - Gritou - Pare com esse teatro, com essa voz doce, isso não me convence mais.

- Eu amo você.

- Não ama. Quem ama não faz o que você fez.

- Mas isso foi antes, Elise.

- Então por que não me contou? Por que não pegou aqueles papéis e rasgou-os? Por que não voltou atrás na sua decisão? Eu pedi que se abrisse comigo!

- Eu tive medo de sua reação. Eu tive medo do seu desprezo.

- Pois não adiantou, por que nesse momento eu te desprezo.

Michael sentiu as palavras de Elise lhe atingirem como um tapa no rosto.

- Não fale isso - Uma lágrima rolou por seu rosto.

- Então me diga que tudo que ouvi naquele banheiro era uma mentira, que você não conspirou contra mim, que você não dormiu com Rose quando estávamos juntos. Hã?! Vamos, me diga que é mentira.

- Eu não posso mais enganá-la.

- Então suma daqui e me deixe em paz.Leve isso consigo - Elise arrancou os brincos e o colar e jogou sobre seus pés - Eu não quero nada que tenha sido comprado com seu dinheiro. Eu prefiro continuar pobre, morando de favor, dormindo em um sofá, qualquer coisa é melhor do que viver uma realidade cheia de mentira, movida por ambição e dinheiro.

- Mas...

- Sem mais, Michael, vá embora, nossa história tem fim aqui - Elise caminhou até a porta e abriu-a - Me deixe sozinha, por favor, esqueça de mim.

 Michael caminhou para a saída, mas parou antes de deixar o apê.

- Vou deixá-la esfriar a cabeça, mas eu não desistir de você, amor. Nunca vou desistir - Dizendo isso ele saiu. 

Elise recostou-se a porta e voltou a sua crise de choro.


Capítulo 3 

Anne chegou no seu apê só pela manhã e encontrou Elise encolhida em um canto da sala, ainda vestida com o vestido caríssimo, ela dormia.

- Elise, querida, levantes-se desse chão - Anne chamou-a, chaqualhando-a.

Elise abriu os olhos, um tanto desorientada, e sentou-se.

- Peguei no sono aqui - Disse esfregando um ponto dolorido da cabeça.

- Problemas  no paraíso? - Elise assentiu, já sentindo as lágrimas enchendo seus olhos - Quer falar sobre isso?

- Pode ser depois de um banho?

- Claro, meu anjo, vista algo confortável e venha tomar café comigo, assim me conta - Elise assentiu e partiu para o banheiro.

Depois do banho e de um remédio para dor de cabeça Elise voltou para a cozinha e enquanto tomava café da manhã contou tudo que tinha acontecido na festa, e o ocorrido logo depois no apartamento. Ela ouviu Anne dizer-lhe que Michael não fosse de todo mal, que talvez, só talvez, ele estivesse falando a verdade e que para por tudo em pratos limpos eles precisavam conversar mais uma vez, agora de cabeça fria, para colocarem as coisas nos eixos. Ela ouviu como resposta de uma Elise magoada e triste, que não havia forma alguma dessa conversa acontecer.

(...)

1 Mês depois...

- Onde vai, Elise? - Anne perguntou, olhando para uma Elise abatida.

- Á procura de um emprego. Eu preciso dar continuidade a minha vida - Disse firme.

- Você se sente melhor? Tem passado mau nas últimas semanas 

- Estou melhor - Elise colocou a bolsa sobre o ombro e rumou para a a saída. - Até mais tarde amiga.

- Até, e se cuide! - Elise assentiu e retirou-se.

Ela visitou algumas empresas, deixou currículos e até conseguiu 2 entrevistas, mas nada de concreto.
Seu telefone tocou e ela viu no visor que tratava-se de Michael, mais uma vez não atendeu-o.

Ela perdeu as contas de quantas vezes ele ligou, mandou mensagens, as quais ela apagou antes mesmo de ler, sem falar nos inúmeros buquês de rosa, que chegavam a seu apê e ainda alguns recados enviados por seguranças dele. Elise ignorou tudo, sentindo uma dor imensa ao fazê-lo.

Ela o amava. Droga! amava-o loucamente, passou as últimas semanas deprimida, completamente doente, não só física, mas também sentimentalmente. Ela sentia-se funcionando no automático, levantava-se, ia para a faculdade, voltava para casa e caia em depressão novamente.


Elise decidiu que precisava começar a seguir em frente e ia iniciar tal mudança alterando sua rotina de depressão e ia fazer isso se enfiando nos estudos, enquanto não arrumava outro emprego.

- Anne, pregou o jornal essa manhã? - Pergunto.

- Peguei, está na mesa. Você e essa mania de ler esse troço - Elise riu.

- Eu preciso me manter informada, sabia? - Anne revirou os olhos.

- Vou nessa, já deu meu horário.

- Até mais.

- Tchau, meu anjo - Anne saiu batendo a porta.

Ela pegou o jornal e pôs-se a ler, Elise costumava se ater as partes interessantes do folheto, ignorando a coluna social, mas algo dessa vez induziu-a a ver exatamente essa página.  A imagem e legenda que ela viu ali fez seu estômago revirar

"O casal mais lindo, rico... perfeito de toda Manhattan"

Esse era o ridículo título em letras garrafais e abaixo uma foto de Michael e Rose, no último jantar beneficente. Ele estava sério, mas longe de parecer deprimido ou abalado. Dentro de um impecável terno cinza, que sobrepunha uma camisa branca e uma gravata vermelha. Rose estava com um vestido, que mais lhe parecia uma segunda pele, vermelho, perfeitamente maquiada, com um penteado impecável, jóias belíssimas e um sorriso largo nos lábios. Eles estavam lado a lado, parecendo um casal.

Eles eram!

Como se fosse cronometrado, o celular de Elise tocou, ela alcançou-o com dificuldade, pelas lágrimas que enchiam seus olhos, ela leu a mensagem apaixonada de Michael. Rapidamente o sangue ferveu-lhe nas veias.  

Como ele pode fazer isso? Brincar desse jeito com ela? Provavelmente está de casamento marcado com a outra e tem coragem de lhe mandar mensagens de amor?

Ela digitou tremulante uma resposta.

"Você é repulsivo. Eu vi o jornal. Seja feliz com sua noiva e faça o favor de me esquecer."

Em seguida ela desligou o celular.

Foram certeiros 20 minutos até alguém bater na porta. Elise enxugou as lágrimas, penteou com os dedos os cabelos em desalinho e foi atender a porta.


- Michael? - Disse surpresa, observando a figura bonita e completamente em desalinho a sua frente.


Capítulo 4


- O que quer? - Perguntou ríspida.

- O... o que viu no jornal? Ele perguntou com a voz trêmula. Elise riu, nervosamente.

- O que acha que vi, hum? -  Suas sobrancelhas ergueram-se em ironia - O mais novo casal de Manhattan. Olha, eu não me importo  que você fique com Rose, que se case com ela, que tenham filhos ou qualquer outra coisa, só pare de me mandar mensagens de amor, pare de suas tentativas ridículas de aproximação. Você nem mesmo se importa comigo - Elise gritou a última frase, seu rosto banhado em lágrimas.

- Como pode dizer isso? Como pode achar que eu não me importo? - Ele disse baixinho. E mesmo que a raiva não deixasse Elise ver, qualquer um notaria a dor nos olhos dele.

- Como posso achar isso? - Ela riu novamente - Será que é por que você estava me manipulando, pronto para me apunhalar pelas costas? Oh, não, será que é por que você estava trepando com sua amiguinha enquanto bancava o apaixonadinho pra mim? - Disse irônica.

- Eu te daria toda a minha fortuna agora, passaria tudo para você, se isso fizesse você voltar para mim.

- Isso não é sobre dinheiro - Disse entre-dentes - Não quero um tostão seu. Isso é sobre confiar, coisa que não posso mais usar com você.

- Um dia terá de me perdoar, nem que eu leve toda minha vida tentando.

- Você não pode esperar por mim, esqueceu que tem de casar? e posso apostar que as coisas estão bem encaminhadas com Rose.

- Não - Gritou impacientando-se - Rose e eu éramos apenas amigos, hoje nem mais isso. Eu não me casaria com ela, nunca.

- Não foi isso que me pareceu no jornal. E até onde eu sei amigos não transam uns com o outros.

- Escute uma coisa - Ele irritou-se e aproximou-se para segurar Elise pelos ombros - Eu.Não.Quero.Rose. Nós nos conhecemos desde que éramos crianças, nossas famílias são amigas e por isso ela vive por perto. Nós transamos algumas vezes, é verdade, mas nunca foi nada mais além de sexo para mim. Da última vez que dormimos juntos eu estava bêbado, completamente atordoado, sem saber o que fazer com os sentimentos que estavam me invadindo. Ela aproveitou-se e então aconteceu, mas eu nem sequer me lembro... Você precisa entender que independente de todas as merdas que eu fiz, eu amo você, Elise. Eu a amo e estou desesperado para que volte comigo, para tê-la ao meu lado outra vez. Eu não consigo mais fazer coisa alguma sabendo que você está magoada comigo. Eu não vou me casar com nenhuma outra, eu vou abrir mão de minha herança, vou expulsar Rose de minha vida ou qualquer outra coisa que te incomode, qualquer coisa para que você me perdoe e volte para casa comigo. - Michael despejou tudo, olhando-a nos olhos.

Elise piscou surpresa, as lágrimas ainda caindo em abundância pelo seu rosto.

- Eu... eu...

- Elise - Uma voz masculina, vinda da entrada da casa chamou a atenção deles.

Michael encarou o homem a sua frente de cenho franzido.

- Quem é ele? - Michael perguntou.

Elise se adiantou e puxou o homem para dentro.

- Esse é Herbert, nós estamos nos conhecendo - Herbert a olhou de cenho franzido, mas não disse nada.

Elise queria ferir Michael de alguma forma, ela queria mostrar a ele como ela própria se sentia quando o via com Rose. E apesar de ter se balançado com tudo que ele disse, não estava disposta a ceder..

- Eu que não me importo, não é mesmo? Ele balançou a cabeça negativamente. Michael lançou um olhar de reprovação para Elise - Quer mesmo que eu vá, depois de tudo que eu disse? - Elise assentiu, incapaz de falar algo.

Michael suspirou e rumou para a porta, saindo sem olhar para trás.

Elise se jogou nos braços de Herbet, que nada mais era que o namorado de Anne.

(...)

Mais uma semana havia se passado. Uma semana inteira sem nenhum sinal de vida de Michael. Ele parecia realmente ter desistido dela.

Droga! Não era isso que ela queria? Não foi ela que deixou-o ir? Então por que a dor da perda estava matando-a a cada dia? Por que ela ansiava por um telefonema dele?

Ela suspirou e apressou o passo. Estava vindo de mais uma entrevista de emprego, decidiu caminhar um pouco até em casa, pareceu-lhe uma boa ideia, até ela notar que teria de passar por algumas vielas desertas.

De cabeça baixa, ela não viu o homem que bloqueava sua passagem, apenas sentiu quando seus corpos trombaram.

Elise levantou os olhos e um arrepio ruim tomou-a, ela reconheceu a figura na penumbra.

- Você? - Perguntou completamente assustada.

O homem agarrou seus braços em um aperto de morte.


- Vamos acertar nossas contas, docinho -  O homem sorriu.


Capítulo 5

Michael sentiu um enorme aperto no peito e estranhamente Elise lhe envio a mente Ele ligou para sua secretária e pediu que ela cancelasse a última reunião da noite. Ele precisava ir para casa, tomar algo alcoolico e dormir. Só assim para ele dissuadir a vontade de ligar para ela.

Já fazia uma semana que ele não a via ou sequer ouvia sua voz e ele estava morrendo por isso, mas não iria se render. Ele a deixaria ser feliz. Tudo já estava planejado para ele. Assim que o prazo de 3 meses, para se casar, acabasse, ele abriria mão de sua parte na herança e iria embora da cidade, abriria um pequeno negócio com o dinheiro que guardara e iria se dedicar inteiramente a seu trabalho.Michael estava certo de que essa era a única forma de dar certo, já que ele não teria mais Elise e com certeza jamais se curaria da dor que estava sentindo. Por isso ele sempre fugira do tal 'amor', ele sabia bem que isso nunca acabava bem. Era rara as vezes em que duas pessoas que se amam tem seu "felizes para sempre".

Michael jogou as chaves do carro na mesinha de centro,e  com um suspiro de frustração caminhou pelo apartamento, escuro e vazio, até o bar. Enquanto servia-se de uma dose de uísque ele se lembrara da falta que Elise fazia ali, tudo poderia ter sido diferente se ele não tivesse agido feito um egoísta ambicioso. Se ao menos não tivesse sido Marlon a contar para Elise toda a verdade... Desgraçado! Mas ele teve o que mereceu, a surra que levou de Michael dois dias depois do ocorrido no banheiro, o deixaria dolorido por alguns dias.
Ele tomou a bebida em um só gole, voltou para a sala levando consigo a garrafa do caro liquido.

Seu celular tocou. Quando ele viu o número que piscava na tela, seu coração acelerou.

- Elise? - Ele atendeu, um sorriso amplo formado em seu rosto - Amor, não tem noção do quanto esperei por um sinal seu - Ele escutou a respiração ofegante dela e preocupou-se - Está bem, bebê?

- Eu... Michael, eu te liguei por que... - Ela hesitou - Eu preciso de dinheiro.

Ele estranhou muitíssimo seu tom de voz e ainda mais aquele pedido descabido.

- Você está realmente bem? - Ele não obteve resposta alguma por segundos - Elise?

- Eu estou aqui, droga! Você pode liberar a droga do dinheiro? Não consegue ver que desde o começo isso era tudo que me interessava em você? - Ela gritou, chorando - Além de sua carinha bonita e sua conta bancária , não há nada mais de conquistável em você. Agora seja razoável e me pague pelo tempo que perdi com você. Seu bastardo!

Michael engoliu em seco, uma lágrima solitária descendo por seu rosto. Uma dor descomunal apertando seu peito. Ele pensou que poderia ouvir que o ferissem de muitas pessoas, mas nunca de Elise.

- Então sempre foi sobre dinheiro? - Ele perguntou com a voz embargada.

- Sim - Elise gritou.

- Quanto? - Perguntou firme.

- 2 Milhões. Sei que sabe o número de minha conta, então seja digno e faça o favor de ressarcir meu tempo perdido o mais rápido possível.

- Se isso era tudo, vou depositar o dinheiro agora mesmo. Você acabou com minha vida, Elise. Depois de tudo que que ouvi nunca mais serei o mesmo.

Ele não obteve resposta, ela havia desligado.

Imediatamente ele ligou para seu advogado e lhe deu a ordem para que ele transferisse o dinheiro para a conta dela. Quando ele desligou o celular uma raiva animal tomou-o. Michael destruiu metade do apartamento. Acabou sentado no chão da sala, chorando. Ele estava se achando patético, idiota... Tinha entregado seu coração a ela, tinha se entregado...

Seu celular voltou a tocar e ele conseguiu achá-lo em meio ao caos.

- O que é? - Disse impaciente.

- Michael? Michael? - A mulher disse aflita.

- Quem é? - Perguntou de cenho franzido.

- É a prima de Elise, Anne. Michael, Elise sumiu, acho que Andrew pegou-a... Ele vai matá-la.

O celular escapou de sua mão, caindo no chão em um baque mudo. Ele não sabia quem era Andrew, mas ele podia sentir que Elise estava em perigo.

Continua em "30 Tons de Branco"




"30 Tons de Branco"


O branco remete a paz, sinceridade, pureza, verdade, inocência, calma.


As coisas entre Michael e Elise se complicaram. Descobrir que Michael a enganaria, feriu Elise sobremaneira. Consequentemente veio o afastamento, os pedidos de desculpas, as declarações... Nada amoleceu Elise.


E agora que um monstro do passado voltou, as coisas podem ficar bem perigosas. Michael conseguirá salvar sua amada? Conseguirá resgatar seu amor? O 'felizes para sempre' deles acontecerá?

Capítulo 1

Ele caminhou atordoado pelo apartamento por poucos segundos. Pegou o celular no chão e discou para seu segurança, mandou que preparassem um carro. Quando já estava no veículo a caminho da casa de Anne, ligou para um delegado que era seu amigo e pediu que juntasse um grupo e os encontrasse no endereço de Anne.

Se algum desgraçado tinha pegado-a ele iria se arrepender.

Michael estava desesperado... Se algo acontecesse a Elise ele... Deus, ele não queria nem pensar nessa possibilidade.

Uma lágrima desceu por seu rosto e ele apertou as mãos em punho... Ele deveria ter notado na voz dela, ele foi um insensível achando que Elise  só tinha se interessado em seu dinheiro. Jamais deveria ter pensado algo assim dela.

Assim que o motorista estacionou em frente ao humilde prédio, Michael desceu quase correndo. Ele bateu na porta e uma Anne chorosa o atendeu.

- Michael - Disse. Ele apertou os lábios em uma linha fina.

- Ela não apareceu? - Michael perguntou.

- Não - Anne esforçou-se para dizer - Ela saiu daqui para uma entrevista de emprego e desde então nada dela.

- Ela me ligou - Michael disse, adentrando o apartamento - Me pediu dinheiro.

- Ohh Deus, então foi mesmo ele - Michael encarou-a.

- Quem é Andrew?

- Ele... Ele é um ex-namorado de Elise. Eles ficaram juntos por quase 5 anos, quase casaram, até um dia em que brigaram e ele bateu nela. 
Tanto que ela teve de ser hospitalizada. Na época, ela não pode sair da cidade onde morava por causa de sua mãe, que estava doente, então ele a perseguiu por todo tempo. Quando titia Elza morreu ele voltou a perturbar Elise, ele bateu nela mais uma vez, feriu-a com uma faca.

- A cicatriz - Michael divagou.

- Sim. Então ela teve de vir embora para cá. Não sabíamos que ele havia a encontrado, provavelmente viu-a com você em algum jornal... Michael, ele é louco, ele não hesitará em acabar com Elise.

- Ele não vai ter chance - Michael disse firme.
Passos vindos do corredor chamou a atenção deles. Cerca de 5 homens entraram no pequeno apartamento de Anne, cumprimentando-os com acenos de cabeça.

- Em que posso ajudar, Michael? - Boris, delegado, e amigo de Michael, inquiriu.

-Elise. Ela sumiu a algumas horas atrás e já sabemos quem a raptou. Foi um ex- namorado, Andrew. Ela já entrou em contato comigo e pediu dinheiro, com certeza a mando dele. Eu já transferi a quantia para a a conta dela.

- Vamos rastrear a ligação agora mesmo.

- Não precisa, eu dei o celular que Elise tem e nele há um rastreador. Podemos ir até eles agora mesmo.

- Não. Façamos melhor, não tenho dúvidas de que irá tentar uma quantia desse dinheiro em um banco, nós vamos exatamente para o banco onde ela tem conta e iremos armar uma emboscada lá. - Michael assentiu, ainda inseguro sobre tal plano. - Vamos, chamaremos reforços no caminho.

- Michael - Anne chamou, segurando suas mãos -  Não deixe nada acontecer com ela.

- Darei minha vida se for preciso - Anne assentiu, confiante em suas palavras.

(...)

- Vamos - Andrew disse, segurando Elise pelo braço.

- Para onde está me levando, Andrew?

- Vamos sacar o dinheiro que seu noivinho transferiu para sua conta. Aquele babaca pagará para matarem a vadia dele - Andrew riu perversamente. Ele aproximou-se de Elise e roçou os lábios em seu pescoço, ela sentiu uma vontade imediata de vomitar. - Talvez ainda me divirta um pouco com você antes de matá-la.

- Você é doente - Ela disse e sentiu a força de seu tapa, que a derrubou.

- Você vai ficar calada, ouviu? - Ele gritou, reclinando-se até o chão para trazer Elise pelos cabelos. Ela grunhiu de dor. - Se não fizer tudo direitinho, além de te matar eu acabo com aquele riquinho de merda. Eu não tenho nada a perder, querida. Vai se comportar, não é? - Elise assentiu, lutando contra as lágrimas. - Ótimo, docinho, agora vamos.


Capítulo 2

Michael seguiu com seu amigo no carro, seu coração batendo aceleradamente, sua boca seca pela ansiedade, seus pensamentos toldados pelas cenas que ele vivera com Elise.

Ele a amava! A amava loucamente e sem dúvidas ele não se via vivendo sem ela.

Esse mês de afastamento tornou-a um desesperado, um bêbado patético, que enchia a cara até dormir, para não ceder a vontade de atormentá-la com ligações.

- Michael - Boris chamou-o e ele voltou sua atenção para o amigo.

Eles já estavam estacionados em frente ao banco, apenas dois carros a paisana estavam ali, o resto das viaturas foram direcionadas para as saidas laterais e dos fundos do banco.

Michael agitou-se em seu assento quando Boris ligou seu rádio.

- Boris na escuta, algum movimento suspeito? - Boris disse.

- Um homem e uma mulher estão no banco a alguns minutos, eles estão falando com o gerente buscando retirar uma grande quantia em dinheiro.

- Mande-me a imagem da câmera agora.

Um instante depois Michael e Boris viram na pequena TV portátil, um homem vestido elegantemente  e uma jovem de cabelos ruivos e traços delicados. Ela estava um pouco machucada no rosto e parecia assustada.

- É ela, Boris, é ela! - Michael disse 2 oitavas mais alto - Eu vou até lá - Ele tentou abrir a porta do carro, mas Boris foi mais rápido, travado-a.

- Está louco? Vai colocar tudo a perder, Michael. Acalme-se - Michael respirou fundo e torceu os dedos nervosamente. Tal gesto lembrou-o do quanto ele via Elise fazer o mesmo.

Sua atenção voltou para a TV quando Andrew apertou a mão do gerente, que se retirou para provavelmente ir em busca do dinheiro. O homem agarrou Elise pelo pescoço e trouxe-a para um beijo, a mulher contorceu-se em seus braços.

A mandíbula de Michael se apertou, suas mãos fechando em punhos.

- Eu vou matar esse desgraçado! - Michael grunhiu - Faça alguma coisa Boris - Gritou.

Boris capturou seu rádio e deu ordens para que invadissem o prédio.

Dentro do banco Andrew ouviu passos se aproximando, e esperto como era  puxou Elise para dentro de de uma ante-sala que havia ali e fechou a porta. Assim que estava seguro o suficiente ele empurrou Elise até a parede mais próxima.

A cabeça dela doeu quando se chocou contra a parede. Andrew ouviu batidas estridentes na porta e apressou-se em puxar a arma de sua cintura.

- Me deixe em paz, Andrew - Elise pediu chorando - Não vê que é o fim da linha, que não há mais saida.

- Saia daí Andrew Mathias, você está cercado. - Uma voz estridente soou do outro lado da porta, seguida por um impacto, que fez toda a ante-sala tremer.

Andrew riu, debochadamente.

- Acha que vou deixá-la viva pra você correr para os braços daquele riquinho de merda? Eu amei você, lutei por você e o que fez, hum? Me abandonou - Ele gritou, esfregando o cano frio da arma no rosto de Elise - Diga adeus a vida, sua vadia - Ele roçou os lábios contra os dela, em seguida plantou a arma ali. Elise remexeu-se, empurrou-o.

Três tiros puseram fim a agonia de dentro da sala.
Em fim os policiais conseguiram arrombar a porta.
Ao chão estavam Andrew e Elise, ambos desacordados e ensanguentados.

Na porta um Michael em choque observava a cena atordoante a sua frente.

Sua Elise estava morta! 

Deus. Não podia ser verdade.


Capítulo 3

Ele caminhou completamente alheio ao completo caos que ocorria na pequena sala. Em nenhum momento Michael olhou para o rosto de Elise, ele, na verdade, estava com medo de olhar para lá e ver aqueles olhos castanhos fechados, aquele lábios cheios sem cor, sua pele branca manchada de sangue. Por isso ele focou seus olhos nas mãos dela e caminhou até estar ao seu lado. Ele sentou-se ali, capturando a mão dela na sua. Michael apertou-a, desejando do fundo de sua alma que seus dedos mexessem minimamente, que ela desse algum sinal de vida, mas a mão dela estava mole contra a sua. Michael sentiu as lágrimas inundarem seus olhos e ele piscou, deixando-as correr livres por seu rosto.

- Meu amor, você tem de ficar bem. Eu... eu - Ele soluçou - Eu estava pronto para deixar a empresa, eu ia fazer isso para voltar para você. Ia pedi-la outra vez em casamento, agora do jeito certo. Nós temos tudo para sermos felizes... Então, por favor, seja forte bebê -  Michael disse, em seguida levou a mão de Elise até seus lábios e beijou-a.

- Senhor, nos dê licença, precisamos levá-la - Uma voz soou pelas costas de Michael. Só então ele notou que não estava sozinho ali.

- Eu não vou sair - Rugiu em resposta - Não vou soltar a mão dela.

- Senhor, cada segundo é essencial para a paciente, pode estar eliminando as chances dela.

Chances? Deus, ela ainda tinha chances?

Ele tinha alguma ínfima esperança de ver sua Elise bem.

- Venha, Michael, deixe-os trabalhar - Alguém lhe falou e puxou-o de perto de Elise.

Soltar sua mão foi tão doloroso para ele.

Só então ele viu o rosto dela e todas as coisas que ele temeu ver estavam lá, os olhos fechados, a boca sem cor, o rosto ensanguentado.

Ele pensou que fosse desabar naquele exato momento.

- Precisa ser forte - Uma voz feminina chamou sua atenção e braços rodearam-no em um abraço. Era Anne, que havia chegado. Ele não soube ao certo em que momento ele chegou, nem sabia que já havia passado tempo suficiente para ela estar ali.

- Elise... ela - Ele tentou falar, mas sua voz embargou.

- Escute - Anne disse firme - Pode não parecer, mas Elise é uma garota forte, ela vai sobreviver, mas para isso ela precisa de você bem. Você precisa colocá-la no melhor hospital, com o melhor médico e precisa segurar sua mão quando ela precisar, ouviu? - Ele assentiu. Deixando imediatamente seu momento de choque de lado.

(...)

1 Mês depois.

Elise lutou contra o peso de suas pálpebras e conseguiu abrir os olhos. Ela piscou diversas vezes para se adaptar a luz, traçando outra luta para conseguir virar a cabeça e ver o lugar ao seu redor. Ela encontrou Michael ao seu lado, metade do corpo debruçado sobre a cama, sua mãos por cima da dela.

Ela sentiu muita vontade de sorrir, mas ao tentar fazê-lo sentiu como se milhares de agulhas estivessem a furando. Ela levou a mão livre até seu rosto e percebeu que o lado direito do mesmo estava coberto.

- Michael - Chamou fracamente, sua mão apertando a dele.

Michael abriu os olhos e se sobressaltou. Elise notou o quão cansado e triste ele parecia. Ela sentiu uma vontade avassaladora de abraçá-lo.

- Bebê - A voz dele soou rouca - Vou chamar a enfermeira - Ele ia levantar-se, mas Elise impediu-o, segurando sua mão.

- Espere um pouco - Ele assentiu -  A quanto tempo estou aqui?

- Um mês, amor - Ele afagou seus cabelos.

- E você esteve aqui todo esse tempo? - Perguntou, sem esconder sua surpresa.

- Claro, não sai daqui um dia sequer - Ele sorriu.

- E seu trabalho?

- Eu larguei tudo...

- Por mim?

- Por você, por nosso amor - Ela ignorou a dor e sorriu.

- Obrigado - Uma lágrima desceu por seu rosto.

- Não agradeça, eu faria qualquer coisa por você... Tive tanto medo de perdê-la - Confessou.

- Eu estou aqui, amor, estou aqui - Michael levantou-se e plantou um beijo suave nos lábios dela e ambos compartilharam um sorriso.

Capítulo 4  (Penúltimo capítulo)

 Michael apoiou a mão firmemente nas costas dela, ajudando-a a andar pelos corredores, que davam a acesso a entrada de seu apartamento.

Foi com um sorriso de satisfação que ela entrou no lugar. Elise suspirou olhando tudo a sua volta, a sensação de lar tomando-a imediatamente.

Quando finalmente virou-se, encontrou Michael sorrindo largamente, mas ainda assim uma lágrima rolava por seu rosto. Ela se aproximou.

- Hey, amor, alegre-se - Elise pediu, limpando sua lágrima.

- Eu estou feliz... Eu tive tanto medo de nunca mais ver essa cena - Ele sussurrou - De não te ver mais entrando por essa porta...

- Pense que agora eu estou aqui, e nunca mais sairei. Hum?

- E não vai mesmo, por que eu não vou deixar.

- Meu Jackson mandão - Ela sorriu, mas sua expressão mudou quando lembrou-sedo seu rosto. -  Michael, você me ama, mesmo eu estando assim? - Ela tocou o rosto e desviou os olhos.

Elise tinha tomado um tiro no rosto, ela perdera 50 por cento da audição de seu ouvido direito e havia ganhado uma cicatriz no rosto, por conta do tiro.

Michael levou levou seus dedos ao queixo dela, fazendo-a encará-lo.

- Eu amo você, amo tudo que você é, amo tudo que eu você me ensinou, amo a pessoa que sou quando estou com você. Eu nunca pensaria em outra mulher para estar ao me lado, para o resto da minha vida. Eu largaria qualquer coisa por você, mudaria o que eu sou... Tudo isso por que eu te amo e isso nunca vai mudar bebê. Case-se comigo?! - Ele aproximou-se dela e pôs em sua frente uma caixinha aberta. Dentro um anel cravejado de diamantes. - Agora de verdade, sem contratos, sem dinheiro, sem mentiras. Só você, eu e o nosso amor. - Ele sorriu.

Elise fungou, enxugando as lágrimas com o dorso da mão.

- Eu aceito - Ela sorriu. Eles beijaram-se.

(...)

Michael fogou o nó da gravata pela enésima vez em um curto espaço de tempo de 2 minutos.

Ele não costumava ficar nervoso, mas esse atraso de Elise estava enervando-o.

- Acalme-se garoto ou vai arrancar sua gravata - Drey, amigo de longa data de Michael, que havia acabado de chegar de viagem, adivertiu-o rindo.

- Me diga por que insisti em casar? - Michael soou desesperado - Eu não sabia que isso iria me deixar assim.

- Hummm se bem me lembro, você insistiu em casar por que está caidinho pela Elisinha - Respondeu rindo.

- Já disse para parar de chamá-la assim - Disse bravo.

Drey e Elise havia se tornado bons amigos, fato que desagradava o possessivo Michael.

Não que ele não confiasse no amigo, só não agradava vê-lo tão perto de Elise.

(...)

- Pronta? - Anne perguntou, dando uma última ajeitada no vestido de Elise.

Ela estava deslumbrante dentro de um vestido branco, a parte de cima era composta por um casaquinho de renda e um corselet, que curvava ainda mais seu corpo, em baixo uma saia frondosa descia por suas pernas como uma cascata branca. Seu cabelo foi penteado em uma trança lateral e algumas pequeninas flores foram espalhadas ali. Um colar e brincos de pérola a adornavam, uma leve maquiagem deixava seu rosto, agora com a cicatriz menos visível, ainda mais delicado e feminino, e um lindo buquê de rosas brancas e vermelhas arrematavam seu look.

Ela sorriu e respondeu Anne um efusivo 'sim'.

Assim que ela pôs os pés no belíssimo jardim da mansão dos Jackson. a marcha nupcial começou a tocar.

Ela sorriu satisfeita com a cena a sua frente. Seu grande amor, sua amiga de longa data, Anne, seu mais novo amigo, Drey, Randy e sua esposa.

Ela ficou feliz, que em 6 meses ela conseguiu fazer os irmãos se entenderem. Eles relutaram, é verdade, principalmente Michael, depois do que Randy fez, mas tudo que eles precisavam era de uma conversa franca, de exporem seus sentimentos. Muitos pedidos de desculpas depois, eles finalmente se abraçaram e selaram a paz. E agora estavam tentando se relacionarem.

Agora sim ela poderia ser inteiramente feliz, com o homem que ama, sem a ameaça constante de Andrew, que agora estava morto e enterrado.

Elise caminhou decididamente até o altar, seu rosto já banhado em lágrimas.

Ele sorriu e passou o polegar por seu rosto, enxugando o mesmo.

- Amo você - Ele disse e estendeu sua mão para ela. 

Elise sorriu e segurou-a firmemente.

- Também o amo - Respondeu.

30 minutos depois eles estavam dizendo o famoso 'aceito' e trocando alianças.

Michael esperou pela frase 'clichê': "Pode beijar a noiva", para beijar Elise loucamente. Foi preciso um pigarrear do padre para que eles se soltassem.

- Senhora Jackson - O sorriso dele ampliou-se.

- Senhor Jackson - Ela também sorriu.

Capítulo 5 (Último capítulo)

Epílogo

2 anos mais tarde...

Em uma saia lápis preta, uma camisa de mangas branca e saltos estilete, também pretos. Os cabelos, agora na altura da cintura, caiam em ondas por suas costas, um batom vermelho destacava seus lábios. Elise desceu do carro e sorriu quando observou a cena a sua frente.

Seu marido estava sentado na grama em frente a casa, rodeado entre brinquedos, nos seus braços estava Elza, a sua princesinha.

Ele olhou para cima e a viu chegando. O sorriso em seus lábios se ampliou. Os olhos de ambos brilhara.
Eles não percebiam, mas quem estava de fora com certeza notava o quanto eles se amavam, só pela forma que se olhavam. Amor esse que não vacilou durante esses dois anos, pelo contrário, só aumentou.

- Meu marido fugiu do trabalho? - Elise perguntou, Michael levantou-se e plantou um beijo em seus lábios.

- Tive saudades dos meus dois amores - Ela elevou a sobrancelha. Elzinha estendeu as mãos para Elise e ela pegou-a.

- Você nos viu na hora do almoço e agora só são 5 da tarde, seu exagerado.

- 1 minuto longe de vocês e eu morro de saudades.

- Eu sei bem como é isso.

Michael tocou-lhe o rosto delicadamente, colocando os fios de seus cabelos para trás e beijou-a mais uma vez.

- Senhora, está na hora da soneca de Elzinha - A babá atrapalhou-os.

Elzinha esfregou os olhinhos e bocejou.

- Você tem razão, Olga - Ela riu.

 Elzinha ganhou um beijo da mãe e uma dúzia de beijos do pai coruja, antes de ser levada pela babá.
Michael voltou-se para Elise, dessa vez agarrando-a firmemente pela nuca e reivindicando seus lábios em um beijo intenso. Elise gemeu quando ele apertou suas nádegas.

- É impressão minha ou está sem calcinha, senhora Jackson? - Ele sussurrou em seu ouvido.

- Eu tirei-a no carro - Elise respondeu - Não acha que estou sendo uma menina má?


- Vá para o quarto, tire a roupa e deite-se - Ele afastou-se para olhá-la - Eu sei o que você quer, e eu vou te dar...


Fim.

20 comentários:

  1. Amiga continua, essa fic é linda :*

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  2. Posta mais se esqueceu de postar foi? kkkkk

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  3. Posta mais hoje por favor kkkkkkkkk

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  4. Posta mas amei essa fic muito perfeita. Parabéns pela sua criatividade.

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  5. Minha filha... você quer me matar de ansiedade é... Não faz mais isso não, posta logo que essa fic ta muito legal... :D vai vai vai

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  6. Posta hoje por favor vçs deixam agente muito nervosa, posta todos os dias ok kkkkkkkkkkkkkk

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  7. Olá amores.
    Passando pra agradecer os comentários.
    Espero que estejam gostando da história.
    E não me matem por conta das postagens. rsrs
    Os dias em que posso postar são apenas na segundas, quartas e sextas.
    Bjs :*

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  8. Estou adorando essa fic... Continua logo Paulinha Jackson flor.

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  9. Olá Paulinha hoje é sexta vc vai postar algumas paginas das suas fics para eu ler?
    Sei que são varias afinal eu leio em varios blog suas fics.
    Estou a esperar bjs!

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  10. Flor amanhã você vai postar mas? Continuas plis.

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  11. Vc vai me matar desse jeito...kkkkk será que Michael é realmente o que Marlon ia dizer para Elise? Um cafagesti...eu acho que sim...kkkk
    posta logo td de uma vez por favor ñ é uma mine fic?

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  12. Ta muito legal doida pra ver lado cinza. Kkkkkkk continua.

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  13. Amores, passando pra agradecer os comentários.
    Espero mesmo que estejam gostando.

    PS: Luciana, não posso postá-lo todo de uma vez, até pq não é um mini em si, é uma série deles. Se eu postar tudo de uma vez fica sem sentido, e convenhamos, perde a graça. rs
    Mas não me abandone, viu, acho q vale esperar.

    Muito obg meninas.
    Bjs :*

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  14. Esta cada vez melhor essa fic estou luoca pra ler o lado cinzento de Michael. Bjs e ñ demore...kkkkk

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  15. Paulinha Jackson!? Você está sendo muito Bad viu, em deixar agente aqui esperando os próximos capítulos. :p Mas ta de boa Paulinha, a Fic é tão boa que eu me contento em esperar. kkkkk's
    To brincando minha flor, e você ta de parabéns viu colega, suas fics são ótimas. Bjus

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  16. Nossa,pensei que já havia postado
    Afa! fazer o que é so esperar.

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