terça-feira, 16 de dezembro de 2014

FanFic: "Eu quero você II - Obstinados -" (+18)

Autora: Tay Jackson





Quando se é um homem com decisões a serem tomadas, você escolhe o que faz mais sentido em sua vida. Talvez parar de tentar conseguir tudo o que eu sempre quis na marra fosse o melhor caminho a se seguir nesse momento. Eu era um homem feliz, consegui conhecer as vantagens de uma mudança. Eu tinha uma mulher ao qual sou louco, um filho lindo e forte e consequentemente consegui a empresa. Mas sabendo como a vida é, nem tudo eram mar de rosas, e o destino havia me posto frente a frente com as lutas anteriores. Talvez para me testar, ou apenas para ferrar com a minha vida e me fazer saber que não se pode vacilar nem por um segundo, ou alguém vem lá e te pisa até não restar a mínima dignidade. Mas se tem uma coisa que aprendi, foi não recuar. E era isso que eu faria.


Pra quem não acompanhou a primeira temporada está aqui >>>> http://mjjfanfictions.blogspot.com.br/2014/10/fanfic-eu-quero-voce-18.html










Capítulo 1




Aquele império imponente diante de mim me traziam tantas lembranças...das mais doces às mais amargas, da mais significativas à mais insignificante. Acontece que assumir o cargo da presidência foi uma obsessão para mim por vários e vários anos, desde que me entendo por gente. Eu sempre estava competindo com o meu irmão, sempre querendo aquele lugar por puro orgulho, que se misturava com a paixão de fazer negócios e estar sempre na frente de tudo, como o maior empresário da cidade. 

Mas agora estar diante desse patrimônio que sempre quis para mim, me fazia notar o quanto valeu a pena. Claro que me arrependo de tudo que fiz um dia, mas agora estar no meu lugar honestamente tinha sabor a mais de vitória. Eu não somente conquistei o meu espaço na empresa, mas havia conquistado um espaço no coração das pessoas que sempre foram importantes para mim, o que foi uma vitória completa. 

Uma: tinha uma família, uma mulher maravilhosa que sempre esteve ao meu lado, uma mãe que eu ainda não tinha conhecido, por conta dos meus atos, e que agora descobri que ela era a melhor do mundo.

Olhar para minha mãe e saber de tudo que passou, com o desgraçado do Bernad, fez-me olha-la com outros olhos. Um olhar de amor, de superação e saber que  é tão especial e forte que até ousava dizer que puxei isso dela. 

Victória, minha querida Vick, a mulher da minha vida. Eu a amava tanto que era complicado explicar. Ela foi responsável por tudo isso que minha vida se tornou hoje, e se não fosse o seu amor, se não fosse sua confiança eu nem sei o que seria. Provavelmente o mesmo picareta de sempre, jogado por ai se achando o rei da cocada preta. E não teria nada. Não teria o Lui, meu filho tão amado. Não consigo olhar para Lui e não ver um pouco de minha infância nele.

Lui é um menino carente de atenção, sempre querendo minha companhia, sempre grudado a mim e eu estava lá... pronto para ele pra o que der e vier. Agora sendo pai eu posso perceber o que é um amor de um pai. O que é ser capaz de dar a vida por uma pessoa tão indefesa. Talvez ser o oposto do que Roy foi para mim, eu conseguiria transformar Lui no homem que era pra eu ter sido. O Luke.

Eu admirava o meu irmão, disso eu não posso negar. Luke sempre foi honesto, talvez por isso eu o odiava. Mas agora tudo que sou, tento ser mais como ele. Não a suas fraquezas, não as suas covardias, pois Luke sempre foi assim. Digo! O cara bom que ele foi, e que eu estou tendo a oportunidade de ser hoje. Além do mais minha relação com o meu irmão estava sendo uma das melhores.

-Anda cara, vamos entrar! _Meu irmão casula deu um tapa no meu ombro, me despertando dos devaneios. Abri um sorriso ajeitando o meu paletó de cor preto e o acompanhei.

As pessoas me respeitavam naquele lugar, pela primeira vez na vida elas não me olhavam com raceio, me olhavam como um trabalhador e não como um intruso. Eu realmente estava tendo uma segunda chance de mostrar quem eu realmente sou, o cara que eu sempre tentei esconder.

-Sr. Smith é um velho esperto Mike, ele acha que vai conseguir lucrar com a produção, mas está muito engando. _Sr. Smith havia mesmo nos tirado do sério com suas proposta indecente de quase um milhão de dólares para a produção de um propaganda nem tão popular. -Aquela propaganda não vale tanto quanto está pedindo, é um assalto. _O Elevador havia chegado, Luke e eu o tomamos, continuando aquela conversa sobre as decisões daquele contrato.
-Claro que é. Propaganda de carros importados  custa muito menos, ainda mais um comercial de bebidas que não tem nem 20 segundos de duração como ele quer que produzimos. Pode deixar Luke, Sr. Smith não levará essa bolada tão fácil.
Produção de comerciais era nossa especialidade, mas gastos absurdos era fora de questão. Um contrato de 100 mil dólares para a nossa empresa contra um milhão para o contratante era realmente fora de questão. A final de contas, era nós que estávamos produzindo não é?
-Seja firme irmão. _Aconselhou Luke. -Sr. Smith vai agir com artimanhas. 
-Se ele agir com artimanhas querido irmãozinho. Eu  mostrarei com quem se faz arte. _Meu jeito altivo e brincalhão fez Luke sorrir.

Abrimos a porta da sala de reuniões. Todos os acionistas já estavam no seus devidos lugares da enorme mesa de reunião. Sr. Smith logo a frente me encarando com um certo sorriso no rosto. O que eu pude conhecer muito bem os seus pensamentos, pois também já tive o mesmo sorriso um dia. 

Me pus ao final da mesa, em pé mesmo, olhando cada um nos olhos. Pousei minhas duas mãos na mesma, me preparando para falar.

-Queria dizer que... 
-Antes de começar o discurso Sr, Jackson. Gostaria de opinar. _Sr. Smith me interrompeu. Assenti, interessando em conhecer a sua última proposta. Olhei para Luke que maneava a cabeça  para mim, me dando alvará para que eu  permitisse ouvi-lo. 
-Pois sim.
-Sei que não  esperava uma contratação desse tipo. Mas o Sr, deve saber como são os preços das bebidas, principalmente vodcas importadas. Nunca ninguém havia feito uma propagando tão bem produzida em termos de bebidas. Ninguém dar importância à isso, mas como o projeto que lhe apresentei, e é um projeto sustentável e muito interessante para um comercial, creio que muitas marcas irão contrata-lo. Saberá sua forma de trabalhar, o jeito que empresa leva a sério as marcas e não terá pra ninguém. A empresa poderá se sustentar nesse ramo e daqui alguns anos ela será conhecida como a melhor produção já existente_Aquela proposta até que estava mudando a minha ideia. Eu poderia gastar muita grana para um único comercial, o que era um suicídio, mas se obtermos sucesso em um projeto como esse que, diga-se de passagem, era ótimo. Talvez a empresa ganharia muito mais.

É muito raro encontrar comercias de bebidas importadas, existem, mas bem escasso. Sendo assim muitas marcas se interessaria pela ideia, e se isso acontecesse a empresa lucraria muito mais do que se lucra agora. Não era garantido, pois poderíamos perder um boa quantia, mas se desse certo. Ai cara, o negócio seria bem diferente.

Coloquei um sorriso nos meus lábios, sentindo o brilho do cash arder os meus olhos. Ah qual é? Eu gosto de dinheiro! 
Caminhei por um espaço curto em torno de mim mesmo, querendo aceitar aquela proposta. Luke me olhava apreensivo, seus olhos gritava "Não" para mim. Mas aquilo estava me tentando mais que nunca. Se Luke analisasse melhor saberia que era uma proposta boa, mesmo tendo esses gastos iniciais. Mas o que seria um gasto inicial com tantas outras vantagens?

-Aceito! _Bradei em alto e bom som.

Luke imediatamente olhou para mim, sua expressão em choque, assim como todos os outros acionistas. Sr. Smith assentiu com um sorriso satisfeito nos lábios.







Capítulo 2




Nem vi quando Luke se levantou do seu lugar, só sei que meu braço foi puxado com rapidez até o lado de fora da sala de reuniões. Eu sabia que  não iria concordar, mas eu tinha certeza que se eu lhe explicasse os meus motivos pensaria melhor sobre o assunto. Bom, era o que eu torcia.

-Você tá maluco? _Sibilou sua repreensão. -Você tem noção do quanto que perderemos se isso não der certo? Sr. Smith vai ficar com a maior parte da produção Michael, uma produção que é nossa!  _Enfatizou.
-Eu sei Luke. Não sou idiota. _Passei a mão na minha cabeça andando de uma lado para o outro bastante nervoso. -Sei que quem está produzindo somos nós e que eles que precisam do nosso serviço. Mas é uma ideia nova... imagina se outras marcas quiserem esse serviço?
-Imagina se eles quiserem o lucro que o Sr. Smith irá ter. _Balancei a cabeça. 
-Não se trata disso. Sr. Smith é um velho idiota, ganancioso.
-Um ladrão! _Completou irônico. 
-Tudo que você quiser. Mas se essa ideia rolar pelos meios de comunicações, poderíamos sim ir para esse ramo. Sabe muito bem que as marcas de sabonete e de mulheres de lingeries não dão os lucros satisfatórios. Bebida Luke... é isso que as pessoas querem. _Luke me olhou como se eu fosse um doido varrido, e sim, eu concordava com ele. Mas eu não estava pensando nessa grana especificamente e sim nas futuras com outros clientes nessa produção de teste.

Eu sei que parece loucura, nunca fui um exemplo de sanidade. Eu estava curioso e se o que estava planejando desse certo, seria uma oportunidade.

-Eu não vou deixa-lo fazer essa loucura. _Luke levou tudo na brincadeira dando alguns passos para entrar novamente na sala, provavelmente cancelar as minhas palavras. 

Segurei o braço de Luke levemente fazendo o parar na mesma hora. Ele me olhou sério agora, percebendo que eu não estava brincando e eu fiz uma cara de riso lhe afirmando que não estava mesmo brincando.

-Me deixa resolver as coisas?
-Resolver? _Soltou um riso sem humor. 
-Caramba cara me apoia! _Reclamei.
-É impossível apoia-lo Michael, desculpe. _Luke soltou do meu braço me lançando um olhar que sinceramente não foi nada agradável perceber, entrando na sala de reuniões.

O segui vendo-o se sentar onde estava antes, sem dizer uma única palavra. Expliquei aos senhores a minha decisão, alguns concordaram, outros não. Mas no fim escolhi o caminho que achei que fosse certo.

(...)

Ouvi o grito de Lui em euforia assim que adentrei o apartamento. Era sempre assim quando eu chegava, sempre me recebia de braços abertos. E isso fazia o estresse do trabalho evaporar de uma forma tão instantânea que relaxava a alma.

-Papai! _Sorri para ele o abraçado em seguida.

Se fosse em outros tempos eu me sentiria desconfortável em abraça-lo dessa forma, mas hoje... hoje me sinto vazio se não fizer.

Assim que terminei de depositar um beijo na testa de Lui a mãe dele aparecia na sala com uma visão dos infernos, para um homem que era louco por sexo de natureza. Vick usava uma camisola curtíssima de seda branca, com um decote cravado cruzando todo o vão entre seus seios, sem sutiã. O que deixava seus seios em evidência, até mesmo a cor do seu mamilo dava para ser notado. Suas pernas torneadas cor morena. Meu Deus! Onde estava a minha consciência, porque eu não sabia ao certo onde eu havia colocado.

-Oi amor. _Até a voz daquela mulher me deixava louco.

Caminhei lentamente até minha esposa, sem tirar o sorriso malicioso dos lábios, o que fez Vick sorrir um pouco encabulada, por conhecer muito bem os meus pensamentos.

-Oi. _Corri dois dedos do seu queixo, até o tal decote cruzando o vão entre os seios.

Trocamos risos maliciosos, por um instante até eu tomar aquela boca maravilhosa que era inteiramente minha. Chupei os seus lábios, coisa de segundos, até ela me fazer parar por conta de Lui na sala nos observando. E isso não era bom, pois o beijo seria sensual demais para uma criança ficar vendo. Vick e suas manias de esconder tudo do garoto....

Lui é um homem, um dia ele vai se interessar por uma mulher, vai sentir tesão por uma assim como o pai está sentindo agora por sua mãe. Ele tinha que ver, saber como é, e até mesmo ter certeza que seus pais se amam e se desejam.

-Agora não. _Me deu uma branca divertida entre dentes sem que Lui percebesse. Levantei os braços em rendição.
-Tudo bem. _Disse entre dentes assim como ela. -Então vá vestir uma roupa mais comportada, pois está me desconcertando. -Ela riu alto e logo topou a boca, tentando esconder de Lui mais uma vez.

Caminhou até o menino, e eu não parei de olhar o seu traseiro.

-É que o papai achou que está frio para que eu usasse a camisola, meu amor. Ele está preocupado. -Vick e suas manias de sempre. Revirei os meus olhos, louco para dizer a verdade para Lui. Que a mãe dele é maravilhosa de camisola, ainda mais essa em especial que aguçava os meus desejos. Mas eu sabia que teria problemas com a minha mulher e eu estava muito a fim de transar hoje. Achei melhor ficar mesmo na minha, e não correr esse risco.
Lui assentiu como se estivesse mesmo entendendo tudo.

(...)

Lui estava inscrito em uma competição de barcos de madeira no lago da cidade. Todos os anos havia competição e todos os anos Lui se inscrevia. Eu o ajudava com a reforma do barco, já que comprar estava fora de questão, pois os competidores necessitavam produzir seu próprio barco. Era um incentivo para despertar o espírito criativo das crianças.

Uma coisa que percebi no meu moleque é que era bem criativo, adorava criar as coisas com as mãos, tudo que fazia, principalmente quando tinha a mim como seu ajudante. Eu acho que gostava mais de passar o tempo com o pai do que qualquer outra coisa, o que eu sempre achei maravilhoso. O barco estava quase pronto e o dia da competição também.











Capítulo 3





Caminhei de vagar observando Vick em frente ao espelho espalhando o seu creme hidratante pelo seu corpo. Vick sempre estava se arrumando para mim e isso me excitava sem menor dúvida. Saber que sua mulher cuida do corpo para receber o seu marido, isso significa que te ama, que se dedica ao seu marido, que quer uma noite quente.

Eu havia acabado de colocar Lui para dormir e agora minha noite seria com ela. Era impossível vê-la tão sexy e ficar imune, minha mulher é gostosa pra caralho e eu não resistia a isso.
Envolvi meus braços pela sua cintura, depositando beijos em sua nuca, deixando Vick completamente arrepiada. Esse era o efeito que eu causava na minha mulher desde sempre, ao meu menor toque a patroa se desfazia inteira.

-Seu grande safado. _Observei o seu reflexo ao espelho e notei o quanto estava entregue aos meus toques.

Sua cabeça tombada para trás encostando no meu tronco e minhas mãos percorriam suas coxas, subindo para o seu ventre, pousando em seus seios, massageando uma vez ou outra. Vick gemia baixinho de olhos fechados enquanto eu explorava o meu corpo. Pois sim... o corpo de Vick é único e exclusivamente meu. Girei-a para mim, mordi meus lábios em puro êxtase sabendo o quanto Vick estava envolvida por mim.

-Mas você a-d-o-r-a isso. _Puxei de leve os seus cabelos para trás fazendo os seus olhos encararem os meus. -Não é? _Minha voz oscilava pelo tom rouco que a levei, por conta do clima sexy que nos rodeava.

Não esperei Vick responder, apenas cobri minha boca aberta na sua com dominação, explorando minha língua por toda sua extensão, chupando os seus lábios. Minha mão ainda puxava os seus cabelos enquanto o ritmo do beijo ia de um lado para o outro.

-Sim, eu adoro. _Sussurrou ela dominada pelo tesão, perpassando suas mãos por todo o meu peito por dentro da minha camisa, que logo foi tirada por ela.

Vick passou agora a beijar o meu peito de cima até o umbigo, tão lentamente que fazia meu pênis pulsar por conta do tesão que esse ato me causava. Minha mulher sabia muito bem usar sua boca para tudo, ainda mais beijando cada parte erógena de minha pele bem de vagar como fazia, depositando beijinhos demorados em cada parte, esfregando seu rosto após... só para me deixar louco.

Segurei no braço direito da minha mulher fazendo-a parar, encarei-a com luxuria, pegando-a no colo em seguida jogando-a na cama. Me pus entre suas pernas levantando sua camisola para melhor beijar o seu corpo, domina-lo para mim, envolve-la naquele momento. Quando descobro que a danada estava sem calcinha. 

-Sempre pronta gracinha, sempre pronta!
-Completamente pronta. _Sua voz entrecortada denunciava o quanto estava sensível.

Ignorei completamente o seu ventre que era onde eu queria beijar primeiro, para abocanhar sua vagina que estava extremamente molhada e sensível para mim.

-Ohh! _Seu gemido sôfrego, me davam uma ideia do prazer que sentia.

Comecei a circular minha língua no clitóris de Vick, experimentando o gosto de sua lubrificação. Suas mãos apertavam os meus cabelos, e passei agora a sugar sua vagina determinado a fazê-la chegar ao seu limite.

Teve uma hora que Vick não conseguia se controlar direito, seu corpo tremia como nunca, seu gemido passou a ser alto, e eu sabia que gozaria. Rapidamente parei de chupa-la. Gosto de gozar junto com Vick, senti-la entregue quando estou dentro dela, nossos corpos sucumbindo em uma orgasmo único. O primeiro orgasmo é sempre o mais intenso, pois você está com uma carga de tesão de muitas horas atrás. O segundo nem tanto, apesar de já fazer Vick ter uma reação até mais satisfatória quando transamos pela segunda vez. Mas mesmo assim, sentir o nervo de Vick pulsando e contraindo meu pau dentro dela não tinha preço.

Substitui meu pênis no lugar da minha língua rapidamente, trazendo o corpo de Vick a se sentar no meu colo em cima da cama. Arranquei o resto de sua camisola contemplando seus seios fartos, durinhos, bicos intumescidos por conta do tesão. Logo abocanhei.

Minha mulher subia e descia sobre meu pênis com tanta gana que me fez ver o quanto valeu a pena estimula-la sem deixa-la gozar. Vick se tornava uma gata no cio quando era levada ao seu limite, era por isso que eu adorava leva-la até esse ponto.

-Oh Michael me fode gostoso amor. _Sua voz suplicando me inspirou.

Coloquei Vick deitada na cama, com suas pernas ainda envolta de minha cintura e passei a estoca-la com força, o corpo de Vick pulava em sintonia com o meu, rebolando, envolvendo o meu membro em torno de si. Pendi minha cabeça para trás absolvendo daquele prazer que eu compartilhava com a minha mulher. Bastou mais algumas estocadas para que eu gozasse dentro de Vick pulsando como nunca, acompanhado por ela.

(...)

-Você nem me contou como foi na empresa hoje, já veio atrás de sexo. Meu Deus Michael! _Me deu uma bronca, mas pra falar a verdade eu não queria falar o que havia acontecido, não agora. Não depois de ter feito sexo com a minha mulher, de estar com seu corpo quente aconchegado ao meu na nossa cama, sentindo o seu perfume.
-Hoje não, vai? _Ela percebeu a minha visível expressão de chateação e isso fez Vick ficar preocupada.
-Aconteceu alguma coisa? 
-Sim, mas não quero falar sobre isso agora. _Toquei em seu nariz fazendo graça e ela desviou seu rosto, de cenho franzido ainda preocupada.
-O que aconteceu Michael? Eu quero saber. _Santo Deus, quando Vick queria explicações era quase impossível fazê-la esquecer.
-Acho que fiz merda e Luke está bravo, é só isso. _Tentei ser o mais tranquilo possível, mas sabendo como Vick era....
-Você fez merda? O que você fez? Ah não amor, não acredito que brigaram. 
-Não brigamos é só..._Decidi logo falar o que houve, Vick iria me atormentar com isso, até eu falar tudo mesmo. -Eu assinei um contrato que ele não queria.
-Achei que iriam trabalhar com concordância, que seriam parceiros. _Julgou ela e aquilo me deixou furioso.
-Somos seres humanos Vick, essas coisas acontecem. Não é porque decidimos fazer as pazes que vou concordar com tudo que Luke disse e vice e versa.
-Eu sei amor, mas isso me preocupa... fala logo o que houve? _Nossa, como essa mulher é difícil!
-Assinamos um contrato com o Sr Smith. _Vick fez um vinco em sua testa, puxando da memoria sobre o caso que eu já havia comentando com ela.
-Não era aquele cara do preço abusivo? 
-Sim. _Procurei em sua face o julgamento, esperando Vick vim com injúrias pra cima de mim, mas eu encontrei inexpressiva. -Só acho que é uma oportunidade, outras marcas de bebidas iriam se interessar por esse negócio. 

Expliquei a Vick do que se tratava fazer negócio com o Sr. Smith, as vantagens e desvantagens de tudo isso. Minha mulher se preocupou, até mesmo disse que poderia ser uma loucura, a mesma coisa que Luke havia dito, mas eu acreditava naquele projeto de alguma forma estranha. 

-Ele está roubando você. _Bradou.
-Tecnicamente sim, mas...Vick, olha. _Dei uma risada nervosa. -Eu tenho consciência plena sobre o que quero fazer.
-Você é louco. Nunca duvidei disso. _Sorri com o elogio dela, eu sabia que quando me chamava de louco, é porque eu estava sendo eu mesmo, e sendo eu mesmo pra Vick significava ser o homem que ela ama. Sendo assim, estava tudo certo.
-Mas vou precisar da sua ajuda. _Levei meus dedos para o seu rosto acarinhando de leve. -Quero você comigo, na empresa, me assessorando. 
-Michael eu não entendo de negócios, você sabe muito bem disso.
-Mas é uma ótima ouvinte. Sei que vai aprender rápido. É só analisar os projetos e fazer um relatório detalhado para mim.
-Ser sua secretária? _Levantou a sobrancelha, não gostando da proposta.
-Não... executiva de produções. _Pensou um pouco sobre as possibilidades, e por fim se deu por vencida.
-Olha Michael está bem, ta bom? Mas não quero me envolver nesse possível discordância com o Luke. Já chega, de novo não, por favor. _Capturei seu lábio inferior com os meus dentes e beijei sua boca, enchendo o saco dela.
-Tudo bem sua linda. Não vai acontecer nada com o meu maninho,  eu juro. Vou convencer Luke de que pode ser uma boa, e se não for. Pra que ele pelo menos deixar rolar e ver no que pode dar.
-Ok, eu confio em você, apesar de que isso me deu problemas uma vez. 
-Problemas esse que você ganhou o papai aqui. Então não reclame. 
-Não estou reclamando, eu só.... _Não deixei que Vick completasse, pulei sobre o seu corpo lhe enchendo de cócegas o que a fez gargalhar. -Não, Michael, para, para! 
-Diz que é verdade? Diz que você adorou se meter nesses problemas? _Continuei a encher de cócegas.
-Eu... ado...rei. _ Disse entre uma gargalhada e outra. 
-O que, o que ? Não entendi. _Continuei com as cócegas, fazendo minha mulher chorar de tanto rir.
-Eu adorei! _Gritou. -Adorei, entendeu eu adorei, agora para.

Parei com as cócegas em Vick e percebi o quanto estava ofegante.

-Não faz isso de novo, você é horrível. _Me deu bronca ainda rindo muito.

São nesses momentos com Vick que percebo o quanto eu mudei. Quem eu era e quem eu sou hoje. Me sinto mais leve, livre. E tudo que sei é que jamais quero perder esses momentos tão importantes em minha vida. Voltei a ter paz, comigo mesmo. E tudo graças aquela mulher que estava nua na cama ao meu lado curtindo uma brincadeira boba de cócegas.






Capítulo 4




Cedo da manhã em casa era uma correria, eu acordava cedo para me preparar para o trabalho, enquanto Vick preparava Lui para escola. Na maioria das vezes eu ficava por volta de meia hora preparando o meu visual, enquanto Vick reclamava sobre o meu atraso, insistindo a todo momento que eu precisava me alimentar antes de sair. Eu gritava dizendo que não sobraria tempo para ajeitar o meu cabelo, e ela gritava de volta dizendo que eu era lindo e não precisava de tanto, o que deixava o meu ego lá no alto. Acho que era um truque que Vick usava para que eu fosse mesmo me alimentar antes de ir para o trabalho, porque pensando bem sempre funcionou. A final uma mulher linda como a minha dizer que sou lindo, eu até que caia nesse truque feito um pássaro na armadilha.. Analisarei melhor seus habituais meios de persuasão para que não caio de novo.

Mas esse dia em especial eu havia acordado mais cedo, mais animado que o normal. É porque Vick entraria da empresa como minha assessora, eu sabia muito bem que como Luke estava contra aquele contrato ele não moveria nenhuma palha para me ajudar com o projeto, sendo assim Vick era minha outra opção. Eu não sabia o quanto aquela minha decisão iria causar entre minha relação com o meu irmão mais novo, mas eu definitivamente, não estava pensando na possibilidade de reconsiderar. Até porque eu não acreditava em um conflito só por causa de um contrato.

-Acorda gracinha, estamos atrasados. _Enrolei minha cintura com o lençol pronto para entrar no banho.
-Ainda é cedo Michael, até mesmo para você. _Choramingou com a voz sonolenta.
Que ironia! Geralmente essa situação era oposta.
-Temos que chegar cedo, organizar a sua sala e outras coisas mais. _Vick olhou para mim como se eu fosse um maluco obsessivo, não deu bola virando para o outro lado da cama.
-Eu vou dormir, você é louco. 
-Obrigada pelo elogio querida esposa, mas estamos atrasados demais pra isso. _Pulei em cima da cama ficando em pé na mesma, do lado de Vick. -Anda Victória, é sério. _Praticamente supliquei.
-Michael são seis horas da manhã, seis. A empresa funciona às oito. 
-Mas é como eu falei, temos que organizar as coisas. E você meu bem, você passa quase uma hora se arrumando ainda mais quando se trata de ir a empresa.
-Economizo umas meia hora, sendo assim tenho mais meia hora para dormir. _Revirei os olhos, eu tinha que fazer algo, senão Vick seria teimosa o suficiente para me irritar. 
Puxei seu cobertor de uma vez só, deixando-a nua e chocada. 
-Ei!
-Anda logo gracinha. _Bufou irritada caminhando batendo os pés para o banho.

Minha mulher ficava adorável irritada, e eu...Ah eu adorava, e fazia tudo pra piorar a situação, inclusive mudar a temperatura do chuveiro para frio.

-Michael! _Ouvi seu grito, sorrindo sapeca em seguida.
Caminhei até o banheiro com a maior cara de inocente.
-Eu não acredito que mudou a temperatura. _Tão linda brava.
-Ops..._Arregalei os olhos. -Esqueci de avisar. _Ela sabia que era mentira, mas como sempre contornei a situação. 
-Você é um homem horrível. _Entrei dentro do boxe, aproximando o meu corpo ao dela, levei minha mão ao controlador de temperatura e mudei para quente. 
-Sou homem bom agora? _Segurei a cintura de minha mulher aproximando nossos corpos. -Hum? _Tomei sua boca para mim, e Vick se desvencilhava ignorando, mostrando que estava chateada.
-Não, você continua horrível.

Tomei mais uma vez sua boca ignorando suas reclamações, até porque quando eu fazia, também ignorava o fato de estar com "raiva" de mim. Mordi a pele do seu ombro, descendo meus lábios ao seu colo e seios. Amar Vick logo cedo em baixo do chuveiro era o diferencial para que eu pudesse ter um dia maravilhoso, minhas forças se renovavam em seus braços e eu não abria mão disso.

E como previ, a patroa passou quase uma hora entre escolher vestidos e arrumar os cabelos. Acho que fez isso para descontar o que eu havia feito logo cedo, eu tinha quase certeza disso. Até Lui já estava pronto para a escola enquanto a madame estava escolhendo as jóias. Mas eu não podia reclamar, desfilar com uma mulher linda e gostosa como a minha, era renovador para mim.

Mas logo chegou o momento em que todos estávamos prontos, tanto na aparência como na barriga cheia, e saímos todos para nossos compromissos. Lui para escola e eu e Vick para empresa.

(...)

Vick estava deslumbrante com o seu vestido sexy curto bastante diferente, cor bege, com os detalhes de diferentes cores. Mas pra ser sincero nem reparei nos detalhes do vestido, apenas na forma que seu corpo ficou maravilhoso dentro dele. Sendo assim, nada mais importava.




Já eu com o meu costumeiro terno de alfaiataria, gravata listrada de cores azul e cinza, cabelos soltos levemente cacheados.

Caminhei o grande corredor de mãos dadas a Vick, até encontrar minha secretária.

-Arrume a sala ao lado da minha para a Sra Jackson por favor. Passe todas as informações de assessoria e um computador com todas as informações do novo projeto. _A loira de mais ou menos 30 anos assentiu se retirando de nossa presença. Logo vimos Luke saindo de sua sala.
-Ora, então Vick é a nova funcionária? _Luke olhou para minha mulher de uma forma tão irônica que realmente me irritou. -Espero que dê juízo ao seu marido, ele precisa.
-Também não é assim Luke. Eu confio no meu marido e sei que esse projeto pode sim dar certo. _Luke soltou um riso sem humor como se eu nem estivesse ali no momento. Fiz um sorriso desafiador para o meu maninho, coisa que achei que nunca mais teríamos. 
-Óbvio que você está do lado dele. Sempre esteve.
-Já chega Luke! Precisamos conversar. _Apontei para minha sala.

Em outros tempos, eu não me daria ao trabalho de conversar, mas como aprendi boas maneiras...
Luke me acompanhou, enquanto Vick se familiarizava com a nova sala. 

Fechei a porta assim que entramos, decidido a acabar com aquela birra de menino mimado.

-Isso tudo por causa de um contrato?
-Só por causa disso? _Riu debochado. -Um contrato suicida Michael. Perderemos muita grana com os gastos de produção para ter um resultado não tão bom.
-Você está subestimando tudo, e se der certo? Se conseguimos ótimos lucros com esse comercial? Com que cara irá olhar para mim? Sabe que jogarei na sua cara pelo resto da vida. 
-Assim como eu farei se der tudo errado. _Revirei os olhos impressionado com o pessimismo do meu irmão. -E agora essa da Vick trabalhando aqui? Claro, ela te apoia em tudo, precisa de alguém que passa a mão na sua cabeça enquanto faz as coisas do seu jeito.
-Pera ai cara qual é o seu problema? Porque não consigo entender. Cadê aquelas palavras doces que disse sobre nossa parceria nessa empresa? Desceu pelo ralo junto com sua simpatia? 
-Sim, desceu juntamente com sua forma fantástica em liderar. _Eu daria um soco na cara daquele mané. Que não me provocasse nem por um segundo a mais. -Qual é Michael? Isso aqui é trabalho sério, não da pra ficar perdendo grana. -O mané quer ensinar a mim, como fazer um trabalho sério é isso?
-Sabe Luke.. há algumas época atrás eu mandaria você se foder e faria exatamente como eu QUISESSE fazer nessa empresa, sem a menor dificuldade. Mandaria você cuidar dos seus negócios e deixar a porra das minhas decisões por minha conta. Mas agora como estamos em outra época, quando eu realmente mudei, e quero ter uma vida melhor ao lado da minha mulher e meu filho... Bom. _Sorri um pouco. -Eu mandaria você se foder do mesmo jeito. E eu farei sim... do jeito que eu quero fazer. _Lancei um olhar fulminante para Luke, já esgotado desse assunto, me retirando da sala, batendo a porta tão forte que estremeceu o lugar.

Caminhei até a sala da Vick, a procurando, e pelo meu alivio estava sozinha. Entrei fechando a porta, caminhando em sua direção tão rápido que nem me dei conta. Ela tentou me perguntar sobre o que havia acontecido, pois percebeu a o meu estado, mas nem liguei. Puxei minha mulher pela cintura e a abracei com força, tendo a certeza que naqueles braços eu sentia o meu alivio.

- Pelo visto brigaram? _Constatou, me amparando em seu abraço, tão gostoso que pude respirar em paz.
-Acho que começou mais uma etapa de Michael vs Luke nessa empresa. _Olhei para minha mulher com um certo pesar e vi a preocupação em seus olhos. -Perdi a cabeça e pelo visto irei perder sempre. 
-Por favor amor, não deixe isso acontecer? Conversa com o seu irmão, sabe que Luke não concorda com isso. Por que não cancela isso? Sei que terão outras oportunidades. _Balancei a cabeça.
-E admitir que estava errado? De jeito nenhum, sabe como eu sou, você me conhece Vick. Agora irei até o final.
-Não quero ver vocês dois brigando aqui! Isso não, pelo amor de Deus Michael.

-Eu não vou brigar com o meu irmão, pode ficar tranquila. Mas se ele vier tocando na minha forma de trabalhar, o moleque vai ter que aguentar. _Maneei minha cabeça por várias vezes certo do que eu estava pensando.










Capítulo 5




Os dias de trabalho seguiam tranquilos se não trombasse com Luke no meio dos corredores. O moleque sempre estava lá olhando para mim com uma carranca enorme. Luke é impressionante, a birra dele era impressionante, mas ele tinha que saber que quanto mais agia assim, mas eu provocava. Não queria confusão com ele, mas se é assim que quer, então vamos lá, até o final.

Acho que a melhor parte do dia na empresa era me trancar na minha sala da presidência, ou na sala da assessora, paparica-la e beija-la como se aquela fosse a nossa casa. Vick estava me ajudando muito, tanto em apoio, como no trabalho em si, eu sabia que podia confiar nela, sabia que se sairia bem.
Como passávamos praticamente o dia todo trabalhando, Lui ficava com a minha mãe. Ela adorava o neto e vice versa, Terry seu novo marido, também o adorava e isso me confortava, sabendo que meu filho estava nas mãos certas.
Ouvi a porta do escritório dar duas batidas e Vick abri-la em seguida, com alguns papeis na mão. Ela caminhava me encarando com meio sorriso, e como se me analisasse. Eu adorava ser analisado por ela, sabia que disso sairia algum elogio.

-Sabe? _Parou em frente a mesa com um dedo no queixo, pensativa. -Você fica tão bem, sentado na mesa da presidência. _Relaxei o meu corpo na poltrona, cruzando uma perna em cima da outra, braços apoiados no suporte das latereis da poltrona. Sorri de lado sabendo o quanto estava certo sobre o elogio que veria a seguir. -Esse terno aberto, gravata desarrumada, cabelos caindo uma vez ou outra nos seus olhos e esses óculos de grau. Tão concentrado no trabalho... Acho que os negócios fazem bem pra você Michael. Ou é a idade que te fez mais gostoso do que sempre foi? _Dei um risadinha.
-Acho que ambos, ou talvez.... _Me ajeitei mais uma vez na poltrona, desencostando do encosto e apoiando os meus cotovelos a mesa. -...Seja muito sexo com a mulher que tanto amo. -Só de falar essa palavra, meu cérebro reproduziu nossos momentos de prazer e isso fez meu pênis pulsar tão forte dentro da calça...
-Eu também acho que seja isso. _Piscou para mim. -Trouxe alguns papeis para você analisar. -Mudou de assunto e eu não gostei nada.
-Então entregue-os aqui para mim, vem cá? _Chamei Vick com a mão até ela ficar parada ao meu lado. -Sente-se aqui. _Dei duas batidas do meu colo, precisava tocar o corpo dela e beijar a sua boca agora mesmo.

Vick sorriu com malícia obedecendo ao meu pedido. Suas mãos envolveram o meu pescoço e as minhas rapidamente migraram para suas coxas.  A iniciativa de beijar a minha boca foi dela, e fez isso com tanto prazer que foi impossível não sentir tesão. Minha língua envolvia a sua com maestria, nossos lábios pressionados um no outro fazia um ritmo de lá pra cá tão envolvente que beirava a luxuria. Soltamos nossos lábios devagar dando selinhos intensos nos lábios um do outro.

-Eu também adoro seus lábios avermelhados após um beijo. _Notou ela. -Fica tão lindos. _Minha mulher voltou a salpicar beijos em meus lábios, uma tentativa de expor o que sentia, uma atração. E isso estava me enlouquecendo. 

Subi minhas mãos por sua coxa indo até a sua intimidade, o que fez Vick dar um pulo.

-Michael, aqui não! _Vick ficou tão nervosa que chegamos a rir. 
-Calma, só estava tocando na minha mulher, só isso. _Fiz a maior cara de inocente.
-Acontece que a empresa tem regras. Não podemos ficar fazendo essas coisas aqui mocinho. _Tocou no meu nariz divertida. 
-Ah, mas eu sou o presidente, não sou? E tenho certeza que não a demitirei. 
-Ah é, safado? _Encostou seu nariz no meu voltando a fazer gracinha. -Essa é a sua justificativa? _Maneei a cabeça.
-Sim é. Quer um motivo melhor? _Tomei sua boca de novo e soltei. -Quer? _Voltei a beija-la.

Suas mãos abraçaram minha cabeça apertando um pouco os meus cabelos, nosso corpo balançava de um lado e outro fazendo Vick rir em meios aos beijos. Soltei sua boca de novo migrando os meus lábios para o seu pescoço, descendo para o decote do seu vestido. 

-Eu te amo. _Confessei diferente, Vick percebeu e me olhou rapidamente. 
-Eu também te amo amor, muito. 
-Não Vick! Eu te amo de verdade. _Acariciei seus cabelos, contemplando seus olhos castanhos com ternura. -E tenho medo disso.
-Medo? _Perguntou sem entender. 
-Não sei o que sou capaz de fazer se me ver sem você. _Ela sorriu nervosa e eu permaneci sério entendendo exatamente o sentido das minhas palavras.

Vick se tornou uma obsessão para mim, não sei. Ela era a mulher que eu amava, a mulher responsável por tantas coisas boas. Às vezes me dava medo em pensar que um dia pudesse acontecer algo para abalar a nossa felicidade. Eu esperava que esse dia jamais chegasse, mas se chegasse. Eu não saberia lidar. Só de pensar eu sabia que seria destrutivo.
-Para de falar desse jeito, eu não vou a lugar algum, estou aqui não estou? Não gosto quando fala assim Michael. Pode parar. _Respirei fundo.
-Tudo bem, eu paro. _Dei um riso afastando aquele clima de melancolia.
-Lê esses papeis que são o projeto da produção e vamos trabalhar homem. _Colocou os papeis a mesa e então começamos a ler juntos o que havia escrito naquelas linhas.

Vick passou a dar sua opinião sobre o projeto e eu a concordar com tudo. Acho que era isso que significava parceria, e eu adorava trabalhar com minha mulher sentada no meu colo.







Capítulo 6




Faltavam alguns ajustes finais para que o barco de Lui estivesse completamente pronto, a base feita de madeira maciça, pincelada com verniz que nós mesmos havíamos feito estava com sua estrutura já pronta, só faltavam as velas. Eu havia criado um espírito de criação no meu filho que nunca imaginei que faria tanto sucesso como esse.

Quando saiu a inscrições para uma competição de barcos no lago da cidade eu incentivei Lui a participar, ele era um menino bastante criativo, mas bastante recluso, quase não tinha amigos por perto o que era o problema. Porém sempre o incentivei a levantar a cabeça e deixar a vida seguir, que um dia tudo mudaria. Lui achou que se ganhasse essa competição seria uma forma de fazer novas amizades. Disse para ele que independente do resultado o que valeria mesmo era a nossa parceria, todo o trabalho em equipe que tivemos, e que se não ganhasse não havia problema algum, pois uma vez eu fiz de tudo para conseguir algo que eu não alcançava, fiz tantas coisas ruins para chegar onde eu queria que acabei quebrando a cara. O orientei a fazer as coisas ao seu ritmo e se mesmo assim não aceitarem o seu jeito de ser, é porque não mereciam um menino tão criativo e inteligente quanto ele. 

Acho que eu estava indo bem nesse lance de ser pai. Lui sorriu para mim me abraçou tão forte que, até me emocionei. Acho que se sentia seguro com as minhas palavras.

-Pronto. _Constatei assim que Lui e eu colocamos a última vela feita de palito de churrasco com bandeira de alguns países, de papel colorido colado nos compartimentos. 
-Ficou perfeito papai! _Comemorou ele.
-Sim, ficou maravilhoso. Parabéns Lui. _Sorri orgulhoso.
-Parabéns papai. _Retribuiu o sorriso.

O barco de madeira estava pronto e a competição de Lui era logo pela manhã daquele sábado. Já havíamos aprendido a controla-lo com o controle remoto que eu mesmo havia levado a um maquinista e ele instalou baterias e  construiu o controle. Me envolvi tanto nesse projeto que nem sabia como arranjei tanto tempo para ser tanta coisa. Empresário, pai, marido. Os três me ocupavam como nunca, mas era a minha satisfação.

(...)

O Parque estava lotado, parecia uma grande manifestação no meio da praça, crianças havia as cheias. Lui estava com um sorriso enorme, Vick linda tomando o seu sorvete e eu curtindo aquela bagunça toda.

Acho que me tornei criança novamente, porque...minha infância se resumia a ficar trancado em casa brincando com um carrinho idiota, e agora ver tantas crianças juntas e o sorriso do meu filho me fazia sentir que aquilo tudo era para mim.

Colocamos o barco no lago e  fizemos os últimos ajustes.

-Consegue controla-lo sozinho filho? _Perguntei por conta do peso que aquele controle remoto era.
-Claro que sim papai, eu sou forte. _Disse convicto e eu senti orgulho.
-Arrasa Lui, mostra para eles quem é o meu filho. _Vick comentou como mãe babona.

Havia uma mulher ao microfone ditando as regras da competição, todos os barcos já estavam apostos e eu estava tão ansioso que chegava a roer as unhas.

-Desse jeito, daqui a pouco você pega o controle de Lui e entra na competição. _Vick me conhecia bem, e sabia o quanto eu era competitivo e aquela demora realmente não estava ajudando.
-Não duvide disso. _Ri nervoso.
-Calma, ele vai conseguir. _Minha mulher passou as mãos em meus cabelos me fazendo se acalmar.
-Eu sei, confio no nosso filho. E se não ganhar, vou continuar confiado da mesma forma. _Ela sorriu orgulhosa de mim.

Eu sabia que Vick percebia a cada momento a minha mudança, e isso  fazia minha gracinha mais apaixonada, e não posso negar que era ótimo ver que a mulher que você ama, apaixonada por você.

Até que fim foi dada a largada e Vick gritava com empolgação torcendo para o filho, lhe dando apoio moral e o incentivando. Eu apenas continuava roendo as unhas e olhar fixos no barco.

O pequeno barco navegava com leveza sobre o lago, o caminho era atravessar em baixo de uma pequena ponte onde  sairia do outro lado. Havia a linha de chegada logo do outro lado do lago.

Lui estava quase alcançando o adversário que estava a poucos centímetros de sua frente, e eu vibrando como nunca, apertando minhas mãos e incentivando como um verdadeiro torcedor. Foi quando Lui passou por ele, chegando bem a frente já colando no segundo. Ele era bom, Lui era bom igual ao pai! 

A medida que o barco de meu filho chegava mais a frente, mais eu vibrava. Eu e Vick... porque essa só faltava esgoelar, se sujando inteira de sorvete, o que me fazia rir, e de vez em quando chupando sua pele para limpa-la.

A mulher ao microfone narrava toda a competição e o nome de Lui vinha a todo momento. 

Mas o último barco para Lui conseguir ultrapassar estava complicado demais, Lui avançava um pouco e o outro avançava ainda mais. 

Ah não! Meu filho não irá ganhar em segundo lugar! Me levantei de onde estava, me pondo atrás de Lui, eu precisava persuadi-lo a vencer.

-Aperta o acelerador Lui, aperta com força. _Meus olhos fixos em seu barco, me deixava obsessivo, Lui concentrado igualmente. Não podíamos perder. -Mostra pra ele quem é que manda. Ganhe o respeito deles meu filho. Assim vão ter que engolir quem você é de verdade e você se tornará o líder. 

Eu tinha consciência plena do quão aquelas palavras eram destrutivas, pois são elas que nos torna determinados em sempre provar algo a alguém, o que se torna um trabalho complicado e frustrante. Você acaba querendo ir além somente para ser o melhor. Eu já fiz isso uma vez e sei o quanto era horrível. Mas eu estava tão obstinado a isso, tão convicto que não deixaria Lui sofrer como eu sofri um dia... que não teve como me impedir.

-Michael, deixa o menino fazer do jeito dele. _Vick cutucou atrás de mim e eu não quis saber.
-Não permita que se sintam os maiorais e coloque você no chinelo. Você é um Jackson Lui e um Jackson nunca abaixa a cabeça.
-Para... para Michael! _Vick me repreendeu mais uma vez.
-Fica na sua gracinha, isso é conversa de homem. _Eu iria me arrepender por ter falado dessa forma com ela, mas no momento eu não estava ligando muito para isso. -Vai Lui! _Gritei.

Acho que meu filho estava me escutando, porque notei seus lábios se apertarem e ele se focar como nunca antes. Sorri de lado, com meu olhar penetrado naquela competição, satisfeito por tudo que havia conseguido. Bastou poucos instantes para Lui ultrapassar aquele moleque e chegar a linha de chegada.

-E vence Lui Jackson! _A mulher gritou e  todos nós comemoramos, Lui estava com o melhor sorriso e eu o peguei no colo jogando-o para cima.

Ele havia ganho a competição e nada me fez tão orgulhoso.
Pegamos juntos o seu troféu e ele foi cumprimentado por todos os outros competidores, até um dos meninos o elogiou dizendo que queria ser seu amigo. O sorriso cúmplice de dever cumprido tomou os nossos rostos. Mas ao olhar para Vick, não estava tão empolgada quanto nós. Seria hoje que eu iria ouvir.

(...)

-Guarda seu troféu no quarto Lui e vá tomar banho. _Avisou Vick e o menino foi prontamente. 

Acompanhei minha mulher até o quarto e era como se eu não existisse. Sorri de lado sabendo que estava ferrado! 
Vick começou a se despir de sua blusa ficando apenas de sutiã preto. Cruzei meus braços parado na porta do banheiro a observando. 

Eu queria realmente achar uma brecha para conversar, mas ela não me deu essa chance, sendo assim caminhei até ela, envolvendo meus braços por trás de seu corpo. Vick se desvencelhou rapidamente.

-Me solta! _Ela realmente estava brava.
-Gracinha qual é? Ele ganhou, não foi? _O olhar enfurecido que me lançou, me deu medo.
-Não era pra ele ter ganhado daquele jeito. Você enchendo a cabeça do menino de baboseiras.
-Eu só estava incentivando. 
-Não, você estava transformando em quem você é. _Apontou o dedo na minha cara e eu vi que aquela história estava bastante séria.
-Em quem eu sou? _Aquela frase havia cortado o meu coração de um jeito que me abalou, senti um misto de sentimentos, como: Indignação, remoço, arrependimento, e o mais doloroso. Saber que Vick ainda duvida de quem eu era. -E quem eu sou Victória? Me fala? _Me pus em sua frente a forçando falar. Queria saber o quanto eu ouviria.
-Não quero falar sobre isso. _Ela foi saindo, mas eu puxei o seu braço, fazendo-a voltar.
-Agora você vai falar. _Vick me olhou irritada e eu não me importei, estava furioso demais para me importar com ela. -Que eu sou um homem horrível, e bagunço a cabeça do meu próprio filho o incentivando a ser mal como eu? _Essa era a frase que mais doía pronuncia-la, pois eu sabia que era exatamente isso que fiz com Lui a poucas horas.
-Você não pode negar que foi isso que fez, não é? O jeito que você falou com o Lui, Michael.  _Abaixei minha cabeça, comprimindo os meus lábios, controlando a raiva. 
-E agora? Já passou.. o que quer que eu faça? Vai se divorciar de mim por causa disso? Vai me afastar do meu filho achando que sou um péssimo pai? _Eu colocava palavras em sua boca porque o meu arrependimento dentro de mim era mais torturante do que olhar da mulher que amo.
-Quando você se acalmar a gente conversa. _Tentou se retirar mais uma vez, mas de novo não permiti. 
-Eu quero conversa Vick! _Me impus firme, mas ela puxou seu braço tão forte que conseguiu se soltar de mim.
-Mas eu não!. _E então ela se retirou da minha presença me deixando louco da vida.







Capítulo 7



Vick não havia falado comigo naquele dia, sempre de cara fechada ou se retirando todas às vezes que estava no mesmo ambiente que o meu. Oh mulher que estava me enlouquecendo! Victória havia feito de mim um idiota, me fazendo louco por ela, completamente apegado e ai de repente...

Aquilo só podia ser uma fase, tinha que ser. Li uma vez que casais de vez em quando tem esse tipo de crise, que ficam sem falar um com o outro quando não se agradam com o seu comportamento. Ela tinha motivos, eu havia feito uma coisa que definitivamente não deveria e eu sabia que a assustou. Mas eu era um ser humano em progresso.

Por tantos anos tentei ser uma pessoa melhor, ser tudo aquilo que Vick precisava, ainda mais com um filho a caminho. Mudei minha forma de pensar, de agir e tudo por causa do seu amor, pra ficar com ela. Vick ficou por todos esses anos querendo ser o motivo da minha mudança, enfrentou tanta coisa e de repente...

Fiz de tudo para que Vick me perdoasse pela forma que incitei Lui de ganhar aquela competição, até mesmo conversei com o meu filho, lhe pedindo desculpas e que ele nunca deveria ganhar pensando em derrubar qualquer que fosse. Ele tinha sim que fazer o seu melhor e dependesse da situação ele chegaria lá. Mas se não, levantasse a cabeça e tentasse de novo, uma outra oportunidade. Até contei algumas experiências que tive justamente por ter sido tão competitivo, coisas que eu não deveria ter falado ao meu filho, pois fazia parte de uma passado que eu precisava esquecer. Só que algumas marcas a gente leva conosco. 

Percebi que não estraguei o meu filho completamente, pois Lui me disse que se venceu foi porque ele se empenhou, que não passou por cima de ninguém, apenas deu o seu melhor, o que era verdade. Lui era um menino bastante esperto, e eu confiava no seu caráter, independente do que eu havia dito.

Mas isso não adiantou de nada, Victória ainda estava sem falar comigo, ainda sem deixar que eu chegasse perto, sem que me abraçasse na cama ao dormir. Talvez seja uma punição para que eu não despertasse o lado negro da minha personalidade nunca mais. E pelo visto ela estava certa, porque pensarei mil vezes antes de fazer qualquer coisa que a deixasse dessa forma. Em outras épocas seria eu a deixar Vick louca da vida, mas como virei um idiota por causa desse amor, era eu o otário que se rastejava para a mulherzinha.

(...)

Segunda-feira! Eu ainda não havia conversado com Vick civilizadamente, apenas o necessário. Passei dois dias sem beijar minha mulher na boca ou qualquer parte que fosse. Ela estava irredutível e eu não sabia mais o que fazer.

Fui para empresa, andei de lado para o outro naquela espaço, nem o projeto eu havia trabalhado e nem ao menos lido. Eu precisava conversar com Vick agora mesmo. Talvez pedir desculpas, implorar, se ajoelhar, qualquer coisa. 

Quando dizem que um homem perde as bolas quando se apaixona, acho que é realmente verdade. Pois eu não me reconhecia, parecia um maricas que tanto disse que Luke era, mas que agora eu estava me tornando um.
Abri a porta da minha sala rapidamente determinado a conversa com a minha mulher agora mesmo. Caminhei pelo corredor quando ouvi alguns risos de mulher saindo da sala do Luke.

Risos de mulher, da minha mulher. Era a Victória, enfiada dentro da sala do meu irmão. 
Rangi os dentes e fechei o meu punho, a raiva me dominava naquela hora e eu não sabia mais o que poderia acontecer de agora em diante. Encostei a porra do meu ouvido na porta do Luke, como uma senhora fofoqueira e passei a escutar o que tanto riam.

-Sim, isso seria legal para o projeto inicial, mas precisa de alguns detalhes. _A voz de Luke falando de negócio com Vick me desconsertou.
-Então ok? Você que sabe. _Um silêncio se fez até Luke perguntar.
-E o Michael? Ainda está brava com ele? _Parece que Vick conversava com o meu irmão mais do que comigo.

O final de semana inteiro sem dirigir uma palavra a mim, e com o Luke, Rum! Ele já sabia do que aconteceu.

-Michael me magoou! _A voz chateada de minha mulher cortou o meu coração. - O olhar dele Luke, ditando as regras para o Lui era como se...
-Como se voltasse a ver o antigo Michael? _Completou Luke e a pontada que senti no meu estômago me fez quase entrar dentro da sala, mas não fiz.
-Sim, exatamente.
-Também tive a mesma sensação quando ele fechou aquele negócio absurdo. O Michael de antes com sede de poder. E quando falou comigo daquele jeito então...Achei que tudo seria como dissemos que seria, mas. _Respirou fundo. -Não foi bem assim.

Ouvir aquilo estava me enojando. Eles faziam julgamentos como se soubessem exatamente tudo que iria acontecer, como se eu fosse um louco que a qualquer momento teria sua crise. Me surpreendeu Vick por ouvir o ex noivinho, ao invés de confiar em mim. O seu marido, o homem com quem tem um filho e que dorme todos os dias junto.

Soquei a parede e retomei o caminho até a minha sala batendo a porta com força. Aqueles pensamentos, aqueles malditos pensamentos, estavam me enlouquecendo.

Lembrei de Vick antes de nos envolvermos. Lembrei que era noiva daquele homem que se dizia meu irmão, lembrei que o traiu sem pestanejar quando eu a seduzir. Ela o amava, não era? Sempre dizia isso, sempre gritava em plenos pulmões que amava Luke, mas foi pra cama comigo na primeira oportunidade. Quem me garante que não voltaria a fazer? Aquela merda de insegurança estava acabando comigo. Se Vick me traísse com aquele otário eu mataria os dois. Vick se deu bem nas mãos de Luke, mas eu não serei tão bonzinho quanto.

Resolvi ficar na minha por enquanto, não iria fazer alarde disso, apenas observar até onde tudo isso se daria. Sentei em minha poltrona balançando de um lado para o outro jogado na mesma completamente relaxado. Peguei uma caneta e passei a brincar com ela, só esperando a hora de Victória adentrar aquela sala e me passar o relatório. Ela teria que fazer isso mais cedo ou mais tarde.

Foi quando ouvir a porta se abrir e a figura da minha mulher adentrando a sala. Estava vestida com uma calça social preta com linhas retas branca por toda ela, uma camisa de seda com manga cumprida branca, também social. Com aquele mesmo decote, cabelos amarrados em um rabo de cavalo e saltos altos. Haviam jóias em seu pescoço, braço e dedos. Uma argola imensa em suas orelhas. Estava linda eu confesso.

-Ah, resolveu aparecer? _Meu sorriso desafiador nos meus lábios não disfarçando exatamente o ódio que eu estava sentindo.
-Vim lhe entregar o relatório. _Assenti mordendo os lábios completamente irônico.
-Mas antes resolveu dar uma fofocada na sala do Luke não é mesmo? _Abriu um sorriso impetuoso e desafiador.

Sei que falei que não faria alarde, mas vê-la diante de mim depois de toda a minha desconfiança, realmente não me impediram.

-Passei para lhe entregar o relatório e acabamos conversando..._Tentou explicar, mas por conta de meu tom ela já conhecia bem o que eu queria dizer. -Vem cá. Está insinuando o que? Luke é meu amigo, só estávamos conversando. Agora deu pra ouvir atrás da porta? _Comecei a bater palmas lentamente, achando aquela explicação digna de uma sem moral.
-Engraçado Vick que... _Olhei ao nada pensativo. -Que acho que já ouvir esse discurso uma vez. Quando foi hein? Ahh, lembrei! No dia que você se aproximou de mim dizendo que queria ajudar dois irmãos a fazerem as pazes, queria saber porque eu tinha uma personalidade forte e queria me mudar. _Vick me fuzilava com os olhos, provavelmente querendo me matar por desconfiar dela, mas eu também estava a fim disso então estávamos kits. -Só que acontece que você parou na cama comigo, não foi? _Eu sabia que a provável cara de riso cínico que dei a irritou.
-Eu não tenho que ouvir isso. _Ela foi se retirando e eu levantei da cadeira depressa me ponto em sua frente, dessa vez mais sério do que nunca.
-Você vai ouvir sim! _Meu grito saiu mais estridente do que eu queria, assim como a raiva me dominou mais forte do que pude controlar. -Ousa a se envolver com o Luke de novo Victória. -Abaixei o tom somente para lhe avisar, nem ligando para cara de assustada que fazia. -Ai você vai conhecer quem é o vilão dessa história!

Me retirei de sua presença batendo mais uma vez a porta com força. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, só sei que não perderia a Vick por nada desse mundo.











Capítulo 8






Resolvi que faria o mesmo que Vick, eu jogaria o joguinho dela e ficaria sem lhe dirigir a palavra, até porque eu estava furioso demais para ouvi-la. Cheguei em casa como sempre, e dei um beijo em Lui, o ajudei com a tarefa de casa em seu quarto e depois me preparei para o banho.

Vick e eu nos olhávamos em cada intervalo de tudo que fazíamos. Comecei a me despir desabotoando os botões de minha camisa social, Vick estava mexendo no closet, acho que procurando alguma coisa, ou arrumando...nos olhamos. Tirei minha camisa do corpo, abrindo o cinto de minha calça junto com zíper. Vick analisou o meu corpo e quando percebeu que vi, tratou de desviar o olhar. Sorri por dentro, por saber exatamente como fazer pra mexer com a minha mulher, mesmo estando puto com ela, eu ainda a amava, claro.

Tirei minha cueca agora ficando nu, no meio do quarto, enquanto Vick continuava mexendo no closet. Comprimi o meu lábio, olhando-a de soslaio como se estivesse bastante bravo com ela. Vick levantou a sobrancelhas e depois revirou os olhos, era uma provocação com o olhar que dávamos que parecia até infantil.
Enrolei minha cintura para baixo com minha toalha e caminhei até o closet buscando uma roupa para usar depois do banho. 

-Vai ficar assim, sem falar comigo? _Perguntou ela finalmente quebrando aquele silêncio interminável.
-Ah agora você quer conversar? _Encarei minha mulher com um riso de deboche.
-Michael acho melhor a gente parar com isso, é ridículo. Somos um casal. _Cruzei meus braços em cima do peito, assentindo a cabeça, totalmente sarcástico. 
-Diz isso para o Luke. Fala pra ele que somos um casal Victória. _Dei meia volta caminhando para o banheiro enquanto Vick veio atrás de mim se colocando na minha frente.
-Eu não acredito que isso está começando de novo. Não acredito que está com ciúmes Michael. _Desviei o meu olhar por saber que estava louco de ciúmes sim. -Luke e eu nunca acontecerá novamente entendeu? Nada. Coloca isso de uma vez por todas nessa cabeça obcecada. _Bateu na minha cabeça e eu fiquei parado lá igual um idiota.

Eu havia sim tirado conclusões precipitadas, mas foi a raiva, o medo. Vick estava um final de semana todo sem falar comigo direito, depois fica de risinho com o cunhado que já foi ex, trancada em sua sala? Qual é, não sou idiota.

-Tenho razões pra isso não tenho? _Riu sem humor, nervosa.
-Você..._Riu de novo colocando a mão na cabeça. -Você é inacreditável não é? Está me acusando de uma coisa que nem ao menos aconteceu. Luke é meu amigo.
-E eu era o seu cunhado, o homem que você achava que tinha um caráter péssimo... sentia asco..._Maneei minha cabeça. -hum, talvez. E olha onde estamos. _Abri os braços. 

Senti um tapa arder o meu rosto que virou para o lado pela impacto. Girei-o com lentidão até voltar a posição de antes,  encarando-a furiosamente. Não fiz nada, apenas me retirei de sua presença tão calmo quanto antes.
Tirei a toalha do meu corpo assim que entrei no banheiro, ligando o chuveiro após. Vick bateu no vidro do boxe chamando minha atenção.

-Michael temos que conversar. _A mulher desesperada entrou no boxe junto a mim, nem se importando com a água que cai em seu corpo, molhando a sua roupa de dormir. -Eu nunca trairia você... você não! Eu te amo, será que não entende? Te amo demais.

Permaneci duro, sem olha-la nos olhos, eu queria ignora-la, queria parar de sentir tudo que estava sentindo, queria interromper a minha necessidade da minha mulher. Vick não estava merecendo essa conversa agora, ela precisava saber que comigo não se brinca. Mas eu era tão louco pela filha da mãe que não conseguia ter controle sobre mim mesmo. 

Desci minhas vistas encarando sua boca, ela estava molhada. Minha vontade era de jogar aquele orgulho as favas e dominar a minha mulher. Mas eu não podia.

-Me deixa em paz Vick. Não quero conversar com você. _Dei a última palavra.
-Isso é tão injusto. Eu não fiz nada, você por outro lado...
-Se tem tanto medo da minha personalidade por que não pede o divórcio? Assim não tem que se preocupar. Ficaria com o Luke o cara que você sempre quis que eu me transformasse, não era essa intenção desde o princípio?
-Não peço o divórcio porque te amo. Você se transformou no cara que eu amo. Temos um filho Michael o fruto de tudo que construímos um dia. O Luke não me interessa. Fiquei chateada sim com o seu comportamento na competição. Fui desabafar com ele, foi um erro eu sei. Mas daí achar que eu o trairia? 

Vick sabia me dissuadir, sabia fazer com que eu me sentisse um culpado desgraçado, mas eu não daria o braço a torcer, de jeito nenhum.

-Achei que confiasse em mim. _Disse decepcionada. Talvez eu não confiasse mesmo.
-Seria ótimo implantar uma câmera no meio da sua testa. _Levei um tapa.
-Seu idiota! _Ficou chorosa de ódio, eu estava me segurando para não fazer o mesmo, chorar na presença de Vick seria "maricagem" demais da minha parte. -Você me tira do sério sabia? 
-Me deixa em paz Victória, vai? _Praticamente implorei. -Preciso pensar em algumas coisas, ficar na minha por enquanto. Sinto que perderei o controle a qualquer momento e não é isso que quero.

Vick me olhou com raiva, dando um longo grito sem paciência e saiu do banheiro me fazendo respirar fundo.
Aquela situação chegou onde sinceramente não queria, mas agora que chegou, não faço a mínima ideia de como parar de pensar em uma possibilidade de traição da parte de Vick. Minha insegurança era tanta que imaginava Luke e Vick transando o tempo todo e isso me causava angustia e ódio. Eu precisava me afastar disso tudo, ou me destruiria.

(...)

A primeira pessoa que encontrei quando cheguei na empresa foi Luke, ele estava me olhando com deboche que achei que nunca mais encontraria. 

-Mostrando as asinhas não é maninho? _O provoquei.
-É o que você diz. _Abriu os braços com aquele sorriso idiota. Deus como aquilo me irritou! 
-Experimente ficar com a Vick pra você ver maninho. Perderá feio. _Me preparei para sair, eu já havia dito o que eu queria.

Aquela briga minha com o Luke estava acontecendo de novo, mas dessa vez ele estava se metendo com a mulher que eu amo, e não fazia nada pra se defender. Era óbvio que Luke estava mal intencionado me fazendo saber que confiei em uma cobra peçonhenta. Luke se mostrava um canalha ainda pior que eu. Digo pior, porque não conseguiria nada com Vick, não se dependesse de mim. Ele  era um opositor fracassado.

-Tem certeza? _Seu tom era venenoso, como se tivesse algo por trás daquele comentário. -É comigo que Vick desabafa, presidente. É comigo que ela chora as mágoas. _Lancei um olhar furioso para Luke, querendo acabar com ele. -Vick ligou para mim... disse o quanto estava magoada. Eu a consolei, tranquilizei e ainda disse que se precisasse de mim pra qualquer coisa, eu estaria lá para ela. _Filho da puta! 

Parti pra cima de Luke, lhe dando um soco no meio de suas fuças. Aquilo não o abalou, muito pelo contrário. Eu vi a mim mesmo no olhar daquele homem, quem eu fui, estava diante de mim agora, e como eu tinha raiva disso. Percebi o quanto eu estava certo, o quanto minhas desconfianças estavam certas.

-É bom não é Michael? Quando o seu próprio irmão rodear a mulher que você ama? _Minha respiração ofegante, bufando como um búfalo bravo.
-Achei que estava tudo certo entre a gente. Que você havia aceitado.
-É mais fácil ser o bonzinho da história quando se quer algo. Você ilude, se torna a pessoa mais confiável e então... Você dar o bote.
-O que deu em você seu filho da mãe? _Eu não o reconhecia de forma alguma.

Luke sempre foi tão diferente de mim, tão amistoso e agora se mostrava. Isso me fez pensar se isso foi agora, ou se ele planejava me apunhalar pelas costas a mais tempo. Pensar sobre isso me deixou mal, sabendo que confiei Vick ao seu lado, que abri as portas da minha casa para ele querendo realmente que tudo desse certo conosco. Que pudéssemos ser irmãos como sempre deveria ter sido e agora...

Quando aceitei o fato de mudar com a minha família para melhor, eu sempre idealizei algo que tivemos há alguns anos atrás. Família reunida, aconchego e tudo mais. Olhando para a face de Luke essa expressão sombria me fez ver que eu estava errado, que fui enganado pelo meu irmão, e jamais deixaria Vick me trair com ele, de maneira alguma. Imaginei o quanto esse homem devia ter envenenado a minha mulher contra mim. De certo que Vick sempre pareceu confiar em mim, está ao meu lado. Mas pensando bem... o modo que agiu quando incitei Lui a vencer, aquilo foi um exagero. Era como se analisasse qualquer regresso meu para jogar contra mim, foi exatamente o que Vick fez e depois ficar de conversinha com ele nos cantos. Me senti traído, pode ser que Vick não chegou a ficar com ele, mas de alguma forma houve uma traição ali. 

-A personificação completa de Michael Jackson. _Luke deu uma gargalhada tão ridícula que senti asco.
-Não Luke, está errado. _O rebati. -Michael Jackson só existe um, e você tem que ser muito foda pra conseguir me derrubar otário. Pode tentar... tenta. Quem sabe um dia consegue não é mesmo?

Me retirei de sua presença seguro de mim, apenas por fora, porque por dentro eu estava completamente louco, desesperado e com uma insegurança que nunca senti antes. Imaginar Vick ao telefone com esse cara, conversando com ele, desabafando com ele. Isso não ficaria assim.







Capítulo 9




Eu precisava tirar aquela história a limpo com a Vick, precisava confronta-la e fazê-la dizer se estava me enganando ou não. Porque se isso estiver acontecendo, meu amigo... 
O modo que Luke disse que conversava com a minha mulher ao telefone, o jeito que ouvi rindo em sua sala, tão amiguinhos. Victória não me faria de bobo, muito pelo contrário. Eu é que dito as regras aqui.
Abri a porta de sua sala com violência, a assustando. Vick estava ao telefone.
-Desliga! _Ordenei.
-Eu estou trabalhando Michael.
-Desliga agora! _Fui firme, mostrando que quem manda aqui era eu. Mas como já estava acostumada fazer o idiota aqui de bobo, não me obedeceu. Eu havia dado corda demais a Vick e ela folgou.
Bati a porta com força atrás de mim, passando a chaves duas vezes. Caminhei ao encontro da minha mulher completamente confusa, observando cada movimento que dava. Arranquei o telefone do seu ouvido, colocando no gancho.
-O que você pensa que está fazendo? _Aqueles olhos medrosos, era tudo que eu amava ver. Sua boca tão suculenta, seu vestido tão sexy em seu corpo.
Puxei a nuca de Vick com força tomando sua boca com dominação, puxando os seus cabelos, apertando os seios. Aquela mulher era minha, e eu provaria isso. Vick tentou protestar, mas viu que não conseguiria ir contra a força que eu exercia sobre ela. Minha língua chupava a sua com veemência. E em um único movimento coloquei Vick sentada sobre a mesa abrindo suas pernas.
-Você é minha! _Afirmei com possessão, mostrando para Vick que eu não estava para brincadeiras, não mesmo.
Puxei sua calcinha de uma só vez, fazendo a gemer. Vick estava tão confusa sobre minhas ações, mas parecia não se importar com elas, não quando soube exatamente o que eu queria. 
Acontece que minha mulher ficava louca quando eu me tornava esse homem possessivo, a pegando para mim com dominação. Isso excitava Vick, o que me fazia ter certeza que Luke não tinha nenhuma chance.
Abri o cinto de minha calça rapidamente fazendo a descer sobre minhas pernas junto com a cueca. 
-Minha! _Gritei entrando com tudo em sua entrada. Vick gemeu alto pendendo a cabeça para trás. _Só eu que transo com você entendeu? _Estoquei com força, fazendo Vick gemer mais uma vez. -Só eu te dou o prazer que precisa. _Estoquei de novo, rascando o seu vestido por inteiro. -Nunca terá um homem como eu, pois ele não existe. _Inclinei o corpo entregue de Vick por cima da mesa com suas pernas envolta de minha cintura. Abri minhas mãos espalmadas sobre os seus seios, percorrendo até o seu ventre. -Eu! _Gritei estocando com mais força.
-Michael... _Sussurrou.
Eu era um louco, sentindo todos os sentimentos possíveis, prazer, dominação, possessão, raiva, fúria, dor, mágoa, amor, paixão. Todos esses sentimentos eu descarregava naquele sexo com Vick, todo tesão contido.
Um homem quando se tem medo de perder quem ama, ele simplesmente perde o controle, fazendo cada um agir como acha melhor agir. Essa era a minha forma, mostrando a Vick que nós nos pertencíamos, fazendo-a lembrar o motivo de se envolver com um homem como eu. Mas eu fiquei tão louco que...acabei passando dos limites.
 Pois  ela ainda era a minha mulher, a mulher que eu amo, a dona de todos os meus sentimentos e pensamentos. Não queria machuca-la, mas também não podia me dar ao luxo de deixar pra lá. 
 Meus olhos encontraram os seus com amor. Diminui o ritmo de minhas estocadas, trazendo o seu corpo de volta, encostando nossa testas uma na outra. Passei a rebolar com cuidado, apreciando aquele momento que por uma razão que eu não conhecia se tornava única.
-Eu amo você. _Ouvi a voz de Vick chorosa proferindo essas palavras quase me fez desabar. 
Procurei sua boca para compartilhamos um beijo tão importante. Segurei sua bunda conectando-a ainda mais a mim, os quadris de Vick se movimentavam a medida que os meus ditavam as regras. Abocanhei seu seio direito, deixando rastro de saliva. Foi quando começamos com os ritmos mais frenéticos do jeito certo, compartilhando um prazer gostoso, era nosso orgasmo vindo. Vick se contraiu gemendo sôfrega, meu pênis pulsar dentro dela tão forte que não aguentei segurar por muito tempo. Me desfiz dentro de minha mulher, levando-a comigo.
Vick recém levada ao orgasmo encostou sua cabeça no meu ombro completamente sem fôlego.
-Minha. _Minha voz saiu ofegante. -Só minha.
Segurei seu rosto, retirei algumas mexas de seu cabelo, acarinhando a face de minha mulher. 
Subi minhas calças me vestindo, olhando nos olhos de Vick, não falávamos nada um para o outro. Mas eu sabia que Vick percebeu a dor que eu sentia, sabia que aquela situação estava acabando com a gente. Sai de sua presença assim que estava vestido, deixando-a sozinha.
-Michael. _Me chamou enquanto eu destrancava a porta, ignorei. -Michael. _Abri a porta pronto para sair. -Michael! _Gritou, tornei a ignorar saindo pelos corredores da empresa ouvindo-a esgoelando aos choros.









Capítulo 10




Eu era um louco, um dominado. O modo como eu peguei Vick para mim, foi tão idiota que eu mal me reconhecia, ou na verdade me reconhecia sim, e era esse o problema.
Entrei em casa abrindo a porta de uma só vez, corri para o quarto em que eu e Vick dormimos tantas e tantas vezes, onde sempre foi o palco dos nossos momentos juntos, vivemos tantas coisas durante todos esses anos que eu não pude nem contar e agora pareciam um sonho distante, ou talvez uma mentira. Depende até onde aquela história me levaria. 

Abri a porta de correr do closet de uma só vez, fazendo um barulho estrondoso. Para a minha sorte Lui estava no colégio, senão ele veria imagem de seu pai que com certeza ele nunca havia visto antes. 

Capturei uma pequena mala enfiada no compartimento superior do closet, enfiei minhas roupas dentro sem olhar qual seria, apenas quis fazer rapidamente e dar o fora dali o mais rápido possível. Eu precisava ir embora, sumir por uns tempos e não ter que me ver tão desesperado como eu estava, não podia em hipótese alguma machucar Vick por conta da minha insanidade, e se continuasse ali, se continuasse acompanhando de perto Luke me provocando, isso acabaria acontecendo. O meu ciúmes falaria mais alto e eu não teria como controla-lo.

-Michael. _Vick entrou de vez no quarto, mas continuei colocando minhas coisas dentro da mala sentindo um golpe  no meu estômago. -O que você pensa que está fazendo? _Não respondi. -Isso tudo por causa daquela conversa com o Luke? Pra que tudo isso Michael? Cadê aquele homem que resolve tudo, que passa por cima de tudo rindo de cada situação, de cada dificuldade. Aquele seguro de si, com senso de homem poderoso que nada o abala? _Aquelas palavras cortaram o meu coração. Parei o que eu estava fazendo para olha-la.

Eu também queria saber onde esse homem estava, queria entender o que estava acontecendo comigo por mais que eu soubesse. Acontece que Vick fez de mim um homem fraco, um homem que não tinha a mínima noção do que aconteceria daqui adiante, mas que mesmo assim tremia de medo apenas de pensar em perder a mulher que ele ama. 

-Esse homem se foi Victória há muitos anos atrás. Se foi junto com o bom senso, com a fortaleza que eu guardava dentro de mim. Se foi com a mesma facilidade que tive de pensar tantas baboseiras em fração de segundos, e com a mesma rapidez....que tive em domina-la daquela forma. _Os meus olhos estavam repletos de lágrimas e a dor atingia o meu coração. -Percebe? Será melhor ficarmos longe um do outro nesse momento. Ou eu farei algo que vou me arrepender pelo resto da vida.
-Me matar? _Vick reconhecendo e expondo os meus sentimentos nesses últimos dias acabou comigo.

Era dolorido demais pra mim saber que eu estava tão louco por ela, tão dependente ao ponto de ter esse tipo de pensamento se ela por ventura estivesse me enganando.

-Porque se for isso, desculpa Michael, mas eu NÃO acredito. Não acho que seria capaz disso, não o homem que eu amo.
-Você mesmo disse que temia a minha personalidade antes, que depois do que houve com o Lui eu poderia sim voltar a ser aquele homem.
-Acontece que tanto aquele homem como esse de hoje, jamais faria algum mal a mim. Sendo assim não faz o menor sentido. _O modo que aquela mulher levava fé em mim era algo que sinceramente me deixava confuso.
-Eu conversei com o Luke. _Funguei limpando as possíveis lágrimas dos meus olhos, colocando o melhor sorriso tranquilo nos meus lábios. -Ele me disse as tantas vezes que falaram ao telefone, que você desabafou com ele. Lhe contando os seus medos e inseguranças, coisa que eu deveria ter sido o primeiro a saber. _Vick me olhou incrédula, como se aquele comentário fosse subliminar e eu tivesse inventando coisas onde não tinha.
-Luke é o meu amigo, tem coisas que sentimos mais seguros contando a outras do com a pessoa envolvida, isso é tão normal Michael. _Vick não fazia ideia o quanto aquilo me irritou.
-Não, não! _O protesto saiu entre dentes. -O Luke é uma criatura sórdida, ele não é o bonzinho que todos nós achávamos. Luke quer ferrar com a minha vida, descontar tudo que fiz com ele no passado e vai começar por você. 
-E você me acha tão piranha e manipulável ao ponto dele me ganhar? Ao ponto dele me jogar contra você infectando a minha mente? _Eu sinceramente não tinha certeza sobre nada. -Você é o homem que eu amo, e nada do que Luke fizer vai mudar isso.

Abaixei minha cabeça, fazendo uma cara de riso não tão notável, mostrando a ela que  havia dado motivos de sobra para que eu pensasse nisso.

-Com você foi diferente. _Respondeu ao meu devaneios de uma forma que parecia que me confortaria. Ela caminhou até próximo a mim, meu corpo entrou em alerta e eu lutava para as lágrimas não saírem de novo. Seus mãos acariciando o meu rosto. -Eu te amei no primeiro instante, fiquei viciada como quem se vicia em heroína e isso dura até hoje. Sei que cometi erros pedindo conselhos ao Luke ainda mais descobrindo suas intenções, mas trair você eu jamais faria. Pois você é o suficiente pra mim Michael. _Ela foi sincera, mas não o suficiente para aplacar a minha desconfiança.
-Então você sabia do Luke? Sabe das intenções daquele canalha? _Foi mais uma surpresa para mim, me fazendo saber que Vick escondia mais coisas do que eu imaginava.
-Sim. É por isso que me aproximei dele, queria saber até onde ele iria. _Ri sem humor.
-Até parece que nunca vi isso antes.
-Michael por favor confia em mim? _Era difícil demais confiar depois de tudo que ouvi.
-Eu vou me hospedar em um loft por enquanto, não vou me envolver nisso novamente. Faça o que você quiser, mas bem longe de mim. Não vou deixar uma mulher acabar comigo. _Eu precisava ser frio, me impor, mostrar a Vick que seja lá o que esteja fazendo com o meu irmão eu não compactuaria com nada,  e parece que resolveu. Vick ficou em choque.
-Você não pode ir embora, não pode fazer isso com a gente. _Não ouvi seus protestos, apenas fechei a mala e me dirigir a saída. -Ok, pode ir... Mas saiba que ficarei no seu pé, dia e noite e provarei Michael Jackson, provarei que você é o homem da minha vida e nunca seria tão burra ao ponto de trair você!
-Pode ficar no meu pé Victória, só não garanto que vai conseguir o seu objetivo. _Vick correu até mim se ponto em minha frente, estava cheia de lágrimas nos olhos. 
-Você é um idiota não é? Se acha esperto e intransponível, mas não passa de um fraco... Michael eu amo você! _Envolveu seus braços em volta do meu pescoço encostando sua testa na minha. O cheiro inebriante do perfume que tanto amava da minha mulher me desconcertou por um momento. -Fica comigo, por favor? _Choramingou. -Pensa no nosso filho, nosso amor, e em tudo que vivemos juntos. _As súplicas não iriam mudar a minha cabeça.
-Preciso de um tempo Victória, senão eu enlouqueço como fiz agora pouco em sua sala. 
-Eu amei. _Seus olhos tinham um brilho incomum. -Sabe que adoro quando você me domina dessa forma.
-Não foi uma simples dominação, foi posse. Eu odiei ter feito daquela forma, e se por uma acaso vê-la com aquele desgraçado novamente não respondo por mim.
-Não vai embora amor, por favor? _Suplicou mais uma vez, e cada súplica eu sentia uma enorme vontade de acatar. -Eu faço tudo que quiser, eu fico longe do Luke, eu faço qualquer coisa. _Vick segurou na minha mão e percebeu que faltava a minha aliança, eu havia tirado como sempre, mas pra ela foi um aviso. -Cadê a droga da aliança Michael? Já se sente solteiro é isso? Vai fazer agora tudo que te der na telha?
-Sabe que me incomoda Vick, pare de drama. _Afastei-a do meu corpo. -Me deixe ir embora. _Tentei dar alguns passos, mas ela me segurou de uma forma ridícula. 
-Michael, por favor? Não deixe que chegue a esse ponto. _A empurrei delicadamente, para poder sair, mas ela tornou a me impedir.
-Me deixe passar Victória! _Tive que ser um pouco rude colocando a de lado vendo a chorar, mas  finalmente consegui cruzar a porta.

Caminhei até o elevador e para a minha sorte ele estava no andar.

-Michael! _Vick foi atrás de mim, mas as portas se fecharam.
Fechei os meus olhos sentindo um angustia infinita invadir cada poro do meu corpo, uma sensação horrível de desespero.

Cheguei até a garagem e assim que visualizei meu carro, destravei as travas elétricas. Joguei minha mala no banco do carona, colocando meu cinto de segurança em seguida. 

-Michael! _Senti um baque assim que ouvi a voz de Vick ecoar pelo local. Era inacreditável que havia vindo atrás de mim.

Olhei no retrovisor vendo-a chorar, implorando para que eu não fosse embora. Aquilo sem dúvidas partiu o meu coração, mas eu não podia fraquejar agora. 

Rodei as chaves na ignição, Vick gritou o meu nome mais uma vez. Dei partida no carro saindo imediatamente dali com a imagem de Vick ao retrovisor com lágrimas nos olhos. Respirei fundo tentando não me abalar, mas era tarde demais, quando me vi sozinho e diante de tudo que tive que fazer, senti uma lágrima quente rolando dos meus olhos.










Capítulo 11


Eu acabava de chegar no saguão daquele hotel, passos rápidos, paletó pendurado no antebraço, passava vez ou outra as mãos sobre a mexa do cabelo curto que insistia em cair no olho. Queria entrar no meu provável quarto e ficar lá o dia inteiro apenas pensando, achando uma forma para superar e dominar os meus demônios.

Descansei minha mala no balcão ta recepção para me registrar. Logo uma moça simpática veio me atender. E enquanto me registrava, olhei ao redor, um pouco apressado, querendo subir de vez. Havia uma mulher logo a diante, perto de uma pilastra localizada entre a recepção e o elevador. Eu estava distraído, mas em um descuido minhas vistas foram até ela.  Ela me olhava. Sorriso envolvente, um pouco sacana, com certa malícia. Retribui o sorriso brevemente, um pouco contido com uma leve maneada de cabeça. 

É, eu estava mesmo mudado, geralmente em outros tempos eu seduziria com o meu olhar e provavelmente levaria para cama, pois era um morena bastante gostosa, peitões e bundão bem grande. Tipo essas gostosas que homem tarados adoram comer. Mas além de ser casado, amar a minha mulher e preferir o seu tipo de corpo, estava com problemas demais pra isso.

-Suas chaves Sr. Jackson. _A recepcionista me entregou as chaves e eu agradeci, dando um jeito de chegar o mais rápido no meu quarto.

Abri a porta contemplando aquele loft pequeno, com uma decoração comum, não do jeito que me agradava, não do jeito que me fazia sentir prazer, pois faltava alguém em especial e eu odiei pensar em Vick nesse momento. 
Joguei a mala por qualquer canto, assim como o paletó me sentado na cama, respirei fundo colocando a mão em minha cabeça. Meus pensamentos voltavam a me torturar, as imagens de Vick chorando por minha causa entravam e saiam de minha cabeça. E se ela estiver mesmo falando a verdade? Se tudo que desconfio é mera fantasia? Eu estaria sendo um idiota com ela, e provavelmente sentiria tudo na pele as consequências os meus atos. Mas também havia aquela pergunta. E se estiver me fazendo de trouxa junto com o Luke? Ela fez uma vez, quem me garante que não está fazendo de novo? E se, e se, e se....

Melhor colocar minha capa de durão e fazer Vick sofrer do que me fazer de idiota e sofrer em seu lugar. Seria patético da minha parte e acho que nunca me recuperaria da vergonha. Mas não posso negar que de qualquer forma eu estava sofrendo sim, minha mulher poderia está se envolvendo com o meu irmão da mesma forma que já fez um vez, e eu não responderia por mim se isso de fato estivesse acontecendo. 

Meu telefone tocou, acho que umas quinhentas vezes em apenas uma hora. Eu sabia que era a Vick, peguei do bolso apenas para confirma. Sua foto que eu mesmo tirei, dela abraçado com o meu filho, beijando o topo de sua cabeça brilhava no visor. Tocou até cair a linha, uma mensagem de voz foi acionada, decidi ouvi-la.

-"Michael por favor, vamos conversar feito dois adultos, para de ser tão idiota. Você é o meu homem e eu te amo, por favor atende esse telefone?"

A voz daquela mulher sofrendo, chorosa e ofegante, quase me fez atender. 
Joguei o celular por qualquer canto, indo para o banho. Só tomando uma ducha e depois ir até um bar resolveria os meus problemas.

(...)

O bar estava lotado, havia várias pessoas dançando e bebendo, alguns paquerando e outras se beijando. 

-Um uísque duplo por favor. _Pedi ao barman, ele assentiu logo preparando o meu pedido.

Meu celular não parava de tocar  no bolso me fazendo arrepender de ter o levado. Quando Vick disse que me perturbaria ela não mentiu.

-Não vai atender? _Uma voz forçando um tom sexy  falava no pé do meu ouvido. Olhei depressa para saber de quem se tratava. Era a mesma mulher que me encarava no saguão do hotel.
-Não. _Falei convicto.
-Pode ser importante. _Tocou na parte aberta da minha camisa, olhei com malícia para ela. Não pude negar, era bastante gostosa, mas eu não trairia Vick, não enquanto não saber o que realmente está acontecendo.
-É só minha mulher. _Dei de ombros e o  bar tender me estendeu o copo de uísque, já capturei entre os dedos  dando os primeiros goles.
-Hum... é casado?
-Há mais de cinco anos. _Me olhou com um certo interesse, com a mesma expressão safada, típica de mulher que quer dar.
-Pelo visto entrou na rotina. Pois se não quer atende-la. _Terminei de dar um gole  balançando o dedo em negativa. 
-Muito pelo contrário, um relacionamento meu nunca cai na rotina baby. _Meu jeito cafajeste de ser voltava fácil pra mim agora e eu estava adorando. -Eu sei como agradar uma mulher muito bem por sinal, Tanto é que não para de ligar, vê? _Levantei os braços sorrindo, bastante convencido. Apenas conhecia os meus valores.
-Não acredito. _Me desafiou. -Você tem que provar invés de falar. _Aquilo foi um convite e eu fiquei tentado.

Das duas um, ou eu provava e saia com fama de garanhão, mas ai por outro lado trairia Vick e não é isso que quero. Até porque eu precisava ficar limpo nisso tudo pra depois jogar em sua cara se caso minhas desconfianças estiverem certas. Ou sairia dali com fama de bundão, que só fala e não faz nada, ficaria bem com Vick, e se ela tiver me engando com o otário do meu irmão, eu seria um idiota duas vezes. 

Então lembrei das noites que sempre tive com a Vick, as noites que eu amava, o corpo cheiroso da minha mulher que obviamente aquela piranha não tem. Os beijos que dávamos, o modo como se entregava para mim. E estava tão acostumado com a minha mulher que pra falar a verdade nenhuma outra me interessava. Nada seria igual, e eu me praguejava por ter me deixado depender daquela mulher.

-Hum... não vai da. Sou casado e amo a minha mulher. -Ela me olhou curiosa, não acreditando em minha palavras. -Fazer o que? Aconteceu. _Levantei os ombros e entortei a boca, como se lamentasse.
-Se amasse tanto atenderia o seu telefone, não estaria em um bar enchendo a cara por causa dela. _Oh mulher chata. 
-Mas também não iria pra cama com você coisa que já disse que não estou a fim. _Levantei a sobrancelha deixando aquilo bem claro. Pobre mulher, me pegou em um dia ruim, com uma época ruim.
-Tudo bem. _Levantou a mão em rendição. -Quem sabe a próxima? _Correu seus dedos da minha barriga até o meu pescoço, me olhando com malícia. - E eu farei questão de provar até a gota. _A mulher saiu rebolando na minha frente e não deixei de olhar aquela bunda enorme, me fazendo ter certeza que preferia  bunda pequena da Vick, pelo menos eu entrava com facilidade.

Achei aquela mulher estranha demais, veio do nada, disse coisas sem sentido, e aceitou os meus foras com facilidade. Não sabia qual era o seu objetivo ali, mas estava feliz que me deixou em paz.
Continuei bebendo o uísque por 1 hora, com o celular vibrando no bolso, eu estava um pouco bêbado e bastante irritado, querendo jogar essa droga fora.

Voltei ao meu apartamento. Tirei minha camisa ficando apenas de calça, lavei o rosto para me despertar, tentar tirar um pouco aquela ressaca que já vinha a mim. Logo a porta bateu. Bufei audivelmente por não querer ninguém me enchendo uma hora daquela. Abri de uma vez contemplando a imagem chorosa de Vick parada na porta. Minha mulher me olhava com decepção, estava linda, com a aparência sôfrega. Meu coração falhou uma batida.








Capítulo 12




Eu e Vick nos encarávamos sem dizer nada, o nó estava tão preso em minha garganta que eu mal conseguia respirar. Olhar aquela mulher e pensar o que sou capaz de fazer a ela se eu duvidasse por mínimo que fosse de sua fidelidade, saber que não sou capaz  de segurar a onda se isso estiver mesmo acontecendo. Uma camada de lágrimas formava em meus olhos, enquanto meus lábios estavam contraídos. Pelo misto de dor, angustia e minha tentativa de parecer mais forte do que eu aparentava. Quando as gotas de lágrimas embaçaram minhas vistas o suficiente para que chegasse ao ponto de derramar, virei de costas para Vick entrando dentro do apartamento.

-O que está fazendo aqui Victória? _Limpei meus olhos rapidamente. 

Ouvi seus saltos baterem no piso denunciando sua entrada.

-Vim pedir... pedi não. Vim exigir que volte pra casa! _Ri sem humor virando o meu corpo para olha-la.
-E como você vai fazer isso baby? Me arrastando? Boa sorte. _Ri debochado e isso a irritou, como eu sempre soube que a irritaria.
-Para de ser ridículo. Meu Deus Michael para de ser infantil, Lui é muito mais adulto do que você. Não atende os meus telefonemas, não responde as minhas mensagens. Como isso chegou a esse ponto?
-A primeira pergunta é. Como sabia onde eu estava? _Vick desviou seu olhar do meu, estava bastante nervosa e eu sabia muito bem o porquê. Era óbvio demais pra mim.
-Isso não importa.
-É claro que importa! Anda Vick, diz como sabia onde eu estava? Também implantou em mim uma câmera? Aprendeu com o seu novo amiguinho? _Levantei a sobrancelha esperando por respostas. _Diz! _Gritei já sem a menor paciência de ver aquela cara de sonsa que fazia.
-O Luke ele... _Nem precisou dizer mais nada.
-Há! Eu sabia. Meu Deus como eu sabia disso. 
-Eu estava preocupada seu idiota. Você não respondia as minhas ligações, então ele disse que você hospedava aqui quando vinha da Suíça.
-O bar é legal. _Dei de ombros, sabendo que esse é único motivo que eu escolhia aquele lugar.
-Você bebeu, não foi? _Ela caminhou próximo a mim enfiando seus dedos dentro do meu cabelo, observando a minha face. Eu não estava completamente bêbado, mas Vick notava a menor expressão distorcida.
-Não o quanto eu gostaria. 
-Michael por favor, vamos pra casa? _O jeito que me pediu aquilo. -Eu faço qualquer coisa, eu paro de falar com o Luke se esse for o seu desejo, saio da empresa, a gente vai pra qualquer lugar. Vamos pra Suíça! Eu sei o quanto gosta de lá, você poderia controlar a empresa de lá. Só não deixa que isso chega a esse ponto.
-Victória escuta..._Tentei jesticular para tentar falar.
-Não me chama de Victória! _Me intorrompeu magoada. -Eu sou sua mulher. _Entendi exatamente o que queria que eu fizesse. A chamasse de amor, Vick, gracinha ( o que a muito tempo não chamava) -Cadê sua aliança? Você nem usa mais a sua aliança... Michael!

Suas reclamações estavam me deixando ainda mais nervoso do que de costume, ainda mais por conta do teor de álcool na corrente sanguínea. 

-Já chega! _Ela parou de falar, me encarando com dor, seu rosto banhados por lágrimas. -Eu quero ficar sozinho, preciso pensar poxa! _Virei de costas tentando não magoa-la ainda mais. -Pela primeira vez na vida quero agir de uma forma não tão radical, quero manter o foco e controlar esses meus sentimentos. _Foi quando ouvir audivelmente um barulho de zíper sendo aberto. Pera ai eu não acredito que...

Virei imediatamente de volta e Vick estava acabando de descer a parte de cima de sue vestido. Seus seios nus apareceram para mim, os seios que eu tanto amo, aqueles que cabiam perfeitamente na palma de minhas mãos, aquele que minha boca se lambuzava e aqueles que me causava uma ereção nesse exato momento. Olhei para Vick hipnotizada, com os olhos tão vidrados em seus seios que parecia um prato apetitoso em um momento de inanição. A parte de cima do vestido caída até a sua cintura, seus cabelos soltos dando o toque especial na visão que estava tendo. Ah qual é? Eu sou um homem, louco por ela. Aquilo foi golpe baixo.

Ela ainda soluçava um pouco, quando dei dois passos longos até chegar próximo a minha mulher, segurei com a mão direita o seu rosto e cobrir o minha boca aberta na sua, suas mãos envolveram meu pescoço soltando um gemido aliviado. Nossas línguas passaram a experimentar, sugar, e chupar uma a outra, minhas mãos abertas deslizavam com vontade em seus seios. Meu corpo envolviam o seu em uma dança lenta repleta de significados. 
Eu adorava a forma que nos beijávamos, ainda mais assim, apaixonados, magoados, desesperados um pelo  o outro. As mãos de Vick percorriam o meu peito nu, e eu estava louco para possuir de vez a minha mulher.
Enfiei minhas mãos por baixo de suas pernas para pega-la no colo, contemplei seus olhos fechados assim que soltei seus lábios brevemente. Caminhei até a cama sorrindo para ela. A deitei com cuidado no colchão terminando de tirar o resto do vestido. Suas mãos me ajudaram a abrir a minha calça, eu estava sem cueca.

Deitei por cima do corpo de minha mulher voltando a beija-la. Minhas mãos não paravam nenhum só segundo em apalpa-la, desci pelo seu corpo arrancando a calcinha, abri suas pernas me encaixando em seguida. A respiração abafada de Vick assim que a abracei com o meu peito contra ela, denunciava o quanto estava gostoso da mesma forma que eu sentia. Passei a me movimentar levemente, pressionando vez ou outra, indo fundo.

-Oh! _Vick gemeu e eu cobri sua boca na minha, me posicionando direito em seu corpo. Aumentei mais ritmo gradualmente começando a balançar nossos corpos.

Suas unhas cravaram minha pele com força me fazendo gemer por conta do prazer. Suas pernas envolveram a minha cintura facilitando ainda mais os movimentos dos meus quadris indo e voltando, indo e voltando.
Seu corpo girou sobre mim, ficamos investidos. Vick por cima e eu por baixo. Minha mulher montou sobre o meu pênis, posicionando suas mãos juntos em meu peito, subindo e descendo sobre meu pau. Meu pau duro, que entrava apertado naquela vagina pequena e deliciosa para mim. 

Aquela bunda rebolava,  era lindo ver. Seus braços juntos apertando seus seios enquanto pressionava meu peitoral, Era gracioso. Sua face contorcendo por conta do prazer que sentia, me deixava louco. Mordi meus lábios sentindo o tesão me consumir.

Ficamos em um vai e vem frenético, o suar escorria pelos seios de Vick, sua respiração ofegante era bastante audível. Senti sua vagina contrair e pulsar, minha gracinha chegava ao orgasmo gemendo igual uma gata no cio. Como eu adorava aquilo! Bastou algumas estocada da própria Vick, vez ou outra para absorver o prazer. Foi a minha vez de me derramar para ela, tão quente quanto nossos corpos.

Sentei na cama após, encostando minhas costas na cabeceira. Vick se ajeitou sentando entre minhas pernas, virando o pouco o corpo para mim, atacando minha boca. Os beijos que dava eram fortes, desesperados, pude ver a necessidade pelo qual queria ficar comigo. Passei a corresponde-la girando minha língua na dela, puxando seus lábios para um chupão. Suas mãos puxavam o meu cabelo, Vick ainda gemia. Perdi um pouco do fôlego e tentei solta-la, mas Vick continuou salpicando beijos rápidos, ora chupando, ora soltando, ora sugando. Meu Deus, que saudade foi essa?! 

-Amor calma. _Sorri um pouco. -Desse jeito não consigo respirar. 
-Promete que volta pra casa comigo, promete? _Fiquei pensativo por um momento, não queria decidir nada agora só porque Vick e eu transamos.
-Onde está o Lui? _Mudei de assunto e ela se entristeceu, sabendo que não iria prometer nada.
-Está com a  sua mãe. Eu disse pra ela o que houve, disse que viria conversar com você e que passaríamos a noite juntos. Ela concordou ficar com o Lui. _Ri com ironia.
-E como você tinha tanta certeza de que passaria a noite comigo? _Franzi meu cenho com um sorriso sarcástico no rosto.
-Não é óbvio? _Sua pergunta era bem sugestiva. -Ah qual é Michael, eu conheço o meu marido.
-Hum... sexo?
-Sexo. _Balancei a cabeça sabendo que sou mesmo desses.

O que eu posso fazer se minha mulher é gostosa e eu não resisto a ela? Seria mais fácil se um homem visse uma mulher nua e soubesse controlar, mas não é assim, ainda mais se tratando de desejo e amor, paixão e tesão. Sentimentos que sinto por ela, e sempre vou sentir independente do que esteja rolando com a gente nesse momento. E ela sabia disso, usaria os seus truques para me convencer, isso é que me temia.

-Michael por favor? Eu não vou sair daqui até voltar comigo, então se prepare para a noite toda, e os próximos dias. _Aquilo me deu medo. 
-Me responde uma coisa. _Coloquei meu dedo na frente do rosto. -Seja sincera, pois se mentir eu vou saber.
-E desde quando eu minto pra você? _Protestou irritada.
-Shiuuu, calma. Sem ficar brava. _Acarinhei seu rosto a irritando mais. Isso era adorável. -Quero saber desde quando sabe sobre a mudança repentina de Luke. Isso se foi mesmo repentina. Quero saber a quanto tempo tem contato com ele sem que eu saiba, e o que conversam. 
-Michael...
-Vick. _A encarei firme. -Eu quero saber. Se não contar você vai embora daqui e não importa quantos telefones der, irei joga-lo fora e mudar de hotel. Nunca mais me verá.
-E o seu filho? Não se preocupa com ele? 
-Eu levo o Lui comigo.
-Há! Nunca.
-Responde Vick. _Encerrei aquela discussão ridícula sobre o futuro do nosso filho.

Observei Vick ficar nervosa, respiração um pouco ofegante e seu olhar desviando dos meus. Parece que havia muito mais sobre isso que eu não fazia ideia. E como isso me deixou nervoso!





Capítulo 13




-Começa Vick! _Insistiu mais uma vez, faltando muito pouco pra perder de vez a paciência e manda-la embora.
-Primeiro me promete uma coisa. _Bom, era óbvio que ela sabia de muita coisa e me fazer prometer seria uma garantia que ela precisava para poder continuar aquela história.  
-Só podia ser. _Ri sem humor.
-Michael! Me promete?
-Prometer... o.... que? _A paciência realmente não estava sendo a minha amiga.
-Que vai ouvir tudo do começo ao fim sem ficar furioso e sem me interpretar errado. _Ihh já vi tudo! Isso significava que tudo que ela disse pra eu não fazer, era tudo que eu faria ao ouvir.
-Isso significa que vou me irritar muito com tudo isso não é? _Levantei a sobrancelha. -Mas diz, eu não tenho outra escolha mesmo, melhor contar do que eu ficar aqui imaginando coisa pior não é? E se isso acontecer eu te mando pastar sem se importar se temos um filho ou não.
-Eu vou contar, só quero me certificar que vai deixar eu terminar, e que vai tentar pelo menos me entender.
-Ok Victória, fale logo! _Quando mais ela enrolava, mas eu ficava louco da vida. Respirou fundo colocando as duas mexas de cabelo de ambos os lados atrás da orelha. Pousou as mãos no meu peito nu e se preparou para contar.
-Eu comecei a desconfiar do Luke logo depois que ele terminou o noivado com a Areta. _Fiquei pensativo, levando minha mente até essa época pra ver se eu notava algo incomum. E pra ser sincero eu não percebi nada. Quando é que fechei os meus olhos assim a respeito de Luke? -Conversei com ele, duas ou três vezes e ele não parecia chateado, estava até certo do que queria. Muito diferente do Luke de antes que e lamentaria e tudo mais.
-Mas o que isso tem haver com aquele idiota que me enfrentou na empresa dizendo que faz e acontece e eu não o impediria?
-Espera, me deixe terminar. _Continuei prestando atenção. -Em uma certa noite depois quando você estava dormindo o telefone tocou, me levantei para atender e era ele. Estava um pouco bêbado, deu pra notar a voz desconexa e sem sentido. Mas nada me surpreendeu mais do que ele disse a seguir.
-O que ele disse Victória? _Disse meio sem paciência, querendo que chegasse logo ao ponto.
-Me perguntou se ele fosse como você se eu voltaria pra ele. _Gargalhei a seguir. Claro não tinha como não gargalhar da frase ridícula do meu irmão casula, era desprezível.
-Eu não acredito. E o que você disse pra ele?
-Eu não entendi achei que fosse mentira e eu o mandei descansar e prometi que conversaríamos depois. Acontece que quando fui conversar com ele, Luke não parecia como no telefone, ele estava um pouco estranho, desconversando, mas notei no modo que me olhava algo peculiar demais. 
-O que tinha nesse olhar?
-Desejo.
-Você acha que ele ainda estava apaixonado por você? _Me senti mal por isso, mal por não ter notado que o meu irmão ainda era apaixonado por minha mulher, a mesma mulher que era sua noiva e que acabei tirando-a de si.
-Naquele momento era apenas desconfiança. Mas ele provou que sim. Luke estava tão terminado a me agradar, a ligar pra mim contando sobre o seu dia e sua personalidade Michael... ele era outro. Não falava da empresa parece que não ligava pra isso, não como você um dia, mas parece que eu era o objetivo dele. Foi ai que eu decidir analisar de perto, saber o que estava acontecendo de verdade. _Soltei um riso.
-Você e sua mania de desvendar mistérios.
-Não tive outra escolha Michael, Luke estava agindo como você, ainda mais quando me confessou o que queria. 
-Ele chegou a confirmar?
-Sim. Chegou um momento que ele... ele..._Vick gaguejou e eu fiquei ansioso. -Ele me beijou. _Deus sabe o quanto essa declaração me enlouqueceu.
-Ah mais eu mato esse cara. _Disse entredentes.
-Ele disse que  me conseguiria de volta, nem que pra conseguir isso ele te enfrentaria. 
-O que você disse Victória? Aceitou tudo isso numa boa, como se nada estivesse acontecendo? 
-Eu segui o jogo dele. Disse que eu deixaria que me mostrasse se valeria apena.
-Que decepção Vick, que decepção! _Balancei minha cabeça com um sensação ruim.
-Michael escuta ok. Eu não trai você, esse foi o único beijo que permiti Luke me dar, porque eu não estava esperando, depois não deixei que isso acontecesse de forma alguma. Me aproximei  mais e percebi que não era só a mim que queria de volta. Achei que não porque ele não ligava pra isso, mas depois do contrato com o comercial Luke enlouqueceu, acho que viu ali uma oportunidade. Ele quer ferrar você nos negócios  e eu tenho quase certeza de como?
-Como, me diz?
-Quando você me colocou na empresa  eu achei ótimo. Comecei a ter acesso as documentações e até a sala de Luke. Haviam transferências bancárias por todo o canto. E até mesmo o esquema a ser executado quando o comercial estiver pronto para ir ao ar. Você perderia muita grana, inclusive os milhões cobrados pelo Sr. Smith. Você ficaria mal com o cliente e consequentemente o prestígio diante de todos. _Fiquei de boca aberta. Tirei Vick de cima de mim me sentada na beira da cama um pouco aturdido.

Eu queria matar o Luke, jogar tudo na cara dele e dizer que comigo ele não ousaria brincar. Mandaria para a cadeia assim como fez comigo e terminaria de vez aquele vinculo. 

Em que momento Luke se tornou esse cara frio e calculista? Sim, pois a empresa também pertencia a ele, pertencia ao pai que ele tanto diz amar. Aquilo não poderia ser só por causa da Vick. Em imaginar que eu seria assim, eu seria esse cara e não ele. Jamais pensaria ver Luke a fazer esse tramites, ele nunca foi assim. Ou foi eu que sempre o subestimei.

-Por que não me contou isso antes? Você tem noção do quanto confiei nesse cara? Tudo estava em suas mãos Victória, a empresa os contratos os documentos... você. 
-Eu não. _Corrigiu. -Eu estava colhendo informações o suficiente pra poder te contar. Eu sei que Luke tem ajudantes, que eu não faço a mínima ideia de quem seja, queria descobrir o quanto ele já fez. Mas a sua paranoia me impediu de continuar. Eu ou continuava em segredo correndo o risco de te perder, ou contaria como estou fazendo agora. Você é um idiota. _Bufei.
-E você acha o que? Que acharia lindo você e Luke de conversinhas pelos cantos, contando sua vida pra ele ao qual eu que deveria saber por ser seu marido? 
-Foi parte do jogo amor, eu estava tentando ser confiável o suficiente. Queria Descobrir mais coisas para poder te ajudar.
-Essa história de novo... _Meu maxilar estava travado pela raiva de ser passado pra trás, estava ferindo o meu orgulho literalmente.
-Eu estou falando sério Michael. _Engatinhou pela cama se sentando atrás de mim de pernas abertas beijando as minhas costas. -Eu não seria louca de trair você, de jeito nenhum. Eu amo você e isso é tão verdade. _Levantou agora para montar em meu colo em seguida. -Olha pra mim. _Ajeitou a mexa de meus cabelos colocando o seu rosto bem próximo ao meu. -O Luke pode até está tentando agir como você, mas ele não é igual a você. Ele é fraco e está perdido, é tão fácil impedi-lo nesse momento...

Ela tinha razão, qualquer intervenção Luke despencaria, mas não era isso que eu queria. Se aquele desgraçado queria jogar, então ele conheceria o verdadeiro jogador.

-Luke não é você, e não tem a mesma essência que você tem quando me conquistou. A sua personalidade forte, imperial, e ao mesmo tempo esse dom que você tem de me deixar louca. Eu não viveria nem um seguindo longe de você. _Sorri bem imperceptível, por saber que tinha razão. Eu sempre fui mesmo um charme.
-Então vamos derrubar Luke. Nós dois juntos. _Enfatizei. Tirei Vick do meu colo para me levantar, passei a mão na minha nuca já sabendo exatamente como lidar com a situação. -Luke vai aprender como se joga com o verdadeiro jogador. _Olhei para a Vick sorrindo com vários planos rondando a minha mente. E a expressão de satisfação e orgulho que a minha mulher me olhava, era o suficiente para saber que Vick e eu formamos uma bela dupla.








Capítulo 14




-Então..._Abriu os braços esperando que eu lhe contasse o que ronda em minha mente. _Me diz o que está pensando. _Coloquei um sorriso dançante em meus lábios, sabendo que aquela ideia chocaria Vick, mas eu tinha certeza absoluta que seria genial.
-Gracinha...Prepare-se pra uma grande aventura. _A expressão de Vick foi algo como surpresa e curiosidade. Ela conhecia bem o seu marido e sabia que quando Michael Jackson decidisse entrar em um jogo seria algo impactante, e eu não posso dizer que essa ideia não seria impactante.
-Diz. _Insistiu.

Meu sorriso cínico não saia dos meus lábios e eu passei a caminhar pelo cômodo, dando um tom de suspense. Fiquei de costas para ela olhando a vista pela janela, algo como uma preparação. Respirei fundo.

-Ah..eu quero que você seduza Luke. _Falei tão tranquilo como nunca.
-O que? _Isso foi um grito. Virei para a minha mulher com o olhar fixo. -Você só pode está brincando não é?
-Gracinha é o único jeito de descobrirmos o que esse cara está tramando. Você não começou isso? Então, agora será com a minha aprovação.
-Eu não comecei isso, eu me fiz de amiga e agora você quer que eu o seduza? Michael...
-É só brincar um pouco com o canalha gracinha, nada demais. Não posso dizer que não será divertido vê-lo doidinho por você. Homens apaixonados ficam idiotas e isso me renderá muitas gargalhadas. _Vick balançou a cabeça incrédula e eu ri apertando o seu nariz. -Não se preocupe gata, é só até você conseguir o plano que ele tramou para acaber com o comercial.
-Você é louco. _Balançou a cabeça. -Não seria mais fácil chamar a polícia e pronto? Ou exigir que saia do projeto? _Soltei um riso.
-Isso seria fácil demais, e não teria graça.
-Ok..._Se ajeitou na cama começando a se interessar. -E se por acaso eu aceitar o que você me propõe. Se eu seduzir mesmo o Luke? Como seria? _Sorri entortando a boca sabendo que eu também tinha um plano pra isso.
-Ora gracinha você é mulher, tem os seus meios. Mas não pense que vou deixa-la sozinha com o Luke, porque isso definitivamente não vai acontecer. _Franziu o cenho confusa.
-E como você acha  que vai estar diante dessa"sedução" sem que ele o veja? Ele não vai acreditar.
-Simples amor. Qual foi a pior coisa que o Luke fez com você, aquela que você simplesmente não consegue perdoar? _Vick pensou um pouco.
-Quando você me contou sobre a microcâmera, eu não consigo perdoa-lo até hoje. _O sorriso que dei era bastante significativo. -Pera ai, você não está querendo dizer que...
-Como você é esperta gracinha. Gostei de ver.
-Michael você é terrível. _Me fuzilou com os olhos, mas eu sabia o quanto amava esse homem terrível.
-Eu sei que você me ama.
-Convencido...
-Confiante.
-Tão confiante que achou que eu tivesse caso com o Luke. _Dei de ombros.
-Isso é passado. Prometo que não irei me passar por otário de novo. _Caminhei lentamente próximo a ela, encostando meu rosto em seu testa. -Até porque, eu sei que não largaria tudo isso aqui. _Percorri as mãos em meu corpo. - Por causa do Luke, gracinha. 
-Com certeza não. _Sussurrou mordendo os meus lábios a seguir.

Vick agarrou meu pescoço me jogando por cima dela na cama. Sei.. minha mulher é insaciável e eu adorava isso.
Minha boca foi tomada por ela como uma fome impressionante, parecia até que não nos víamos há anos. Bom... depois do "cu doce" que eu fiz com certeza minha gracinha estava caindo de amores por mim. O que me deixava sendo o dono da relação. 

Suas pernas se abriram e eu me encaixei precisamente em sua abertura. A penetrei com tanta vontade como se estivesse faminto em um dia de crise. Amar Vick e ainda mais nessas condições de cumplicidade me deixava em um alto nível de excitação.

Passei a rebolar dentro de minha mulher pressionando dentro, em um vai e vem que deixava minha peroca doendo, tamanha era o prazer. 

-Oh amor me come, me come gostoso. _Implorou Vick.

E como sou um um marido muito obediente..

-Fique de quatro tesão. _Pedi.

Prontamente Vick ficou de quatro sobre a cama, empinando sua bunda deliciosa para mim. Entrei de vez fazendo a gemer alto, alargando sua bunda, tão apertado como nunca. Nossos corpos começaram a chacoalhar pelo modo que eu a estocava. Inclinei meu corpo sobre suas costas mordendo sua pele, lambendo, chupando. Trouxe Vick para trás colocando-a de joelhos, seus braços envolveram meu pescoço por trás enquanto eu mordia sua nuca enfiando cada vez mais dentro da sua bunda. Apertei seus seios com força, seus quadris rebolava envolta do meu pau. Passei a estoca-la freneticamente colando pressão, até ver Vick se desfazendo, granindo por conta do orgasmo que sentia, gritando o meu nome, cravando as unhas na pele do  meu braço. Então foi a minha hora de gozar dentro da bunda da minha mulher.
Vick e eu pegamos no sono naquela noite, sua cabeça deitada no meu peito tão aconchegada em meu corpo. Pra ser sincero saber tudo que havia me contado meio que me aliviou, pelo menos não teria que matar ninguém. Ri diante desse pensamento pegando no sono tranquilo.

(...)

-Anda vamos embora, arruma as suas coisas! _Vick já acordou me dando ordens. Ohh mulher!
-Calma gracinha, estamos em um hotel, vamos aproveitar. _Acariciei a parte interna de sua coxa subindo cada vez mais, tentando seduzi-la.
-Não vou te dar chance de me enrolar. Você volta pra casa comigo. _Levantei a sobrancelha achando bastante ousada a suas ordens.
-Vem  cá gracinha! Quando é que se tornou assim, tão autoritária? 
-Aprendi com você agora anda. _Revirei os meus olhos diante do seu empurrão, me tirando da cama.
-Cuidado Vick cuidado. Qualquer dia eu corto suas asinhas. _Ela riu jogando o travesseiro na minha bunda. -Ei. _Sorri com um vinco em minha testa analisando bem aquele sorriso sapeca em seus lábios.

Caminhei até o banheiro para tomar um banho, eu sabia que logo Vick apareceria atrás de mim, por isso fiquei na expectativa. Fazer amor com ela logo em baixo do chuveiro seria perfeito.

Mas a porta deu algumas batidas e eu entrei em alerta.

-Eu atendo. _Disse Vick se levantando da cama e vestindo minha camisa. 

Capturei uma toalha enrolando em minha cintura, quando Vick abriu a porta eu nem acreditei.

-Olá! Gostaria de falar com o Michael. _Era aquela mesma vadia do saguão e a mesma que me abordou no bar. Mas que diabos essa mulher fazia aqui?

Vestia um short curtíssimo, com uma blusa extremamente decotada.

-Quem é você? _A pergunta carregada de injúrias no tom de voz da Vick me mostrou o quanto estava com ciúmes.
-Uma amiga, apenas. _Em questão de segundos cheguei até elas ficando ao lado de Vick, a mulher olhou para o meu corpo de uma jeito que percebi que não estava para brincadeiras. -Olá Michael. _Aquela voz forçando um tom sexy, seu olhar malicioso.

Vick estava incrédula e provavelmente pensando um monte de besteiras.

-Você pode me explicar isso Michael Jackson? _Ihh ferrou.
-Calma gata! _Disse a mulher. -Michael é só alguém que eu encontrei no bar, estava sozinho, chateado e bebendo, só fiz companhia. _Aquela mulher era estranha demais.
-Acontece que eu sou a mulher dele, já estou lhe fazendo companhia. Aliás a noite toda por sinal... Vê? _Mostrou seus trajes. -Transamos a noite toda. _Mordi meu lábio com um sorriso surpreso para Vick. Quando é que essa mulher se tornou tão possessiva? Isso me excitava, não posso negar.
-Como soube do meu quarto? O que está fazendo aqui? _Perguntei e a mulher tirou algo do bolso, observei com paciência.
-Você deixou cair. _Era o cartão de identificação do quarto, além das chaves eu havia recebido um cartão e não me dei conta que deixei cair. -Só vim devolver. _Deu de ombros.
Vick esticou as mãos tirando o cartão da mulher com cuidado, porém furiosa por dentro.
-Já entregou, agora pode ir. _Só vi a hora que Vick bateu a porta com força na cara da vadia. -Da pra explicar? _Suas mãos na cintura me encarando me fez revirar os olhos, por saber que Vick faria um drama atoa.
-Vick por favor, sem essa tá legal? 
-Sem essa? Acordo em um hotel com o meu marido depois dele simplesmente sair de casa e me dou de cara com uma vagabunda vestida dessa forma batendo em sua porta? O que está acontecendo Michael? Andou passando na minha frente com essa paranoia ridícula e me traiu? _Bufei irritado.
-Para Vick, se acalma! Eu não conheço essa mulher, não sei de onde ela veio. Ela apareceu do nada e está me rondando é só isso.
-Ficou com ela? _Aquele interrogatório já estava enchendo o saco.
-Por que não? Ela é gostosa, estava se oferecendo pra mim. E que eu me lembrei bem, você estava de casinho com o meu irmão. _Levei um soco no ombro.
-Seu idiota! _Vick saiu de minha presença capturando suas roupas para vestir.
-Para de drama ok? Não aconteceu nada, mas bem que poderia. _Terminou de colocar o vestido e balançou a cabeça incrédula com as minhas palavras.
-Então fica com ela, vai lá. Aposto que está doida pra transar com você. _Tenho que admitir que Vick fica ainda mais linda com ciúmes, e como eu adorava provoca-la. 
-Vem cá. _Segurei em seu braço a impedindo de caminhar para saída. -Deixa de ser boba ok? Você é a mulher que eu amo. _Quis ser  fofo um pouco. -Não aconteceu nada porque eu não quis que acontecesse. Eu não parei de pensar em você nem por um só segundo. Eu estava louco sim por desconfiar de você. Acha mesmo que teria cabeça pra transar com outra querendo desesperadamente o seu corpo?

Sua expressão relaxou um pouco surpresa com as minhas palavras, mas não quis sorrir. Só que eu sabia que Vick estava derretida por dentro, eu a conheço o suficiente pra saber que estava balançada. Vick sempre foi assim, insegura, mas quando eu dava uma de Romeo ela ficava parecendo uma gazela saltitante.

-Você promete? _Ainda estava na defensiva, mal olhando para a minha cara.
-Se eu tivesse ficado com ela, você a encontraria aqui na cama quando você chegou. Eu estava sozinho não estava? 
-Vai saber. _Dei de ombros.
-Ah gracinha para. _Puxei seu corpo para o meu. -Você e eu somos parceiros, e não se mexe no time que estar ganhando.
-Com você é sempre assim... jogos.
-Quer que eu me arraste? _Me inclinei minimamente.
-Não seu bobão. _Seus lábios forçou um sorriso emburrado e eu cobri com a língua sua boca, sentindo corresponder aos meus beijos lentamente.

Vick e eu éramos o tipo de casal fogo e gasolina, os dois juntos poderia ser bastante perigoso, um querendo controlar o outro. Mas definitivamente nenhum dos dois viveria longe um do outro. Era isso que fazia nossa relação muito bem sucedida. Agora mais que nunca, nos juntando para tirar de vez Luke no páreo.







Capítulo 15


Voltar pra casa depois de saber a fundo o que estava acontecendo foi um alívio, eu que achava que demoraria muito para que eu entrasse por aquelas portas, no dia seguinte mesmo, já estava no meio da sala abraçando o meu filho. 

Mas eu precisava ir até a empresa, precisava analisar com calma pra ter certeza absoluta de tudo que Luke havia feito. Capturei os portfólio de contabilidade no arquivo comecei a analisa-los o dia inteiro. Uma analise minuciosa para saber se as contas batiam e se por ventura tivesse algo maquiado.

-Luke seu desgraçado! 

Eu havia acabado de notar um rombo grande de quase um  milhão de dólares. Engraçado que era quase o mesmo valor do contrato do comercial. A mesma quantia que teríamos que pagar para produção, sem ao menos ter colocado a mão no bolso. Estava evidente para mim quem havia pego essa grana toda. Só não sabia para qual finalidade.

Soltei um riso sem humor diante daquilo, Luke era tão amador em fazer as coisas que dava vontade de rir. Talvez ele quisesse que a empresa tivesse uma queda significativa nos lucros e sobraria dívidas o suficiente para ferrar com a empresa. Assim precisaríamos de empréstimos para pagar a dívida e viraria uma bola de neve. Com isso ele me culparia de afundar a empresa por conta de um simples comercial de bebidas. Muito conveniente não é maninho?

-Que cara é essa? _Eu estava tão concentrado naquele portfólio que nem vi Vick entrar.
-Adivinha? _Vick caminhou  até o meu lado onde eu me encontrava sentado na poltrona. -Meu irmãozinho deu um rombo de um milhão de dólares. _A boca de Vick se abriu em choque.
-Michael, mas isso é muita coisa! _Maneei a cabeça. -Então aquilo que te falei é verdade.
-Sim é. Precisamos encontrar uma forma de descobrir onde esse dinheiro estar Vick, senão vai faltar grana pra produção, sendo assim ele não ficará pronto a tempo e consequentemente não lucraremos como o esperado.
-Isso tudo pra você ficar mal com os investidores e o Sr. Smith processa-lo?
-Isso tudo pra ficar com você. _Essa era a estratégia eu tinha certeza disso.
-Ferrando a empresa Michael? Muito pouco provável. _Vick ainda não entendeu que Luke é capaz de tudo para recuperá-la. Era um romântico idiota.
-Vick, Luke acha que você confia nele, enquanto enche sua cabeça de baboseiras sobre mim. Não é isso que você diz que ele tem feito, assim como eu mesmo presenciei naquele dia? Pois então. Tenho quase certeza que ele vai bancar de herói enquanto eu...
-Você acha que esse dinheiro está guardado pra depois ele dizer que irá salvar a empresa?
-Não é óbvio?
-Faz sentido.
-Por isso preciso que coloquemos nosso plano em prática. 
-Com a câmera sobre mim? 
-Sim, mas preso no seu sutiã, e com um autotune, porque preciso orientá-la e ver tudo o que se passa.
-Não confia em mim? _Desdenhou aquela proposta.
-Hum...não é isso. Eu preciso ter umas horas de humor. Também sou filho de Deus. _Vick balançou a cabeça.
-E quando começaremos?
-O quanto antes, precisamos saber o que Luke estar tramando, recuperar essa grana e o resto depois fazemos.
-Conhecendo você como conheço, será algo vergonhoso pra ele. _Ri com malícia juntando as mãos na outra.
-Pode apostar. _Rimos.

(...)

Assim que sai da minha sala dei de cara com Luke saindo da sua, pra ser sincero senti nojo ter que olhar para sua face, sem dar umas boas porradas. Luke ainda não sabia o quanto eu sei, acha que meu casamento com a Vick está fracassando graça a ele, e que ela está caindo na sua. Luke em cima da carne seca era muito mais divertido do que eu pensava. Mas eu sinceramente estava me corroendo pra jogar tudo na cara dele.

-Como está indo casamento irmão? _Sua pergunta foi tão sacana quanto a cara de idiota que fez.

O ódio me invadia todo e eu não deixaria de jogar aquilo na cara dele, mesmo sabendo que eu poderia colocar tudo a perder. Que se dane, depois eu arranjo outro meio.
Coloquei o meu melhor sorriso no rosto caminhando lentamente próximo a ele.

-Na verdade maninho vai muito bem obrigado. _Vi o rosto de Luke desfazer o sorriso. -Vick e eu transamos a noite toda. Você sabe né? Minha mulher é bastante fogosa. Ficou de quatro pra mim. _Gesticulei com as mãos lhe mostrando como Vick estava. -Bem empinadinha, que visão cara! _Luke se segurava ao máximo pra não mostrar irritação, mas era tarde. Dava pra notar perfeitamente. -Você deve saber né? Pois sim, Já teve aquele corpo em suas mãos. Mas talvez não como eu. Acontece que Vick comigo se liberta de um jeito que você jamais conseguirá fazer com que se liberte.
-Já chega! _Bradou ele.
-Calma Luke, ficou mordido? _Ri. -Pois sonhe bastante com aquelas cenas que você presenciava pela câmera. E lembre-se...Victória é minha mulher, é comigo que ela realiza todos os seus desejos. Já você... é um bundão irmãozinho.

Luke saiu de minha presença furioso e eu confirmei ainda mais o quanto é bundão. Acontece que entrar em um briga com o mané é covardia, era bem provável que sairia chorando no final. Mas que se dane! Meu respeito por aquele moleque acabou na exata hora que se meteu com a Vick e planejou para me destruir. Acabou Luke e agora você vai se ver comigo.









Capítulo 16




A produção estava em andamento, o estúdio para as filmagens estava completamente pronto. Havia uma equipe enorme assessorando o andamentos das filmagens. Atores postos com algumas amostras de Smirnoff seguia o roteiro. 

Para ser sincero eu não me interessava nada com as filmagens ao ponto de ficar observando as gravações, o trabalho ficou por conta do diretor de filmagens e eu só esperava ter um ótimo resultado ao final para conseguir cumprir com as nossas metas no final das contas. Acontece que eu tinha outras coisas na minha cabeça que não me deixavam concentrar em mais nada, por exemplo, essa do Luke se meter nos meus negócios mais uma vez. Era como se o moleque não aprendesse, mas ele não perdia por esperar.

Eu estava tão concentrado ao computador que nem percebi que alguém batia na porta com insistência, acontece que minha secretário não havia me dito nada sobre algum tipo de visita e Vick nem mesmo estava na empresa, ou pelo menos ela me disse que não viria hoje. Mas mesmo que fosse minha linda esposa, ela jamais bateria na porta, entrava sem aviso prévio e pronto.

-Entre. _Disse depois de  repensar sobre ignorar a pessoa ou não. Poderia ser importante e ignorar não seria sensato.

A porta se abriu e eu não acreditei. Definitivamente estava fora da minha compreensão.

-O que está fazendo aqui? _Perguntei incrédulo para aquela vadia morena que estava atrás de mim no bar e no meu quarto de hotel.
-Boa tarde pra você também Michael. _Caminhou lentamente próximo a mim, e aquilo já começava a me irritar.

Detesto mulheres oferecidas, que insistem quando eu não estou nem um pouco afim. Porra o que deu nessa vagabunda? Onde mais ela aparecerá pra tentar me seduzir? 

-Não é uma boa tarde quando se é um homem cheio de problemas. Problemas esses que são do tamanho do mundo, e se tranca em sua sala pra resolve-los e acabo por deparar com uma mulher tão insistente quanto você. _Levantei um de minhas sobrancelhas, tão tranquilo aparentemente do que deveria.
-Uau! Eu sabia que você era assim, tão... sincero. _A vadia tocou em meu peito assim que se aproximou do meu lado. 

Acho que algumas mulheres não conseguem entender que quando um homem não está a fim, não adianta pagar uma de sexy que não vai funcionar. Me levantei depressa da cadeira, me desvencilhando, soltando um riso.

-Vem cá, posso saber quem é você, de onde é e...por que está insistindo tanto? Sou casado e muito bem obrigado. Você a viu, ciumenta como o que. Acho melhor cair fora. _Ela riu um pouco se aproximando de mim.
-Meu nome é Tifanny. _Estendeu a mão para mim e eu recusei. -Me falaram o quanto é arredio assim mesmo. Mas quer saber de uma coisa? _Encostou sua boca bem próximo ao meu ouvido. -Eu adoro! _Sussurrou.

Eu sei que sou lindo, charmoso, gostoso, entre outras qualidades que eu sei muito bem que possuo, mas aquela mulher estava estranha demais. Ela agia de um jeito incomum que eu começava a desconfiar. Ela queria algo, algo que eu não sabia ainda do que se tratava, ou talvez eu até desconfiava bem lá no fundo.

"Me falaram que é arredio mesmo" Quem falou? Luke? Há só podia ser.

-Você não sabe de nada garota. _Avisei. -Posso ser muito mais "Arredio" do que você pensa. _Ela me olhou de um jeito tentador eu confesso. 

Eu consigo agradar vários tipos de mulheres, elas se interessam pelo meu jeito de ser, e não posso dizer que isso não faz o meu ego aumentar, porque estarei dizendo uma mentira. Mexer com as mulheres sempre foi uma habilidade do qual eu tinha orgulho, não posso negar. E vê-las assim tão interessadas querendo que rolasse algo a mais, meio que me excitava. Aconteceu com Vick e aconteceu com outras. 

-Mal posso esperar. _Dito isso ao meu pé do meu ouvido, aquela mulher desconhecida agarrou o meu pescoço, tomando minha boca para si de um jeito tão dominante que nunca vi igual.

Pera ai, sou eu que tenho mania de ser dominador não é? Sua língua duelava a minha com intensidade e eu realmente não sabia muito o que fazer. Pela primeira vez na vida fiquei sem reação diante de uma mulher e não foi nada bom.

-O que é isso?! _A voz sibilar de Vick adentrou meus ouvidos me fazendo sobressaltar. Meu Deus, eu estava fodido! 

Empurrei Tifanny dos meus braços mais que depressa, encarando os olhos chorosos de Vick. Não posso dizer que vê-la decepcionada e magoada não me tocou, porque doeu e muito.

-Vick eu..._Ela levantou um de suas mãos me impedindo de continuar a falar.

Nos olhamos um para o outro sem ter exatamente o que falar. Tudo o que eu não queria era fazer Vick me olhar daquela forma, mas eu não pude evitar.

Quando casei com Vick anos atrás eu prometi a mim mesmo que não a magoaria, que nunca a decepcionaria, mas agora vendo-a me olhar com tanta dor, era como se quebrasse uma promessa a mim mesmo.
Vick fez menção de sair e eu dei dois passos a frente.

-Vick espera! _Quando cruzou pelas portas fui junto. -Vick. _Segurei em seu braço fazendo -a parar de caminhar. -Calma, vamos conversar ok? _Pedi com tranquilidade, mas não levou em conta ao meu pedido.

Os olhos dela escorriam lágrimas  e eu queria muito, muito mesmo que parece de chorar, até porque não tinha motivos nenhum pra isso. Lá no fundo eu sabia que não trairia Vick de propósito, e vê-la sofrer por nada me desarmou.

-Eu não tenho nada pra conversar com você. _Suas palavras me cortaram.
-Amor eu...
-Seu marido é uma delícia hein Vick! _Apareceu a vadia atrás de mim, e nem precisa dizer que aquela situação piorou o dobro.

Vick me olhou com um ódio que nunca havia visto, algo ainda pior do que me compreensão pudesse distinguir uma expressão de desamor. Depois saiu correndo que nem pude segurar seu braço de volta, e olha que tentei.

-Não se preocupe amor, estou aqui. _Murmurou perto do meu ouvindo e minha vontade era de dar uns tapas naquela mulher. Mas eu não pude, sou um homem não é? Bater em um mulher é covardia demais, mesmo merecendo.

Me desvencilhei depressa lançando um olhar odioso a ela.

-Acontece que vadias como você..._Estreitei os meus olhos deixando as palavras saírem cortante. -Eu estou dispensando.

Tifanny não se importou com as minhas palavras sorrindo com malícia a seguir. Mas eu não estava interessado nisso, havia uma mulher ao qual eu devia explicações. Fui pra casa depressa, pois eu sabia que Vick havia ido pra lá. 

Eu faria qualquer coisa pra Vick me escutar e acreditar em  mim, até me rastejar estava na lista. Deus queira que eu não precise ir a tanto, mas conhecendo minha mulher como conheço essa será a maior prova de que estou falando a verdade. Que Deus me ajude, pois eu estou prestes a virar um maricas pela mulher que eu amo.

(...)

-Vick será que da pra conversar? _Meus nervoso estavam a flor da pele, e o jeito que me fitava me deixava ainda mais louco.
-Eu só quero saber há quanto tempo? _Questionou-me indignada. 
-Há quando tempo o que? _Soltei um riso nervoso.

Escorei minha mão na parte de cima da porta do closet prendendo Vick entre mim e o mesmo, para evitar o possibilidade de me deixar falando sozinho e assim olhar em meus olhos.

-Vick eu seria incapaz.... de fazer uma coisa dessas. _Tentei soar o mais sincero que pude.
-Eu não acredito. _Enfatizou tomando distancia de mim. -Não é você que sempre se gaba do quanto é conquistador, que as mulheres caem aos seus pés e que você adora isso? _Tá eu sempre falava isso, mas foi apenas para irrita-la, para deixar-la morrendo de ciúmes e consequentemente dar a mim o devido valor. Mas apenas palavras, palavras que depois que me apaixonei seria quase impossível de faze-las reais.
-Você me conhece Vick não é? _Tentei controlar ao máximo aquela situação, não deixando de forma alguma demostrar o meu nervosismo.
-É exatamente por conhecer Michael. _Fechei os meus olhos sabendo que não conseguiria controlar por muito tempo. -Caramba você estava beijando aquela mulher. A mesma que apareceu do nada no seu quarto de hotel, que havia entregado o cartão da sua suite. O que você quer que eu pense?
-Mas foi com você que passei aquela noite, droga! _Eu estava realmente no meu limite. -A questão é..._Nivelei o meu tom de voz. -Eu jamais  trocarei tudo isso. _Levei minhas mãos em sua cintura massageando com sensualidade. -Por aquela... aquela vadia Victória pelo amor de Deus!
-Você a beijou Michael.
-Foi ela que me beijou! Ela apareceu no meu escritório, ela tentou me seduzir, ela, não eu.
-Ela também que está de rodeando há muito tempo, ela que estava em um bar com você quando estava bebendo, ela estava no seu quarto aquelas horas. _Gritou jogando sua injúria em cima de mim. -Você é meu entendeu? _Colocou o dedo na minha cara. -É do meu corpo que você gosta. _Vick me deu um empurrão tão grande agora que cai sentado em cima da cama. Olhei pra ela um pouco confuso, mas gostando do rumo que aquilo estava dando. -É na minha vagina que seu pau gosta de estar. _Pior que é verdade! Sorri mordendo os lábios.  Vick montou no meu colo agora segurando com firmeza no meu peito. -Você é meu e não dela. _Disse entre dentes rasgando minha camisa fora a fora. Sorri com malícia, já sentindo meu pau pulsar. É Victória, pode vim que eu sou todo seu gracinha!

Minha boca foi tomada com uma fome impressionante, sendo sugada a todo instante. Enquanto minhas mãos entravam dentro de sua blusa, acariciando sua pele. 

-Você é meu. _Sussurrou entre os lábios. -Só meu. _Vick tomou um certa distância arrancando sua própria roupa de si, revelando a mim os seus seios. Aqueles que eu tanto venerava.
-Sim! Completamente seu, e você é completamente minha! _Meu tom gutural, fez Vick ri, e eu girar seu corpo a deitando em nossa cama, louco para me enterrar na minha mulher.

Tirei seu short com rapidez, arrancando sua calcinha em seguida. Vick fez uma coisa que ela sabe que me deixava louco, deixando minha excitação tão alta que doía, minha mulher abriu as pernas expondo a mim. Balancei a cabeça sentindo o tesão me consumir. Tirei minha calça, junto com a cueca, fui pra cima de Vick me enterrando com força dentro de minha mulher. Os gemidos ecoaram pelo local, as investidas começaram com força e dominação. As unhas de Vick cortavam minha pele.

Vick girou sobre o meu corpo ficando assim em cima de mim. Quando Vick queria controlar a situação eu não ousaria impedi-la. Minha mulher começou a rebolar sobre o meu pau, completamente empinada, aquela visão me deixava fora de controle. Ela usava as mãos firmes no meu peito para tomar impulso, enquanto eu usava as minhas em sua bunda para ajudar no ato.

Vick e eu ao decorrer dos anos ficamos ainda mais fogosos, e com esse momento de paixão, mágoa, mal entendidos, medo de perder, conseguíamos levar um nível ainda mais alto para mostrar um ao outro que nos pertencemos definitivamente. Confesso que adoro isso, vê Vick assim tão dominatrix, me possuindo, mostrando que ela é minha fêmea isso era gostoso pra caralho! 

Ela começou a quicar como uma bola de futebol no meu pau, tão freneticamente que eu estava quase gozando.

-Oh caramba Vick, eu vou gozar. _Minha voz saia entrecortava, por conta do tesão e da ofegância.
-Então goza, goza dentro de mim. _Disse entre dentes, colocando ainda mais pressão.

Bastou mais uma investida para que eu me libertasse dentro daquela vagina apertada gemendo como nunca. 

-Gostosa, você é gostosa gracinha! _Os ritmos foram diminuindo aos poucos fazendo Vick gozar em seguida. E Vick gozando era lindo demais. Sua testa franzia, seus lábios eram mordidos, seus gemidos eram sôfrego. 
Minha gatinha desabou sobre meu corpo e eu a amparei com carinho.











Capítulo 17




-Eu tenho quase certeza absoluta de que Tifanny é obra de Luke! _Terminei de abotoar o último botão da minha camisa social, expondo minhas desconfianças para a minha esposa.

Aquilo era tão óbvio. O jeito que aquela mulher apareceu do nada da minha vida, logo depois que Vick e eu brigamos que por incrível que pareça foi por culpa da meu maninho maricas.

-É... eu... sei. _Vick me olhou com culpa, como se tivesse feito uma cena sabendo de toda a verdade. Franzi o cenho colocando as mãos na cintura.

Caramba! Fiquei igual um palhaço me explicando, morrendo de medo de perde-la e depois ela simplesmente sabia? Acho que Vick adorava me ver colocando-a no centro da minha vida com pavor de perdê-la de repente. Rum, mulheres!

-E mesmo assim...
-Desculpa. _Levantou as mãos em rendição terminando de abotoar seu short. -Eu só desconfiei. Foi ainda pouco o que eu fiz, então não fique bravinho não. _Balancei a cabeça. -É que... veio a minha mente que foi Luke quem pediu para que eu fosse até sua sala. Disse que você estaria me chamando. Então.. bom, é óbvio. _Sim era óbvio demais para mim também.
-O que esse idiota está querendo fazer?
-Nos separar. _Revirei os olhos.
-Pois então se ele quer brincar, vamos brincar. 

Agora mais que nunca estava ansioso para brincar com Luke e aproveitaria esse momento que acha que Vick e eu estamos separados para virar o jogo. Eu conseguiria coisas significativas com a espionagem usando Vick de bode expiatório. Saberia onde estavam a grana desviada da empresa, os planos sujos contra mim, o projeto, e ainda de quebra riria bastante vendo-o cair de quatro pela mulher que definitivamente não o ama. 

Seria gratificante, até porquê ninguém  manda mexer com quem tá quieto. Isso seria um prato cheio.

-Coloque uma lingerie bem sexy baby que essa noite você e Luke vão dar uns amassos. _Meu riso diabólico fez Vick ficar chocada para o bom sentido de como eu fico quando tenho um plano na minha mente que será infalível.

(...)

Vick se preparou naquele momento extremamente maravilhosa. Era impressionante como minha gracinha se preparava para seduzir um homem e pelo que eu vi eu riria muito essa noite porquê, meu Deus! Minha mulher estava usando uma lingerie de cor vermelho sangue, com cinta ligas de renda presas a calcinha e suas meias. Sutiã bastante transparente que dava pra ver os bicos dos seios. Maquiagem bastante realçante, com cabelos presos em um penteado chique.

-Caramba gracinha!...Se não fosse para uma boa causa eu jamais deixaria cumprir essa missão e comeria inteira agora mesmo. _Puxei pela cintura querendo beija-la. Eu estava tão excitado...
-Mas temos uma missão. _Se desvencilhou de meus braços. -E não posso borrar a maquiagem. _Capturou o sobretudo preto, já pronta para seduzir o cara que em qualquer movimento que Vick fizesse, gozaria na calça. Porque ele é simplesmente um manézão. 
-Ok, gatinha. Vá lá e faça do seu jeito. _Dei uma piscadela para a tentação de vermelho.

Sorte que Lui está na casa de minha mãe, porque essa noite definitivamente eu iria ligar a tv da sala e acompanhar todos os movimentos na casa de Luke, sem perder nenhuma cena.

As câmera minuscula estava presa no decote de Vick e o autotune em seu ouvido Bastante imperceptível, apenas para que eu lhe desse as coordenadas, ou intervisse se eu visse que estava passando dos limites. Oras, estamos em missão, mas ainda sinto ciúmes pow!

(...)

A tv começava a transmitir Vick parada na porta do apartamento de Luke tocando a campainha. Eu estava atento, olhar fixo sem perder nenhum detalhe.

-Está nervosa gracinha? _Disse pelo autotune.
-Você nem imagina. _Bufou com  a voz sussurrante. - Só você mesmo pra me meter nessa fria, e o pior que eu concordo. _Gargalhei.
-Vai ser divertido amor, você vai ver.
-Shiu, ele está abrindo a porta. _Comentou rapidamente pigarreando a seguir.

Logo apareceu a figura de Luke surpreso por ver Vick, mas apenas charme. Eu sabia que  já esperava vê-la há essas horas chorando as mágoas por ter sido traída pelo marido. E as lágrimas falsas caindo em seus olhos ajudaram ainda mais a cena de drama que eu veria a seguir.

-Luke me abraça? _Sua expressão triste e comovente fez Luke abraça-la e pelo modo que vi em sua face era como um alívio sentir o abraço quente da mulher que ele ainda amava.
-Eu sinto muito Vick, eu soube. _Desgraçado! Como ele sabia se não houve tempo de dizer nada, pois Vick estava o tempo todo ao meu lado. Porque é claro, não havia necessidade, quando se é o executor da trama não é? -Ah...ah, todos comentaram na empresa, ouviram os seu choros. _Ri pela reformulação da frase. -Entre querida.

Luke e Vick entraram no apartamento que coincidentemente estava preparado. Algumas velas pelo local, flores e luzes na penumbra. Algo bastante romântico. Patético!

-Pois é. Você tinha razão. _Vick sentou-se ao sofá recomposta, porém algumas lágrimas ainda saiam de seus olhos. -Michael não mudou nada e acho que nunca vai mudar.  _Ela caminhou até o bar para servir Vick uma bebida.
-Michael é um canalha Vick, eu sempre disse isso pra você. Não vale nem o que come. _Enquanto Luke estava de costas Vick posicionou outra câmera dentro do vazo de flores na mesa de centro, que me dava ainda mais o privilégio de contemplar as cenas. 

Logo depois ele caminhou na direção de Vick lhe estendeu a taça, que aceitou o líquido de bom grado.

Cruzei uma perna em cima da outra, dedo escorado no queixo, prestando bastante atenção. 

-Me preocupo com o meu filho, Lui não merece isso. Um pai como ele, capaz de trair a mãe que sempre diz que amava. 
-Não se preocupe com o Lui, ele é esperto. E se tudo der certo não puxará o Michael.
-Assim espero. _Luke sentou-se ao lado de Vick e eu sabia que poderia ser uma ótima oportunidade para a sedução.
-Seduza Victória! _Comandei, fazendo Vick segurar nas mão de Luke imediatamente.
-Lui precisava de um homem como você. Tão honesto, justo, que sempre esteve ao meu lado quando eu mais precisei. Eu fiz uma péssima escolha Luke e me arrependo tanto. _A cara de vitória alcançada que Luke fez me deu vontade de rir. Porque o cara estava se convencendo realmente do fato de Vick está ali se "abrindo" para ele. - Se eu tivesse outra oportunidade Luke..._Sua aflição por perdão era tão verdadeira que quase acreditei.
-Oh minha linda. _O sorriso emocionado de Luke dizia o quanto estava esperando muito tempo por isso. Suas mãos acariciando as coxas de Vick, fazia meu ódio crescer, mas não o suficiente para estragar tudo. -Você tem todas as oportunidades do mundo. _Vick riu. -Eu te amo Vick, sempre te amei.

A mão de Luke se prendeu na nuca da minha mulher a puxando para um beijo, preenchendo completamente sua boca. Mordi os lábios com força, apenas para controlar a minha vontade de acabar com o desgraçado, por ousar se meter com a minha mulher. 

Os beijos foram aumentando e Luke passou a toca-la de um modo que eu olhava para os lados apenas para não ficar encarando aquela cena deplorável. 

Vick se levantou abrindo o sobretudo, sorrindo com malícia para o Luke. Sua lingerie foi revelada a ele e deu pra contemplar aquela cara de babão no corpo da MINHA mulher. No corpo que é infinitivamente meu, somente meu. 
Luke agarrou Vick mais uma vez a beijando com luxúria, perpassando suas mãos nojentas no meu corpo como se fosse dele. Meu Deus como deu vontade de acabar com sua vida agora.

Vick levou suas mãos ao terno de Luke ajudando-o a tirar, enquanto o maricas ficava babando por ela, tocando como um tarado idiota. Ver a cara dele de cachorro babão era incrível, mas ver aquela cena era como ver a minha mulher me traindo. Tentei me concentrar, pois eu sabia que faltava pouco pra Vick inventar uma desculpa qualquer e fazer Luke se afastar para que ela pudesse procurar os papeis. Eu sabia, faltava pouco, ainda mais quando meu irmão mais novo estava somente de cueca deitado no sofá, de pau duro é claro, louco para enfiar nela. Eu estava ansioso demais para vê-lo sendo cortado do clima. 

Victória se posicionou entre suas pernas, ajoelhada em cima do sofá. É seria agora.

-Anda amor, faz o maricas broxar agora mesmo. _Comentei pelo autotune, mas definitivamente a cena a seguir me deixou surpreso.

Victória passou a abrir o fecho do sutiã, revelando os seios que são meus, ao qual sou completamente louco, para Luke. Segurou nas mãos dele colocando-as em cima de seus seios. Que porra era essa! 

-Victória já chega! Arruma uma desculpa qualquer agora! _Bradei, mas foi totalmente em vão.

Por um  momento achei que o autotune não estava conectado, talvez ela não estivesse me ouvindo, ou algo parecido e ela queria deixa-lo ainda mais excitado para que se convença de que quer mesmo passar aquela noite com ele. Mas depois que Vick tirou sua calcinha e o idiota a cueca montando em cima daquele pau deploravelmente pequeno. Percebi a porra que estava acontecendo ali.

-Victória o que você está fazendo? _Eu me senti um idiota perguntando essa merda e eu estava furioso com aquela vadia agora.

Senti um nó preso na minha garganta, como se estivessem cortando o meu coração com cacos de vidro, por vê-la gemer daquele jeito. Parece que tudo que ela havia me falado quando questionei seu relacionamento como o meu irmão foi uma completamente mentira, o que era óbvio para mim agora. Eu fui enganado pela primeira vez na vida por uma mulher, a mulher pelo qual eu estava apaixonado. Parecia uma punição, como se eu estivesse pagando por todos os meus pecados do passado. Por ter pego a noiva do meu irmão, por ter tido a empresa por meios duvidosos, e por ter feito tanto mal ao meu pai. Era como se os anos que passei na cadeia não tivesse sido o suficiente, e que agora parecia que tudo estava contra mim, todos aqueles que eu achei que me amavam, que eram bons e que eu feri um dia, eles me odiavam e estão tentando me destruir pouco a pouco.

Meu maxilar estava travado pela raiva que eu sentia, era algo destruidor que eu seria capaz de qualquer coisa nesse momento. Mas eu permanecia ali, encarando toda a cena, observando tudo e me convencendo de que eu me deixei levar por uma vagabunda que era aliada do meu irmão por todos esses anos. E quando  terminaram de se divertir as minhas custas eu soube com mais exatidão que o único imbecil era eu mesmo. Que toda aquela determinação em me ajudar, em estar do meu lado acreditando em mim, foi apenas uma forma de me deixar fraco, para depois fazer isso, me humilhar dessa forma. 

Luke se aproximou da câmera instalado no apartamento rindo como nunca.

-É bom ver o seu irmão comendo a mulher que você ama não é Michael? _Me esforcei ao máximo para não sair nenhuma gota de lágrima e ver o meu orgulho sendo pisado e esmiuçado de uma vez por todas, mas infelizmente eu não pude. As lágrimas quentes rolaram de um rosto completamente cheio de raiva e ódio.

Ele estava certo, ver o irmão que você sempre achou que fosse um homem digno se voltar contra você era dolorido, depois ver a mulher que mudou a sua vida, que te deu um filho lindo ao qual você tinha a certeza que teria uma segunda chance na vida transando com ele e se revelando um monstro diante dos meus olhos era pior que morrer. Me senti sozinho como se todos estivessem contra mim e que nada fosse real. 

Me levantei do sofá e simplesmente desliguei a tv, limpando as poucas lágrimas que escorreram do meu rosto, respirando fundo e engolindo todo aquele sentimento que me invadia. Eu não demostraria fraqueza por nada e por ninguém. 
Peguei algumas coisas no meu closet enfiando tudo dentro de uma mala. Eu iria embora de uma vez por todas daqui, sem olhar para trás.








Capítulo 18



Quando decidi que faria a coisa certa foi pra valer. Me tornei um homem melhor por mim e não pelo amor que senti por Victória, fiz isso porquê definitivamente não suportava a ideia de ter que ficar competindo por uma coisa que eu sabia que não me levaria a um caminho digno, muito pelo contrário. Quando decidi viver a minha vida tranquilamente, levando os negócios do meu pai a diante eu sabia que seria o melhor jeito de viver. Achei que eu teria recompensas por me tornar o "Bonzinho" da história, que a vida fosse mais fácil e que seria feliz pelo resto da vida junto a mulher que eu amo e com o meu filho. Mas parece que não foi nada disso, parecia que tudo estava contra mim, que tudo que vivi até aqui foi uma mentira e que eu estou sozinho mais uma vez no mundo. Em um mundo obscuro, onde minha mente e todos a minha volta fossem meus únicos inimigos. 

Eu não tinha ninguém, a não ser a mim mesmo. Eu voltava a ser um solitário e parando para pensar, não importa em quem eu me tornasse. No final das contas eu estaria lá sozinho mais uma vez, e isso me dava medo. Percebi que não adiantava ir atrás de Victória, ou de Luke para cobrar explicações, não adiantaria de nada, eles eram cúmplices e único em desvantagens seria eu.

Por isso peguei as minhas coisas e sai perambulando por ai, sem rumo, sem lugar fixo. Apenas queria esquecer de tudo, e principalmente, esquecer a vida que eu tive, apagar da memória como um paciente de Alzheimer.

--Olá Sr Smith. _Me sentei em uma praça, na orla da praia, contemplando as ondas que quebravam ao longe, o dia quase amanhecendo, algumas lágrimas em meus olhos e uma decisão definitiva. -Queria dizer que o projeto está definitivamente cancelado.
-O que? _Sibilou no meu ouvido. -Você pensa que é o que Michael? Esse projeto precisa continuar, eu paguei milhões para tê-lo executado. _Suas reclamações não me afetavam nenhum pouco.
-Eu paguei muito mais que você e não estou reclamando. _Bradei. -Essa é a minha decisão. Não terá comercial porquê eu estou dizendo que não terá. _Dei um ponto final.
-Você assinou um contrato. _Diminuiu um pouco o tom de voz.
-Eu pago o dobro, não se preocupe. _Sim, eu pagaria o que fosse apenas para ficar longe de tudo isso de uma vez por todas. Pagaria a minha paz e tudo que fosse necessário para não ter que ficar perto daquela corja de novo.
-Sendo assim Sr Jackson, tudo certo. _Era apenas oferecer grana para Sr Smith cancelar tudo que ele sempre dizia ser importante. Ora, ora!

Desliguei aquele telefone, mas imediatamente tocou de novo. Era minha mãe.

-Alô.
-Michael onde você está? E a Vick? Não me falaram que Lui dormiria aqui. _É claro, Vick estaria com o Luke agora provavelmente fodendo até umas horas e nem estava lembrando que tem um filho. 
-Não posso busca-lo agora mãe, por favor fica com Lui pelo menos até mais tarde. 
-O que está acontecendo Michael? Eu sei que está acontecendo alguma coisa ruim, a sua voz ela...
-Não aconteceu nada mamãe! _Fui enfático, não querendo de forma alguma ter aquela conversa com ela. -Mais tarde passo ai pra buscar o Lui. Até logo. _Nem esperei que me respondesse, apenas desliguei o telefone.

(...)

Tudo que eu queria nesse momento era me desligar do mundo. Ficar longe de tudo e de todos, me afastei completamente do trabalho. Não pense que estou entregando tudo de mãos beijadas para Luke, não. Mas é porque simplesmente não quero me envolver mais, até porquê tudo que queria já tem. A Victória. 

Se aquela vadia soubesse o quanto eu a odeio...
Eu acho que estava a dias sem comer nada, muito menos beber. Eu apenas ficava deitado naquela cama de hotel olhando para o teto, relembrando vários momentos significativos da minha vida. Pela primeira vez na vida não sabia o que fazer, e se eu fizesse o que meus sentimentos me mandavam. Vick e Luke já estariam de baixo da terra a muito tempo. Mas eu ainda tinha uma vida, ou ao menos o que restou dela e não estragaria por ambos.

O telefone tocou com insistência e eu não tive vontade de atender, permanecia do modo que estava antes. Mas a curiosidade juntamente com a impaciência de ter que ouvir aquele barulho irritante, me fez me mover minimamente até alcançar o meu celular.

-A.._Pigarrei. -Alô! 
-Michael onde a Vick está? _Era minha mãe com a voz aflita. Como assim onde Vick estava? Já haviam passado quatro dias. 
-E..eu não sei mãe. Ligue pra ela, ou para o seu filho mais novo ele deve saber.
-Eu já liguei para o Luke, já fui no apartamento, já fui em todos os lugares. Nem você atende esse telefone. Me diz agora o que está acontecendo? _Franzi o meu cenho achando aquela história estranha demais. Me levantei da cama me sentando na beirada. 
-E o Lui, onde ele está? 
-Lui está aqui, tão preocupado quanto eu. Vick não buscou o menino desde aquela dia, e o pai? Ah esse nem atende o telefone. _Engoli a seco, bastante desconfiado. Não acredito que Vick estava abandonando o próprio filho por causa do Luke. 
-Eu quero falar com o Lui. Deixa eu falar com ele mãe. _Eu estava um pouco atordoado, sem entender mais nada.
-Está bem. _Bastou apenas segundos até ouvir a voz do meu garoto.
-Papai, cadê você? E a mamãe? _Aquilo doeu o meu coração, senti uma dor tão grande que me fez lembrar que ainda sou um ser humano capaz de sentir. -Eu adoro ficar na casa da vovó, mas eu quero as minhas coisas, os meus brinquedos. -Aquilo era uma súplica de um garoto de sete anos e meu Deus eu tinha que atendê-lo. 
-Me espera mais alguns segundos filho, chego ai logo e iremos ir embora. Tudo bem?

Se Vick não se importa com o filho, eu me importo e levarei Lui pra longe para o mesmo lugar que irei.
Voltei ao meu apartamento pegando as coisas de meu filho, o lugar estava do mesmo jeito, um completo abandono. Como se não entrasse ninguém há anos.

Fui até uma agencia de viagens e comprei duas passagens para Suíça. Para o lugar de onde eu nunca deveria ter saído, mas que agora eu levaria o meu filho comigo. Roy podia ser capaz de abandonar um filho, mas eu jamais faria isso com o meu, nunca. Nem se fosse preciso.

Em duas horas cheguei na casa da minha mãe, Lui estava me esperado ansioso, o peguei imediatamente no meu colo.

-Vamos Lui, vamos embora. _Eu estava ofegante e determinando, minha mãe percebendo que estava tudo muito estranho resolveu me questionar.
-Não vou perguntar de novo Michael. Onde está a Vick? _Olhei imediatamente para ela.
-Eu não sei mamãe. Pergunta para o Luke, ele deve saber. Aliás, procura na cama dele, é lá que ela provavelmente deve estar.
-Do que você está falando? Você a Victória estão brigados é isso? _Travei o meu maxilar voltando a sentir aquela raiva que eu estava segurando a dias.
-Victória é uma vadia, que me traiu, que me enganou, me usou para executar um tipo de plano com o Luke e são cúmplices agora. Eu não sei e nem quero saber daquela puta! _Mamãe tapou os ouvidos de Lui para que ele não me ouvisse ofender a mãe.
-Essa história está muito estranha Michael. Vick ama você. _Apertei os meus olhos com força, definitivamente não querendo que falasse aquilo para mim.
-Não, não me venha com essa história mamãe. Ninguém é capaz de me amar. _Eu poderia está me fazendo de coitado agora, mas era como me sentia. -Lui vai embora comigo, para Suíça.
-Não, não Michael você não pode ir embora com o menino. 
-Por que não posso ir embora com o meu filho mamãe? Ele é o meu, não é?
-E empresa, e a sua vida, a mãe dele? _Ela suplicava, mas eu não queria nem saber.
-Nada disso me importa mais, nada! 

Sai em direção a saída com Lui no meu colo, ouvindo minha mãe protestar atrás de nós, mas eu não daria ouvidos. Foi quando ao cruzar pela porta a figura de Vick me fez parar.

-Mamãe! _Lui gritou eufórico e nós não parávamos de nos olhar. Eu mais ódio que nunca.

Seu rosto  pálido, sem maquiagem, cabelos desalinhados e um corte em cima da testa. Parecia que um trator havia passado por cima dela.








Capítulo 19



Essa era a primeira vez que vi Vick depois do acorrido, e eu sentia ainda mais ódio daquela mulher a minha frente. Era um misto de desprezo e mágoa, uma vontade insana de domina-la e dizer que é minha e seria para sempre. Mas eu definitivamente não iria me prestar à esse papel novamente, de jeito nenhum.

-Meu Deus Vick o que houve com o seu rosto? _Mamãe chocada correu ao encontro da nora. 
-Nada, eu cai. _Sua voz saiu pelo fio, ainda me fitando. Desviei o meu olhar temendo fraquejar agora. -Vim buscar o Lui. _Voltou a mim e eu segurei meu filho direito.
-Lui vai comigo. _Determinei. 

Vick olhou para as malas ao meu lado deduzindo que eu levaria Lui dali. Talvez para uma viagem ou para sempre.

-Não Michael, Lui vai ficar comigo. _Rebateu.
-Você não tem moral pra querer nada aqui Victória. _Estreitei os meus olhos querendo parecer o mais venenoso que eu conseguisse.
-Não pode fazer isso comigo. _Pediu com a voz embargada, e eu ri por dentro por saber que ela não hesitou em fazer aquilo comigo e vem até mim, cobrar consideração?
-Foi você que fez isso Michael? Hãm? _Minha própria mãe duvidava de mim, questionando o meu caráter. Mas é claro, é mais fácil desconfiar de mim com todo o meu histórico. 
-Não foi ninguém Jane, eu cai, já disse!
-Pois não parece uma queda. _Mamãe estava quase chorando, trêmula como nunca. - Alguém me explica o que está acontecendo? 
-Me dê o Lui Michael, por favor? _Vick estendeu a mão em direção ao Lui e eu o segurei como nunca. 
-Não darei nada a você. A menos que fosse um divórcio, ai sim dou de muito bom grado. 

Lui parecia assustado, porém não falava nada, nem ao menos opinava com quem ficaria, até mamãe tira-lo do meus braços.

-Vocês dois precisam conversar, mas não na frente do menino. _Revirei os olhos pela mania chata de mamãe achar que todos os problemas do mundo se resolviam com conversas.
-Pra onde está indo? _Perguntou ela.
-Não é da sua conta. 
-Michael você cancelou o projeto, cancelou tudo, a empresa está um caos. _Ri sem humor por notar que era só isso que Vick e Luke se importava. Com os lucros da empresa. Que ironia não é? Antes o único obcecado era eu.
-O que é isso no seu rosto? _Eu sabia que me arrependeria de demostrar preocupação por aquela marca, mas preferi mudar de assunto dessa forma. 
-Eu cai, já disse. _Reafirmou sem paciência, mas eu sabia que ela mentia. Luke devia estar batendo nela, isso era tão óbvio. Eu já o vi fazendo isso, e com certeza estaria fazendo novamente. 
-Eu vou embora agora mesmo com o Lui e você não vai poder fazer nada contra isso. _Avisei com a maior tranquilidade do mundo, deixando tudo as claras ali.
-Por favor Michael, o Lui não. _Sua voz chorosa palpitou o meu peito, e eu me odiava por isso.

Dei meia volta caminhando em direção a minha mãe para pegar Lui, quando sinto Vick me dar um empurrão.

-Você não vai levar o Lui de mim! _Gritou já chorando muito. -Ele é meu, meu! _Aquela convicção que fez, me deixou uma dúvida no ar. Me virei imediatamente, a encarando com frieza.
-Está insinuando que Lui não é o meu filho? 
-Não seja idiota, é claro que é. Mas também é meu, e eu não vou permitir que o leve de mim.
-Vai à merda Victória! Vai à merda, vadia desgraçada! _Gritei cuspindo em sua cara por conta das palavras soltas em abundância.

Arranquei Lui dos braços de minha mãe levando o meu filho dali, ouvindo Vick e ela gritando para que eu voltasse, mas não dei o mínimo ouvido. 

(...)

-A mamãe vai vim papai? _Perguntou Lui sentado ao sofá da minha casa na Suíça enquanto eu olhava pela janela tentando pensar em o que fazer.
-Não Lui, a mamãe não vem. _Fui sincero, eu não queria mentir para ele.
-Sinto a falta dela. _Se soubesse o quanto eu também sinto meu filho...
-Isso vai passar Lui. _Me ajoelhei em suas pernas para fazê-lo entender de vez. -A gente aprende a desapegar. Quando não podemos mais conviver com a pessoa que amamos, aprendemos a esquecer. 

Aquele era um conselho ridículo, Vick querendo ou não era a mãe dele e mesmo que eu lhe passasse o conselho que aprendi com minhas próprias experiências, eu nunca pude esquecer Roy e deixar de ama-lo. 

-Você vão se separar? _Assenti com um certo pesar.
-Infelizmente filho. 
-Foi minha culpa? _Ver o meu filho se culpando por um erro que não era dele me fazia ir cara a cara com aquele menino que levava uma onda de culpas que não era dele, que sempre tiver que conviver. 
-Claro que não. _Choraminguei. -Você não tem culpa de nada, de absolutamente nada. Eu amo você Lui, mas do que minha própria vida e você tem que saber disso. Está bem? _Ele assentiu freneticamente, então eu o abracei com força.

Lui era a única pessoa que eu tinha certeza absoluta que me amava, então eu agarraria a ele como uma tábua de salvação.

(...)

O telefone tocou mais uma vez com insistência naquela noite. Eu já havia me jogado na cama para tentar descansar um pouco depois de colocar Lui para dormir. Mas com aquele barulho foi impossível.

-Alô! 
-Michael é a Vick, ela está passando mal. _Aquela notícia foi como um despertar, me levantei depressa da cama tentando digerir aquela história. -Está muito machucada e... é melhor você vim pra cá.

Machucada! Só podia ser o desgraçado do Luke, ele devia ter batido nela, ele deveria ter feito tudo isso. Eu não conseguia entender mais nada, aquilo estava confuso para mim e eu estava enlouquecendo.

-Por favor meu filho. Vick precisa de você. _Aquilo poderia ser um blefe só para chamar minha atenção e me fazer voltar. 

Desliguei o telefone sem responder uma só palavra para minha mãe. Me levantei da cama e me vestir. Eu veria aquela cena de perto e tomaria as minhas próprias providências.

(...)

-Ela está lá. _Mamãe apontou para o quarto de hospedes assim que eu cheguei. -Onde está o Lui?
-Lui está com uma babá em minha casa, não quis que voltasse.
-Fez bem, assim não ver a mãe desse jeito. O Luke pirou Michael, ele virou um monstro. _Engoli a seco.

Entrei no quarto e Vick estava deitada na cama completamente machucada, de olho roxo e...Foi a pior cena que vi em anos, até pior do que vê-la transando com o meu irmão. 

-Michael... _Sussurrou.
-Estou aqui Victória, o que quer que eu faça? _Eu ainda estava bastante desconfiado.
-O Luke pirou. _Começou a chorar. -Ele disse que te mataria, eu precisei fazer, por favor me perdoa! _Ela chorava desesperadamente quase berrando.
-Do que está falando? _Eu estava desnorteado, quanto mais falava, mas eu ficava sem entender.
-Eu transei com o Luke, porque ele me obrigou. Ele descobriu nosso esquema e me ameaçou, disse que te mataria, mataria o meu filho. Eu não pude deixar Michael eu te amo. _Comecei a ficar ofegante, sentindo o meu mundo girar e eu comecei a piscar os meus olhos freneticamente.

Aquilo definitivamente não podia ser real, não era real. Luke não ameaçou a Victória, ele não descobriu nada e aquilo era uma mentira descabida para me atrair para algum tipo de armadilha.

-Não, não e não! _Meu ódio havia me dominado agora de uma forma que foi impossível controlar. -Você está mentindo! Porque é uma mentirosa, uma ratazana de esgoto! _Quanto mais eu gritava, mais Vick chorava em agonia. -Eu não acredito em nada, em nada disso Victória! 
-Você precisa acreditar Michael, eu estou falando a verdade. Por favor me ajuda. _E chorava. 
-Você não vai mais mentir pra mim, porque não vou deixar. _Me posicionei próximo a ela para que me encarasse e visse que estava falando muito sério. _Eu não acredito mais em ninguém, em nada dessa vida. _As lágrimas invadiram os meus olhos sem que eu percebesse. _Todos que eu amava mentiram para mim, todos que achei que gostam de mim me viraram as costas quando mais precisei. Eu estou sozinho, predestinado a viver assim, e é assim que vou ficar. Você e mulher alguma irá me destruir de novo, porque eu não vou deixar entendeu? 
-Michael por Deus, eu amo você, eu sempre amei, eu só fiz...
-Cala a boca Victória! Pare de dizer que me ama, porque não é verdade. Para de falar essas coisas e na primeira oportunidade me apunhalar pelas costas. 
-Michael me escuta, pelo amor de Deus, pelo o nosso filho. 
-Não ousa colocar o Lui nisso! _Joguei um abajur no chão fazendo Vick se assustar, mas eu não me importava. -Você estava lá sorrindo relando naquele pinto humilhantemente pequeno do Luke, estava se satisfazendo na minha cara Victória, na minha cara! 
-Eu tive que fazer. Amor eu precisei.
-Cala a boca! Não ouse me chamar de amor, você não sabe nada sobre amor. 
-Você me conhece, sabe tudo que passamos. 
-Não Victória, eu não a conheço. Não sei nada sobre você. O que eu sei é que você é capaz de tudo, e depois se faz de vítima. Não sei como eu pude ser tão idiota acreditando tão cegamente em você. Mas isso não vai mais acontecer, eu não vou me deixar levar mais.
-Olha a minha cara seu filho da puta! _Soltou as palavras em longo choro. -Você acha mesmo que eu faria isso comigo mesma só pra mentir pra você? Aquele desgraçado quer matar você, quer matar o meu filho e eu faria sim qualquer coisa para salvar os dois. Porque eu os amo e sempre vou amar! _Ela havia me deixado sem palavras agora. Era como se eu voltasse a ser um idiota por estar sempre imaginando algo que não condiz com o real,  e eu não estava gostando nada disso.

Se Vick estiver falando a verdade eu precisava salvar a minha mulher, mas se ela estiver mentido eu não responderia por mim.





Capítulo 20




-O Luke não faria isso Victória, nós dois sabemos que ele não faria isso. _Aquela desculpa não iria me convencer, não conhecendo o meu irmão como conheço. Um medroso que mal conseguia segurar uma arma, nunca me enfrentaria.
-Acontece que você subestimou demais Luke, e isso fez com que ele crescesse a suas custas. 
-Quem está subestimando quem aqui são vocês! _Declarei em alto e bom som. -Não vão me enganar de novo, não vão! _Permaneci duro, sem me comover, era questão de defesa. 
-Por favor Michael, o Luke vai me matar. _Suplicou. -Ele soube do plano e ficou furioso. A tifanny aquela vadia descobriu o nosso plano quando tentou te seduzir, você precisa acreditar.
-Só quando estiver morta por ele, ai sim  eu vou acreditar. _Eu sei que fui radical demais, mas nesse momento parecer mais cruel possível me colocava em uma  zona perfeita de conforto, ao qual ninguém ousaria ultrapassar. 

Dei meia volta saindo do quarto de hospedes, mas ouvir Vick gritar por mim.

-Você está mentindo, Michael! _Berrava. -Eu sei que você não é assim, eu sei que está fingindo!

Desci as escadas depressa, sem saber ao certo onde pisar, mamãe chamou por mim, mas eu não conseguia raciocinar.

-Vick é sua mulher, Michael! Ajude-a, eu sei que você não é assim! 

Mas que porra! Todo mundo estava ali me dizendo quem eu sou, ou como eu deveria agir. Eles não sabem nada sobre mim, e nunca irão saber. Era nesse tipo de homem fraco que queriam me transformar, mas não vão conseguir. Não até quando restar o último resquício de dignidade dentro de mim.

Bati a porta de entrada com força quando sai, sem olhar para trás. Peguei minha BMW dirigindo as cegas, sem ter certeza ao certo que rumo tomar. Minha cabeça fervilhava como uma água pronta para o café. Minhas mãos suavam, e minhas vistas embaçadas pela lágrimas que escorriam. Eu estava confuso, desesperadamente confuso e perdido, sem saber que decisão tomar. 

Se Vick estivesse me dizendo a verdade eu estou sendo um monstro por omitir o seu sofrimento. Por saber que o filho da puta está usando-a para me atingir, maltratando-a e espancando-a como eu já vi uma vez ele fazer. Mas e se isso foi apenas um truque, se estão armando para rirem da minha cara e finalmente ter a prova comprovada que conseguiram derrubar a minha pose de superior? Se eles estiveram  juntos o tempo todo, se tudo não passou de uma brincadeira de mau gosto? Os "ses" me enlouqueciam.

O suor escorria pelo meu rosto, meu coração acelerado, respiração ofegante. Um deslise e eu perdi o controle do volante  e bati contra uma árvore no canteiro da estrada, tudo se apagou.

(...)

Uma risada ao fundo me fazia despertar aos poucos, uma risada conhecida por mim, mas alteradamente diabólica. Meus olhos foram abrindo com dificuldades, minha visão ainda turva. A pessoa não parava de gargalhar, e a sua figura se materializava a medida que ia recobrando a consciência. 

-Lu...Luke? _Desconfortavelmente confuso, olhei ao meu redor. Eu estava em um lugar que definitivamente eu não conhecia, meus punhos doíam, me fazendo perceber que estava amarrado, sentado em uma cadeira.

Como aquele cara me trouxe até aqui? O que aconteceu na estrada?

-Olá irmãozão! _Os papeis estava trocados sem sombra de dúvida. 

Luke era o bandido que me detinha em suas mãos, enquanto a mim uma ovelhinha que mal conseguia mexer as pernas. 

-O que você pensa que está fazendo, oh otário? 
-Se eu fosse você não me acharia um otário Michael. Ainda mais com uma arma apontada em sua cabeça. _Eu não vi arma alguma nas mãos de Luke, não havia nada ali. Foi quando ouvi um estalo de arma sendo carregada atrás de mim. Levantei a cabeça o suficiente para notar a armadilha que meu maninho me colocou, na retaguarda. Uma arma presa à uma espécie de cordas e quando acompanhei onde dava, percebi que eram as mesmas cordas que me prendiam, me fazendo saber que qualquer movimento em falso, dispararia contra mim.
-Não é homem o suficiente para atirar não é Luke? Precisa de artimanhas para conseguir o seu objetivo. Bela evolução! _Recebi um soco na cara em seguida que me deixou um pouco tonto. Encarei os olhos verdes de Luke e só consegui encontra ódio. Bem diferente do cara que eu estava acostumado a lidar.
-Pode ser que com você morto a Victória finalmente fica comigo. 
-A Victória já é sua. Não foi isso que me mostraram naquele vídeo idiota?
-Você não percebe não é? _Balançou a cabeça. -Você que é o dono de tudo. Você que é o melhor nos negócios, as melhores ideias são as suas. A ovelha desgarrada ao qual todos querem por perto, até o amor da única mulher que já amei é todo seu. _Aquela história de novo, aquela competição idiota entre mim e ele.
-Você pode ficar com a minha vida Luke, se é assim que deseja. Já me mudei para Suíça e não me meterei mais com a sua Victória. 
-Não se trata disso Michael!_Gritou. - Mesmo se sumir é você que ela sempre vai amar. É com você que se satisfaz, é você que ela se sente feliz. Sempre foi você. _Eu observava Luke e toda aquela cena patética com tanto tédio.
-Achei que já tínhamos resolvido essa questão. Você pareceu feliz quando nos resolvemos a alguns anos atrás. Disse que queria uma vida em harmonia e todo esse blábláblá que pessoas felizes dizem. Além do mais Luke, foi você que seduziu a Victória, tirou ela de mim, se uniu a ela para me derrubar e transou com ela na minha cara. Como uma vingança do que já fiz. Quem deveria estar sentado aqui é você e não eu. 
-Ela se deitou comigo por obrigação. _Entortou a boca como uma raiva. -Sim, maninho. Eu ameacei a Vick, porque descobri o seu planinho de merda. Quer saber onde está a grana da empresa? Está em uma aplicação que fiz para derrubar o seu projeto. Paguei Sr Smith para que ele pudesse detonar a sua propagando e fazê-lo perder não só a os lucros como afundar de vez aquela merda! _Aquela confissão era como um pesadelo para mim. Acho que subestimei demais o Luke.
-Por que? Aquela empresa não era só minha seu desgraçado. Era do seu pai também, da nossa família. O fato de me casar com a sua ex noiva não lhe dar o direito de destruir o papai.
- O Pai é meu Michael e eu não me importo nenhum pouco com ela. Já você... fez o possível e um impossível para consegui-la. Eu por outro lado, não precisou de muito para conseguir a pouco derruba-la de vez. 
-Seu desgraçado! _Me debati ao máximo que pude naquela cadeira louco para dar uns socos na cara daquele filho da puta. Mas como sempre precisava de meios covardes para garantir a sua segurança.
-Sugiro que não se mexa muito Michael, ou a arma dispara. _Droga!
-Você é um insano Luke, um insano, um verme! 
-Acho que me pareço com você. _Ri sem humor.
-Era tudo que você queria não é? Mas tenho uma notícia para você maninho. Você nunca...será...como...eu. _O sorriso idiota de Luke desapareceu. -Pra começar  a Vick, ela é minha. Como disse, é nos meus braços que se satisfaz. Deve ter sido horrível não é? Transar com ela e senti-la tão travada? Pois comigo Luke, ela se entrega ao máximo, se abria para mim e eu tenho o total acesso. Ah... não me deixa esquecer de como ela me beija, dos seus gemidos constantes e o quanto se deleitava no meu corpo. _Senti mais um soco no meio da minha cara e mais sangue escorrendo por  minha testa. Voltei o meu rosto em sua direção com a expressão risonha, apenas para provocá-lo. -É  a mim que a Vick quer estar, e quando eu sair daqui é comigo que vai ficar, é na minha cama, no meu corpo. E você, seu mimadinho de uma figa.. vai pagar por cada olho roxo que fez na MINHA MULHER! _Me debati na cadeira em uma tentativa frustrante em soca-lo.
-Isso se você conseguir sair daqui. _Riu debochado.
-Você dúvida disso? _Levantei a sobrancelha, movendo os meus dedos com cuidado entre as cordas, me fazendo saber que estavam folgadas o suficiente para que um pouco de esforço meus braços serem liberados.
-Acontece maninho que você e todos os outros subestimaram demais a minha inteligencia. _Luke relatava andando pelo espaço vazio daquela sala, sem a menor preocupação. Enquanto eu movia os meus dedos ainda mais entre as cordas. -Acharam que eu não sou bom o suficiente, mas estavam redondamente enganados. Eu maninho consegui dobrar você. _Luke se gabava apenas por ter conseguido descobrir o que eu tramava para chantagear Vick. Pobre homem, se soubesse que estou quase tirando as amarras da corda...
-Será mesmo Luke? _Abriu um sorriso largo , quando escapei das cordas, sabendo que nada havia acontecido com a arma a minha cabeça. 

Luke caminhou até próximo a mim, me encarando de uma maneira desafiadora. 

-Você está em minhas mãos. _Levantei uma de minhas sobrancelhas, com um sorriso torto.
-Quem está encurralado aqui é você. _Tomei impulso para trás projetando minha cabeça na sua com uma força impressionante. Aceitei Luke em cheio, fazendo cair ao chão. 

Me levantei da cadeira dando uma olhada naquela arma pendurada a centímetros de mim. Era horrível pensar na ideia do meu próprio irmão planejar me matar dessa forma. Anos atrás eu o odiava sim, mas nunca pensei em matá-lo, apesar de sempre querer que morresse. 

Senti mãos prenderem minhas pernas e eu cair ao chão, minhas costas bateram com tanta força que achei que havia quebrado. 

-Fique longe da minha vida Michael. _Levei um soco no rosto, mais um. -A única coisa que fez na minha vida foi inferniza-la. 

Não vou dizer que aquelas palavras não doíam, porque doíam sim. 

-A única coisa que fiz na vida foi viver em paz! _Reagi tirando Luke de cima de mim e o socando pela primeira vez naquela noite. -E você querendo me ferrar sempre que pôde. _Puxei Luke pelo colarinho pondo-o de pé. -Isso é pelos hematomas que fez na mulher que diz amar. _Dei uma joelhada na sua barriga, fazendo Luke tossir. -E isso, é por ter obrigado-a a transar com você na minha frente. _Dei uma cotovela em suas costas, fazendo-o inclinar e cuspir sangue. -E isso, é por ser um mané tentando destruir o que jamais conseguiu. -Dei  mais uma cabeçada em Luke e ele caiu por cima de uma mesa de vidro que havia no meio do caminho desmaiado. 
-Michael! _Ouvi o grito de Vick e Deus sabe o quanto aquilo me aliviou. Ainda mais por saber que não aconteceu nada daquilo que achei que acontecera. 

Corri até a minha mulher abraçando-a com força, beijando as sua testa e acarinhando seu rosto machucado. 

-Você está bem? _Perguntou aflita.
-Eu estou todo arrebentado Victória. E você ainda me pergunta se estou bem? _Ela riu me abraçando com força, eu sabia que também se sentia aliviada.
-Luke disse que o traria para cá, por isso que vim depressa. 
-Ele não conseguiu, não se preocupe. _Segurei suas bochechas tranquilizando-a, pronto para lhe dar um beijo que tanto senti falta. Foi o que eu fiz.

Nossas línguas se encontraram em um beijo molhado, compartilhando todo o amor e saudade que sentimos por todo esse tempo. Suas mãos envolta do meu corpo me apertando com urgência.

-Eu amo você meu amor. _Murmurou entre nossas bocas.
-Eu também amo Vick, amo com toda as minhas forças. _E era verdade, tão verdade que me desarmava.

Foi quando ouvimos um clique, olhamos imediatamente para Luke ao qual estava com a arma apontada para sua própria cabeça.

-Ficou maluco oh otário! Larga logo essa arma. _Ordenei.
-Luke não faz isso. _Vick estava tão assustada quanto eu.
-Adeus Michael, eu nunca conseguirei ganhar de você mesmo. _Sim, ele faria aquilo e eu fiquei desesperado. Óbvio que eu não queria que o fim de Luke fosse esse.

Soltei Vick caminhando em passos rápidos até Luke na tentativa de tirar a arma de suas mãos, mas ele a apontou para mim, apenas para me manter longe. Parei na exata hora levantando as mãos.

-Luke pensa na mamãe, ela sofreria demais, pare com isso.
-Você acha que eu não penso nela! _Bradou. -Você acha que não penso em tudo que eu sempre quis e que nunca vou ter? Eu amava essa mulher que olha pra isso. Vocês dois nessa cena deplorável.
-Eu me apaixonei Luke, eu construir um amor com o Michael e eu não vou mais ser culpada por isso! _A revolta de Vick me fazia pensar em que rumo aquela situação nos levaria. 
-E eu não irei mais atrapalhar. _Luke estava quase apertando o gatilho e eu não sabia como fazer para tirar aquilo de suas mãos.

Eu precisava agir, ou Luke acabaria com a sua própria vida por minha culpa. E sinceramente eu não carregaria aquele fardo nas minhas costas. Aproveitei uma distração da sua parte agachando para que se por acaso apertar o gatilho contra mim não me atingir, e projetei meu corpo para o seu, levando a mão na sua arrancando a arma de sua cabeça. O ato foi tão rápido e tão violento que cai por cima do corpo de Luke ao chão. Mas aquela arma estava sobre o meu poder me deixando aliviado.

-Você não irá se matar, seu idiota! _Luke começou a chorar em desespero, eu tinha noção do quanto estava machucando-o aquela situação toda, mas ainda assim, mesmo com toda a merda que eu e meu irmão tivemos a vida inteira, desde que me entendo por gente. Eu jamais deixaria que morresse, não dessa forma. Luke é o meu irmão apesar de tudo.


Olhei para a Vick e ela respirava aliviada, com um sorriso despontando para mim. Eu sabia que minha gracinha sentia orgulho de mim. Até eu mesmo senti orgulho de mim, por ter passado por tudo aquilo, por ter sido enganado por Luke, por ele ter obrigado a minha  mulher a transar com ele e mesmo assim eu estava lá tentando salvar a  vida no manézão que se diz meu irmão.







Capítulo 21




-Por favor, Vick. Chame uma ambulância. _Eu estava tentando colocar Luke deitado direito ao chão quando desmaiou. Talvez pela adrenalina e a tensão do momento, ou até mesmo pelas surras que eu havia dado.

Em menos de minutos a ambulância havia levado Luke para o hospital, assim como eu. Ambos estávamos muito machucados precisando de cuidados. Mas sinceramente minha preocupação ia além de tudo isso. As coisas estavam confusas para mim naquele momento, eu não sabia como reagir a nada daquilo e muito menos o que pensar.

-Você está bem meu amor? _Vick se posicionou entre minhas pernas enquanto eu estava sentado em uma maca em uma sala médica depois de ter me limpado e colocado curativos nos ferimentos. 
-Fisicamente com alguns arranhões e hematomas, mas emocionalmente...
-Eu te entendo..._Senti a mão quente de Vick acarinhar o meu rosto, onde ardia um pouco, e outra apoiada na minha coxa. 
-Não consigo acreditar que tudo levou a isso. Que Luke fez tudo o que fez e quase se matou por desespero. _Abaixei a minha cabeça. -Mas eu o  entendo...Querendo ou não eu sou o culpado. 
-Você não tem culpa de nada. _Afirmou com firmeza.
-Sim, eu tenho. Vick você não tem noção o quanto fiquei desesperado quando achei que você e Luke estavam juntos, o quanto essa sensação de te perder era desesperadora para mim. Achei que todos os sonhos que um dia me permitir ter e toda a vida feliz que idealizei fosse uma completa mentira. Pode ser que me fiz de forte e tentei não sentir, mas foi impossível. Aquela cena que presenciei, as suas conversas com ele na sala tudo, tudo foi doloroso. E olha que foi uma mentira. Imagina pra ele. O próprio irmão tomando sua noiva a poucos dias do casamento, uma vida juntos que durou por sete anos. O quanto esse homem deve ter sofrido, ainda mais por saber que a mulher da vida dela acabou mesmo se apaixonando pelo irmão. Acho que pela primeira vez na vida eu pude entender o Luke, e toda a suas ações nos últimos dias. Se fosse em outros tempos eu faria o mesmo, assim como fiz um dia com a empresa. Acontece que eu não posso julga-lo. _Dei uma pausa, sabendo que havia mais coisa para confessar, e logo continuei. -Eu queria que Luke morresse, queria acabar com a sua vida, queria bater nele por todos os hematomas que fez em seu rosto e por ter estragado a minha vida. Eu queria fazê-lo sofrer, tortura-lo e sei lá... só queria que sumisse pelo resto da vida. Isso é horrível de se pensar, mas...
-Mas você o salvou Michael. Luke estava na mira da arma para se matar, mas você não permitiu. Você passou por tudo isso, por toda a sua raiva e... fez a coisa certa. _Olhei para a mulher a minha frente, a mesma que me conhecia tão bem e que sempre levava fé em mim, por alguma razão.
-Mas os pensamentos Vick... eles...Eles quase acabaram comigo e com as pessoas ao meu redor.
-Os pensamentos apenas o torna um ser humano, Michael. Um ser humano capaz de sentir raiva sim, de quebrar as regras sim, e até mesmo ficar a um fio de fazer algum tipo de besteira, mas o que o torna ainda mais especial é saber que dentre todos esses sentimentos, e por ter sido provado tantas vezes, ainda conseguiu fazer a coisa certa. É por isso que eu o amo tanto.
-Vick eu..._Eu ainda tinha dúvidas sobre o caso, muitas aliás. -Eu não ajudei você, eu não fui capaz de enxergar o que de fato acontecia, duvidei de você, duvidei do nosso amor. 

Deus sabe o quanto isso doía em mim, se eu tivesse tido a capacidade de consertar as coisas, se é que dava. Eu teria feito tudo diferente. A começar; Teria conversado com Luke, saber o quanto o meu relacionamento com a Victória o afetava. E o mais importante, teria tido uma abordagem melhor do que armar um plano para mostrar o quanto era inferior a mim no quesito tramar. Tudo se tratava de uma competição entre mim e ele, e saber que isso não torna o Luke mais pior que eu era lamentável. 

-Ele fez tudo tão bem, a culpa não é sua meu bem, não é. Eu também errei, deveria ter contado pra você. Mas tive medo, medo do que pudesse acontecer. O Luke se transformou em um cara completamente diferente do que era, ou talvez já fosse assim. 
-Eu não estou defendendo o Luke e colocando a culpa em mim, eu só queria saber, se... havia um meio de eu ter impedido. _Vick balançou a cabeça.
-Talvez não. _Respirei fundo sabendo que de alguma forma ela tinha razão. 

E agora o meu irmão estava em uma ala psiquiatra, sob efeitos de drogas e acompanhamentos para que não tente cometer suicídio de novo. E eu... eu só queria viver a minha vida em paz. 

Esses meses me fizeram ter uma ideia mais clara sobre o que eu queria. E definitivamente eu não queria mais ficar em Los Angeles, queria voltar para Suíça, queria ficar longe daquele ar intoxicante que era a vida dos negócios, queria respirar  puramente e não ter que  me preocupar com mais nada. Uma coisa que eu deveria ter feito a muito tempo. A Suíça sempre foi o meu lar, onde eu relaxava e por mais que estivesse competindo com o  meu irmão de lá, era o lugar que eu tinha certeza sobre tudo. E a certeza que tenho agora era que queria me afastar da empresa, das coisas do meu pai e reviver. 

Não estou dizendo que vou me desfazer de um negócio que foi passado por gerações, não. Apenas não quero mais assumir nada, não é mais a minha prioridade e isso estava muito claro para mim. Sabe quando a gente quer uma coisa a vida toda, quer aquilo de todas as formas possível, que luta até o fim para ter, mas que quando tem perde o total tesão? Era exatamente isso que aconteceu comigo. Não que eu não ame a empresa mais, é só que hoje eu sei o quanto me faz mal. É como a Kriptonita para o superman, Kripton é o seu lar, é o planeta que ele nasceu, é onde sua família esteve até ser destruída. Mas também é sua maior fraqueza, uma arma letal ao qual o mata lentamente.

-Arrume suas coisa Vick. Iremos para a Suíça hoje mesmo. _Ela sorriu para mim, acho que Vick também sabia que seria um novo recomeço. Sabia que seria o lugar onde teríamos paz finalmente.

(...)

Mamãe ficou louca quando soube do estado de Luke, mas me entendeu e respeitou minha decisão de ir embora. Ela cuidaria de Luke e claro que eu não deixaria sozinha nisso. Uma ajuda nem que fosse de onde estava, eu daria. Luke para mim estava perdoado, eu não tinha nenhum rancor dentro de mim em relação a ele, mas eu não tinha certeza do seu sentimento para comigo e pra ser sincero não queria nem saber. Não que a relação entre meu irmão e eu estivesse quebrada, eu só não confiava mais, e tenho todo o direito de não confiar. Luke não morreu para mim, e eu tenho pena da sua situação agora, internado em um centro de reabilitação. Mas era só. 

Talvez um dia minha relação com o meu meio irmão pudesse mudar, talvez. Mas não hoje, não amanhã e não nos próximos anos, era essa a minha decisão.

Mamãe está casada agora, e Terry era ótimo nos negócios, aceitou a proposta de assumir o cargo no meu lugar  com minha mãe. Era bastante drástico colocar uma pessoa que não era do sangue no poder, mas por enquanto era a decisão mais correta. Eu cofiava em Terry e sabia que se daria bem nisso.

(...)

-Abra os presente Lui. 

A família inteira estava de pijamas na sala ao redor da grande árvore de natal posta entre a lareira e a varanda. Já era natal e Lui estava tão ansioso em abrir os presentes que interrompeu uma manhã de natal repleta de tesão e orgasmos entre mim e sua mãe. 

-Eu ganhei mesmo o Xbox? _Me olhou com aquela carinha medrosa de abrir a caixa bonita vermelha e encontrar camisas da vovó. 
-Pois abra pra ver. _Disse Vick.

Lui abriu o embrulho com cuidado, com algumas dificuldades também e ao mesmo tempo ansioso. Mas depois de alguns minutos os olhos dele estavam brilhando diante do Xbox que havia revelado, assim que terminou de abrir.

-Ahh um Xbox One! _Lui saiu correndo pela casa igual um doido comemorando, Vick riu abertamente para mim com a alegria do nosso filho e eu fiz o mesmo.
-Ei garotão, eu também vou brincar com isso viu? Xbox One é nosso! _Avisei, fazendo com que Lui desfizesse seu sorriso.
-Ah papai! _Reclamou.
-Ah nada. Pode abrir direito e instalar que agora mesmo vamos jogar isso. _Apontei para ele.
-Agora eu to ferrada com esses dois jogando o dia todo e bagunçando a minha sala com comida... mas oh. Eu também vou jogar viu? _Lui e eu olhamos imediatamente para a Vick. 
-Xii papai... mamãe vai nos destruir! 
-Ah é? Só quero ver, só quero ver. _Comecei a encher a Vick de cócegas arrancando boas gargalhados de nós três.

Até o telefone tocar e nos fazendo recuperar da falta de ar causada pela bagunça.

-Alô? _Disse ainda rindo atendendo o telefone.
-Oi meu filho! Feliz natal. _Era mamãe.
-Oi mãe, feliz natal. Como estão as coisas? _Perguntei um pouco desconfiado, sabendo que tocaria no nome de Luke.
-Luke saiu da clínica, mas foi direto pra um sanatório de malucos. De malucos Michael, da pra acreditar? _Um certo desconforto perpassou sobre mim, mas não era pena. Acho que o choro de mamãe foi o que me deu mais pena.

Eu me compadecia daquele mulher, e admirava muitíssimo.

-Vai ser melhor pra ele. Vão cuidar direito dele e tudo irá se resolver. 
-Sim, vai sim. Preciso ficar ao lado dele agora, ele precisa de mim. _Assenti.
-Ok mamãe faça o que achar melhor. _Eu realmente não me importava com o destino de Luke, não nesse momento. 
-Eu sei. _Houve um silêncio do outro lado, e de repente ela suspirou. Eu sabia que a vida para ela não era fácil. Primeiro um filho com problemas e depois o outro. Eu realmente tinha pena da minha mãe. -E como está a Vick e o meu neto? _Ela preferiu mudar de assunto, quando notou que eu não queria falar mais do meu irmão. Eu estava magoado demais pra isso e ela me respeitava.
-Estão bem, Lui acabou de ganhar um Xbox e estávamos animados para jogar. 
-Fico feliz por isso meu filho. Você mereceu a vida que tem, mereceu tudo que construiu ao lado da sua mulher. Estou muito feliz por você.
-Obrigado mamãe, e lembre-se. Eu amo você! 
-Eu também amo você, amo do fundo do meu coração. E eu sei que seu pai tem orgulho de você. _Ri com ternura.
-Eu sei. _Minha voz saiu sussurrante pela emoção das palavras. 

Minutos depois desligamos o telefone e eu voltava a minha família.

Eu estava em um estado de graça impressionante, minha vida estava do jeito que deveria estar e eu não tinha medo de mais nada. Às vezes desapegar das coisas que te faz mal era a melhor opção, e eu vejo isso hoje, longe de tudo e apenas perto da minha mulher e do meu filho ao qual era absolutamente tudo para mim.

Desarrumamos os sofá e depois do Xbox instalado começamos a jogar os três sem nenhum tipo de preocupação. Pois estávamos felizes, com a vida que escolhemos para nós. E era assim que eu queria que ficasse.


Alguns meses depois 



Caminhei naquele imenso corredor. O barulho do meu sapato ecoava por aquele espaço vazio e sombrio até chegar em uma espécie de cabine me posicionando ao lado de minha mãe.

-Como ele está? _Perguntei sem tirar os olhos do vidro. 
-Mal, muito mal. _Abracei minha mãe de lado lhe dando um pouco de apoio.

Luke estava atrás daquele vidro, olhos vidrados bastante vermelhos e chorosos, camisa de força. Nunca achei que eu veria o meu irmão nessas condições, não sei como arranjei forças para voltar depois de tudo. Mas eu tive que ficar ao lado da minha mãe, precisava lhe dar apoio, mostrar o quanto eu sentia muito por tudo. Parar de ser rancoroso e ao menos estar ao lado dela, que merece a minha compaixão. Por minha sorte Luke não nos via, do outro lado aquele vidro se transformava em um espelho que refletia sua própria imagem. Aquele quarto branco era perturbador, só de olhar. Imagina ter que viver assim? Tudo que sentia por meu irmão agora é somente pena e nada mais.

-Como está a Vick? Meu neto e o bebê? 

-Estão bem, mãe. Vick está de nove meses, Louise está a caminho. _Sorriu feliz e continuamos observando a figura perturbado do meu irmão mais novo.






























































50 comentários:

  1. AAAAAAAAHHHH ANSIOSA DEMAIS AAAAAAAAHHHH *O* <3

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  2. Cheguei com o começo. Obrigada por estar aqui :)

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  3. MDS adorei , tão carinhoso com o Lui , continua

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  4. OMG OMG OMG!!! Contiiinuaa peelo amor de Deeuuss!! To morrendo akiiie!! #AndaLogoMuieé!!!

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  5. Pera calma voltando aq AAAAHHHHH OMG OMG OMJ OMJ OMJ CONTINUAAAAAAA QUE PERFECT PERFECTTTTTTTTTTT <3 *O*

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  6. Que perfeito , continua logo OMG !! Quais os dias que voce vai postar ??

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  7. Aaaaaah k7 boooraa esvreeve essa bodeegaa!!! #morrida!!! Vamuuu muiieé

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  8. Amores cheguei com mais. Obrigada pelos coments :3 Eu posto Segunda, Quarta e Sexta suas lindas. Vamos lá com mais

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  9. Perfeita demais *OOO* continuaaaaa

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  10. Cheguei com mais amores, obrigada pelos coments.

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  11. OMG , continua please , adorei , tomara que eles se resolva

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  12. Que coisa, tomara que eles se resolvam, continuaaaaaaaaa logo please kk *OOOOO*

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  13. Olá meninas obrigada pelos coments \o atualizei mais um cap pra vcs. Queria desejar a todas vcs um feliz natal, que Deus abençoe nesse dia e que vcs possam ter uma noite especial e mágica. Beijos e até mais <3

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  14. Feliz Natal pra tu tmb Tay,voçê merece,pois proporciona a todas nós(leitoras) mt felicidade,Obrigada! Deus te abençoe,bjoos :3 :3

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  15. Ownnn obrigada Gabi *-* Cheguei com mais amores com mais caps tensos

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  16. Essa briga deles tem que acabar,uuuf! ansiooosa,cotinua Tay :3

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  17. Olá meninas cheguei com mais, obrigada pelos coments viu.
    Bom, vou dizer que amanhã eu volto com mais 2 caps, pra eu não ter que postar em véspera de ano novo. Então amanhã às 18:00 volto aqui com mais, espero vcs aqui. Beijão até amanhã

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  18. Bom, eles podem
    ficar juntos de vez ou se separar definitivamente
    depende do que a Vick tem pra falar agora

    Meninas um feliz ano novo pra vcs, cheio de paz alegria
    muito amor, muita prosperidade. Desejo tudo de bom pra vcs minhas leitoras lindas
    e até ano que vem :v

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  19. OOOOOOh my God,curiosa agr pra saber o que tanto a Vick esconde,espero que ela ñ tenha feito alguma bobagem com o Luke :( ansiooooosa. Feliz ano ano pra vc tmb Tay,BEIJÃO. :3

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  20. Curiosa aq quero saber oq a Vick ta escondendo o.o kk continuaaaaa logo please :3 FELIZ ANO NOVO TAY SUA LINDA E FELIZ NATAL ATRASADOOOO <3

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  21. Oi lindas cheguei com mais aqui :) Obrigada pelos coments. Feliz natal, feliz ano novo kkkkkk <3

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  22. Que história emocionante , me sinto na história

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  23. Continuaaaaa ta muito nossa perfeito kk <3 :3

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  24. Cheguei com mais amores, obrigada pelos coments viu <3

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  25. HOt HOT HOT HOT HOT! eheuh O.O :3 continuuuuuuaaa

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  26. HOT HOT HOT E MAIS HOT O.O I Love it kkkk continuaaaaaaaaa logo please (aquela carinha) :3

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  27. Olá meninas obrigada pelos coments. Caps tensos agora. Quero dizer que a fic está na reta final Beijão

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  28. MDSSSSSSSSSSSSSSSSS,Que capitulo gente to chorando aqui. Continuaaaaaaaa

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  29. puta merda,mas que diabos aconteceu nesse capitulo? .-. caraca to CHOCADAA com o que a Vick fez,tem algo de errado aí,só pode :O pqp to em choque heueh oloco.

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  30. Continua flor acho que tem explicação pelo que fez.

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  31. Não creio... QUE CAPÍTULO FOI ESSE GAROTA quer me matar? Chorei aq poxa kk continuaaaaaa logo vai <3 :'(

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  32. Meu Deus......Vou falecer aqui, por favor continua !!!!

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  33. Atualizado amores, muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito obrigada pelos coments de vcs, fiquei muito feliz por saber que estão envolvidas na história <3 Amanhã eu venho com o final e tenho surpresas ~cara de travessa~Beijão até mais.

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  34. Oh meu Deeeeus, o que foi isso??
    Adoreeei,pena que vai acabar :(
    Ansiosa aqui!! *--*

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  35. Sou leitora nova e pqp sua fic é perfeita cara

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  36. Leitora nova, bem vinda <3 obrigada pelos coments amores

    Bom, meninas como vcs perceberam
    terá uma TERCEIRA parte dessa fic hauahauahaua
    sim as coisas ainda não acabaram como eu queria e
    ainda tem muita coisa pra ser contada, sim tem sim kkkkkk
    Mas como comecei a escrever agora preciso que esperem mais um pouco
    por ela. Talvez eu volte em Fevereiro, ou bem antes depende do meu empenho
    em escrever e terminar tudo a tempo. Pq como vcs sabem eu escrevo primeiro
    pra depois postar, senão me atrapalho toda kkkkk
    Só espero que não me abandonem e não estejam cansadas dessa fic
    prometo que não será massante a próxima temporada.
    E ela está recheada de ações. Vick volta a narrar, e terá personagens novos
    em fim, está bastante emocionante não percam, por favor.
    Não perguntei pra vcs se queria, mas foi pq decidi de última hora nesse semana mesmo
    e já tava acabando aqui. E de novo peço que não me abandonem kkkkkkk

    Até breve, beijão.

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    1. AAAAAAAAAAHHHH SOU EU A LEITORA NOVA (VICTÓRIA) SIM MEU NOME É VICTÓRIA EU TO ME SENTINDO NA FIC KKKKKKK UHUUUULLL VAI TER TERCEIRA PARTE LOL

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  37. OMJ TAY QUE isso em garota vc deveria escrever um livro kk muito boa mesmo <3 *OOOOO* aguardando ansiosamente pela terceira parte *OOOOOOOO* <3 <3 <3 :3

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  38. Ufa,sorte que ñ vai acabar,heuehe3 Tay,nós nunca te abandonaremos,bjs :3

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  39. OMG ameeiiiii aguardando ansiosa pela terceira temporada ... Tay jamais vou te abandonar eu amo as suas fics... Vc é uma ótima escritora... Parabéns flor vc é demais ❤ *---*

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  40. A muito tempo não lia uma fic e sinceramente essa foi a pior que ja li. Me desculpe não veja como uma critica e sim uma opnião

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