domingo, 6 de setembro de 2015

FanFic: "É você" (+18)

Autora: Tay Jackson



E se você conseguisse um emprego que poderia mudar de vez a sua vida? Não seria necessariamente o emprego dos sonhos, mas teria a oportunidade de pagar suas contas, sua faculdade e qualquer coisa que você precisaria no momento. Um lugar onde a única coisa que você tem de fazer é deixar o ambiente mais agradável e limpo para o seu patrão lindo, charmoso e por incrível que parece, o ser humano mais doce e carinhoso que você já conheceu. 

Nina Thorne conseguiu, estava feliz, mas nunca imaginou que sua vida mudaria completamente no exato momento que pisou os pés na casa de Michael Jackson. Um homem rico, inteligente. Porém carregava um vazio enorme dentro do peito. Uma ânsia de que todo as suas necessidades pudessem ser supridas de uma hora para outra. 

O que leva um homem com a vida, aparentemente perfeita de Michael, a encontrar abrigo e afeto em uma simples empregada nerd? Ambos têm sonhos incomuns, cabe a eles encontrar o que tanto deseja um no outro.


Estreia dia 21/09









Capítulo 1



-Uau! --murmurei em admiração assim que a porta à minha frente se abriu revelando-me aquele estonteante e luxuoso apartamento.

Nunca havia visto tamanho luxo em toda a minha vida, tudo parecia tão distante e intocável para mim. Nem nos meus maiores sonhos achei que pisaria o meu pé em um lugar como aquele. Uma decoração leve, móveis arrojados nas cores branco e preto, TV acoplada à parede, o piso porcelanato, que de tão brilhante era como espelho, refletindo nossas faces. Cortinas rústicas acompanhando a mesma cor do resto da decoração. Candelabros de cristais, e escadarias que levava ao segundo andar. Conhecendo apenas a sala de visita, pude notar que iria me admirar ainda mais quando visse o restante da casa.

- Sente-se, senhorita Thorne. --a mulher elegante que usava uma blusa de alça, de cetim verde musgo e uma calça preta de um corte caro e sofisticado, mandou-me sentar. Eu ficava admirando aqueles cabelos castanhos curtos até o ombro com a rala franja caída em seu rosto, que dava-lhe um charme a mais de uma coroa que ainda era belíssima.

Ajeitei meu vestidinho de malha fina florido ao qual eu achei simples demais para aquela ocasião, e sentei-me a poltrona branca, na qual meu bumbum afundou por tamanha maciez.

-Como vê. - Ela olhou envolta dando-me noção de espaço. - É uma casa nova, e muito bela. Precisa manter-se organizada e conservada. - Assenti. - Quando achei seu nome no jornal, e assim que ouvi sua voz ao telefone, pensei tratar de uma mulher limpa e de uma aparência razoável. - Passei a mão em meus cabelos, na tentativa inútil em dar um jeito de melhorá-lo diante daquela mulher. -Mas pelo visto...

Ela se preocupava mais com a aparência do que do conteúdo e fiquei com muito medo de ser dispensada só por causa do meu mal jeito. Eu não poderia perder aquele emprego, eles pagavam bem e eu precisava terminar os meus estudos, eu não podia crer que minha aparência iria estragar tudo.

-Senhora Jackson. --comecei a argumentar. -E--e--eu sei que não sou um perfil padrão de beleza e elegância, mas eu sei que dou conta do serviço. Trabalhei a minha vida toda de tudo que a senhora puder imaginar, e nunca reclamei, nunca deixei para trás e nunca decepcionei. --a mulher olhou-me por cima do seus óculos de grau que escorregava pelo nariz analisando-me. Ela deveria saber o quanto medo estava me metendo, pois fazia de propósito. -Tenho certeza que se me contratar, não irá se arrepender. - Ela tirou os óculos do rosto e cruzou os braços em cima da perna, olhou-me de cima embaixo, causando-me um desconforto inevitável.

-Meu filho passa mais o tempo no trabalho do que em casa, a única coisa que precisa é de uma pessoa que cozinhe para ele e que dê um jeito em suas roupas, como passar e lavar. Se fosse em minha casa, trabalhando para mim, eu realmente a dispensaria em um piscar de olhos, apenas por conta desse seus cabelos ruivos mal penteados. --mordi o meu lábio com força, gritando por dentro para que ela aquela entrevista pudesse acabar o mais rápido possível. Não aguentava mais ficar sobre o julgamento daquela mulher. -Mas como não se trata de mim e sim dele. a intenção era de contratar a primeira pessoa que encontrasse, claro, sendo honesta e não uma criminosa. Considera-se sortuda senhorita Thorne, o emprego é seu. --respirei aliviada por ter finalmente conseguido, eu definitivamente não podia perder aquela oportunidade, não por Sra. Jackson não ter gostado da minha aparência.

-Muito obrigada, senhora, eu precisava muito desse emprego. _Me olhou com desdém, mais uma vez para as minhas roupas.

- Posso apostar que sim. --desfiz o sorriso, tentando não me chatear, a final, é ela quem vai pagar as minhas contas. - Seu trabalho começa a partir de amanhã. Traga todas as suas coisas, seu quarto já está preparado. Sorte que não tem família na cidade, e poderá servir Michael em tempo integral. Um dos motivos pelo qual contribuiu para a sua aprovação. - Assenti contendo um sorriso. Deve ser muito, mais muito difícil para uma mulher como ela contratar uma mulher como eu. Bom, de qualquer forma, morar naquela casa não seria sacrifício nenhum, levando em conta o ambiente.

Sra. Jackson, levou-me até o restante do cômodo do apartamento, apresentando-me superficialmente os anexos, a varanda. O que me deixou maravilhada por notar que havia uma piscina e uma jacuzzi na cobertura, coisa que com toda a certeza do mundo eu não chegaria nem perto, mas era uma boa forma de sonhar.

Meu quarto foi o único que ela me apresentou com mais demora, enfatizando o fato que era ali que eu ficaria quando não estivesse arrumando o resto da casa. Era ali que eu dormiria, que passaria as roupas do Sr. Jackson e logo ao lado, na cozinha, era onde eu prepararia o seu almoço e seu jantar. Não achei ruim, até o meu quarto, -- quarto da empregada--, era um ótimo lugar para se estar, no meio daquele luxo todo, e eu não podia de forma alguma reclamar.



***

Arrumei em malas, as poucas coisas que tinha em um apartamento alugado no centro da cidade, algo simples que nem de longe chegava aos pés do glamour em que eu iria morar a partir de agora. O contrato valia para um ano, com direto a se estender se caso continuassem a precisar dos meus serviços, sem risco de ser revogado, o que deu-me segurança para desalugar o apartamento sem nenhum receio.

Como senhora Jackson havia me tido, o senhor Jackson trabalhava o dia inteiro, às vezes voltava para dormir. Como era muito tarde, então quando cheguei no meu mais novo local de trabalho se encontrava um completo vazio. Inflei meus pulmões de ar assim que me vi sozinha naquele lugar incrível, encaminhando até o meu quarto, colocando minhas coisas em cima da cama.

Não havia muito o que fazer por agora, o apartamento continuava impecável e bem organizado, iria aproveitar para explorar o lugar eu mesma. Haviam três quartos de hóspedes e o quarto principal que era do senhor Jackson, o que realmente não dava para definir era qual deles eram o principal, já que todos possuíam a mesma sofisticação ímpar, exceto pela cobertura cinematográfica que tinha no quarto dele, além de uma piscina e jacuzzi, logo atrás da porta de vidro de correr.

Algumas fotos dele, postas num criado-mudo perto da sua cama king size, me deu uma noção de como ele era. Eu não o conhecia pessoalmente, mas pelas fotos deu para ter uma noção de como era bonito, bastante apessoado, um sorriso simpático e ... bom, acho que parei no "sorriso simpático" que mais parecia que iluminava completamente o ambiente. Seu corpo longilíneo e bem definido compunha o visual de um homem sexy e rico. Cabelos negros cumpridos o deixava ainda mais bonito. Deixei o porta-retratos no lugar e desci novamente para a sala, ouvindo o soar estridente do telefone.

-Alô! --disse assim que corri imediatamente para atender.

-Senhorita Thorne, que bom que atendeu. --era a senhora Jackson, com o mesmo tom superior de costume. - Meu filho irá jantar em casa hoje, por tanto espero que o encontre uma comida quentinha e saborosa. -- imitei seu jeito de falar com desdém.

-Sim, senhora. O senhor Jackson não irá se decepcionar.

-Contanto que não passe fome, já está de bom tamanho. --revirei os olhos, essa mulher me detestava mesmo. -Bom, irei desligar. Tchau! --antes mesmo que eu falasse algo desligou na minha cara, grani cerrando o punho, por saber o quanto essa mulher era um pé no saco, e parecia me detestar.

Passei o resto da noite na cozinha conhecendo os variados tipos de temperos e ingredientes para preparar o jantar do senhor Jackson, era a primeira vez que faria o serviço para ele e queria muito surpreende-lo. Há alguns anos atrás eu havia entrado em um curso de culinária e sabia fazer o básico, mas com certeza era um básico de muito valor. Todos gostavam da minha forma de cozinhar e viviam me perguntando qual era o segredo, mas na verdade não havia segredo algum, era apenas prática e usar os ingredientes certos. O nhoque ao molho branco já estava no fogo e aproveitei para tomar um banho, para quando senhor Jackson chegar não ter a mesma impressão que a mãe teve de mim.

Pouco tempo depois, o jantar já estava à mesa, apenas esperando que ele chegasse. Esperei meia hora.uma hora, duas horas, e por fim... três horas e nada do magnata chegar, o que me deixou frustrada por ter que aquecer a comida novamente, se por acaso chegasse, e isso definitivamente acaba o com o sabor fresco. Mas pelo visto nem precisei, ele não chegou de forma alguma, obrigando-me, eu mesma, comer e depois guardar o restante para um outro dia.

No dia seguinte foi a mesma coisa, Sr. Jackson não apareceu em sua casa durante três dias em que instalei-me. Sozinha e sem muito o que fazer, preparei algumas besteiras que haviam no armário, eram batatas fritas com refrigerante e me larguei ao sofá para ver TV. A imagem parecia de cinema, o som era incrível, não lembro de ver nada como aquilo antes. Aqueles brinquedinhos, como TV, Home Theater e estéril fazia a minha diversão.

Caminhei até a cozinha para pegar mais um pouco de refrigerante, eu estava me sentindo na minha própria casa, com short curto de dormir e uma camisa folgada sem sutiã, descalça e com a tv muito alta. O senhor Jackson não ia pra sua casa mesmo...

Voltei à sala sem nenhuma preocupação, comendo as batatas fritas degustando o sabor salgado. Ouvi a porta ser destrancada, o que me deixou rapidamente em alerta, e logo em seguida, vi a figura de um homem entrar retirando a camisa que vestia do seu corpo. Ele não havia me notado ainda, então fez com descontração. Quando finalmente estava com o peito de fora se virou em minha direção, sofrendo um pequeno susto, causando a mim também, por conta da bagunça que fiz em seu apartamento, sabendo que eu estava ali justamente para arruma-lo. Percorri meus olhos desde o seu peito definido até a pélvis que ficava perfeitamente em evidência dentro daquela calça social. Seus cabelos revoltos por conta do momento em que tirou a camisa, deixou seu rosto angelical ainda mais bonito. Não pude deixar de notar seus lábios avermelhados e seus olhos negros intensos.

-Ai meu Deus! -- foi o que consegui formular assim que dei de cara com o dono da casa me olhando com surpresa, provavelmente se perguntando quem era a louca que achava que estava de férias em sua casa. -E--e--eu! --gaguejava debilmente, sem saber o que falar.

-Senhorita Thorne, não é? --a voz suave com um tom bastante aveludado e doce adentrou os meus ouvidos, fazendo-me arrepiar. Ele era extremamente lindo e deixava-me nervosa. Mas diferente da mãe era muito simpático, até sorriu para mim. E que sorriso!

-S--sim. --notei que a o sofá haviam migalhas de batata e a tv estava bem alto, a vergonha me tomou, e eu faria algo rapidamente, mas já era tarde demais. Só faltava agora eu ser demitida no exato momento em que eu o conheci. -Sr. Jackson, não é?

-Michael. --corrigiu-me. -Melhor me chamar de Michael. --olhou-me da cabeças aos pés assim como eu havia feito anteriormente. Mas eu o cobiçava, e ele com certeza achava-me desajeitada e largada assim como sua mãe. Assenti.

-Desculpe pela tv, o Senh..._Corrigi-me rapidamente. -Você. --Assentiu em aprovação por eu ter usado a palavra correta. -Você, não aparecia por três dias então não achei que seria diferente hoje. --ele olhou para a tv, e para a bagunça, dando de ombros.

-Não tem problema algum, continue assistindo. Vou para o meu quarto, e tomar um banho. --assenti vendo-o subir as escadas com rapidez. Mas eu precisava saber se ainda queria do meu serviço.

-Ah--ah, Michael! --ele parou no topo da escada. -Deseja alguma coisa? O seu jantar? --negou com a cabeça.

-Não, eu já comi alguma coisa na rua, não se preocupe. --deu um pequeno sorriso e sumiu da minhas vistas.

Suspirei radiante pela forma que havia me tratado. Eu esperava uma bronca daquelas e, de repente, não se importou nem um pouco com o meu mal jeito, dando-me total liberdade em continuar com a minha bagunça.

Suspirei fundo pela bagunça que eu fiz e por ter lhe causando com certeza uma má impressão, mesmo que seu tratamento fosse bem diferente. Mas não tive mais vontade de comer batata e nem de ver tv. Ajeitei tudo e desliguei tudo indo para o meu quarto.





Capítulo 2

Não posso dizer que trabalhar para Michael Jackson era difícil, porque definitivamente não era, nenhum pouco. Na maioria das vezes ele estava fora e quando estava em casa, apenas subia para o quarto e ficava trancado por lá durante algumas horas.

Eu queria muito agradá-lo então eu deixava o ambiente bastante cheiroso e arrumado, mesmo depois de ter feito isso durante o dia. Ele não se incomodava que eu assistisse TV, então passei a usa-la com frequência. Minha comida o agradava, mas não dizia nada a não ser um: "Hum, o que você usou para o molho?" Eu lhe dizia e então balançava a cabeça e subia de novo para o quarto.

Às vezes eu achava Michael um tanto solitário e recluso, mas quando lembro que havia dias que não dormia em casa, talvez tivesse namorada, ao qual nunca aparecia em seu apartamento. Bom, ele era lindo, inteligente e rico, obviamente não era solteiro.

Enchi minha garrafinha de água da torneira mesmo, para levar para o meu quarto, eu tinha essa necessidade de beber água durante à noite, era bom para a minha saúde. Quando me deparei com Michael parado na entrada da cozinha, vestido de uma calça de malha fina cor cinza, cujo o cordão marcava bem sua cintura, e o lindo peitoral amostra. Michael não era musculoso e nem por isso desprovido de sua masculinidade, muito pelo contrário. Sua barriga tinha uma leve marca de definição e seu peitoral bem marcado, o que me mostrava que em algum momento ele malhava. Seus braços eram fortes, mas não uma musculatura exagerada, tudo nele era na medida certa, que enchia os olhos da mesma forma.

-Ah. Oi, Michael. --Sorri de lado para ele que retribuiu o sorriso. -Deseja alguma coisa? --Ele me olhava de um jeito inexplicável, um sorriso contido e um olhar profundo, até isso me deixava nervosa.

-Não. --Negou com a cabeça. - Só quero um copo d'água. --Caminhou até o armário capturando um copo de vidro com os mesmo designers que compunham o restante de sua prataria, impecável. Foi até a geladeira e despejando um pouco de água.

-Queria pedir desculpas pelo mal jeito quando chegou em casa naquele dia. --Lembrei que não tinha tido chance de dizer nada ainda, e, mesmo que não ligasse e ainda permitia que eu me comportasse à vontade, ainda assim eu não esquecia aquele episódio, ao qual me deixava envergonhada. -- Bebericou sua água balançando a cabeça, fiquei impressionada em notar o jeito que sua garganta contraia ao descer o líquido. Espantei os pensamentos e o que aquilo me causou por dentro.

- Já disse para não se preocupar, você deveria relaxar. Aposto que isso tudo é por causa da minha mãe, não é? -- Assenti sem graça.

- Ela deve ter mesmo aterrorizado você, faz isso com todo mundo. -- Soltou um riso descontente. - Mas não se preocupe, Dona Esther é uma mulher exigente e muito organizada, mas ainda assim de bom coração. Sei que pode parecer chata, mas ela só quer o meu bem. -- Ele inclinou o rosto para cochichar. - Ela ainda acha que eu sou um bebê. -- Ergueu os ombros em uma expressão engraçadíssima e eu me permiti sorrir.

- Sua mãe deve ser uma ótima pessoa sim, ela deve te amar muito e se preocupar também. Não acho ruim, só que não posso perder o meu emprego. --Sorri tristemente.

-E não irá. -- Garantiu. - Você tem sido ótima e pra mim já está de bom tamanho. Agora se trabalhasse para ela, aí sim deveria se preocupar. -- Ele riu e eu o acompanhei dando graças a Deus que estava sendo o contrário. - Mas falando sério... continue fazendo aquele molho e terá minha aprovação pelo resto da vida. --sorri mais uma vez satisfeita pelo elogio.

Eu adorava a sua simpatia, adorava seu modo de falar e o sorriso perfeito que iluminava seu rosto de anjo. Adorava também que gostasse da minha comida.

- Mas por que tem tanto medo de perder o emprego? --Me perguntou mostrando um certo interesse e eu encostei minha bunda no mármore frio da pia, apertando minhas mãos na lateral, pronta para lhe contar.

-Preciso pagar os meus estudos.

-É? E o que estuda? -- Ele realmente parecia interessado e eu não perderia essa oportunidade de conversar com ele.

-Literatura.

-Uau! -- Assentiu em admiração. -É romântica? -- Mordi o lábio de leve e soltei.

-Bastante.

- Isso é bom. -- E de novo aquele olhar profundo para mim que me desconcertava. - Muito bom mesmo. -- Disse mais para ele do que de fato para mim. - Eu também sou romântico, adoro apreciar a vida como deve ser feito. Adoro coisas piegas e não vejo nenhum problema quanto a isso. -- Quando vi eu estava abrindo um sorriso amplo por conta de suas palavras e satisfação em ouvi-las que espantou toda a estranheza que existe em um homem confessar o quanto é romântico.

- Sua namorada deve ser a mais feliz. -- Quando percebi que já tinha falado e fiquei muito envergonhada por isso.

- Não, não. -- Sorriu graciosamente. - Eu não tenho namorada. -- Não vou negar que fiquei muito contente com a resposta. - Apesar de querer e muito. --A intensidade daquele olhar para mim fez minha pernas tremerem instintivamente. Uau! Ele é tão intenso.

-Você é bonito, em breve terá uma. --Minha voz soou mais trêmula do que eu gostaria e provocou-lhe um riso entre o copo d'água.

- Assim eu espero. -- Deixou o copo na pia se preparando para sair. - Vou dormir agora. Boa noite. -- Deu uma piscadela que fez meu ventre chacoalhar e um toque sutil no meu queixo que me tirou o fôlego, antes de se retirar. Céus, eu não sabia quanto duraria ao lado daquele encanto de homem.

Voltei para o quarto suspirando.

(...)



Aproveitei que as coisas estavam em seu devido lugar no apartamento de Michael, depois de ter limpado e cozinhado - para mim - lavado suas roupas, que particularmente foi a melhor parte.

Era prazeroso tocar à peças que estiverem em seu corpo, compondo seu visual. Senti o cheiro doce de seu perfume inebriando-me. Quando me dei conta, estava mesmo suspirando por aquele homem. Como era possível? Eu mal o conhecia.

Fui para o parque, e me sentei em uma daqueles bancos sentindo o vento farfalhar as folhagens secas ao chão, lendo o meu livro. Romance era o meu favorito obviamente, e eu me perdia nas linhas sonhando com o amor que aquelas palavras me sugeriam. Talvez um dia pudesse acontecer, e finalmente um amor da minha vida bateria à minha porta em cima de um cavalo branco. Não! Eu preferia dentro de um carro, me levando para os pontos mais lindos da cidade. Uma música de fundo, ouvindo suas declarações e contemplando a vista iluminada dos imensos prédios.

Esse desejo nostálgico, me fazia sentir-me vazia e ao mesmo tempo desesperada em fazer tudo acontecer de uma hora para outra. Imediatamente eu projetava a minha incompletude no ser que Michael era. Não que eu estivesse apaixonada, mas não posso negar a atração inevitável que ele me causou em poucos dias.

À noite, estava eu tomando notas em minhas aulas de literatura, completamente concentrada, com os meus óculos retro- vintage, e cabelos amarrados em um rabo de cavalo. Eu sempre fui uma ótima aluna, sempre me dediquei ao máximo, e não era diferente com o que eu mais amava na vida. Pretendia ser escritora um dia.

Cheguei em casa e logo fui recepcionada por Michael, que já estava vestido de calça de pijama, sem camisa como sempre, e eu odiava isso. Não por ele, mas pelo que sentia quando estava assim.

Céus eu mal conseguia olhar em seus olhos diretamente, ele definitivamente me intimidava. Mas não olhando em seus olhos eu acabava que olhar para o seu abdômen, ou para outra parte que com certeza era constrangedor, e quando percebia isso meu rosto inteiro corava.

- Desculpe, Michael. Hoje cheguei mais tarde, mas estou de volta. -- Sua famosa risadinha está lá outra vez, deixando-me relaxada e menos neurótica por ter ficado mais tempo com o professor, para que me tirasse uma dúvida.

- Não se preocupe, Nina. Você precisa dedicar-se aos estudos. Me sinto orgulhoso de você -- Sorri de lado por conta da sua compreensão e pelo fato de sentir orgulho de mim. Mas também, por ouvir meu nome soar tão bem em seu tom de voz.

Eu trabalhava durante o dia e estudava à noite, isso proporcionava-me uma vida cheia, mas ao mesmo tempo satisfatória.

-Sim, precisava tirar algumas dúvidas e fiquei com o professor até depois do horário. -- Ele ergueu a sobrancelha.

-E tirou? -- Michael puxou a barra da calça e sentou-se a poltrona. Assenti.

-Ah sim. Tirei. -- Eu não conseguia parar de olhar o modo que ele cruzava as pernas em cima da outra e como o seu abdômen subia e descia por conta de sua respiração. Eu acho que estava ficando maluca. - Deseja alguma coisa? --Fiz minha famosa pergunta. Ele me olhou com uma intensidade que se eu não estivesse sentada eu cairia com certeza, minhas pernas estavam trêmulas.

-Só que prepare uma bebida para mim e leve-a até o meu quarto. Preciso tomar um banho de piscina antes de dormir. -- Assenti.

A imagem dele nadando na piscina uma hora daquelas era realmente sexy.

Caminhei até o bar separando seu copo, enchendo-o de uísque e gelo, enquanto ele subia as escadas sob o meu olhar de admiração.

Procurando-o pelo quarto com a iluminação na penumbra, cheguei à cobertura e encontrei-o submerso. O movimento do seu corpo fez com que uma onda corresse na superfície e ele surgiu. Arregalei os meus olhos em pleno desconcerto por notar que Michael estava apenas de sunga branca onde o seu pau estava em completa evidência, causando-me inúmeras sensações dentro de mim, e um leve pulsar entre as pernas. Céus, será que esse desejo iria piorar? Em um mínimo estado ou movimento dele eu me sentia cada vez mais atraída.

- Aqui está. -- Estendi minhas mãos trêmulas, pedindo aos céus que ele não percebesse meu nervosismo. Senti seus dedos tocarem os meus com uma demasiada demora, causando-me calafrios. Junto dele, seu olhar encantado e expressão serena, causando-me curiosidade.





Capítulo 3





- O que está estudando? -- Perguntou-me Michael sentando-se ao meu lado. O lápis estava em uma das minhas mãos. Cotovelos sobre o livro e meu caderno de anotações do outro.

- Shakespeare. -- Respondi imediatamente. - Preciso escrever uma resenha sobre suas obras e algumas citações.

- Uau! Shakespeare é um ótimo escritor, mas suas obras são em sua maioria trágicas demais. -- Dei um riso.

- Todo mundo acha que às vezes são trágicas, mas nem sempre é assim. Ele, assim como a maioria dos escritores românticos, descrevem o amor com uma profundidade que eu admiro. Coisas que sinto, mas que nunca consigo descrever em palavras. -- Michael apoiou sua cabeça no braço, para ouvir melhor sobre o que eu falava, parecia interessado.

-E o que você sente? --Senti meu peito pulsar tão forte que nem sei como explicar. Sua pergunta deixou-me desarmada. Eu não saberia dizer tais coisas, não sob seu olhar curioso.

- Me sinto incompleta, como se existisse um buraco no fundo do meu peito, entende? Como se a felicidade estivesse para todos no resto do mundo, menos para mim. -- Ele maneou a cabeça, como se entendesse perfeitamente do que eu falava. Seus olhos brilhavam como se identificasse os meus anseios.

- Eu sei como é. -- Balançava a cabeça fitando o nada como se buscasse lá no fundo de sua alma tudo que disse que sentia. -- Você acha que vai acabar na solidão, condenado ao exílio e não consegue forças alguma para mudar isso. --Franzi o cenho constatando definitivamente que suas palavras não era uma analogia geral e sim seus próprios sentimentos, me fazendo saber de uma vez por todas que Michael compartilhava dos meus sentimentos.

- Se sente assim, Michael? Sente solidão? -- Me olhou com um certo pesar e aquilo partiu o meu coração. Michael engoliu em seco confirmando com a cabeça.

- Nem sempre ter uma vida boa, cheia de grana e mordomia são exemplos de vida perfeita. Tenho tudo isso, mas ao mesmo tempo...não tenho nada. -- Segurei suas mãos rapidamente por puro instinto de proteção. Eu era assim, sempre compadecendo-me dos outros.

- Tenho certeza que muitas pessoas amam você, que você é querido por alguém e que logo, logo terá a vida completa que deseja. -- Ele pôs a mão sobre a minha, e o toque quente e suave deu-me uma inquietude por dentro, porém nada ruim, pelo contrário.

- Quem sabe um dia? -- Tocou em meu queixo como sempre fazia quando estava prestes a se retirar, caminhando em direção as escadas.

Michael e eu não éramos tão diferentes a final, ambos compartilhávamos do mesmo vazio, e da mesma necessidade exasperada de se completar. Não sabia direito o que isso significava, mas sorri em contentamento por ter tido aquela conversa com ele. Foi ao mesmo tempo revelador e importante.

(...)



Tomei um banho quente depois de ter escrito uma resenha sobre nossa conversa, foi tudo muito revelador e eu não perdi a chance de escrever sobre os infortúnios de uma vida solitária. Eu tinha absoluta certeza que Deus nos criou para vivermos juntos como um só. Quando não temos o outro, nos sentimos incompletos, como se a vida fosse ser a mesma até morremos. Acho que o amor abre mais possibilidades, pois te incita a viver e querer algo mais.

Os jatos de água ecoaram um som elevado assim que girei o registro, batendo contra o alumínio da pia. Era mais uma vez que encheria a minha garrafinha de água para me recolher. Virei-me pronta para ir até o meu quarto quando encontro Michael parado me olhando com encantamento. Meu peito palpitou de uma forma intensa, causando-me emoção e desconforto ao mesmo tempo. Eu estava de cabelos bagunçados e uma camisola velha, enquanto ele estava impecável de camisa social branca com dois botões abertos na altura do pescoço, calça jeans e seu cabelo solto jogado para frente.

- Oi. -- Saudou com um certo mistério no olhar. Ajeitei-me inutilmente, na tentativa de não parecer tão desajeitada para ele.

- Oi. -- Minha voz saiu tímida e bem baixa. - Deseja alguma coisa? -- Ele soltou um riso significativo. Olhou para cima algumas vezes balançando a cabeça. Enfiou a mão no bolso e a outra esfregou a própria nuca, como se tivesse algo para falar, mas que não conseguia.

- Sim eu desejo alguma coisa. -- O olhar que me lançou foi como um choque eletrizando meu corpo por completo, sua voz cheia de insinuações, me deixava sem fôlego.

Seu andado era gracioso até próximo a mim, causando-me um nervosismo quase insuportável, eu não conseguia parar de olhá-lo nos olhos, não conseguia parar de tremer e muito menos conseguia parar de sentir vontade de beijá-lo.

Sua mão encaixou-se embaixo do meu queixo e o polegar começou a esfregar meus lábios, um ato sensual que causou-me uma pulsação em meu sexo e quando dei por mim estava de olhos fechados apenas sentindo aquele toque erógeno.

-Você é muito linda sabia? Muito. -- Sua voz provocou-me uma onda intensa em meu baixo ventre que me senti tonta.

Como um homem como ele pode dizer essas coisas? Eu não era bonita e sabia perfeitamente disso, não havia nenhuma graça em mim que fizesse convencer-me disso.

-Eu não sou. -- Murmurei baixinho sem condições alguma de argumentar, por conta da sua concentração em acarinhar o meu rosto que estava me enlouquecendo.

- Sim você é. --Senti uma vontade inquietante de beijá-lo, sentir sua língua na minha, seus braços, seus beijos em minha pele, suas mãos acariciando-me. -Tão linda que não consigo pensar em outra coisa a não ser beijá-la.

Céus! Minhas pernas estavam tão trêmulas que eu não conseguia me manter em pé. Uma emoção me invadiu e eu sorri para ele. Michael mordeu o lábio de levinho e eu não me contive mais, me joguei em seus braços agarrando sua boca com uma fome descomunal, libertando o meu desejo contido. Sua língua estava dentro da minha boca, explorando-me, experimentando-me e não pude deixar de notar o quanto beijava bem, o quão intensos seus lábios pressionavam nos meus, o qual possessivo abraçava-me, e gemia no processo. Aqueles gemidos contidos, aqueles toques ininterruptos em meu corpo, causava-me luxúria. Eu me sentia tão excitada sugando e chupando seus lábios, tendo-o contra o meu corpo, sentindo-o.

Sua boca escorregou pelo canto da minha descendo bem devagar pelo meu queixo concentrando em meu pescoço. Por estar ofegante, minha respiração era audível, enquanto ele continuava me dando prazer com os beijos mais calmos. Apertei seus cabelos entre os dedos sentindo-o possuir-me. Michael voltou seu caminho de volta dando selinhos em meus lábios com doçura, subiu para o meu nariz, olhos, e encostou sua testa na minha. Meus olhos permaneciam fechados, um silêncio que dava para ouvir o barulho de ambas respirações descompassadas.

- Ai meu Deus! -- Murmurou, fazendo-me olhá-lo, sua boca tão molhada e vermelha que me deu vontade de beijá-lo de novo, o sorriso incrédulo e perfeito mostrando-me seus dentes branquinhos.

Minhas vistas desceram para baixo e pude notar sua ereção dentro da calça, o que causou-me mais excitação.

-Desculpa. -- Pediu, deixando -me confusa. - Eu fui um insano, selvagem sem modos algum. -- Michael preparou para se separar de mim quando o segurei de volta.

- Não. -- Seu rosto estava na palma de minhas mãos, eu precisava de mais um beijo. - Você não foi um insano, eu quis beijá-lo, assim como você quis me beijar. -- Salpiquei beijos em seu queixo notando o quanto ele estava apreciando. Agarrei seu pescoço encostando nossas testas mais uma vez.

-Eu devo ter assustado você. -- Balancei a cabeça em negativa, lhe mostrando que assustada estava bem longe do que eu senti. - Eu não costumo fazer isso, não é da minha índole, sair beijando uma pessoa que está trabalhando em minha casa, não pense mal é que...-- Fixei meus olhos em seu peito louca para abrir o restante dos botões e devorá-lo aos beijos. - Nossa conversa sobre o amor, sobre a solidão. Percebi que éramos iguais, somos dois solitários querendo desesperadamente amar. -- Maneei a cabeça voltando a olhá-lo nos olhos. - Não pude deixar de notar o quanto é linda e quanto me desconcerta quando faz as coisas para mim, fico louco e não consigo parar de ter pensamentos...-- Não completou deixando-me tirar minhas próprias conclusões de tais pensamentos, algo bem sensual eu podia imaginar. - Você é muito sexy, Nina.

Mordi o meu lábio gostando de ter ouvido dizer isso. Eu também o achava sexy, também sentia-me atraída por ele, também queria desesperadamente fazer amor com ele. Eu estava excitada, meu sexo implorava por ele em um grito insano, e vê-lo com o pau duro dentro da calça não ajudou muito para que eu pudesse interromper tais sensações.

Tomei sua boca mais uma vez, com mais força, com mais desejo. Pulei seu colo entrelaçando minhas pernas em sua cintura, senti-o apalpar-me com necessidade, suas mãos apertava minha cintura tomando um cuidado enorme para não descer para a bunda. Eu particularmente queria aquele toque, mas Michael é educado demais para fazer naquele momento. Mas eu, por outro lado, abri sua camisa sentindo o toque quente de sua pele em minhas mãos enquanto acarinhava. Nossas línguas dançavam em sintonia dentro da boca um do outro, inebriando-me com o seu poder arrebatador. Meus seios intumescidos esfregando em seu peito provocava-me ainda mais tesão. Caramba Michael me come, eu quero você! Essa frase gritava em minha mente a todo momento.

Fui posta sentada em cima da pia, meu pescoço foi tomado por sua boca fazendo com que eu inclinasse minha cabeça para cima, e aproveitar aquela sensação gostosa.

- Michael... -- Gemi seu nome em um fio de voz, sentindo-me completamente molhada e sensível.

- Como pode ser tão cheirosa e tão gostosa assim, Nina? -- Murmurou em um tom rouco e sexy entre a pele do meu pescoço. - Não consigo pensar nada sensato enquanto estou beijando-a.

- Não precisa, apenas deixe acontecer. -- Eu só queria que soubesse o quanto eu estava louca por ele, e muito excitada por sua culpa. -- Meu colo foi tomado por seus beijos descendo para os meus seios, mas não completamente, o que me frustrou. Eu precisava demais da sua boca nos meus bicos intumescidos, precisava da suas mãos fortes subindo-os e descendo-os.

-Se eu deixar acontecer o que eu quero, Nina...-- Mais uma pulsação no meu núcleo se deu com tais palavras, queria muito descobrir o que queria comigo. Minhas mãos passaram a obedecer a minha necessidade e migraram para o cós da sua calça querendo imediatamente abri-la e conhecê-lo. Os olhos de Michael se fecharam e sua boca pararam de me beijar, aproveitando o meu toque suave entre os seu umbigo e dentro da calça, ameaçando aprofunda-los escorregando para dentro.

-Eu também quero. --Enfatizei fazendo-o abrir os olhos e olhar-me rapidamente, como se o despertasse.

-Nina eu...-- Parecia lutar contra seus instintos e eu não gostava nada daquilo. -Não posso. -- Lutei contra a dor de vê-lo se afastar de mim. - Não posso magoá-la. -- Antes de eu dizer qualquer coisa ele sumiu pela sala sem me dar a chance de argumentar. Um vazio consumiu-me junto com uma frustração incômoda.







Capítulo 4



Deitei minha cabeça ao travesseiro sentindo os beijos molhados de Michael em meu pescoço, sentindo o cheiro de seu perfume em minha pele, impregnado como uma tatuagem, seus toques ainda eram sentidos e eu não parava de sorrir com satisfação. Era como estar sonhando, como se vivesse finalmente o meu mais profundo e obscuro desejo. Eu não havia sentido tamanho desejo e loucura por alguém como eu estava sentido por Michael, nunca um homem como ele, lindo, sexy, educado que causava-me os desejos mais intensos e insanos, nunca em toda minha vida me despertou essa necessidade inerente em tê-lo em meus braços. E agora, depois desse momento aumentou exponencialmente. 

Mordi o meu lábio sabendo que ainda continuava molhada e excitada, sentindo-me com vontade de fazer amor com ele, mas eu não o tinha, Michael afastou-se de mim impedindo-me que o tenha dentro de mim, alegando medo de me magoar. Eu não me sentia ofendida por sua atitude, ele estava fazendo o que era certo e sua concepção, apesar de não concordar. Mas não posso deixar de saber que sua atitude me deixou ainda mais louca por ele, Michael lutou contra seus instintos só para não me magoar, sendo assim de alguma forma preocupava-se comigo. 

Ouvi batidas na porta pouco tempo mais tarde e corri para atendê-lo impossibilitada de conseguir dormir. Michael estava parado na porta do meu quarto ainda com o olhar desejoso. 

-Michael. --Abri um sorriso satisfeito. 
-Não consigo e nem posso parar de pensar em você. --Confessou provocando-me uma emoção tão forte que me atirei em seus braços ao risos empolgados. 
-Nem eu, nem eu, nem eu. --Repeti inúmeras vezes me agarrando em seu pescoço. Michael procurou minha boca para beijar-me e me deixei ser erguida para o seu colo de novo, senti-me seu gosto provocando-me ainda mais excitação. Michael caminhou comigo até a minha cama, deitando-me. 

Seus lábios percorreram pelo meu ventre ainda por cima do tecido da camisola subindo cada vez mais, e eu gemi apertando seus cabelos. Salpicou beijos leves em meus lábios e eu já estava em um estado de graça enorme. 

-O que você fez comigo, anjo? --Ouvi-lo me chamar de anjo era a personificação da perfeição. 
-O que você fez comigo? --Ele soltou um riso, pontou-se entre minhas pernas, pesando sobre o meu corpo. 

Estávamos ainda vestidos, mais era tão íntimo que era como desnudar-me. Sua ereção esfregando na minha intimidade me enlouquecia e eu odiava por me provocar tanto. 

-Pele tão macia. --Suas mãos tocaram minhas pernas subindo mais e mais e seus lábios não paravam de beijar os meus ombros. -Tão cheirosa. 
-Você também é cheiroso, másculo e me enlouquece. --Confessei entorpecida pelas sensações. 
-Estou louco pra fazer amor com você. Vê? --Olhou para sua ereção. -Estou muito duro. --Aumentou os movimentos em minha intimidade fazendo com que eu soltasse um gemido alto e sentisse toda sua extensão. 
-E eu muito molhada. --Eu estava fora de mim, completamente. 
-Deixe-me ver? --Meu coração palpitou forte por saber que estávamos prestes a ter algum tipo de intimidade mais profunda, e era tudo que eu queria agora. Assenti controlando minha respiração. 

Minha camisola foi levantada com muito carinho até a metade da minha barriga, Michael desceu sua cabeça ficando cara a cara com ela. Eu observava tudo impressionada com a capacidade que aquele homem tinha de ser tão delicado e ao mesmo tempo tão intenso. 

Ele enterrou seu nariz no meu sexo ainda coberto por minha calcinha de algodão, cheirando-me. O ar quente de sua respiração, arrepiava minha pele cada vez mais. 

-Michael. --Gemi em rendição. 

Seu nariz passou a esfregar em meu sexo como ele fazia com o pau, cariciando o meu clitóris, lubrificando ainda mais.

-Eis cheirosa excitada também. ---Constatou. -Quero muito te dar prazer. Deus como eu quero! 
-Pois então me dê. --Supliquei.

Michel segurou no cós da minha calcinha puxando-a para baixo, percorrendo todo o meu corpo até tira-la. Percebi que cheirou o tecido encharcado olhando para mim com luxuria antes de joga-la por qualquer canto. Aquela foi uma visão extremamente erótica e eu sabia que não era a única que eu veria. 

Suas mãos afastaram minhas pernas uma da outra e ele observou-me por alguns instantes. 

-Tão receptiva Nina, tão linda e rosada. --Mordi meu lábio com força não aguentando mais aquela provocação. 

Sua boca tomou-me fazendo uma onda de tesão inundar-me, fazendo meu corpo enrijecer e retesiar. Um gemido alto escapou de minha garganta com força. 

-Michael. Oh Michael! --Sua língua acariciava o meu clitóris com uma maestria boçal, chupando-me e beijando-me como fez e minha há pouco tempo. Ele sabia dar prazer, sabia me levar a um lugar que eu não conhecia, um lugar que queria estar durante todo o momento que estivesse comigo. 

Meus quadris balançaram de encontro a sua boca, a ajudando a dar-me prazer. Seus olhos negros e grandes olhava-me em todo momento e os meus entre abertos fixados no dele. Me contorcia, mordia os meus lábios e gemia cada instante mais que ele me levava ao orgasmo. 

-Mais rápido Michael, mais rápido. --Foi o que ele fez, sua língua arremetia freneticamente em meus clitóris fazendo o prazer reverberar por todo meu baixo ventre e se instalar no núcleo de mim. Libertei meu orgasmo com tanta violência que os meus olhos tremiam involuntariamente. -Meu Deus! --Murmurei. -Isso é tão bom. --Estava entregue.

Michael me olhou experimentando o meu gosto em sua boca, circulando seu língua envolta de seus lábios. Ele é tão gostoso e tão sensual! 

-Você é deliciosa, anjo. E eu quero fazer amor com você, quero muito estar dentro de você. --Sorri em êxtase, eu não via a hora de senti-lo dentro de mim.
-O que está esperando, Michael? --Ele sorriu mordendo o lábio, provavelmente pensando o quanto eu era ousada, mas também percebeu o quanto eu estava louca por ele, assim como ele estava por mim. 

Ele terminou de tirar minha camisola deixando meus seios a mostra abocando um e depois o outro fazendo-me excitar mais uma vez, fazendo-me querê-lo agora dentro de mim. Mas ele ainda estava muito vestido e minha ansiedade em conhecê-lo era inquietante. Levei meus mãos no botão de sua camisa desabotoando com rapidez, fazendo-o sorrir entre minha boca por conta do meu ato. Ele estava satisfeito dava para ver em seus olhos inebriados. Ele ajudou-me a me livrar da camisa e eu passei a apalpar seu peitoral, sentindo a sua rigidez.

-Eis virgem, não é anjo? --Perguntou de repente, e eu o olhei depressa. Confirmei com a cabeça tendo medo de que ele não continuasse por algum motivo ocasionado por minha virgindade. Michael parecia ser certinho demais e isso poderia impedi-lo. -Não farei nada que não queira que eu faça. --Mas eu queria e queria muito. Queria sentir aquela emoção de que todos falam o quanto é bom, o quanto é instigante e arrebatador, eu precisava saber e com ele, o homem que me excita. 
-Eu quero, muito. --Minhas palavras saíram em um fio de voz e Michael percebeu a minha necessidade. 
-Eu também quero muito. --Franziu a testa ao declarar e eu pude saber o quão estava desesperado para isso, assim como eu. 

Levei minha mão em sua calça, abrindo-a com rapidez, Michael observava-me curioso. Jogou sua moralidade e seus princípios as favas e ajudou-me a despi-lo, arrancando sua calça e cueca ao mesmo tempo. 

-Uau! --Admirei-me em vê-lo nu, era ainda mais lindo sem roupa alguma, ereto pronto para adentrar-me. -Eu quero que me coma, Michael. Me coma muito com esse pau enorme que tem. --Ele mordeu com uma força impressionante seus lábios e as veias alteradas do seu pau ficaram ainda mais evidente. 
-Não fale assim, me deixa louco sabia?

Michael se posicionou entre minhas pernas envolvendo-me com o seu olhar persuasivo, ele não tinha pressa alguma, apenas queria me envolver e deixa-me ainda mais com vontade de seu corpo. Encaixou-se em minha intimidade, e penetrou-me com força arrancando-me um grito de prazer bem alto. Ele viu o quanto o seu ato havia doído e apenas concentrou em acariciar seu pau em minha intimidade, apenas para ganhar tempo e me lubrificar um pouco mais. Nem precisa dizer que não gostei, eu estava louca para tê-lo dentro de mim e sua delicadeza não estava ajudando em nada.

-Prometo que será rápido, anjo. E logo estarei dançando dentro de você em uma performance arrebatadora dos amantes. --Assenti freneticamente, mal vendo a hora.

Ele voltou se posicionar bem na entrada, provavelmente tomando impulso para penetrar-me. Encaixou-se e penetrou-me mais uma vez com força, e eu gritei, sentindo arder, doer um pouco, mas minha necessidade era tanta que não queria me preocupar com isso. Arremeteu contra mim com força, possessivamente, buscando espaço, conquistando o seu lugar, infiltrando-se. 

Meu coração estava tão acelerado que achei que sairia pela boca, meus gritos era tão forte que minha garganta doía. Senti o ardor em minha abertura e o hímen ser rompido fazendo com que Michael escorregasse dentro de mim alargando-me.

-Ai meu Deus! --Urrei.
-Doeu, princesa? --Confirmei.
-Mas foi bom, muito. --Era uma forma de pedir que não desista.

Michael penetrou mais uma vez bem lá no fundo, ergui minhas pernas envolta de seu corpo enquanto ele entrava e saia com rapidez. Dessa vez foi muito melhor, foi intenso e delicioso. 

-Você é tão apertada, anjo. Tão gostosa! --Estava agradável para ele também e isso me enlouquecia. -Me gole, me suga porque preciso de você. 

Apertei seu pau dentro de mim, sentindo pulsar envolta das paredes vaginais com força. Michael gemia tão lindo, tão forte e vê-lo dessa forma causava-me loucura. A musculatura da sua bunda retesiava por conta do seu esforço. E lá estava ele, comendo-me, possuindo-me, fazendo-me sua. O suor tomava conta de nós, e nossos gemidos se misturavam em um único só, aquele prazer, a forma como estocava, sua grossura invadindo-me atingindo nervos que nunca foram tocados antes. 

-Eu vou gozar. --Avisei apertando com força seus ombros. -Michael eu vou gozar! --Sabendo disso ele intensificou mais suas investidas levando-me a beira do orgasmo inevitável. Abracei seu pescoço com força sentindo orgasmo violento atingir-me que eu até mesmo pude ver estrelas coloridas. Eu não conseguia parar de gemer e gritar por conta daquela tesão, muito pelo contrário, cada vez mais ficava alto. Ele permaneceu com as estocadas, que em pouco tempo senti seu pau pulsar denunciando que estava prestes a gozar.
-Oh Cacete! --Seus músculos se enrijeceram como uma pedra, sua expressão ficou dura e sua boca entre aberta. 

Michael puxou seu pau rapidamente, não queria gozar dentro de mim por motivos óbvios. Estávamos sem proteção. E aos gemidos alto gozou em cima da minha cama como um louco, e eu adorei aquela visão, era linda e íntima até demais.

Estávamos ofegantes e satisfeitos, sorri para ele. Michael limpou a ponta do seu pênis recolhendo complemente o sêmen e deitou ao meu lado. Fui logo para cima de seu corpo, beijando sua boca por conta da felicidade que eu estava sentindo.

-Você não sabe o quanto me enlouqueceu saber que fui o primeiro a estar dentro de você. --Seus dedos acarinhava os meus cabelos , enquanto eu dava beijos em seu peito. Ele é que não fazia ideia do quanto estou feliz em saber que foi ele o primeiro. 
-Você me fez a mulher mais feliz desse mundo. -- Olhei em seus olhos com intensidade, deixando bem claro o quanto eu estava louca por ele. -Nem sei descrever como me sinto. --Limitei-me a falar.
-Eu sei exatamente como se sente. --A emoção de suas palavras deixou-me radiante. Parecia que eu havia tirado a sorte grande, um homem lindo, rico e que ainda era perfeito na cama podia ser tão romântico e conhecer bem os meus sentimentos. Me aninhei em seus braços, logo pegando no sono.








Capítulo 5






Percorri meus olhos pelo amplo espaço vazio da sala e não vi sinal algum de Michael, mas eu não me importei. Talvez, já estivesse ido trabalhar ou estava fazendo suas coisas. Eu estava radiante, meu peito preenchido de emoções e uma vontade de sair dançando pela casa estava bem vívido. Eu ainda podia sentir Michael dentro de mim, como se fosse a última peça do meu encaixe. O sabor do seu beijo e o toque de suas mãos, era bastante presente.

Eu estava absorta em meus pensamentos quando o homem mais lindo do mundo apareceu pela sala usando apenas um moletom folgado branco. Corri para seus braços aos risos, empolgada pulando em seu colo. Entrelacei minhas pernas em sua cintura tomando sua boca em um beijo forte completamente correspondido por ele. Suas mãos percorriam minhas costas descendo para a bunda. Fui posta em cima de um móvel de pernas abertas.

- Bom dia, anjo. -- Sussurrou ao pé do ouvido. Se ele soubesse o quanto causava em mim falando dessa forma. - Dormiu bem? -- Ele tinha mesmo coragem de perguntar uma coisa dessas?

- Sim, sim, sim! -- Confirmei extasiada. - Dormi perfeitamente bem. Não imagina o quanto. -- Ele mordeu os lábios de levinho e depois fez o mesmo nos meus, envolvendo-me como uma dança da hipnose, adentrando sua língua macia dentro da minha boca, cobrindo-me de uma emoção revigorante. Meu coração não parava de acelerar descompassadamente.

- Eu também dormi muito bem. --Comentou entre minha boca e eu sorri. Mas lembrei que não havia feito nada para o café da manhã, fiquei louca com isso.

- Ai Meu Deus! Esqueci do seu café da manhã. -- Ele deu uma risadinha.

- Não se preocupa com isso, anjo. Eu já preparei. -- Uma surpresa boa invadiu-me e o olhei com admiração. 

- É sério? -- Assentiu.

Michael segurou minha mão, puxando-me até a sala de estar. Meus olhos se encheram de lágrimas assim que contemplei aquela mesa repleta de delícias. Nunca tive ninguém para fazer uma coisa dessas para mim, que quando me deparei com essa demonstração de carinho, não pude conter a emoção.

- Muito obrigada, meu amor. -- Michael segurou com carinho a lateral do meu rosto, aproximando os nossos e pedindo um beijo.

Sua língua macia e quente envolveu a minha em uma perfeita dança dos amantes. Meu coração acelerava à medida que seus toques ficavam cada vez mais intenso e excitante. Um leve sugar foi dado no final, depois mais outro, mais outro. O último foi mais demorado, fazendo com que ambos perdessem o fôlego. Nos separamos.

Sentei ao lado de Michael naquela mesa, que nunca achei que me sentaria na vida. Me senti por um momento alguém importante, e ao olhar ao meu lado, me perguntei se eu merecia estar com um homem lindo e gostoso, como Michael era. Lembrei-me da noite anterior, dos beijos, dos toques e de quando Michael faz-me sua.

Ele segurou a jarra de suco de laranja e despejou uma quantidade generosa em um copo, servindo-me. Olhei com surpresa para ele, enquanto ele sorria com ternura, eu não estava achando nada certo.

-Eu que deveria servi-lo, e não você. -- Ele tocou no meu nariz, um ato divertido.

- Hoje não. Hoje sou eu que farei tudo para você. -- Mordi meu lábio para tentar conter um grito que se instalou na minha garganta. Seria inconveniente deixar as minhas emoções escaparem agora.

Michael é tão carinhoso que isso só aumentava o meu desejo por ele, eu me sentia tão completa, tão amada e tão cuidada, que pensando bem, seu ato me deixava ainda mais apaixonada.

Tomamos café da manhã como um verdadeiro casal de namorados, ao qual eu me perguntava se estava mesmo acontecendo, ou se era um sonho. Tudo acontecia tão rápido e repentino que parecia um sonho. Era como se não fosse eu.

- Preciso trabalhar. --Comentou ele, após terminamos nossa primeira refeição. -De noite estou em casa. -- Assenti com um sorriso encantado e ansioso.

Recebi mais um beijo forte na boca e ele foi se aprontar.



(...)



Eu estava tão fora de mim, com os pensamentos tão longe que nem prestei atenção na aula. Parecia que estava em outro plano, onde só havia Michael e eu e ninguém mais. Eu me contestava à todo momento quais eram os meus sentimentos por ele, talvez paixão estava no topo da lista. Mas isso não me assustava, muito pelo contrário. Michael demonstrava o mesmo sentimento e eu sabia que poderia dar certo mesmo com nossas diferenças, mesmo sendo tão precoce.

A porta da faculdade estava repleta de pessoas, era um horário de saída e todos se aglomeravam para seguir o seu rumo, mas apenas uma presença ilustre me despertou. Michael estava encostado na lateral da sua SUV com os braços cruzados no peito, com um sorriso mais lindo e amplo que já vi, olhando em minha direção. Uma expressão de surpresa e felicidade invadiu minha face e eu corri em sua direção.

- Meu Deus, Michael! O que está fazendo aqui? -- Eu estava prestes a pular no colo dele, e beijá-lo até que o ar fizesse escarço.

- Vim buscá-la, ué. -- Seus braços abertos em uma busca despretensiosa, me mostrava o quanto Michael estava ansioso tanto quanto eu, em nos ver. - Vou levá-la à um lugar especial.

Enquanto eu tentava organizar as minhas ideias de "lugar especial" meu professor passou por nós. Acenou para mim, que não deixou de dar uma olhava curiosa para Michael e seus trajes. Talvez percebeu o quanto Michael era rico perto de uma menina simples como eu. Acenei de volta e Michael me olhou.

- Esse é o seu professor? -- Sua expressão estava alegre e sua voz em um tom divertido. Acho que ficou impressionado por ele já ser um senhor de idade, com cabelos bem brancos. Usava uma gravata borboleta, com o terno xadrez e um óculos redondo.

- Sim. -- Sorri erguendo os braços de uma maneira divertida, e ele acompanhou o meu riso mordendo os lábios.

-Anda, vamos. -- Faltei correr para dentro do carro em ansiedade. Queria mais que tudo conhecer esse lugar tão especial que pretende me mostrar.



(...)



O céu estava incrivelmente repleto por estrelas incontáveis, o vento fresco batia em meu rosto dando-me um senso de liberdade. O lugar que Michael havia nos levado, era um ambiente desértico, coberto por uma natureza exótica. Montanhas e árvores faziam parte do cenário e a ansiedade em conhecer o motivo de estarmos ali era inquietante.

Michael desceu do carro fazendo o contorno ao meu lado para poder abrir a porta para mim. Um ato cavalheiresco que me encheu de emoção. Minha mão foi tomada pela sua, puxando-me até um penhasco.

- Feche os olhos. -- Obedeci imediatamente. - Confia em mim? -- Assenti freneticamente, certa do que falava. Ele se pôs por atrás de mim, e eu pude senti os pelos do meu pescoço se arrepiarem por conta de sua respiração tão próxima. - Suba. -- Levantei o meu pé direito subindo em uma espécie de rocha, sendo cuidadosamente guiada por ele.

- Michael, onde estamos indo? -- Questionei querendo muito abrir os olhos.

- Calma. Já estamos aqui. -- Senti um beijo cálido no meu pescoço e sua mão posicionar em minha cintura por trás. - Pode abrir.

Cautelosamente fui abrindo os meus olhos, e à vista que tive assim quando me dei conta foi a mais espetacular de todas. Estávamos em um penhasco onde se podia ver toda a cidade, com seus pontinhos de luzes dos grandes prédios e dos carros que transitavam pelas estradas. Era lindo! Uma emoção invadiu-me sem explicação, junto com uma vontade de chorar. Sou uma pessoa muito emotiva e quando se trata de algo como aquilo, ela aflorava. Tantas e tantas vezes eu queria estar em um lugar como esse, contemplar as luzes da cidade com um companhia que me desse segurança e que enchia meu coração. E lá estava eu, olhando tudo com um homem perfeito ao lado.

- Que coisa linda! -- Murmurei sentindo-me completa.

- Eu sei. É maravilhoso! -- Michael deu um passo para trás como se quisesse falar sobre algo e eu decidi escuta-lo. - Esse é um dos meus lugares favoritos. -- Bem pudera, é magnifico. Caminhei até o carro e me encostei no capô, contemplando a mesma vista de uma maneira privilegiada.

- Eu vivia vindo até aqui, é uma espécie de... lugar de reflexão. -- Fiquei curiosa em saber mais sobre aquilo, e muito feliz por ele ter continuado. - Olhar essa vista, sempre que me sentia solitário, era um vazio a mais, preenchendo o meu coração. -- Michael virou-se para vista ficando de costas para mim, enquanto eu contemplava seu corpo esquio e suas costas largas, com o seu bumbum avantajado. - Tudo que queria era uma pessoa ao qual eu pudesse estar, ser feliz, ter uma vida. Olhar a cidade daqui é o mesmo que imaginar as pessoas lá fora, vivendo, sendo felizes com suas próprias vidas e eu aqui, não tendo nada. Era um desejo desesperador e inquietante em fazer as coisas acontecerem de uma hora para outra. Assim como me disse naquela noite. -- Soltei um riso emocionado, sabendo que eu entendia perfeitamente bem o que ele sentia.

Aquele lugar era incrível. As luzes, noite estrelada, um homem lindo, só faltava um música romântica ao fundo para que tudo fosse perfeito. Michael deu alguns passos até mim, e eu não conseguia parar de olha-lo, admirando-o com idolatria, o querendo mais que tudo na vida. Michael naquele momento era o homem pelo qual eu estava completamente apaixonada.

- E você é essa mulher, Nina. É a mulher pelo qual quero ter a vida, que eu nunca tive. -- Meu coração acelerou, e minha respiração era descompassada. Eu estava incrivelmente sem fôlego e emocionada. Se Michael soubesse o que me causava quando fala daquele jeito para mim, tenho certeza que me acharia louca.

Senti uma onda de prazer reverberar pelo meu sexo, em uma pulsação longa e compassada, apenas pela forma que me olhava, apenas pelo atração inquietante que tinha quando olhava para sua boca sexy e convidativa. Aquele olhar provocava tudo dentro de mim, do mais simples ao mais devastador dos sentimentos. Eu precisava dele de novo, precisava dos seus abraços, dos seus beijos e ... dele dentro de mim.

- Eu quero sua boca bem aqui, Michael! -- As palavras saíram da minha boca, sem descontrole, que nem tive tempo de molda-las. Quando vi, já tinha falado, e apontado para uma região que gritava por ele. - Agora! -- Meu corpo tremeu, assim que ele riu em contentamento.










Capítulo 6


Michael caminhou em minha direção, com o olhar entorpecido de desejo, eu sabia que se sentia assim como eu. Excitado e desesperado! 

Abri minhas pernas por puro instinto, esperando ansiosamente por seu toque. As mãos grandes e macias daquele homem, que me deixava fora de órbita, acarinhava minhas pernas sem tirar os olhos dos meus. Senti minha calcinha ser tirada por debaixo do vestido e um vento frio se instalar na minha intimidade, isso excitou-me ainda mais. 

Seus lábios percorreram da coxa até a virilha. Michael aspirava o meu cheiro, como se fosse o perfume mais entorpecedor do mundo. A expectativa já causa-me ofegância, mesmo antes do ato começar. Eu estava tão molhada que a sensação era de escorrer por minhas pernas. 

Senti os lábios do Michael prendendo-se na entrada de mim, se prendendo como um imã, e sua língua com a parte inferior dos seus lábios fazendo um movimento perfeito, chupando-me com intensidade. Soltei um pequeno grito, segurando com força seus cabelos, enquanto sua língua arremetia-se entre os pequenos lábios.

-Michael... --Grani pendendo minha cabeça para trás. -Isso é tão bom. -Seu olhar risonho me mostrava o quanto estava satisfeito em dar-me prazer. 

Os ritmos lentos e profundos, que fazia dentro de mim, estava enlouquecendo-me. Eu estava sendo incapaz de raciocinar, assim quando aumentou suas sugadas. O prazer vinha em ondas, provocando arrepios intensos nos meus nervos do corpo, fazendo-me perder as forças e me entregar por completo. Passei a perseguir o orgasmo fatidicamente. Meus gemidos aumentavam, à medida que seus lábios prendia-se ao meu clitóris massageando-o. 

-Michael eu vou gozar. --Avisei percebendo que minhas forças já eram. -Seus lábios abocanharam-me por completo novamente, sugando-me sem interrupções. Longamente, fazendo um o orgasmo vindo com tudo. 

Apertei os meus dedos dos pés com força, enrijecendo todo o meu corpo, soltei uma urrada longa desfazendo-me em um orgasmo agoniante que me tirou desse mundo de repente. Era como se não estivesse ali, meu corpo inteiro sofreu as consequências e eu desabei para trás, exausta e satisfeita com o poder da sua língua.

Michael não me deu tempo algum de me recuperar, abocanhou minha boca, fazendo-me experimentar do meu próprio gosto. Sua língua vinha faminta, e com ânsia. Procurei o cós da sua calça desabotoando sua calça e descendo o zíper. Levei minha mão por dentro da sua cueca colocando seu pau para fora, sem vergonha alguma, tamanha era a minha necessidade de tê-lo novamente dentro de mim. Pulei para frente, mais perto da beira do capo com as pernas abertas, indo de encontro ao corpo de Michael que estava em pé, conectando-nos. Seu pau grosso adentrou-me sem nenhuma dificuldade.

-Oh anjo! --Comentou, iniciando os movimentos. -Como você é quentinha, apertadinha e gostosa. --Murmurou em meu ouvido, causando-me arrepios diversos.
-Mais fundo Michael. --Incitei-o apertando seu corpo contra o meu. As investidas de Michael foram mais forte, estocando-me ao fundo. Grani. 
-Você é tão ansiosa meu amor. Gosto disse sabia? --Mordi seu ombro, ao sentir seu pau esfregar em um ponto sensível dentro de mim. 
-Gosto do seu pau. É tão grande. --O tronco de Michael se enrijeceu, fazendo-o estocar-me ainda mais. Ele urrou. 
-Desse jeito você me faz gozar só falando assim. --Sorri. 

Enlacei minhas pernas uma na outra, fechando seu corpo no meu, enquanto Michael arremetia cada vez mais. O suor escorria pelo meu corpo e as mãos dele finalmente tocaram os meus seios, subindo e descendo. 

-Você me dar tanta vontade de comê-la inteira, que mal consigo raciocinar. --Meu seio foi posto para fora e chupado. 
-Então me coma! Me coma inteira, se esse for o seu desejo. --Uma estocada violenta, junto com uma sugada profunda no seio fez um onda de prazer se instalar bem no núcleo de mim. 
-Se esse é o seu desejo... --Michael inclinou meu corpo para trás, fazendo-me deitar sobre o carro. Segurou com força minhas pernas, passando a estocar repetidas vezes dentro de mim, com tanta força que eu já me sentia exausta. Cada investida, um gemido, cada investida, o orgasmo se aproximava. 
-Michael... --Apertei seus braços pelo orgasmo violento que atingiu-me sem aviso prévio. O pau de Michael pulsou dentro de mim, já avisando que seu orgasmo estava prestes a vir. 
-Ai Cacete! --Seu boca se abriu em um gemido longo e agoniante, fazendo-o arrancar seu pau de dentro de mim rapidamente, e gozar ao chão. 

Eu queria muito que gozasse dentro mim, queria sentir como era. Sua espessura, e saber se era quente como diziam. Mas Michael queria nos proteger, como não usamos nenhum tipo de proteção, correríamos um risco dele me engravidar, e isso seria uma tragédia, sendo tão cedo. 

(...)

Nossas mãos estavam entrelaçadas, enquanto contemplávamos as estrelas ao céu. Era lindo eu confesso. Tão lindo quanto, Michael e eu, deitados tão juntinhos.

-Me sinto tão feliz nesse momento. --Confessei. -É como se tudo se encaixasse. --Michael beijou minha mão longamente, com barulhos e tudo. 
-Quero que seja minha namorada, Nina. --Olhei para ele depressa, parecendo que não conseguia acreditar naquela proposta. -Preciso de você na minha vida. --Abri um sorriso amplo e satisfeito, indo para cima do seu corpo, tomando sua boca em um beijo satisfeito.

Eu sabia que ali era o início do nosso relacionamento, e eu entrei de cabeça, sabendo que seria mais do que feliz, sem medos e sem receios. 

(...)

Minhas costas bateram no colchão fofo e macio da cama de Michael. Nossas bocas não desgrudavam nem por um só segundo, e eu já me sentia excitada de novo, pronta para recebê-lo. Mas eu necessitava de mais, necessitava ter um contato ainda mais íntimo, eu não queria que Michael gozasse em outro lugar que não fosse dentro de mim. Queria tê-lo por completo, era uma necessidade quase insuportável.

-Goza dentro de mim, amor. --Pedi assim que senti seu pau suculento, adentrar-me.
-É isso que quer? --Sua voz rouca e intensa fizeram meu ventre reverberar. -Quer minha porra dentro de você, baby? --Levou seu dedo do meio dentro de mim, fazendo-me soltar um gemido intenso. -Bem aqui? --Esfregou-me fatidicamente. Eu estava sem voz e respiração muito menos, tão escarça obrigando-me a puxar o ar em obsessão. Assenti freneticamente, completamente a mercê daquele homem que acariciava meu clitóris como se fosse uma flor macia. -Sendo assim, eu também vou querer a sua. --Senti dois dedos afundarem em mim com intensidade. Meu corpo chacoalhou e o grito foi rompido. 
-Michael.. --Apertei seu braço contra mim, ao qual possibilitou o aprofundamento dos seus dedos. -Me faça gozar. --Supliquei. -Por favor. -Michael aumentou os movimentos dentro de mim, em um ritmo acelerado e prazeroso. Seus dedos pareciam que estava afundando em uma poça de água de tanto que estava encharcada dentro de mim. 
-Como você está excitadinha, meu anjo. Meu Deus! Eu causo isso em você, é isso? --Cravei minhas unhas com força na pele do seu braço, por conta a estocada.
-É claro que é. Você é muito gostoso. --A visão do seu pau brilhante, molhado, teso, com a glande extremamente alterada aumentava ainda mais o meu tesão. -Sua língua é gostosa. --Lembrei de quando me chupou. -Seu pau é gostoso, e agora o seus dedos. Fico imaginando, o que em você não é gostoso. Acho que é impossível. --Ele sorriu graciosamente, estocando dentro de mim, fazendo-me contorcer. 

Aquela tortura estava me tirando de órbita, Michael me masturbando era deliciosamente agoniante.

-Eu sei o que é gostoso em você. --Enrouqueceu ainda mais a voz rente ao meu ouvido, fazendo meu sexo pulsar longamente. -Essa sua bocetinha toda encharcada para mim. --O orgasmo veio com tudo, em uma intensidade incontrolável, que foi liberto sem que eu esperasse, fazendo meu corpo inteiro tremer. Os movimentos de Michael permaneciam, na tentativa de que durasse aquele sensação fora do comum, ao qual eu nunca havia experimentado antes. 
-Meu Deus! --Sibilei perplexa, sem conseguir entender o que havia acontecido comigo. Entender, que sensação foi aquela. Eu estava atônita. 

Minha boca foi beijada por ele em uma sensualidade impressionante, com direto a mordida em meus lábios. Michael estava entorpecido, pelo desejo, assim como eu ainda estava mesmo após gozar. Seu corpo subiu em cima do meu, encaixando perfeitamente bem entre minhas pernas. Sua primeira estocada foi profunda, fazendo meu corpo tremer. Michael parecia um animal no cio, louco para e satisfazer. Abracei suas costas cravando minhas unhas em sua pele, sentindo subir e descer por cima de mim, em movimentos envolventes e profundos. Seu pau entrava alargando-me, pulsante, duro como uma rocha. Gemi alto quando arremeteu freneticamente, tirando as minhas forças, fazendo-me gritar em plenos pulmões e ele não parava, muito pelo contrário. Estava concentrado, perseguindo o seu orgasmo, e eu precisava que se desfizesse dentro mim.

-Mais rápido, Michael. --Gritei.

Michael segurou minhas pernas puxando-me, ajudando com os movimentos, ininterruptíveis e enfáticos. 

-Caramba, Nina! --Seu urro foi revelador. Com os músculos completamente tensionados e a cabeça para trás urrando como um selvagem, Michael gozou jorrando seu mel dentro mim. Lambuzando-me com o seu orgasmo quente espesso, que vinham em jatos ininterruptos. E isso foi um estopim, para que meu líquido se misturasse com o dele. 

Seu corpo exausto desabou sobre o meu, beijando minha testa ensopada de suor. 

-Desse jeito não vou aguenta ficar longe de você. --Comentou ofegante. -Meu pau apertado dentro de você, me deixa louco. --E o seu duro também me deixa louca.
-Eu não quero que fique longe, meu amor. Quero você comigo, para sempre. --Seu sorriso satisfeito contra minha pele, faze-me saber que tudo estava bem.







Capítulo 7

Acordei logo pela manhã, nua e sozinha. Mas eu realmente não me incomodava com isso, eu sei que Michael acordava primeiro que eu, e não sou dessas bobas que acham que o homem depois de ter comido, precisava acordar ao lado e te mandar café da manhã na cama e essas coisas, como se fosse uma regra. Só o fato de ter passado a noite com ele, em seus braços depois de uma noite como aquela, foi mais que maravilhoso. 

Mas algo havia acontecido assim que me levantei para espreguiçar, algo que me alarmou de cara. Encontrei minhas malas pelo quarto, uma do lado da outra. O que estava acontecendo? Franzi o cenho levantando-me.
Vesti uma camisa de Michael, que encontrei em cima de uma poltrona, e fui procurá-lo pela casa, se por um acaso ainda estava lá. 

Mas assim que desci pelas escadas, entrei uma mulher colocando as cadeira em seu devido lugar na sala de estar. Ela usava um avental, e uma tiara no cabelo curto branco. Enruguei a testa e terminei de descer os degraus. 

-Senhora? --Chamei sua atenção, que logo olhou-me com um sorriso. 
-Oh, acordou. --Confirmei com a cabeça ainda confusa. 
-A senhora sabe onde está Michael? 
-Ele saiu, logo cedo. Assim que eu cheguei. --Ainda não entendia o porquê de sua presença ali. -Pediu para que eu arrumasse suas roupas dentro do closet dele e lhe servisse o café da manhã. --Maneei a cabeça sabendo o que estava acontecendo.
-Michael contratou você? --Conclui. 
-Sim, me chamo Rose. --Sorri de lado pela simpatia da mulher.

Por um lado achei o máximo, que Michael havia me transferido para o seu quarto, me tirado dos serviços domésticos depois de ter assumido um compromisso comigo. Isso prova o quanto era realmente verdadeiro, e eu abri um sorriso enorme pela sua atitude admirável. Mas eu ainda precisava daquela grana, precisava pagar os meus estudos, e sem o trabalho eu temia pelo meu futuro. 

-Preciso subir. Arrumar as suas coisas. --Eu ainda estava um pouco estática, e o soar do telefone despertou-me. Rose voltou para atender, mas eu impedi, dizendo para não se preocupar, que eu mesma atenderia.
-Alô! --Minha voz soou um pouco trêmula. 
-Até que em fim atendeu. --A voz amarga e superior da mãe de Michael adentrou o meu ouvido fazendo-me sobressaltar. Era incrível como aquela mulher me metia medo. -Chame o meu filho, agora mesmo. -Seu tom autoritário deixava-me perplexa. Eu me sentia tão inútil por me tratar dessa forma.
-O Micha... --Limpei a garganta imediatamente, reformulando a minha resposta, sabendo que se eu chamasse meu novo namorado pelo nome, eu tinha certeza absoluta que seria mais sermões. -O senhor Jackson, não está. --Não sei porquê a senhora Jackson insistia que Michael naquela hora do dia estava em casa, acho que ela adorava mandar em mim. 
-Pois então diga a ele, assim que chegar, que hoje à noite terá um jantar especialmente em sua homenagem. Preparei uma surpresa, e meu filho não pode faltar de forma alguma. --Deixou bem claro a importância do evento. 
-Pode deixar senhora. Eu aviso. 
-Pelo menos isso você serve. --Mordi o lábio com força para conter o incômodo daquelas palavras cortantes. Se a senhora Jackson soubesse o que sirvo para o seu filho. Que eu, a empregadinha, desajeitada, estava dormindo na mesma cama com ele, e que pelo visto será definitivo, julgando o fato de minhas coisas estarem em seu quarto e uma outra empregada no meu lugar. Aposto o quanto ficaria possessa com isso, e jamais aceitaria tamanha afronta de minha parte, ou da parte do Michael, ou de qualquer pessoa culpada por tornar-me sua amante. 

Nem esperou que eu dissesse nada, apenas desligou o telefone na minha cara, como sempre. Respirei fundo e subi até o quarto para ajudar Rose, não deixaria de forma alguma que fizesse todo o trabalho sozinha. 

(...)

Eu estava terminando de descer as escadas, de banho tomado, e muito cheirosa, quando Michael adentrou o apartamento, com um sorriso largo para mim. Corri em seus braços e pulei em seu colo, agarrando sua boca em um beijo arrebatador. Aquele homem precisava saber o quanto eu sou louca por ele. E usar, essas roupas casuais, camisa de manga comprida e calça jeans só aumentava o meu desejo. 

-Você fez uma peripécia bem grande hoje, amor. --Comentei descendo do seu colo. -E você vai me explicar direitinho. --Ele me olhou com cara de travessura.
-E o que você quer saber? --Mordeu o lábio como se não soubesse de nada. 
-Rose. Minhas coisas, no seu quarto, e meu emprego. --Fui direta observando-o enfiar a mão no bolso da calça, onde seu volume ficou mais evidente, deixando-me com água na boca. 
-Não vejo o porquê, de você ser minha namorada e fazer o serviço doméstico. As coisas não funcionam assim ao meu ver. Por isso contratei a Rose e instalei você no meu quarto, --Tocou com suavidade no meu queixo, olhar desejoso, com intensidade e continuou. - Na minha cama e na minha vida. --Sua atitude era realmente nobre, e só confirmava-me que suas intenções eram sinceras. Olhei para aquele homem à minha frente com amor, com carinho e ainda mais apaixonada. 
-Michael é tudo que quero, de verdade. --Mas havia um porém. -Eu preciso da grana, preciso pagar os meus estudos, e foi esse o motivo para vir trabalhar em sua casa.
-Não precisa se preocupar com isso, Nina. Eu tenho dinheiro, eu posso resolver tudo, você não precisará se preocupar com nada. --Aquela ideia deixou-me séria e incomodada. Andei pela casa me sentindo tonta, pela sua proposta.
-Não. --Coloquei firmeza na voz. -Eu não quero a sua grana, não desse jeito. Michael eu não estou com você pelo dinheiro, eu tenho que trabalhar, é isso que preciso. As coisas não funcionam assim. Se for para você pagar as minhas contas eu lamento, mas precisa acabar. --Deus sabe o quanto doeu proferir essas palavras, mas eu precisava me impor, precisava que Michael soubesse de fato a que eu vim. Ele respirou em resignação.
-Tudo bem. --Me olhou como se tivesse outra solução pelo caso, e eu quis saber qual era. -Vou conseguir uma bolsa integral pra você, assim não precisa trabalhar aqui e muito menos aceitar o meu dinheiro. --Meu coração se encheu de amor, pela sua saída, agora sim estava justo. -Já que é tão orgulhosa assim, e não irá ceder... --Balancei a cabeça em negativa. -Assim todos ganham.
-E você consegue isso? 
-Mas é claro. Sou muito influente, e consigo em dois tempos. Só preciso que me deixe fazer as coisas como eu preciso fazer. Quero que seja minha, Nina. E isso eu não abro mão. --Abri um sorriso largo, extasiada com tamanha admiração. Pulei em seu colo e deixe-me ser beijada. Sua língua macia percorria minha boca de um lado para o outro, e eu adorava senti-la experimentando dessa forma. Suas mãos presas em minha bunda e seu pau roçando em minha entrada dentro da calça jeans, excitava-me. 
Lembrei de sua mãe e suas exigências. 
-Ah! Sua mãe ligou. --Quando comentei, Michael colocou-me ao chão e fez uma cara de poucos amigos. 
- O que ela queria? --Pela sua cara eu sabia que Michael e sua mãe eram bem diferentes um do outro, e que não aceitava o gênio forte dela. 
-Disse que você precisa ir até um jantar que está organizando em sua casa. Tem uma surpresa esperando por você. --Ele riu sem humor, passando as mãos em seus cabelos longos. 
-Mamãe sempre tem surpresa para mim. E nunca são de fato surpresas boas. Pelo menos não para mim. --Murmurou a ultima frase. Bem.. --Respirou fundo. -Eu irei. Na verdade... Nós iremos. --Enruguei a testa, já sentindo meu coração falhar uma batida, e já começar a passar mal ao imaginar sua mãe surtando com a minha presença. 
-Ah não. De jeito nenhum. --Michael não gostou nada das minhas reservas.
-É claro que você vai. Nina, mamãe tem que saber logo que estamos juntos. Não posso e não quero ficar escondendo isso como se eu fosse um menino que namora escondido, por medo dos pais da minha namorada me bater. Não sou esse tipo de homem, e nem quero ser. --Suas atitudes continuavam nobres, mas porque é que eu tinha que ter tanto medo? 
-Você tem razão. --Aceitei dando-me por vencida. Já que Michael e eu estamos mesmo juntos, e que é o que ele quer, e ainda mais o que eu quero. Não podíamos mesmo ficar escondendo isso o resto da vida. Mas sabia o quanto não queria ir. 
-Prometo, que vai dar tudo certo. --Suas mãos seguraram a minha escondendo-se contra seu peito e um beijo molhado foi dado em seguida. O olhar que Michael mantinha o tempo todo para mim, deixava-me incrivelmente segura.

(...)

Usei um vestido branco com algumas flores em verde, nada glamouroso, apenas o que eu tinha em minhas coisas. Tentei ajeitar os meus cabelos, deixando-os soltos e uma maquiagem leve. Eu sabia que não estava de acordo com a sua vida e muito menos de sua mãe, mas como Michael insistiu... 

A espera do lado de fora da porta principal era agoniante, apertei a mão de Michael entrelaçada na minha com uma força impressionante. Deu para ver o quanto a casa era um palácio. Um casarão amplo com jardins e glamour que eu não ousava nem sonhar. A porta se abriu, revelando senhora Jackson que abriu o sorriso largo para o filho, mas que desfez rapidamente quando percebeu minha presença, e ainda fez questão de mirar nossas mãos dadas. Sua expressão feliz e entusiasmada em ver o filho, mudou rapidamente para raivosa e desdenhosa. Senti um frio na espinha.






Capítulo 8

-Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? --Baixei a cabeça completamente impossibilitada em olhar aquela mulher nos olhos. Era um desconforto lancinante, saber que pode pensar ao meu respeito. Fui contratada para trabalhar para o seu filho e agora sou a mulher que dorme com ele? Pensando bem, não era um papel a se fazer. 
-Como você pediu, mamãe. Viemos para o jantar. --Michael estava muito tranquilo, nada o abalou, diferente de mim que estava trêmula. Senhora Jackson não tirava os olhos de nossas mãos entrelaçadas, que não ajudava muito. Eu tentava escapar sempre que podia, mas Michael voltava a captura-la. Eu estava em um mato sem cachorro. 
-Achei que fosse um jantar de família e não de serviçais. A menos que... --A expressão perplexa da mulher anuviou-se em um sorriso em busca da melhor possibilidade, que não fosse a que estava pensando. -..Que queira que a mocinha, ajude Rita nos afazeres. Mas creio que não será necessário. Rita dá muito bem conta do serviço. 
-Nina, é minha acompanhante, mamãe. Somos um casal. --A notícia deixou senhora Jackson sem chão, ficando pálida imediatamente. A incredulidade tomou sua expressão, e eu já começava a me arrepender de ter deixado que Michael me levasse. 
-Isso é uma piada, não é? Uma piada ridícula e sem cabimento. --Michael balançou a cabeça em negativa e eu puxei minha mão da dele, livrando-me em fim. 
-Pode deixar, Michael. E--eu vou embora. --Fiz uma meia volta e Michael puxou-me de novo.
-De jeito nenhum. Você é minha namorada e vamos entrar. --Senhora Jackson olhava-me com um ódio crucial, que me matava aos poucos. Era como se ela me rebaixasse ao nada apenas com o olhar. 
-Namorada? --A mulher começou a gargalhar. -Pelo amor de Deus, Michael. Isso é algum tipo de vingança, certo? Quer me punir por tentar controlá-lo. Não consegue me perdoar? --Fiquei pensativa sobre essas questões. 

Estava na cara que Michael e sua mãe não se davam bem, pela forma que demonstrava todas às vezes que seu nome era mencionado, ou quando disse que ela o trata como um bebê. E se havia alguma picuinha dentre os dois, namorar comigo, uma empregada. Com certeza seria uma forma de puni-la. 

-Mamãe, a senhora me convidou para um jantar. Estou aqui, com a minha namorada. Já podemos entrar, ou vamos ficar aqui fora a noite toda? --Muito contra gosto, a mãe de Michael nos deu espaço para entrarmos. E eu pude perceber muito bem que ela não ousaria contrariá-lo naquele momento, expulsando-me. Compraria uma briga na certa com o filho, e pelo que pude perceber, seria fatal. -Muito obrigado. 

Michael adentrou à casa, levando-me com ele. Minhas pernas continuavam tremendo, pude jurar que transpirava pelas axilas, do tanto que estava nervosa. Aquela mulher tinha um poder tremendo em intimidar, ainda mais analisando-me de cabeça aos pés. Provavelmente reprovando a forma em que me vesti. 

A casa era ainda mais impressionante por dentro, um salão enorme logo na entrada, um tanto vazio, apenas com alguns móveis. Logo estávamos em um anexo que nos levava para a sala de jantar. Uma mesa longilínea compunha uma decoração sofisticada, com um quê Italiano muito bonito. Mas havia uma mulher sentada em uma das cadeiras, uma mulher chique, do jeito que senhora Jackson faria amizades com certeza.

-Ah não. --Murmurou Michael, com um riso sem humor. Chateado para falar a verdade. -Esta só podia ser a surpresa, não é mamãe? --Senhora Jackson sorriu de lado. A mulher morena, alta cabelos cumpridos e lisos muito bem cuidados e sedosos se levantou. Ela usava um vestido preto, com o decote saliente revelando seus seios bem armados. Me senti um periquito diante de uma águia. 
-Olá, meu querido. Que bom que veio. --A mulher passou por mim como se eu nem existisse, abraçando Michael, com uma certa insinuação. Depois segurou seu rosto olhando-o bem no fundo dos olhos. Deu pra notar o quanto Michael estava aborrecido, lhe dando um selinho sem aviso prévio. Ele se esgueirou com irritação. Olhei para o outro lado, preferindo não encarar aquela cena de perto. 
-Para com isso, Barbara. --As mãos de Michael detinha a mulher de todo jeito. 
-Me desculpa, mas senti tanta a sua falta. Você não sabe o quanto. --Michael a ignorou, colocando-a de escanteio. 

Acompanhei Michael até uma das cadeiras e sentamos um ao lado do outro. Eu estava tão perdida e tão deslocada, parecia um peixe fora d'água.

-Barbara acabou de chegar da Espanha, meu querido. -Comentou senhora Jackson. --Voltou só para te ver. --Claro, a surpresa. Não me surpreendi nada que a tal surpresa fosse uma mulher. 
-Se eu soubesse que Barbara viesse, eu nem teria vindo. --Michael foi curto e grosso. 
-E assim eu perderia a viagem. Não senhor. --A mulher de olhos castanhos intensos nem se abalou, parecia conhecer bem o gênio daquele homem espetacular de camisa social e calça jeans. 
-Aí o problema já não é meu. --Contive o riso, percebendo que Michael não media nenhum esforço em deixar claro sua antipatia. 

Senhora Jackson, sentou-se ao lado da mulher e as empregadas vieram servir o jantar. Os talheres não era nada tão difícil de se manusear e a comida nem tão exótica ao ponto de me deixar em uma completa saia justa diante das duas cobras à minha frente. A final de contas, ambas fingiam que eu nem ali estava, o que achei ótimo. 

-Está confortável? --Michael cochichou em meu ouvido, quando a atenção de sua mãe foi em outra coisa que não fosse em nós. Neguei com a cabeça apertando a boca.
-Não, nem um pouco. --Senti um beijo suave nos meus lábios e um afago nas minhas pernas. Eu sabia que tentava transmitir-me tranquilidade. 
-Esse circo não durará muito, fique tranquila. --Sussurrou no meu ouvido e depositou um beijo na minha bochecha, fazendo-me arrepiar. 

De todas as formas que imaginei o meu primeiro jantar com a minha sogra, nem de longe estava perto disso. Era como se eu fosse uma intrusa, e que meu lugar definitivamente não era aquele. O que era verdade, mas o fato de fazer como me sentisse assim, foi ainda pior.

-Michael disse que está namorando com essa mocinha. Acredita nisso Barbara? --Senhora Jackson bradou, assim que percebeu nossas carícias, provavelmente aquilo a incomodou. -Uma empregada é contratada e acaba sendo o casal do meu filho.
-Ora, ora! Ela é muito esperta então. Eu em seu lugar faria o mesmo, não dá pra resistir um homem como Michael Jackson. --Respirei fundo, contendo o ciúmes que estava sentindo do meu namorado, o modo como aquela mulher se insinuava para ele. Parecia uma lutar desvantajosa, para mim é claro. -Ele é lindo. --Entonou o tom de uma forma perigosamente sensual e eu apertei sua mão com força. 
-Parem de falar como se eu não estivesse aqui. --Protestou. -Nina e eu estamos sim namorando. Estou apaixonado por ela, e não é da conta de ninguém. --Senhora Jackson gargalhou, coisa que Barbara não ousou a fazer. 
-Apaixonado? --Ela riu sem humor. -Michael pelo amor de Deus. Você mal conhece essa mulher, não sabe nada da vida dela. --Agora era eu que estava gritando por dentro para pararem de falar de mim como se eu não estivesse ali. 
-Conheço o suficiente para saber que Nina é melhor do que todas essas mulheres ao qual você empurra à goela a baixo para mim. Uma coisa indigesta que destrói o estômago. 
-Ele está alterado Esther, acho melhor não contrária-lo. Deixa-o ser feliz. --Aquele sorriso falso e compreensivo não me convencia. Barbara apenas queria parecer uma mulher centrada e justa para impressionar Michael. 
-Suas boas intensões me dão nojo, Barbara. --Pelo visto, Michael conhecia muito bem aquela mulher. -Já chega! Não fico mais nenhum minuto aqui. Vamos Nina. --Michael puxou-me e eu me levantei rapidamente, louca para ir embora também. 
-Eu quero falar com você! --Esther interviu jogando o guardanapo na mesa, alterada. -Agora! --Michael deu-se por vencido e concordou. 

Enquanto os dois foram em uma saleta fiquei com Barbara que me olhava com um sorriso mais falso do mundo. Analisando a minhas roupas, posso apostar que praguejava na mente. Não aguentei aquilo e dei a desculpa que iria caminhar um pouco, mas quando atravessei o anexo do amplo salão uma gritaria me conteve, incitando-me a ouvir a conversa.

-Olha só para essa mulher, Michael, pelo amor de Deus! Sem classe, sem elegância. Viu só aquele vestidinho dela? Com um rasgão enorme do lado. --Senti um golpe no estômago. Olhando rapidamente para as laterais do meu vestido constatando sua acusação. E para meu desespero havia um rasgo pelo qual, eu nem tinha reparado antes. Como me senti humilhada! 
-Você não consegue entender, não é mesmo? A beleza da Nina, não estar no modo em que ela veste, em coisas fúteis pelo qual vocês aqui valorizam. Ela é pura, um anjo. Coisa que nem você, e nem Barbara sabem o que é. --Meu coração se encheu de paz, na exata hora em que foi mencionado meu nome com tanto carinho, meu amor por Michael crescia exponencialmente. -Aliás, o que a Barbara está fazendo aqui? Você que armou isso tudo, não é mamãe? 
-Barbara é a mulher certa pra você. Sempre foi. 
-Fala isso porquê é sua amiga, e uma interesseira. Mas como já sabe, eu estou com a Nina, não preciso de outra.
-Você não vai ficar com aquela sonsa, desajeitada, Michael. Você não me afrontará dessa forma. Essa garota estúpida vai sair da sua vida querendo você ou não. Não vou deixar que sua imagem vai parar no ralo, por causa dessa sua aventurazinha descabida. Já imaginou o que todos vão falar? O filho da ilustre Esther Jackson desfilando com uma empregadinha como sua namorada? Não, eu me recuso. 

As lágrimas vieram em torrentes nos meus olhos. Ela estava certa, a imagem de Michael seria jogada na lixeira, sem contar que eu teria que aguentar toda aquela picuinha, e zum zum zum sobre a minha aparência e quem sou. As especulações seriam devastadoras para mim. 

Eu já deveria ter imaginado. Entrei de cabeça nisso tudo, que nem me dei conta das consequências. Achei que o que Michael e eu sentimos, já era o suficiente. Pelo visto não, eu não conhecia esse lado onde os grandes pisam sem dó nem piedade nos menores. 
Não ouvi a resposta de Michael, apenas fui surpreendida por Barbara atrás de mim.

-Ouvindo atrás da porta, querida? --Assustei-me limpando as minhas lágrimas rapidamente. -Oh, pobrezinha, está chorando! --Foi a pior coisa do mundo ter deixado aquela mulher, perceber meu choro. -Chore, chore muito. Porque Michael Jackson, não é pra você. Ele já tem dona, e essa sou eu. Você não tem a menor chance, queridinha. --Meu corpo tremeu, e um golpe no estômago me atingiu. Aquele clima, aquela casa, tudo estava acabando com o meu emocional eu estava desesperada. Queria sair correndo daquele lugar, me esconder e nunca mais ter que enfrentá-los novamente. 

Fiz menção de ir embora, quando a porta da sala em que Michael e sua mãe estavam se abriu. Olhei assustada para Michael, com os meus olhos chorosos, depois olhei para sua mãe, que me olhava com ódio, e depois para Barbara que estava sorrindo, e sai correndo para saída.

-Nina! --Ouvi Michael gritar enquanto eu me embrenhava pelo jardim, chorando em desespero. 






Capítulo 9

Parei de correr assim que minhas pernas começaram a doer. Michael continuava correndo atrás de mim, enquanto eu escondia meu rosto nas mãos e chorava muito. 

-Nina! --Senti seus braços envolver-me, virei-me para ele o abraçando com toda força do mundo. 
-Não quero voltar pra lá, Michael! --Escondi meu rosto em seu peito, sentindo o apavoramento me possuir. -Não quero, não quero, não quero. --Eu balançava a cabeça freneticamente em negativa, enquanto Michael tranquilizava-me.
-Não vamos, meu amor. Não vamos, eu prometo. --Senti um beijo suave em meus cabelos. -Se acalme, por favor. 
-Me tira, daqui? --Pedi em desespero. Meu coração estava acelerado, minha respiração ofegante e meu corpo trêmulo. 
-Sim, claro. Vamos sair daqui. 


***

Entrei com tudo ao apartamento, deixando Michael para trás, subindo as escadas quase correndo, enquanto ele me acompanhava. Quando cheguei ao quarto, retirei meu vestido rasgado, repetindo diversas vezes em minha mente que checaria antes de usar qualquer coisa, se não estava rasgado ou sujo. 

-Nina fique calma, por favor. --Michael estava visivelmente balado, talvez se culpando pelo que aconteceu, mas eu não pude evitar.
-Eu estava com o vestido rasgado, Michael. Rasgado! Você tem ideia disso? Como pude deixar isso acontece? Como pude não perceber antes? Sua mãe está certa, eu não sirvo pra você, e não sabe o quanto odeio isso. --Peguei uma camisola e vesti imediatamente.
-Não quero que se preocupe com o que minha mãe diz. Ela é assim, sempre foi, sempre colocando pra baixo quem acha ser inferior, você viu. Quando você chegou aqui, como ela te tratou, e você nem mesmo era minha namorada.
-As coisas que ela falou. --Coloquei a mão na cabeça relembrando. -Você sabe o quanto me senti humilhada. --Michael abraçou-me pela cintura, permitir-me encostar minha cabeça em seu peito. 
-Mamãe tem o poder de deixar as pessoas assim. --Vagueou o tom de voz e eu notei uma pontada de experiência própria. -Desculpa por não ter reparado seu vestido, talvez eu devesse ter falado algo, mas eu nem notei nada estranho. --Arregalei os olhos o encarando.
-Se você tivesse reparado aí sim que eu morreria. Bom, não seria pior do que sua mãe, com certeza não seria tão grosso como ela, mas...
-Claro que não, isso não importa pra mim. --Michael sentou-se a beira da cama, sentando-me em seu colo. Suas mãos envolveram o meu corpo e eu segurei suas mãos. 
-E a Barbara, Michael? Quem é ela? --Michael suspirou chateado, e eu notei que era um assunto complicado.
-Barbara é uma ex-namorada. --Respondeu sem reservas, mas isso causou um tremor no meu corpo. Então, aquela mulher exuberante já foi dele? É por isso que se sentia tão superior assim. -Ficamos juntos por alguns meses e quando percebi que não presta, terminamos. 
-Mas ela vive indo atrás de você, não é? --Confirmou com a cabeça.
-Mamãe, sempre fez questão que eu me casasse com ela. É uma mulher ---ao seu ver --, apropriada para mim. --Levando em conta o seu modo elegante de se portar, muito diferente do meu, claro que Esther Jackson faria questão desse relacionamento. -Mas ela é uma vadia, assim como todas as outras. --Acariciei seu braço suavemente de um lado e outro, repetidas vezes.
-É por isso que disse que nunca se sentiu completo com mulher alguma? --Ele assentiu. -Não sei o que viu em mim. Olha pra mim, só uma maltrapilha que anda por aí com vestidos rasgados. 
-Shiu! --Silenciou-me imediatamente. -Não fala assim. Você tem muito mais que todas essas pessoas que sempre convivi tem. Acredite, eu sei. Você é pura, Nina. Linda, inteligente, aprecia coisas simples, assim como eu aprecio. Não foi difícil me apaixonar por você. --Assim como não foi difícil apaixonar-me por ele.
-Você mal me conhece. Pode está errado. --Minha boca foi sugada rapidamente, e eu senti o gosto suave de sua saliva. 
-Não costumo me enganar com as pessoas. --Encantar com Michael, não era tão difícil, a final. Ele era um cara lindo, sexy, intenso, de bom coração e muito romântico. Eu estava definitivamente aos seus pés. 
-Você e Barbara. Já transaram? --Minha curiosidade estava latente desde quando descobri que aquela mulher já foi sua namorada. Pra falar a verdade, assim quando a vi pela primeira vez, desconfiei que tivessem tido algo no passado.
-Quer mesmo saber disso? --Na verdade não, pois eu sabia o quanto iria me magoar, mas a curiosidade é bem maior. Confirmei com a cabeça. -Sim. -Olhei bem fundo de seus olhos, sentindo uma pontada no coração, mas tentei disfarçar as minhas emoções. Imaginar aquela mulher na cama com ele, sentindo o seu pau ao qual viciou-me, sentir seus beijos assim como sentia. Vê-lo gozar lindamente assim como eu o vejo. Sim, era dolorido. 

Provavelmente aquela mulher linda, era experiente o suficiente para deixá-lo louco na hora do sexo, coisa que ainda não sabia direito como fazer. 

-Foi bom? --Perguntei de cabeça baixa, disfarçando o meu nervosismo. Ele riu, talvez percebendo o quanto sou curiosa.
-Acho melhor não conversarmos sobre isso. --Mas eu queria saber. -Não quero te magoar mais, eu não posso. 
-Você disse que estamos nos conhecendo, que mal há que eu saiba sobre isso? É um modo de conhecê-lo. --Respirou fundo em resignação, talvez pensando que também gostaria de saber algo íntimo, se caso ele não fosse o meu primeiro.
-Tudo bem. --Assentiu. -Era sexo como qualquer outro, nada tão incrível. Era bom, porque eu me satisfazia, mas só. Me satisfazia fisiologicamente. 
-Ela é bonita. --Constatei. -E bem gostosa. --Soltei um riso. -Bem diferente de mim. 
-Ei. --Segurou meu queixo, fazendo-me olha-lo. -Você é gostosa, e muito. Falo porque sei. Adoro o seu corpo e adoro a apetite que você tem por mim, porque é a mesma que tenho por você. Não quero que se menospreze e nem que se compare a ela. --Até porque, se eu fizesse isso, perderia feio. -Vocês são bem diferentes e eu posso lhe assegurar que o seu tipo é o meu favorito. --Sorri acarinhado o seu rosto. 

Eu adorava olhar aquele furo no centro do queixo, adorava desejar aquele maxilar, sua boca avermelhada, seu rosto angelical. 

-Eu estou apaixonada por você. E esse é o meu medo. 
-Então não precisa ter medo, porque eu também sou apaixonado por você. --Acho que depois disso a insegurança foi para o ralo e eu enfiei minha língua em sua boca, uma tentativa de preencher toda aquela dor e inferno sentimental em que estava vivendo. Eu precisava de Michael dentro de mim, fazendo amor comigo, fazendo-me gozar. Uma forma de juntar os cacos. 
-Me ama? --Pedi. -Quero o seu pau dentro de mim. --Ele mordeu os lábios e sorriu fechando os olhos.
-Oh Deus! --Senti seu pau endurecer de baixo da minha bunda. -Não fala assim que eu fico louco. --Sorri eufórica e ele me jogou na cama, deitando em cima de mim, encaixando entre minhas pernas.
-Eu vou te comer todinha. --Seu sussurro foi como uma onda de prazer explodindo dentro de mim. E posso dizer, com toda certeza que, qualquer dia desses, sou capaz de gozar apenas ouvindo o som da sua voz. Até isso nele era incrivelmente sexual. 
-Amor. --Murmurei entre sua boca, em um grito sufocando dentro de mim de paixão e necessidade. 

Minha boca foi tomada, preenchendo-me com a sua. Sua língua dominando-me de uma forma brutal e prazerosa. Suas mãos migraram para dentro da minha camisola apalpando os meus seios, como se estivesse os conhecendo. Ele não sabe o quanto seus atos excitavam-me, deixava-me pronta para ele. 

Levei minhas mãos por dentro da sua camisa, apalpando o seu peito, sentindo sua pele quente, e seu corpo de homem. Se eu pudesse entraria dentro de Michael, comia-o por dentro, do tanto de desejo que sentia. Abri os botões de sua camisa enquanto ele nem se quer parou de beijar o meu pescoço com carinho, era como uma necessidade para ele, coisa que deixou-me nas nuvens por reparar. 

Girei meu corpo, ficando em cima do seu. Queria beijá-lo por inteiro, me lambuzar do seu corpo, senti-lo entregue a mim. Além do mais, queria agradá-lo, ouvi-lo gemer por minha causa. Com certeza, Barbara sabia fazer isso quando os dois transavam, com certeza ela o agradava do jeito que uma mulher precisa agradar o seu homem, para mantê-lo com você. E eu precisava experimentar, queria sentir-me merecedora do lugar em sua vida. 

Meus lábios percorreram seu peito branquinho, deixando uma trilha de saliva. Instalei-me em seu umbigo envolvendo minha língua dentro, chupando e sugando, sempre com o olhar para cima observando suas reação. Seus lábios afastados, seus olhos entorpecidos e um gemido saindo de sua garganta. Era um ponto para mim.

-Que boca gostosinha, meu amor. Estou ficando tão louco com isso. --Sua mão apertou com força os meus cabelos, e meu coração começou a disparar, tomando coragem para fazer o que minhas intenções estavam me pedindo. 

Toquei com as duas mãos no cós de sua calça, pronta para abrir o botão. Os olhos de Michael saltaram em expectativas, seu membro estava vibrando dentro da calça. Meu Deus, eu estava prestes a ter aquele monumento de pau sob o meu poder, completamente a minha mercê!

Desci o zíper, desprendendo as calças de seu corpo, revelando a mim o meu objeto de desejo. Descobri de sua cueca e lá estava ele, cara a cara para mim. 

A base de seu pênis era muito grossa, compondo um comprimento longilíneo, duro como uma rocha. Veias grossas, sinuosas, salientes e enrugadinho. Glande extremamente alterada, com um tom rosado latente. Eu podia senti-lo latejando entre as minhas mãos. 

-Preciso tê-lo dentro da minha boca. --Expôs meu desejo, sentindo meu coração ainda mais acelerado. -Quero fazer isso por você. Quero que seja agradável, e a única forma de fazer isso, é que fique quieto e me deixe fazer tudo. Mas peço paciência, não tenho experiência nenhuma. Pode ser que eu venha falhar e fazer um papel de ridícula, mas pode ser que eu venha agradá-lo e isso seria a melhor coisa. --Recebi um sorriso reconfortante.
-É impossível você fazer um papel de ridícula, me dando prazer. Tenho certeza que vou adorar, meu amor. Assim como adoro estar dentro de você, seria a mesma coisa. Nunca seria ridículo dar prazer ao seu homem. --"Seu homem" Se ele soubesse o quanto aquela frase encheu-me de segurança. 

Inclinei minha cabeça ao seu encontro, dando beijinhos suaves na cabecinha, apoiando-o em minhas mãos. Os olhos de Michael se fecharam, como uma reação positivo para mim. Prossegui com os beijos, até a base, acarinhando suas bolas, uma depois a outra. A mão de Michael se fecharam a punho. Fiz o caminho de volta pronta para abocanha-lo de vez. Impulsionei minha língua para frente descendo seu pau até a minha garganta, fechei meus lábios em torno dele, começando as primeiras sugadas. 

-Oh! --Michael contorceu, com um sorriso despontando no canto dos lábios.

Contornei minha mão mal fechada em seu pau, por conta da sua grossura, --era quase impossível fecha-la por inteiro--, ajudando nos movimentos que se tornavam rápidos gradualmente. A respiração de Michael estava audível, seu peito subia e descia com rapidez e seus olhos fechados, apertaram-se mais. 

-Você ainda me diz que não sabe fazer isso? Imagina se soubesse, amor. --Aumentei os ritmos de vai e vem, suas palavras inspiraram-me. 

O gosto do pau de Michael era uma delícia. Um sabor agridoce, do líquido pré-ejaculatório, denunciava que eu estava no caminho certo. Seus quadris remexeram de encontro a minha boca, suas mãos já se apoiaram na minha cabeça incitando-me a ir mais rápido. Os gemidos sôfregos de Michael ecoava em meu ouvindo, fazendo entre minhas pernas pulsar em desespero. Uma contração longa e devastadora. 

-Oh Nina! --Apertei seu pau com força, buscando o seu gozo possessivamente. -Nina! --Meus cabelos foram puxados, e minha língua entrava dentro da pele do pau, todas às vezes que era descoberta. 

Michael estocava minha boca com precisão, fazendo seu pau afundar para a minha garganta. Cravei minhas unhas em sua coxa, tentando conter a tensão. Seu pau saia e entrava em uma velocidade impressionante, tive que fechar os meus olhos com força, quando seus músculos enrijeceram. Um urro ecoou e senti sua porra sendo liberada em jatos dentro da minha boca, escorrendo pelas laterais. 

A expressão de Michael deixou-me satisfeita. O sorriso satisfeito em seu rosto denunciava o quanto eu havia agradado-o.

-Você é maravilhosa! --Enfiou suas mãos dentro do meu cabelo, admirando-me com desejo. 

Levantou-se da cama, ainda com os olhos vidrados em mim. Aproximou-se de meu corpo como quem hipnotiza e manipula. Seu pau ficou ereto de novo, ali, diante de meus olhos. Minha cintura foi puxada com força, sua boca faminta possuiu a minha, arrancando as minhas forças. Meu Deus do céu, que homem é esse! 

Minha camisola foi arrancada de uma vez, meus ombros beijados com doçura e ao mesmo tempo com posse. Me senti sua, completamente dona de todo o seu mundo, e mais uma vez completa. Meu sutiã foi tirado assim como a calcinha, tudo em uma velocidade impressionante. Meu corpo foi erguido e colocado de pernas abertas em sua cintura, foi tão sensual e abrupto que soltei um gemidinho. Minha boca foi tomada mais uma vez. Segurei seu maxilar, ditando o ritmo daquele beijo. Eu estava tão sensível e tão excitada que o beijei com vulgaridade e isso foi um combustível a mais. 

Meu corpo foi jogado na cama, observando Michael separar as minhas pernas, expondo-me completamente para ele. Se pôs entre elas inclinando-se sobre mim. Seu pau entrou com tudo dentro de mim, que meus músculos se contraíram todos, e rompi um grito. Ele era demais para mim, seu instinto brutal e sua potência levava-me à loucura. 

Suas mãos se puseram sobre as minhas, e nossos dedos se entrelaçaram.

-Eu vou foder você todinha, até o final. --Meu ventre vibrou com o seu tom. -Depois vou vira-la de costas e foder por trás, vou gozar muito dentro de você, e você vai implorar para que eu não pare. --Fiquei pensando sobre o que despertou esse instinto em Michael. Será que foi por causa do meu agrado inicial? Talvez se sentiu seguro para fazer o que quiser comigo, despertando assim, até os seus desejos ocultos. Assenti minha cabeça freneticamente em aprovação, com uma expectativa imensa, para que comece o mais rápido possível.

Meteu seu pau até o fundo, com uma força descomunal, que foi como um golpe, fazendo minha mente entrar em parafuso. Cravei minhas unhas em sua pele, pronta para mais uma. Minhas pernas se abriram ainda mais, como um convite para continuar, sua bunda empinou-se para trás, em um impulso, e ele voltou com tudo, fazendo todo o meu núcleo gritar de prazer. 

-Michael! --Urrei. 

Mas uma vez ele não se afastou para tomar impulso, permaneceu dentro de mim rebolando, subindo e descendo, fazendo um prazer grandioso aumentar com toda força. 

-Você é tão gostoso! --Segurei sua bunda, aproveitando a textura dura por conta da força que exercia dentro de mim. Ele beijou minha boca, com carinho, mas logo soltou. Seus olhos se reviraram e os ritmos começaram frenéticos, fazendo-me gritar de tanto prazer. Michael também gritava assim como eu, dava para perceber, pela sua boca entre aberta, e seus olhos revirando o quanto prazer que estava sentindo. Seu pau foi arrancado rapidamente dentro de mim e com a habilidade de suas mãos eu já estava deitada de burço sentindo sua grossura atingir-me por trás. 
-Ai meu Deus! --Apertei os travesseiros, sentindo Michael arremeter contra mim. Nunca pensei que sexo anal poderia ser tão dolorosamente gostoso como estava sendo, eu mal aguentava a agonia daquele orgasmo, que não era liberado de uma vez, precisava senti o poder violento, como todas às vezes que Michael me dava. -Mais rápido, amor, mais rápido. 

Os ritmos aumentaram tanto, que a cama batia de encontro com a parede. Cravei meus dentes nos lábios sentindo o orgasmo próximo. Apertei meus seios, e orgasmo veio como uma explosão. Abri a minha boca, e apertei os meus olhos, aproveitando aquela sensação que devastou-me por completo. Michael continuava estocando-me e mais eu sentia o seu efeito, suas mãos beliscaram minha pele e o grito foi dado. Os jatos quentes e espessos invadiram o meu interior, nunca vi tanto sêmen ser liberado nessa quantidade, nunca vi Michael gritar com essa força e nunca o vi, enlouquecer como naquela hora.

Minhas pernas estavam tão trêmulas que eu não conseguia mantê-las quietas. Michael puxou-me para o seu corpo assim que deitou o meu lado. Eu beijei seu peito, sentindo o cheiro de homem em seu corpo, meu coração cheio de amor.

-Eu amo você! --Confessei rangendo os meus dentes do tanto que aquele amor era devastador para mim.
-Eu também amo você. --Sua confirmação fez-me rir de felicidade. E começamos um beijo cálido em afirmação do nosso amor.










Capítulo 10




Notei que ainda estava nua com um lençol fino cobrindo apenas da cintura para baixo. Passei a mão no rosto em uma tentativa de conter a claridade que queimava os meus olhos. Sentei-me na cama e uma saudade do meu amor invadiu-me por dentro. Queria muita ter acordado no mesmo momento que ele, beijá-lo, abraça-lo e dizer mais uma vez o quanto eu o amo, mas eu sempre sou uma dorminhoca e nunca acordo a tempo. 

Respirei fundo para começar o meu dia. Encontrei uma camisa dele jogada pela poltrona e tratei de vesti-la, coloquei uma calcinha por baixo e quando estava prestes a ir até o banheiro, encontro uma caixinha vermelha ao lado do abajur com um bilhete embaixo. Abri um sorriso imenso por saber que se tratava de uma obra de Michael.

Abri a caixinha com cuidado, morrendo de medo de estragar, removi a tampa e pus a mão à boca quando meus olhos deram de cara com uma pulseira cravejada de diamantes e ornamentada de ouro. 

-Meu Deus, mas...--Puxei o ar diante da ofegância em saber que Michael seria capaz de dar-me algo tão caro e lindo. -Isso deve valer uma fortuna. --Murmurei. -Meu Deus eu não posso aceitar. --Peguei o bilhete que se encontrava em baixo da caixinha. O cartão grosso e pequeno continha suas letras à caneta. 

" Eu poderia viver o resto dos meus dias recluso no fim do mundo, onde não se encontra pessoas, casas, comida ou dinheiro. Por tanto, com seu amor, tudo eu terei. Nada sentiria falta, a não ser você." --Com todo o meu amor, MJ.

Fui capaz de ouvir sua bela voz aveludada e ao mesmo tempo firme e sexy invadir os meus ouvidos, e posso assegurar com toda certeza que foi a melhor sensação do mundo. Acho que Michael não tinha a mínima noção do quanto eu estava apaixonada por ele. O quanto meu coração acelerava, quando percebia o mínimo de reciprocidade de sua parte. Eu estava vivendo um sonho, parecia que eu dormi e estava no paraíso, e se esse for o caso, eu não quero acordar nunca mais.

Peguei a pulseira entre os dedos colocando com ânsia no meu pulso, ignorando qualquer valor que Michael, porventura, teria pago. Só consegui enxergar amor, carinho. Como um símbolo, de tudo que ele representava para mim. 

Depois da minha higiene matinal, rumei até a saída. Girei a maçaneta da porta e rumei para sala. Rose já estava por ali dando um jeito na casa, quando fui surpreendida com ela fitando meu sorriso feliz.

-Está tão contente! Foi um sonho bom? --Rompi um riso empolgado.
-É muito mais que um sonho bom, Rose. É a realidade! --Me joguei em seus braços apertando seu corpo em um abraço, começando a balançar o seu corpo de um lado para o outro em uma dança desengonçada. Rose ria como eu, compartilhando da mesma felicidade que a minha. 

O som da campainha soou, fazendo-nos interromper nossa dança em alerta. Rose fez menção de atender e eu interrompi. Queria saber quem havia chegado em uma manhã como aquela e no meio da semana, muito provável ser Esther, o que me fez tremer da cabeças aos pés, mas ela não iria me derrubar. Não depois de ter uma prova refutável de que o homem que amo, também me ama. 

-Pode deixar, Rose. --Ela assentiu e subiu pelas escadas, com certeza indo até o quarto arruma-lo. 

Respirei fundo e abri o trinco da porta giratória da entrada, contemplando a figura imponente de Esther Jackson, encarando-me com um ódio mortal. Seus olhos percorreram minhas vestimentas, quando me lembrei que estava vestida com a camisa de Michael, isso só piorou o modo que ela olhava para mim. 

Esther passou por mim, entrando pela casa como se fosse a dona, engoli em seco e fechei a porta de novo. 

-O Michael não está. --Abri os braços tentando argumentar o que parecia ser bem óbvio. 

Esther voltou a encarar-me fulminante. Ela me intimidava, deixava-me nervosa e com vontade de sair correndo. 

-Não vir falar com ele. --Sua voz tremida e rangente denunciava o quanto Esther estava tentando se controlar. -Vir falar com você. --Apontou sua mão em minha direção onde segurava seus óculos caros de sol.
Eu precisava urgentemente consegui de dentro de mim um autocontrole para não deixar aquela mulher perceber o meu nervosismo, mas eu sabia que era tarde demais. 
-Eu vim aqui te pedir...--Fechou os olhos, respirado fundo. -Pedir não, exigir. Pegue suas coisas e dê o fora daqui! Pago qualquer quantia que quiser. Faço um chegue agora mesmo. --Esther abriu a bolsa, tirando de dentro talões de chegue e uma caneta. Eu a olhava e choque, ferida e ofendida, por ela achar que podia comprar o amor puro e forte que estava sentindo pelo seu filho. 
-Eu não quero nada! --Bradei mais alto do que eu gostaria. -Eu amo o Michael. Amo com todas as minhas forças, com toda a minha alma. Amo com toda a sinceridade do meu coração. E não será o seu dinheiro, seu carro chique, suas roupas de grife e nada disso que vai mudar alguma coisa. --As lágrimas denunciavam escorrer pela raiva que eu sentia. Esther começou a gargalhar deixando-me ainda mais chateada. Ela parou de rir finalmente, mas olhar gélido que me lançou, fez meu coração palpitar.
-Você pensa que é quem? Você pensa que está onde? --Ela encarava-me com um deboche oculto, em um desespero inerente em me fazer acordar de um sonho. -Que você é a plebeia e o meu filho o príncipe, que irá resgata-la da pobreza e da cafonice? Faça-me o favor. --Travei meu maxilar contendo as lágrimas. -Aqui é a realidade minha querida, e Michael não é o seu príncipe. Olha só pra você, usando essa camisa depois de abrir as pernas pra ele. É isso que quer, não é? A grana dele? --Eu não tinha palavras para argumentar, só deixava que as lágrimas saíssem dos meus olhos, sentindo meu coração tão ferido... Esther olhou para a joia que Michael havia me dado, no braço e se aterrorizou. Pegou meu braço com força sem a menor delicadeza para enxergar melhor. -Olha só pra isso? Ganhando até jóias? --Jogou meu braço como se queimasse as mãos. -É isso que uma menina ganha quando dá para um homem milionário? Uma pulseira de diamantes? Michael se tornou tão debilmente óbvio e melo dramático.
-Já chega! --Gritei não aguentando mais ouvir aquilo. -O que Michael e eu temos não se trata disso. Não se atreva questionar os meus sentimentos e nem distorcer a minhas intenções. Isso eu não admito, a senhora não me conhece. 
-Conheço o suficiente pra saber o tipo de garota você é. --Caminhou próximo a mim sem o menor abalo. -Esse seu jeitinho sonso, suas roupas cafonas e rasgadas, pobretona e desamparada. Mexe sim com o coração de um homem como o meu filho, mas queridinha, preste atenção. Você não se encaixa nas nossas vidas, não combina com nada e muito menos chega aos pés do tipo de mulher em que Michael se envolve. Viu a Barbara? Ela sim é mulher para ele, rica, linda, elegante. Coisa que esses seus cabelos amarrotados, a camisa da CK do meu filho e esse bracelete da Channel cravejada de diamantes, esses pés descalço com unhas mal feitas, nunca irão bater. 

Esther lembrou-me dolorosamente qual era o meu lugar e isso foi pior que uma facada no coração. Se ela pegasse uma arma e atirasse na minha cabeça e me deixasse caída para um carro me atropelar, não seria pior. Eu estava dilacerada por dentro, era como agonizar sem socorro algum. 

-Caia fora enquanto há tempo. Estou polpando-lhe o sofrimento. Porque eu farei de tudo pra você ser chutada igual um cachorrinho da vida dele. --Esther deu seu recado e saiu pela porta. 

Nunca me senti tão humilhada em toda minha vida como aquela mulher fazia-me sentir. Mas eu não conseguia odiá-la, eu sentia ainda pior. Eu acreditei em suas palavras, acreditei o quanto sou uma intrusa na vida de Michael, o quanto sou um ser insignificante e que nunca me encaixaria em sua vida, assim como sua mãe mesmo fez questão de esfregar em minha cara. 

Subi correndo para o quarto nem ao mesmo preocupando-me se Rose estava arrumando o quarto e me joguei em cima dos lençóis chorando feito um bezerro esfomeado. 

-O que aconteceu, Nina? --Arranquei a pulseira que Michael havia me dado do punho e joguei por qualquer canto. 

De repente aquele símbolo de amor que eu havia conotado se transformou em dor e desmerecimento. 

-Eu não sirvo pra ele. --Respondi em um fio de voz. -Eu sou só uma empregada ao qual Michael se envolveu por estar solitário. Eu não sou nada e ele precisa se livrar de mim. --Rose olhou-me com pesar.
-O que irá fazer então, Nina? --Respirei fundo certa do que eu queria. 
-A coisa certa, Rose. Vou terminar com ele.








Capítulo 11




Minha intensão era sair por aquela porta e ir embora sem que Michael soubesse, sem aviso prévio, ou explicações. Assim evitaria um drama desnecessário, e no fim ele acabar me convencendo. Mas foi impossível quando a porta giratória se abriu mostrando a sua chegada. Michael olhou para mim, e depois para minhas malas em mãos. 

-O que é isso? --Perguntou com um sorriso confuso nos lábios. -Está indo aonde, amor? --Confesso que foi quase impossível ter que suportar essa situação, eu estava por um fio de desistir e inventar uma desculpa qualquer a respeito das malas, mas o motivo que fez-me desistir daquele amor veio à tona como um despertar. 
-Eu vou embora. Aqui não é o meu lugar, Michael. --Minha voz embargou-se na última frase, mas controlei ao máximo.
-O que ? Você só pode estar brincando. --Ele parecia perplexo. -Ficou maluca, Nina? 

Eu só estava tentando poupar a sua vida, seus costumes sociais, e, poupando-me da pressão que estava sendo envolver-me com ele. 

-Me desculpa, mas eu não posso. --Agora sim deixei as lágrimas inevitáveis rolarem. -Sua mãe veio aqui, as coisas que ela disse, que ela jogou na minha cara. --Ele riu com ironia, perpassando a mão em seu rosto. 
-Eu não acredito que está tendo essa ideia por causa da minha mãe. 
-Ela está certa. Nós não combinamos, eu não sirvo pra você.
-Acontece que sou eu quem decido, Nina! --Sua voz se elevou e eu gritei por dentro. -Essa é a minha vida. Eu sou um porra de homem feito, caramba! 

A pressão que sua mãe dava a ele parecia sufocante demais, e eu percebi isso pela sua forma estressada em se defender. 

-Nem minha mãe, nem Barbara ou ninguém tem nada a ver com isso. Somos nós que decidimos. Nós! 

Ele estava certo, eu não deveria deixar que as pessoas se metessem, nem mesmo a sua mãe. Mas ela avisou, não iria aceitar tão fácil e com certeza minha vida se tornaria um verdadeiro inferno.

-Michael eu sei, mas... Você deve entender que somos completamente diferentes. 
-Não vejo diferença alguma. Você é tão apaixonada quanto eu. --Sim, ou até mais. -Precisa de um amor tanto quanto eu, compartilhamos dos meus sonhos e anseios, dos mesmos interesses. Eu não vejo diferença alguma. 
-Eu sei, mas...
-Quer que eu ajoelhe? --Michael inclinou-se até o chão apoiando o seu corpo a um de seu joelho dobrado. -Eu faço qualquer coisa. --Seu olhar estava tenso, e determinado a convencer-me. 
-Michael, não faça isso. Não é necessário. --Me senti tão envergonhada e tão emocionada pelo seu ato que eu podia explodir. 
-Então me diz que vai ficar, Nina? --Ele segurou os meus dois braços, quase suplicando. -Me diz que me ama e que nunca mais, irá ouvir o que as pessoas falarão de nós? --Eu estava tão confusa, não sabia o que fazer. Mas com certeza ficar era o maior dos meus desejos. Ficar era tudo que eu queria, era maior do que as ameaças de sua mãe, o meu complexo em relação a Barbara e as diferenças sociais entre nós. Eu o amava e isso era nítido. 

Me joguei em seu corpo abraçando seu pescoço, fazendo com que sua cabeça encostasse na minha barriga. O abracei com força, com necessidade. Era um grito de desespero, ânsia e desejo. Ficar com ele era tudo que eu precisava. 

Michael beijou meu ventre com eloquência, com ansiedade que achei que iria enlouquecer. Ele estava tão ferido quanto eu e isso era bem evidente. Deus, eu quase estava jogando tudo fora por causa daquela mulher cruel e sem coração como Esther é? Eu só podia estar louca.

-Diz que me ama, Nina? Diz que ficará ao meu lado e que nunca mais irá escutar o que minha mãe diz? --Puxei seu terno fazendo-o se levantar, envolvi meus braços em seu pescoço e olhei bem no fundo de seus olhos negros e intensos. 
-Eu amo você, meu amor. Eu amo tanto que chega doer. Você é o homem da minha vida e eu não quero ir embora. --Minha boca foi tomada com volúpia e nossas línguas brigavam com força dentro de nossas bocas, em desespero e necessidade. 

(...)

Michael e eu nos encontrávamos embolados no sofá. Sentei ao seu lado com os pés ao sofá, aconchegada em eu peito. O cheiro de sabonete pós banho estava impregnado em seu peito nu, ao qual eu dava carinho a todo momento. Eu realmente não seria capaz deixá-lo, nem que se eu dependesse disso. Eu amava tanto que eu temia ser tarde demais. 

-Onde está o bracelete que eu te dei? --Comentou acarinhando o meu punho, e uma vergonha dominou-me por lembrar a forma que eu o atirei. Eu estava nervosa, não pensei direito e desfiz completamente de um presente que com certeza comprou com carinho.
-Amor, sabe o que...--Eu não consegui falar. -Eu... -Michael pegou algo no bolso da calça de moletom.
-Será que é essa aqui? --Reconheci a pulseira de diamantes e ouro, sabendo perfeitamente que Michael havia encontrado no chão do quarto.
-Me desculpe amor. Eu estava tão nervosa e desesperada. Sua mãe chegou aqui, me acusando, questionando o meu amor por você, querendo afirmar que era interesse que fiquei louca. --Michael segurou meu braço dentre suas mãos e colocou a pulseira em meu pulso.
-Pois é. --Levantou a sobrancelha em uma confirmação nítida de que havia encontrando-a pelo chão. -Quando a encontrei no meio do chão do quarto, logo pensei em um motivo. 
-Me desculpe?--Pedi mais uma vez. 
-Não quero que nunca, jamais, você leve em consideração o que minha mãe disser. Ela não sabe de nada, não tem nada a ver com a minha vida. Minhas escolhas sou eu que faço. --Maneei a cabeça. -Mamãe age como se fosse uma santa, da alto sociedade e que pode pisar em todos que julga inferior, como se tivesse moral pra isso. Mas as coisas não são bem assim. --Franzi o cenho esperando que continuasse. -Mamãe não nasceu em berço de ouro, assim como age. Meu pai a conheceu em uma cafeteria, ela era uma balconista. --Imaginei imediatamente aquela mulher chique e elegante, cheia de si, usando em avental de balconista em uma cafeteria popular da cidade, servindo café. E posso assegurar com toda a certeza, que foi quase impossível de acreditar.
-Está falando sério? --Michael soltou um riso nervoso e balançou a cabeça.
-Nunca fui tão sincero em toda a minha vida. Papai sim tinha grana, e se apaixonou por ela assim que a viu. Não preciso dizer o que aconteceu depois. Mas os bens dele ficaram para mim, não incluíam ela. O que posso imaginar o porquê. 
Aquela história fazia um nó tão grande na minha cabeça, que era complicado demais raciocinar.
-Mas e a casa, e sua pose? --Michael riu de novo.
-A casa é do meu pai, e está no meu nome, mas eu não tive coragem de expulsa-la. A final, ela é minha mãe, não é? Além de que pago sua pensão mensal para que mantenha seus luxos e caprichos. 

Eu fiquei tão abismada com essa história que até parecia mentira. Mas ao mesmo tempo, fazia o total sentindo. Será que as ações de Esther Jackson, essa ânsia de manter Michael sempre por perto, essa mania em querer controla-lo, era apenas por interesse? De uma coisa eu sabia. Michael já havia sacado tudo e não estava tão inocente em tudo aquilo.

-Papai era um homem bom; justo, honesto. Sempre se preocupou com as pessoas, fazendo qualquer coisa para que elas tivessem um pouco de felicidade. --Sorri orgulhosa. Pelo jeito, Michael havia puxado completamente o seu pai, o que deixou-me tão contente e ao mesmo tempo segura. -Sinto falta dele. --Sorriu de lado com um pesar.
-O que aconteceu?
-Câncer. --Dei uma gemidinha em uma revolta.
-Isso é uma praga! Nunca tive caso na família, mas sei o quanto é horrível. 
-Sem sombra de dúvidas. --Ele olhou para mim como quem precisasse perguntar algo. -E seus pais, onde estão? 

De repente lembrei-me de toda a minha família, minha casa e minha infância. Senti tanta saudade de uma vida simples, onde nada mais importasse a não ser, ser feliz. 

-Eles morreram em um acidente de carro, quando eu tinha apenas quinze anos. 
-Oh, meu amor! Eu sinto muito. --Suas mãos acarinharam minha pele, passando-lhe o total apoio, o que eu achei tão fofo que eu podia agarra-lo agora. 
-É, não foi nada fácil. Sinto falta deles, do seu apoio, carinho. Mas a vida segue, por mais que não podem estar comigo agora. --Meu queixo foi segurado em suas mãos, fazendo-me olhá-lo nos olhos. 
-Eu estou com você. --Aqueles olhos grandes e intensos, tinha uma sinceridade impar, ao qual emocionou-me instintivamente. 

E estar com ele, era tudo que eu mais queria nessa vida. Ser namorada de Michael, confortava-me o coração de uma tal forma que parecia, que não existia mais nada no mundo, a não ser eu, ele e nosso amor. Era tranquilo! 
Despontou um sorriso calmo dos meus lábios e o beijei com todo amor, e gratidão em que eu estava sentindo naquele momento. Sua língua pediu passagem para adentrar-me com sutileza, agarrei sua boca como um pedido nítido em tê-lo para mim. Eu o amava, tanto, tanto que chegava a doer dentro de mim. Eu precisava daquele homem como preciso do ar, de alimento e de vida. 






Capítulo 12


Não consegui dormir naquela noite, meus pensamentos vagueavam como um peregrino longe de sua terra natal. Eu pensava como pude ter tido a sorte de encontrar um homem como Michael na minha vida, um homem que não era só bonito, nem sexy e apenas bom de cama. Ele é um ser extraordinário, é tão rico, mas tão simples ao mesmo tempo que parecia até de mentira. Seu jeito calmo, e doce era o que mais me encantava. 

Acarinhei minha pulseira de ouro que ele havia dado a mim, repetindo um mantra em minha mente de que nunca eu pudesse ser capaz de acordar desse sonho em que estava vivendo. Olhei para o meu lado da cama, e a visão imponente de Michael completamente nu fez-me salivar. Havíamos acabado de fazer amor, mas ainda assim, conseguia sentir-me excitada por ele. O lençol cobrindo apenas suas pernas, deixando uma de sua nádega exposta causava um reboliço entre minhas pernas. Suas costas longilínea, com uma leve musculatura marcando, revelava o quanto ele estava relaxado em seu sono. 

"Oh Michael, como você é gostoso!" murmurei para mim mesma, não conseguindo mais resisti. 

Engatinhei pela cama, para alcançar seu corpo. Comecei com beijos suaves em suas costas. Não me contendo, aprofundei meus beijos, começando a lambê-la e mordisca-la suavemente. Ouvi um murmúrio satisfeito, Michael agarrou-me pela cintura, jogando-me na cama. 

Seu olhar terno, sua expressão risonha, me mostrava o quanto eu acabar de agradá-lo. Passei minha mão em seus cabelos úmidos pelo suor contemplando seu rosto angelical. Depois levei minha mão esquerda até seu pau começando a acaricia-lo. Senti enrijecer no poder de minhas mãos, tão rígido e viril que me enlouqueceu. Michael gemeu tão gostoso que incitou-me movimentar o meu toque com suavidade. 

-Você está mexendo com fogo, meu anjo. Tem certeza que quer prosseguir com isso? --Sua voz estava visivelmente rouca e excitante. Minha intimidade pulsava como nunca, louca por um toque, o mesmo que eu lhe dava. 

Era incrível saber que continuava tão excitada como antes de ser possuída por Michael, mesmo depois de ter me saciado. Ele tinha um poder que era difícil demais de ser controlado. Desci minhas mãos em suas bolas massageando sua pele macia. Seu pau pulsou com intensidade, liberando o líquido pré-ejaculatório. Eu adorava contemplar as reações que eu lhe causava só em masturba-lo. 

-Amor.. --Seus músculos se enrijeceram, e seus quadris se movimentaram ao ritmo do meu toque. 
-Eu quero faze-lo gozar em minhas mãos, meu amor. --Murmurei, ouvindo gemer com o som da minha voz. Sua mão segurou a minha com força, interrompendo o meu toque.
-Não! Vou gozar em sua boca. 

Michael empurrou-me com delicadeza deitada na cama, subindo sobre o meu corpo. Suas pernas de um lado e do outro na altura da minha cabeça, dava-me uma visão nítida da sua masculinidade, e isso foi um deleite para mim. Abri a boca para recebê-lo tão ansiosa como nunca. Seu pau entrou no fundo de mim, apoiei minhas mãos em sua bunda para manter firme os movimentos de vai e vem. Senti os jatos quentes invadir minha boca como uma fonte, e eu bebi tudo com toda a satisfação do mundo. 

-Ai meu Deus! --Murmurei, quando ele saiu de cima de mim. -Você é maravilhoso. Quero tanto você. --Pedi querendo senti-lo dentro de mim dessa vez. 

Seu dedo enterrou-se em minha intimidade subindo e descendo, causando-me histeria. 

-Está tão molhadinha, meu anjo. Isso tudo é por minha causa? 
-É por você meu amor. Só por você. --Ele deu uma risadinha gostosa e eu ofegante como nunca, ansiosa e sedenta. -Me come, por favor. Preciso de você.
-Um pedido como esse, não posso recusar. --Michael subiu em cima de mim, abrindo minhas pernas com as mãos, enterrando-se em mim com força. Rompi um grito de agonia, senti-o atingir pontos tão sensíveis que quase fez-me gozar.
-Michael. --Sussurrei abalada. 
-Ai meu Deus, como você é gostosa meu amor. --Urrou ele, sem parar de estocar-me feito um louco. Meus gemidos aumentava à medida que meus nervos sensíveis eram atingindo pela sua potência. 
-Meu Deus, Michael! --A cama rangia diante da força de sua arremetida. Eu estava tão molhada que Michael corria livre dentro de mim. 

Sua bunda começou a rebolar com mais calma agora, dentro e fora, dentro e fora. Aquilo era tão gostoso e alucinante... Foi com mais rapidez dessa vez. Dentro e fora, dentro e fora, dentro e fora. Rompi em grito agonizante sentindo o orgasmo atingi-me em cheio. Voltou com calma de novo, espalhando os espasmos dentro de mim. Senti seu gozo preencher-me mais uma vez. 

Michael caiu ao meu lado na cama, tão cansado quanto eu. Subi em seu corpo sentindo suas mãos me protegerem. Dei beijinhos em seu peito, sentindo seu lábios estalar um beijo em minha testa. 

-Tive uma ideia. --Michael comentou de repente, deixando-me curiosa. 

Ele levantou-se da cama, cobrindo o corpo com o lençol, procurou algo dentro da sua carteira que estava em cima do criado mudo e voltou para cama, mostrando um cartão de crédito. 

-O que é isso? --Não sabia ao certo onde ele queria chegar, mas eu sabia perfeitamente bem a quantidade de dinheiro que havia disponível naquele cartão vermelho. 
-Quero que amanhã você pegue esse cartão e vá até umas lojas que indicarei, e compre roupas novas. Vá a um salão de beleza e fique linda. --Para falar a verdade não me senti ofendida diante daquela proposta, Michael só queria o meu bem, ele sabe o quanto fiquei mal quando me vi de roupas rasgadas na casa de sua mãe. O que me incomodava de fato, era ter aquela grana toda em minhas mãos. Nada daquilo era meu, e eu sempre aprendi desde pequena que devemos lutar por nossas coisas, porque coisas dos outros são dos outros.
-Michael eu não posso. --Virei-me para o outro lado, determinada a faze-lo mudar de ideia. 
-Ah que isso, Nina. É um presente. Eu sei que ficou mal por causa daquele episódio, não quero que se sinta assim de novo. --Meu braço foi segurado e em um puxão de leve, Michael fez-me olha-lo. -Você é linda, e eu amo você da mesma forma, mas eu vi como ficou. Talvez quando se vestir melhor o seu receio com a minha família possa diminuir um pouco. Só quero levantar o seu astral. Refletir por fora o que eu vejo por dentro. 

Ele tinha um olhar justo, e intenções nobres. Talvez Michael estivesse certo, se caso eu me vestisse melhor, talvez sua mãe não implicaria tanto comigo. 

-Você tem certeza, que isso é o certo? --Ele sorriu de lado.
-Só se você quiser, meu anjo. Eu só quero mostrar que estou à disposição. -Michael era tão bom para mim, um perfeito cavalheiro. O dono do meu mundo e do meu coração. Eu estava completamente apaixonada por ele. 

Peguei o cartão de crédito de suas mãos, lançando-lhe um sorriso esperançoso, mostrando-lhe que aceitaria sim o seu presente. Eu me sentia segura ao seu lado, totalmente confiante.




Capítulo 13




-Rose! --Apareci nas escadas, chamando-lhe a atenção. -Largue tudo que esteja fazendo, e vamos às compras. --Rose, me olhou confusa, mas eu estava sorrindo como nunca antes. 

Paul, o motorista de Michael nos levou até uma loja de roupas chique, chamada Channel. Até as atendentes daquela loja eram maravilhosamente deslumbrantes. Usavam um terninho de camurça preto, com rosto bem marcado de maquiagem. Era bem parecidas com Barbara, a mulher lindíssima que já foi namorada de Michael. E de novo me senti como um chaveiro de cofrinho, enquanto ela a chave do cofre do melhor banco da cidade. Aquela sensação era ainda incômoda, mas eu sabia que esses dias iriam acabar. 

-Srta Throne, não é? --A loira escultural, perguntou-me simpática. Assenti. -Sr. Jackson disse que viria. E deixou bem claro que eu devo trata-la muito bem. --Ela sorriu e eu acompanhei, sabendo que meu namorado era o melhor do mundo. Pisquei para Rose, e nós acompanhamos a moça para dentro da loja. 

Cada peça, uma mais maravilhosa que a outra, que eu me perguntava se eu realmente tinha corpo para usar um daqueles. Rose ficou deslumbrada, me dando toda força do mundo. Optei por algo bem a minha cara, nada muito ousado, ou cheio de brilho. Apenas algo que me deixasse linda, mas ao mesmo tempo deixando em victo a minha personalidade. Eu não queria ficar parecida com as peruas como Esther Jackson ou Barbara, cheias de brilho e sofisticação. Um vestido melhor com uma ajeitada nos cabelos já estava de bom tamanho.

Lory, a atendente, entendeu exatamente o que eu queria e sugeriu-me peças lindíssimas que fiquei encantada. Rose, também aprovou. Depois de tantas peças compradas e pagas, foi a vez dos meus cabelos sofrerem alterações. Queria manter o tom ruivo das mexas, mas como o cabeleireiro sugeriu, realcei ainda mais o brilho. Finalmente tomei coragem de deixa-los soltos, depois do belo corte. 

Visitei manicure, pedicure e spa junto com Rose, que se sentiu uma dama deitada naquela maca recebendo massagens. Parecíamos duas madames. Tratamento de pele não ficou para trás e até aprendi um jeito fácil de me maquiar com frequência. Estava ansiosíssima para Michael conhecer a nova Nina. Queria muito que o homem da minha vida sentisse orgulho de mim. 

(...)

Chegamos logo no final da tarde, cheias de sacolas de várias lojas diferentes, com a ajuda de Paul, colocamos tudo dentro do apartamento. 

Michael apareceu pela sala, com o olhar fixo a mim, como se eu fosse uma fruta saborosa. Mordi o meu lábio e coloquei uma mexa do cabelo atrás da orelha em uma expectativa inerente em saber o que ele estava achando. 

-Meu Deus! --Seus olhos brilhavam como as estrelas do céu, e seus sorriso era o mais lindo e desejoso do mundo. -Você está maravilhosa, meu anjo. -Sorri tímida, sentindo os meus olhos queimarem de emoção, pela sua aprovação nítida e incontestável. 

Michael veio correndo em minha direção, enlaçou minha cintura com suas mãos e tomou minha boca em um beijo forte, repleto de desejo e luxúria, sem dar a mínima se Paul ou Rose estavam na sala vendo tudo.

-Paul, leve as sacolas lá para cima, sim? --Pediu Michael. Fui até Rose e segurei em suas mãos. 
-Obrigada pela sua companhia, Rose. Espero que tenha se divertido. 
-Me diverti e muito. Às vezes relaxar em um spa é uma das maravilhosa do mundo. --Rose disse divertida e nós rimos. 

Eu amava a companhia dela, a sua amizade. Na verdade, eu amava tudo que estava vivendo naquele momento, acho que quando dizem que se os problemas aumentarem, um banho de loja é capaz de resolver tudo. Acho que estavam certos. 

Michael e eu subimos para o quarto depois que Paul deixou as sacolas, e eu pude desfrutar do meu amor como nunca. Enlacei minhas mãos em seus quadris acarinhando seu bumbum por cima da calça jeans. Ele tinha um olhar tão terno para mim que sentia-me amada.

-Como foi tudo, me conta? Trataram você bem? --Sorri de lado lembrando-me o quão fui bem tratada.
-Oh sim! Até demais. Engraçado que todos me conheciam. Sabiam o meu nome e que sou a namorada de Michael Jackson. -Ele riu mordendo o lábio, como uma cara de sapeca que ela adorável.
-Avisei a todos para cuidar muito bem da mulher que eu amo, e deixa-la linda. Acho que valeu a pena. 
-É, acho que valeu sim. Gostou da cor do meu cabelo? Eles realçaram a cor um pouco. --Levantei as mexas para mostrar a ele, e Michael continuava me olhando com idolatria. Era tão bom saber que o motivo daquele olhar apaixonado sou eu. 
-Você está maravilhosa, meu anjo. Tudo em você está perfeito, cada detalhe. Não poderia ter resultado melhor. 

Agarrei seu corpo de novo, e o beijei com força cobrindo minha boca na dele. Uma forma de dizer, o quanto me enlouquecia ser tratada com tanto carinho. Nossas línguas duelavam dentro de nossas bocas e eu só conseguia sentir tesão por ele. Mas eu não podia deixar ir longe demais. Eu estava cansada e precisava de um banho, queria tirar aquela maquiagem do rosto. 

-Espera. --Impedi Michael de avançar, segurando com as duas mãos em seu peito, deixando-o confuso e frustrado. -Só vou tomar banho rapidinho, meu amor. Eu já volto. --Ele concordou sem protestar, e eu sorri para ele.

Entrei no chuveiro assim que me encontrava despida, a água quente banhava o meu corpo relaxando por inteiro. Eu estava feliz por dentro, sentindo-me em paz, como se nenhum problema pudesse me atingir naquele momento. Senti mãos envolvendo-me por trás, lábios beijarem a minha nuca, e uma protuberância cutucar a minha bunda. Era o homem da minha vida, fazendo-me feliz de novo como o seu poder incrível de envolver a minha alma, apenas com um toque.

Virei para ele, aquele corpo escultural despido era a perdição para mim. Seu pau ereto dava-me uma sensação deliciosa entre as minhas pernas, aquele olhar entorpecido examinando-me por completa era como me fazer gozar. Agarrei o pescoço de Michael, sentindo-me louca, cobrindo minha boca na sua com uma fome da sua alma que eu nem sabia explicar direito. 

Minhas mãos que antes estavam em seu tronco, desceram instintivamente à suas nádegas, apertando-as, tomando-as para mim. As mãos dele fizeram o mesmo processo que eu, nós éramos um do outro, e ninguém poderia contestar isso. 

Enfiei minha mão direita dentro dos seus cabelos molhados, guiando-o suas lambidas em meus seios. Os gemidos dele de satisfação me contagiava. Eu queria encarecidamente um toque dele, senti-lo no fundo de mim com movimentos profundos e fortes. 

-Me possua, meu amor. --Pedi entorpecida de desejo, em chamas de paixão. Michael estava nas mesmas condições que eu, louco para ter-me para ele. 
-Eu não quero ser delicado, meu anjo. --Sua voz rouca, misturado com o seu desejo, fez tudo dentro de mim pulsar. -Eu quero entrar no fundo, estocando com força até fazer você gozar. --Era tudo que eu queria, tudo que eu necessitava naquele momento. 
-Eu quero você, não importa como, eu só quero dentro de mim. Quero o seu pau, preenchendo-me, fazendo de mim sua. Quero que me foda agora, Michael. 
-Oh, meu anjo! Adoro quando está assim, tão receptiva. Me enlouquece, sabia? Fico tão excitado que meu pau até dói. 
-Então se liberte dentro de mim. --Não precisei falar mais nada. Michael ergueu-me em seu corpo. Abri minhas pernas envolta de seu quadril e ele invadiu-me bem lá no fundo arrancando de minha garganta um grito de prazer.

As estocadas foram ininterruptível, como um louco selvagem, ansioso para gozar. Eu entendi bem o seu desejo, era o mesmo que eu meu, e senti-lo tão grosso e faminto dentro de mim, atingindo nervoso sensíveis estava me levando a um abismo enlouquecedor. 

-Oh, Michael! --Os movimentos dele foram rudes e frenéticos, que minha cabeça entrava em parafuso, era como se me arrancasse desse mundo. -Oh meu Deus!
-Meu pau não consegue se controlar dentro dessa bocetinha gulosa, meu anjo. Ele fica louco. --Cravei meus dentes em seus ombros, me sentindo quase lá. As mãos de Michael nas minhas pernas ajudavam no ato. -Ele adora quando está toda molhadinha assim. Isso tudo é por minha causa, meu anjo?
-Minha bocetinha, adora a visita do seu pau. Ela se enxarca toda para recebê-lo. E está louca para receber seu presente de gratidão, invadi-la com sua porra. -Ouvi Michael urrar, por causa das minhas palavras, libertando-se dentro de mim. Fui invadida com tanto gozo, e senti-me flutuar. Apertei seu pau envolta de mim com força enquanto os espasmo, reverberava todo o meu sexo, tirando-me de órbita. 

(...)

Apoiei minhas mãos no peito nu de Michael, e ele nas minhas coxas, acarinhando a minha pele, enquanto conversávamos em nossa cama. Eu adorava ficar com corpo tão colado ao meu homem, pele sobre pele, desejo contra desejo. Era um dos pontos mais altos da minha vida. 

-Você é tão minha, Nina. Tão minha que não consigo ver a minha vida sem você. --Sorri entorpecida, cheia de emoção e amor, porque era exatamente o que sentia em relação a ele. -Você me faz querer mais, muito mais. --Os olhos de Michael estavam brilhando, mesmo com o ambiente apenas com a luz do abajur acesa. Sua expressão apaixonada, e seu corpo trêmulo, denunciava que aquela declaração não era vã. -Eu amo você. Amo como nunca amei ninguém, eu não posso correr o risco de perdê-la. --Segurei seu pescoço, trazendo para próximo de mim.
-Eu estou aqui, não vou a lugar algum. Eu também amo você. --Minha boca foi sugando com muita força e necessidade. Seu coração estava tão acelerado que era impossível esconder a emoção que ele estava sentindo. 
-Eu quero me casar com você. --A voz dele saiu firme, e convicta. Como se não falasse assim, não teria coragem. Meus olhos piscaram freneticamente, como se eu estivesse sonhando, e meu coração palpitou forte que doeu. Eu nunca achei que receberia um pedido como aquele, nunca na minha vida passou pela minha cabeça ser tão feliz no amor. Amar tanto e ser correspondida, querer tanto uma pessoa e ela me querer da mesma forma, com a mesma intensidade. 
-Ai meu Deus, sim! Sim, amor, sim. --Não havia o que pensar, não havia como contestar e procurar barreiras, nos pertencíamos, e isso era mais que um fato dentro do meu coração. 







Capítulo 14



Eu não conseguia me reconhecer durante esses dias que se passaram, eu me sentia com a espiritualidade serena, uma completude impar, ao qual era difícil demais ter algo ou alguém que pudesse dissipar toda a felicidade que eu estava sentindo na alma. Até a minha aula de literatura naquela noite era um ponto a mais para iluminar os meus dias. Foquei em uma frase de Shakespeare que diz que: "Somos feitos da mesma matéria que os nossos sonhos" Essa frase estava estampada no quadro negro, em uma aula básica sobre autores motivadores. E como sempre, aquilo tocava  em meu coração.

Certamente estar onde eu estou, ter ido para casa de Michael, me apaixonado por ele e ser sua noiva, era mais do que eu merecia. Mas era o meu sonho, ter alguém que eu amasse e que amava-me da mesma forma. Eu estava realizando os meus sonhos. Talvez eu merecesse sim tudo que está acontecendo comigo. Eu sempre fui batalhadora, corri atrás dos meus sonhos a partir do momento que me vi completamente sozinha no mundo e, com muita dificuldade consegui grana para fazer uma faculdade. Nunca peguei nada de ninguém, tudo que é meu, foi com o meu suor. Talvez tornar-me noiva de Michael era uma forma de Deus dizer que fui uma boa garota, que agora seria a minha hora ser feliz. Abri um sorriso escancarando, cheia de expectativas, louca para a aula acabar e eu correr para os braços do meu príncipe. 

Arrumei tudo dentro da bolsa e caminhei até a saída. Como a noite era fria eu usava um casaco de frio listrado em preto e branco, com um capô atrás. Uma calça  até a metade de canela e um tênis sem meias, azul marinho. Não seria nada legal aparecer em uma aula com as roupas chiques que comprei. 

-Ei, Nina! --Ouvi meu nome atrás de mim, e logo Andrew apareceu na minha frente bastante ofegante. Parecia que havia corrido quilômetros.
-Oi Andrew! Como vai? --Andrew era um garoto da minha turma e nesses dias eu estava pegando matéria com ele. Ele estava me ajudando muito. 
-Eu vou bem. --Assenti simpática esperando que me dissesse o que queria comigo. -Tem uma galera que vai até a praia, tocar um som e jogar conversa fora. Tá a fim de ir? --Parecia uma boa ideia. Eu adorava esse tipo de programa. Sentar em frente à fogueira, ouvir uma música conhecida onde todos cantam juntos com um violão, parecia bem gostoso e apropriado para aquela noite. Mas eu estava louca para me aconchegar no sofá da sala com o meu amor, ver um filme e receber carinhos e mimos. Acho que ficar com Michael era de longe muito melhor.
-É que  o meu namorado está me esperando. Eu não comuniquei a ele, então acho... que não é uma boa ideia. --Eu não gostava de dispensar as pessoas, por isso fiquei sem jeito de dizer a Andrew que eu não iria. 
-Jackson, não é? O magnata? --Assenti sem jeito. Não que eu tivesse vergonha de dizer que Michael e eu somos um casal, mas sem jeito pelo tom de voz de Andrew que foi bastante insinuativo. Não queria que alguém pensasse que estava com Michael por causa da grana dele. 
-O homem que eu amo. --Corrigi Andrew, fazendo ele ficar sem jeito. 
-Não, sim. Claro, claro. --Sorri de lado. -Tudo bem, não se preocupe. Dá próxima você vai. --Ele deu uma piscadela se retirando e eu retribuir. 

Olhei à minha frente, e o homem mais lindo do mundo estava me vigiando, com um sorriso impecável nos lábios e com os braços cruzados em cima do peito. Uma pose sensual, que deixava sua postura bastante sexy, e o meu desejo por ele vívido.  Corri ao seu encontro, envolvendo minhas mãos em sua cintura e meus lábios aos seus. Só quando perdi o fôlego nos separamos. 

-O que você está fazendo aqui? --Fiquei surpresa por encontrar Michael àquela hora na faculdade para buscar-me, já que sempre chega um pouco mais tarde. 
-Vim buscar você, porque vamos a um lugar. --Me enchi de expectativas.
-E que lugar é esse? --Mordi o canto da boca. 
-Primeiro, quero saber. Quem era aquele cara, que estava conversando com você, e o que ele queria? --O tom dele mudou tão de repente que me arrepiei. -O que ele queria, Nina? --Ele estava com ciúmes. Segurei no colarinho da camisa social listrada trazendo seu corpo para próximo de mim.
-Ele é um colega de sala. Estava só me chamando pra sair com a galera, nada demais. Mas eu disse que não iria, porque preferia ficar com o meu namorado. --Deixei bem claro a ele, e seu sorriso se acendeu de novo. 
-Você disse mesmo isso? --Balancei a cabeça em negativo com uma expressão sapeca e ele riu. 
-Mas eu disse que você estava me esperando, o que é a mesma coisa. --Ele soltou um som insinuativo.
-Quero esse cara longe de você. --Foi curto. 
-Michael, ele é só um colega de sala, acho que é impossível ficar longe dele. Não confia em mim? --Envolvi meus braços em seu pescoço.
-Claro que eu confio. Mas não nele. --Revirei os olhos.
-Quado um não quer, dois não brigam. Amor, esquece. Eu amo você. --Salpiquei um selinho em seus lábios e ele correspondeu. Aprofundei minha língua degustando o sabor dos seus beijos, sentindo-o preencher-me com sua boca faminta e deliciosa. Era incrível como eu ficava louca só beijando-o. -Agora me diz, onde vamos? --Michael respirou fundo.
-Vai ter uma festa, vai ter muita gente mesmo. O pessoal do trabalho, alguns amigos. Alguns familiares e...-Ele pausou a frase, mas logo continuou. -Eu quero pedir sua mão em noivado, diante dessas pessoas. Quero validar o meu pedido e fazer com que as coisas possam acontecer depressa. Por isso que planejei tudo. --Senti meu coração pulsar dentro do peito. 

Obviamente que eu estava feliz por sua atitude, ele queria concretizar o pedido que fez a mim depois de fazermos amor e aquilo com certeza era perfeito de sua parte. Mas eu sabia o que significava se meter no mundo de Michael, encontrar seus amigos de trabalho, alguns familiares, amigos e com certeza sua mãe estaria lá. Aquilo perturbou-me exponencialmente. 

-Você não acha que é cedo demais, quer dizer. Você fez o pedido ontem, não acha melhor esperar um tempo. --Fiquei visivelmente incomodado com aquilo e ele percebeu. 
-Nina, esperar mais o que? Eu estou mais do que certo do que eu quero. Não vejo motivo algum de não apresentá-la como minha noiva diante de todos. Você é minha e eu quero que todo mundo saiba disso. --Eu também queria que todos soubessem disso, e assim as mulheres que andam de olho nele pudessem saber de uma vez por todas que ele é meu. 
-Você está certo. --Balancei a cabeça tomando um pouco de coragem. -Você está certo meu amor, é tudo que eu mais quero. --Michael abraçou-me bem forte, e eu pude sentir todo o seu apoio naquele abraço. Era como se dissesse que estaria comigo a todo momento, para que eu não viesse a me preocupar. Ouvi um "vai dar tudo certo" em meu ouvido e eu acreditei nisso.

(...)

Optei por um vestidinho curto até a metade das coxas, de cor preto repleto de brilho. Era um vestido para festa, mas não muito chamativo, mais ainda assim, bastante sensual. Meus cabelos cor de abobora estavam livres e usei uma maquiagem para noite como eu havia aprendido no salão de beleza. Eu estava linda, era como me sentia. E fato de ir àquela festa para ser pedida em casamento na frente de todos, era o que motivava-me ainda mais.

Eu não conseguia largar as mãos de Michael nem por um só instante, o caminho de carro até o lugar, eu não tirava minhas mãos de sua coxa, e agora eu nem conseguia largar sua mão. Eu estava tão nervosa que não conseguia controlar-me. O caminho pelos fundos da casa aonde concentrava-se a festa foi um pouco assustador para mim, eu não conseguia ter uma ideia de quem poderia encontrar, mas não deixei de notar aquela bela mansão. As pessoas se concentravam perto da piscina, haviam mesas postas, com pessoas conversando e bebendo. Pessoas vestidas maravilhosamente bem. Mas não senti-me mal por isso, eu estava maravilhosa da mesma forma, com um homem maravilhoso de um metro e oitenta do lado vestido de jeans com um cinto envolta da cintura que marcava bem a área da pélvis, com uma camisa social branca e um casaco bege por cima. Ele estava tão lindo que desejava arrancar aquelas roupas e possuí-lo. 

A música de balada era ensurdecedor, parecia que todos estavam à vontade. 

-Não largue a minha mão, promete? --Sussurrei no ouvido de Michael.
-Você não precisa se preocupar com nada, meu anjo. Estou bem aqui ao seu lado. E não vou sair se não quiser. --Escondi meu rosto em seu peito, beijando-o. 
-Boa noite, Michael, como está? -- Um cara bonito vestido casualmente, o cumprimentou. 
-E ai, Naty? Eu estou bem. --Naty olhou para mim, com um quê de curiosidade, fiquei sem jeito. 
-Então é ela que é sua namorada? --Ele estendeu a mão para mim e eu aceitei. -Muito prazer, é muito linda. 
-Muito prazer, e muito obrigada. --Não consigo esconder a minha timidez e naquele momento não foi diferente.
-Sim, mas logo será minha noiva. --Michael abraçou-me de lado. 
-Meus parabéns. 

Os convidados pareciam bem simpáticos comigo, cada um que aparecia em nosso caminho, fazia questão de salientar o quanto eu era bonita, e desejava felicidades. Pude perceber assim que nem todos do mundo de Michael eram tão fúteis e amargos como Esther e Barbara. 

Mas quem eu mais gostei mesmo, foi de uma moça extrovertida, prima de Michael, bem mais jovem que eu, mas que se arrumava feito uma mulher. Ela gostou de mim logo de cara, e fez questão de incluir-me na família, dizendo que eu seria uma ótima prima para ela. Gostei de Karine logo de cara. 

Olhei em minha direção sentindo o meu corpo inteiro tremer, e um frio sombrio perpassar todo o meu corpo ao ver Esther e Barbara vindo em nossa direção. Riam como duas melhores amigas, como se estivessem no mundinho delas e ninguém pudesse desfazer. Barbara era uma mulher lindíssima, e mesmo eu estando com as roupas que eu estava, continuava nem chegando aos pés daquela mulher deslumbrante vestida com um vestido longo preto, com fendas que começavam desde as coxas. Um decote profundo que chegava até a metade da barriga, cabelos longos sedosos, tão brilhantes que cegava os meus olhos e uma maquiagem escura deslumbrante. Eu odiava a mim mesmo por sentir-me tão menos que ela. Parecia uma competição ao qual eu estava sendo massacrada cada vez que ela entrasse no mesmo ambiente que o meu. E isso era bem doloroso.








Capítulo 15


A festa estava animada, nem ao menos parecia que era um evento em nossa homenagem, talvez não era mesmo, Michael pagaria apenas o gancho para anunciar nosso noivado como deveria ser. Alguns casais dançavam no centro da pista de dança e eu morri de vontade de dançar com Michael, ter nossos corpos colados e alguns sussurros no ouvido um do outro parecia perfeito. Além disso, eu o impediria de deixar-me sozinha para conversar com alguém.

-Vem, vamos dançar? --Michael aceitou com um sorriso e rumamos para a pista de dança.

Envolvi meus braços em seu pescoço, enquanto ele em minha cintura. Escondi meu rosto em seu peito aspirando o cheiro gostoso de perfume masculino que ele usava, misturado com o cheiro da sua pele natural, --o que causava-me reboliço dentro de mim--, dando os primeiros passos. 

-Você está maravilhosa, sabia? --Murmurou rente ao meu ouvido, o que me deixou um pouco mais aliviada, por saber que estava agradando. -Nenhuma mulher aqui dentro é mais linda que você. --Senti um golpe no meu estômago, por saber que Barbara estava ali, e ela com certeza era mais bonita que eu. 
-Talvez ainda não viu que Barbara chegou acompanhada de sua mãe. --Michael soltou um gemido reprovando-me.
-Barbara? Quem é Barbara, Nina? Nem lembro que essa mulher existe. --Olhei em seus olhos e vi o quanto estava sinceros e isso acalmou-me. 

Acho que deveria parar de me preocupar com aquela mulher e colocar de uma vez por todas na minha cabeça que Michael é meu, que não é ela que vai tirar isso de mim. Michael estava solteiro esperando por mim, caso contrário estaria com ela. 

-Desculpe. --Ajeitei direito o  meu braço em seu pescoço aproximando-o mais. -Eu sou insegura assim mesmo. --Ele levantou o meu queixo com o dedo, e eu encarei bem o seu maxilar quadrado e sensual, antes de perder-me naquelas olhos intensos. 
-Vou acabar com a sua insegurança agora mesmo. --Seu corpo desprendeu-se do meu tão abruptamente que nem tive tempo de capturá-lo de volta, se afastou tão depressa que nem tive chance de perguntar nada. 
Só vi a hora que Michael subiu ao palco onde a banda tocava e pediu a um dos caras um microfone. Senti minha respiração falhar diante da pontada que senti no coração, misturado com o nervosismo. Seria agora!
-Por favor, um minuto da atenção de vocês. --A voz suave de Michael fundida ao tom  da microfonia era sedutor até demais. De cima do palco deu para ver melhor a sua postura naquela roupa casual. Estava muito sexy, com aquela áurea masculina emitindo pelos seus poros. 

Todos pararam para prestar atenção, se juntando em frente ao palco, ansiosos. 

-Preciso contar uma história de amor. --Olhei para ele e ri, ele fez o mesmo mordendo os lábios sensualmente. Aqueles olhos tão ternos e brilhantes para mim, era o paraíso. -Uma bela princesa apareceu de mansinho em uma casa solitária e sem vida alguma. Balançou o seu pozinho e, então...tudo criou vida. --Nossos olhos se encontraram de uma forma intensa e especial. Não existia mais ninguém apenas nós dois. -Suba aqui, minha princesa. 

Os burburinhos fofos das pessoas, e e as palavras de apoio e gritos ecoaram assim que eu subi. Acho que me senti o centro das atenções naquele momento. O público ficou diante de mim e eu abri um sorriso por saber que a maioria das pessoas sorriam para nós. 
Michael abraçou-me de lado, e depois entrelaçou sua mão na minha. 

-Quando um homem encontra seu par ideal, ele não tem mais o que esperar. Não há como negociar com o tempo e deixar tudo para depois. Talvez o depois não exista e tudo que você planejou venha se ruir com o tempo, pois o tempo é para isso mesmo. --Michael ajoelhou-se diante de mim, e eu fiquei toda boba de boca aberta, pasma com tudo aquilo que estava fazendo para nós. 

O pessoal se manifestaram de novo, com um sonoro "Oh" 

-Por isso eu não posso mais esperar, Nina. Preciso pedir na frente de todos se você aceita ser minha, pelo resto da vida. --Aquele pedido por mais que eu já conhecesse, reascendeu algo dentro de mim que parecia ser a primeira vez. Acho que foi a manifestação do público, gritando para que aceitasse. Senti-me como se estivesse conquistando o mais precioso dos presentes.

Ao longe, pude ver a face de Esther bem no meio das pessoas. Ela me olhava com um ódio que ia envenenando todo o meu corpo, mas logo tratou de colocar um sorriso bem forçado, só para que as pessoas não notasse o seu descontentamento. Olhei para Barbara e essa, tinha um sorriso perplexo, expressão abismada e um incomodo latente em seu olhar. Percebi que aquele lugar era meu, e que era a minha chance.

-Eu aceito! --Os aplausos ecoaram e Michael ergueu-me pelo colo rodopiando-me.

Eu estava tão feliz que nada poderia acabar com aquela felicidade. Absolutamente nada.

(...)

Fiquei admirando por minutos aquela aliança no meu anelar direito, pensando em tantas coisas maravilhosas que meu coração chegava a transbordar. Meu Deus, eu estava prestes a me casar com Michael Jackson! Com o homem da minha vida, o homem que desperta em mim todas emoções possíveis. 

-Olá! --A voz opaca e intensa de Barbara adentraram os meus ouvidos, fazendo-me paralisar. Virei-me para olha-la. -Opa! Acho que assustei alguém. --Praguejei a mim mesmo por ter deixado-a perceber o meu incômodo. 
-Eu só estava distraída. --Ela sorriu dando dois passos ao meu lado, como se fosse mexer na mesa dos drinks, mas era só para se por atrás de mim e mandar-me um recado. 
-Talvez pensando em como sua vida irá se arruinar assim  que se casar com Michael Jackson. --Balancei a cabeça em negativo, encarando aquela mulher disposta a destilar o seu veneno.
-Estava pensando em quanto serei feliz, ao lado do homem que eu amo. --Travei meu maxilar, sentindo meus olhos queimarem, por está enfrentando aquela mulher, que também já foi dele. 

Sua gargalhada fez meu coração afundar no peito, como se fosse esmagado, até a hora que ela parou.

-Você acha que é quem? A plebeia que conseguiu o seu príncipe encantado? --Engoli em seco. -Acha que isto aqui é um conto de fadas? Que essas roupas ridículas irão cobrir o que você é de verdade? --Minhas lágrimas escorreram sem eu me dar conta. -Você é uma empregadinha que abriu as pernas para um homem que só queria se satisfazer. --Quando vi já havia soltado minha mão direita na face daquele mulher pérfida. Mas imediatamente arrependi-me, ainda mais quando a Esther apareceu logo depois de ver tudo que aconteceu.
-A verdade dói, não é Nina? --Esther se pôs em minha frente com um olhar cruel em cima de mim. -Prepara-se, porque o seu castelinho de areia, logo, logo vai a baixo. --Senti um arrepio no meu corpo, e um desespero enorme. Só queria entender o porquê aquelas mulheres me odiarem tanto, mas eu não conseguia encontrar uma resposta convincente. Talvez no fundo eu concordava com aquelas palavras e isso era a pior parte.

Sai correndo daquele lugar sem saber direito para onde ir, passei pelo portão de saída, quando ouvi a voz de Michael gritando-me. Não dei ouvidos.







Capítulo 16


Meu corpo tremia por conta do nervosismo em que estava enfrentando. Minhas pernas estavam bambas, meu coração acelerado e uma ofegância que impedia-me de respirar. Sem contar com as lágrimas incessantes que eu derramava em segundos. 

-Nina! --Senti seu abraço por trás de mim, seus lábios beijando minha nuca. Era uma forma de consolar-me. -O que aconteceu? --Meu corpo foi virado para ele. Michael encarou meus olhos chorosos. -Foi minha mãe, não foi? 

Aquela situação estava tão incômoda para mim, eu não queria ter que ser a nora chata que reclama de todas as atitudes ruins da sogra para o namorado. Não queria ser o motivo de mais brigas entre eles. Mas eu também não podia evitar o quanto suas palavras doíam dentro do peito, a raiva que Esther nutria ao meu respeito não era compreensivo. Não podia ser só porque sou de classe social inferior. Havia de ter algo, bem além. 

Michael puxou meu braço, quase que arrastando-me para dentro da casa novamente. E, por mais que eu tentasse desprender-me, mais ele resistia em manter-me em seu poder. 

-Ela vai ter que te pedir desculpas! Não tolerarei mais esse comportamento idiota que minha mãe adquiriu. 

Ai meu Deus! Michael vai mesmo nos obrigar a esse constrangimento. 

-Michael, não precisa. Por favor, deixa pra lá. --Por mais que eu falasse, parecia que Michael estava pouco se importando com os meus protestos. Continuei sendo arrastada até dentro do salão.
-Ela vai ter que olhar em seus olhos e pedir perdão, por toda a merda que está fazendo, Nina! Já estou cansado dessa atitude. Já estou cansado da minha mãe tentando se meter da minha vida e nas minhas escolhas. Chega! 

Quando dei por mim, já estava frente a frente com Esther e Barbara, ambas olhando para mim com descontentamento, enquanto Michael bufava em irritação.

-Vocês duas irão pedir desculpas à minha noiva agora mesmo! --O tom profundo e áspero de Michael era ameaçador. 

Não adiantaria nada fazê-las me pedir desculpas, não seria sincero e totalmente inútil. Esther me odiava e não fazia questão alguma de esconder isso, nem mesmo para o filho.

-Não pedirei desculpas a ninguém! --Esther tinha um poder doloroso de manipular as palavras que me desarmava totalmente. -Tudo que eu disse é a verdade, e eu não vou tolerar que infiltre essa empregadinha na minha família! --Senti meu peito afundando aos poucos e a vontade de chorar voltou. 
-Sua família, mamãe? --Michael assumiu uma postura relaxada ironicamente venenosa. -Acho que a senhora se esqueceu de como veio parar na família tão tradicional e podre de rica em que você faz parte. --Apertei a mão de Michael com força, em um sinal desesperado para que parasse com aquela história. Eu não queria que ele machucasse sua própria mãe, por minha causa. -A grande balconista de cafeteria da cidade! Parece nobre, não acha? 

Esther olhou sério para o filho, com um incômodo que doeu até em mim. Lembrar dessa parte de sua vida não era nada fácil.

-Vai mesmo enfrentar sua mãe, por causa dessa maltrapilha? --Olhou-me da cabeça aos pés. 
-Ela é a minha noiva! --Alterou a voz com o olhar altivo. Não posso negar o quanto ele ficava lindo se impondo dessa forma. -Farei tudo que for preciso para defendê-la. Me casarei com ela querendo você ou não. 
-Só por cima do meu cadáver. --Mãe e filho se encararam um desafiando o outro com o olhar que deixava a situação ainda mais tensa. 
-Michael! --Barbara entrou na conversa. -Sua mãe está nervosa. Você é filho único, não é nada fácil para uma mãe como Esther ter que lidar com a ideia de seu único filho, finalmente, não irá precisar mais dela. --Michael encarou Barbara com uma paciência que no fundo escondia obscuridade. 
-Suas boas intensões são comoventes, Barbara. Pena que não acredito em nada do que sai dessa sua boca de vagabunda. --Michael puxou-me para sairmos de lá e eu fui de bom grado. Aquela situação não me fazia bem, de forma alguma. 

O caminho até em casa foi bastante silencioso, Michael parecia que estava pensando com mágoa as atitudes de sua mãe. Eu não queria interrompe-lo nesse momento íntimo que estava tendo consigo mesmo, permanecendo calada. 

(...)

Michael segurou minha cintura e encostou sua cabeça no meu ventre, assim que se sentou na cama, enquanto eu permanecia de pé entre suas pernas. Abracei sua cabeça acariciando a sua nuca, tentando lhe passar apoio. Um suspiro longo saiu de sua garganta. 

-Desculpa por minha família ser tão estúpida. --Olhei em seus olhos dando um sorriso de canto.
-Nada disso. Adorei o Naty e a Karine, seus primos. --Ele riu passando a mão no rosto. 
-Nunca vou deixar ninguém ferir você, tudo bem? --Eu adorava a forma que Michael me amava e cuidava de mim. Seus motivos eram tão sinceros e nobres e eu me perguntava diariamente como uma pessoa pode ser tão feliz quanto eu naquele momento. A única certeza que eu tinha, era que eu preciso desse amor pelo resto da minha vida.
-Eu amo você! --Confessei sentindo uma emoção enorme invadir o meu peito. -Amo você por tudo. Por tudo! --Recebi um sorriso lindo de seus lábios. 

Michael levantou-se encarando minha boca com tanta ternura que eu sabia que viria um beijo tão doce quanto o seu olhar. Foi isso que aconteceu.

Suas mãos suaves seguraram o meu pescoço com delicadeza e seus lábios desceram pelo meu rosto lentamente até a minha boca. Enfiei meus braços pelos seus, aproximando seu corpo para mais perto de mim. Abocanhei-o sentindo o seu gosto causar-me arrepios por todo o meu corpo. Eu amava a sua língua, amava o seu carinho e intensidade ao qual beijava-me. Sua forma de envolver-me em seus braços, a fome que ele tinha para me possuir. Era como fazermos amor em um simples fato de beijar. 

Eu o amava tanto! tanto que chegava a doer. Abalava as minhas estruturas e tudo que eu queria era viver esse conto de fadas que mais parecia um paraíso. 

-Como eu te amo, Nina! --Sussurrou entre a minha boca. Seu rosto estava quente, sua boca avermelhada ganhou um tom ainda mais forte. 

Eu o amava da mesma forma! 

Minhas pernas bambearam com tanta força que achei que fosse a emoção do momento. O meu amor causava-me nervosismo, mas tudo mudou quando uma tontura fora de hora atacou-me fazendo minhas vistas escurecerem. Amoleci nos braços de Michael que pegou-me no ar.

-Amor! --O mal-estar passou da mesma forma que veio, de repente. -O que houve?
-Eu não sei. --Sussurrei com a mão à cabeça. -Deve ser a tensão de hoje. Me tornar noiva de Michael Jackson abalou as minhas emoções. --Forcei um sorriso, sentindo-me preocupada com aquela tontura ruim que passei. 
-Deve ter sido a tensão que mamãe e Barbara lhe causou. --Ficou pensativo. -Venha, vamos deitar. Vou cuidar de você. 

E ele cuidou. A noite inteira, com carinhos e beijos. Não fizemos amor naquele noite, mas aquele momento foi como se tivéssemos feito, de tão profundo e intenso que foram os nossos carinhos. E eu me certificava a cada dia o quanto Michael amava-me da mesma forma.

O que eu achei que fosse algo passageiro e sem importância se tornava a minha maior preocupação. As tonturas se intensificaram e passei a ter enjoos frequentes. Acho que fiquei três dias seguidos sem ir à faculdade, e Michael passou a sair mais cedo do trabalho só para cuidar de mim e insisti fatidicamente para que eu fosse ver um médico. Mas eu odeio médico, odeio a ideia de descobrir que eu tinha algo grave e proibi Michael de chamar um. 

Corri às pressas para o banheiro conjugado no nosso quarto, subi a tampa do vazo e joguei tudo para fora, o que comi no almoço. Senti as mãos de Michael agarrar os meus cabelos para que eu não vomitasse neles. Odiei o fato dele ter me visto vomitar de novo, com certeza insistiria para que eu fosse a um médico de novo. 
Me levantei do chão e lavei a minha boca na pia. 

-Não queria que me visse desse jeito. --Enxuguei minhas lágrimas que se formaram pelo esforço do vômito. Provavelmente eu estava um bagaço e não queria que me visse dessa forma. 
-Você é minha noiva, Nina. A verei de todas as formas depois que nos casarmos e eu não me importo com isso. --O olhei com preocupação, um incômodo ruim não quis me abandonar. -Você precisa ir ao médico, isso não é normal.
-Já estou melhor. --Defendi-me. -E nem está tão frequente como antes. --Michael deu um soco no ar sem paciência com a minha teimosia. 
-Nina! Precisamos confirmar logo o que estou desconfiado que seja. Eu não consigo nem dormir pensando sobre isso. --Franzi o cenho, diante dessa afirmação. 
-E o que você acha que é? --Encarou-me com lágrimas formando em seus olhos. Acho que Michael não imagina o quanto aquele olhar me deu medo. -Michael. 
-Acho que você possa estar grávida. --Sua afirmativa atingiu-me como uma bomba e minhas pernas tremeram na exata hora. Meu ar faltou e eu meu coração acelerou. 
-Ai meu Deus!




Capítulo 17






A suspeita de Michael estava certa, eu estava mesmo grávida. Mal conseguia caber de felicidade dentro de mim, assim como ele. Pude notar até lágrimas em seus olhos quando o médico confirmou o resultado do exame. Saber que esse bebê estava sendo bem recebido por ele foi uma emoção impar. 

Eu havia tirado a sorte grande, quando conheci Michael Jackson, tudo estava dando certo de uma forma única e especial. Nada poderia estragar.

Michael puxou meu corpo para próximo do seu, colocando-me montada em seu colo. As luzes estavam na penumbra e do lado de fora uma chuva intensa caia. 

-Duvida que sou o homem mais feliz do mundo? --Michael olhou-me daquela forma que me fazia sentir amada. Colocou uma mecha dos meus cabelos atrás da orelha e eu sorri de lado. -Que sou abençoado pelos céus, por ter uma noiva maravilhosa, e que ela está esperando um filho meu? Eu sou o homem mais sortudo desse mundo, meu anjo! 

As palavras dele atingia-me com tanta emoção que escorria pelos olhos.

-Eu que sou abençoada, por ser tão amada por um homem como você, meu amor. 

Tomei sua boca para mim, com tanta força. Sentir os lábios quentes do homem que eu amo, era a sensação mais deliciosa, que eu havia experimentado. Sua língua envolvendo-me, suas mãos entrando dentro da minha blusa, acarinhando a minha pele. Eu já estava louca para ser possuída por ele, ainda mais minha intimidade roçando em seu pau que já estava duro embaixo de mim.

Suas mãos subiram minha blusa, tirando-a do meu corpo. Seus olhos repleto de desejo pairou sobre os meus seios em admiração. O modo que contemplava-me era muito sensual, causando-me excitação. Sentia-me desejada e amada. 

Enfiei minhas mãos dentro da sua camisa cinza, sentindo toda a rigidez do seu peito quente e macio. Percorri até suas costas, sem deixar de olha-lo. Minha boca foi tomada, dessa vez por ele, tão faminto como antes. Deu uma gemidinha pela forma abrupta e sedenta.

Meu corpo foi colocado em cima da cama, de pernas abertas. Michael puxou meu short de uma vez deixando-me nua. Como eu adorava sua forma de ser quando estava excitado. Seus olhos admiravam-me deixando-me exposta e desejada, algo completamente delicioso de se notar.

-Adoro admira-la. Você é incrivelmente linda, meu anjo, e é toda minha. 

Eu era tão dele, que assim que livrou-se das calças, envolvi minhas pernas em sua cintura puxando-o para mim. Michael desabou em cima do meu corpo, penetrando-me profundamente. Minha mente entrou em parafusos, sentindo tão grosso e grande alargar-me como nunca.

-Michael... --Sussurrei abraçando seu pescoço, querendo olha-lo nos olhos. -Eu amo tanto você! 

Suas investidas foram com mais força, como uma resposta à minha declaração. Segurei em suas nádegas conduzindo os movimentos frenéticos, ouvindo nossos gemidos ecoarem pelo quarto. Suas mãos espalmaram uma de cada lado de mim, sobre o colchão, para que ele pegasse impulso. 

-Ai meu Deus! --Os movimentos aumentaram progressivamente. O pau dele, pulsava intermináveis vezes dentro de mim, eu estava tão sensível que a qualquer minuto gozaria. 

Senti mais uma estocada fazendo-me contemplar borboletas por conta do orgasmo intenso que senti após. Aqueles olhos brilhantes de Michael, sua expressão contorcida e sua boca entre aberta, denunciava que estava gozando com a mesma intensidade. 

-Nina! --Sua voz ofegante chamando por mim enquanto gozava era o elixir para os meus sentidos. 
-Amo você. --Aconcheguei-o em meu peito, recuperando nosso ar.

(...)

-Oh menina! Estou tão feliz por você! --Rose acabava de me dar os parabéns pela minha gravidez, eu sabia que ela seria a única pessoa além de Michael a ficar feliz ao saber.
-E eu nem se fale, Rose. Estou esperando um bebê do homem que eu amo, e com quem vou me casar. Como pode ter tanta felicidade assim em uma vida? --Rose sorriu para mim, com aquele olhar de ternura que só ela sabia transmitir. 
-Você merece. Merece tudo isso e muito mais, e eu sei que Michael dará a você. --Abracei a minha amiga com força, lhe mostrando o quanto eu já amava de paixão.

Decidi acompanhar Rose até o supermercado. Ela precisava comprar algumas coisas para o jantar e como eu não tinha aula na faculdade e Michael não estava em casa resolvi ir junto com ela. 

-Não consigo entender, o porquê da mãe do Sr. Jackson não gostar de você. Uma moça tão boa. Moça que toda mãe teria orgulho de ter como nora. --Suspirei sentindo-me chateada com aquela situação, colocando de volta a maçã que eu havia pego na prateleira. 
-Eu sou empregada, Rose. Coisa que Esther Jackson jamais aceitaria para o seu filho. --Rose balançou a cabeça, empurrando o carrinho com as compras. -Ela deseja uma mulher como a Barbara para seu filho. Uma pessoa tão fútil quanto ela. --Rose franziu o cenho, como quem quisesse falar algo.
-Essa Barbara é uma cobra, tome cuidado, Nina. Essa semana ela ligou pra ele. Eu sei, porque foi eu quem atendi. --Senti um enjoou na boca do meu estômago assim que o medo daquelas palavras reverberaram pelo meu ventre. -Ele não deu muita bola, mas ela fica de marcação cerrada. 
-Michael me ama, Rose. Eu sei o quanto Barbara fica dando em cima dele, mas Michael me ama. Jamais ele deixaria que ela tome o controle. --Lembrei da cena na festa, quando ele a chamou de vagabunda. O coração de Michael pertencia a mim. 

Pagamos as compras e voltamos para casa. Rose foi direto para a cozinha e eu corri escada à cima, sabendo que Michael já havia chegado da empresa. Eu estava louca para pular em seu colo e enche-lo de beijos famintos. 
Mas tudo mudou, quando vi uma cena que sinceramente não estava esperando. Michael estava completamente nu deitado na cama, enquanto Barbara sentada ao seu lado, com as costas completamente nua. Seus cabelos negros caiam sensualmente por suas costas, enquanto suas mãos acarinhava o peito do meu homem. A cena fez com que o chão sumisse de baixo de mim e minha mente começou a rodar como um carrocel. Nunca sentir dor maior.








Capítulo 18 



Corri o mais rápido que pude, corri tanto que minhas pernas doíam. Ouvi Michael chamar meu nome e implorar para que eu o escutasse, mas eu estava trêmula e apavorada demais para ouvi-lo. Abri a porta, a mesma que eu havia entrado antes de ver aquela cena infame. Sai sem rumo algum, até a saída do prédio com o meu coração cortado e as lágrimas quentes que embaçavam as minhas vistas. Santo Deus! Aquela dor era tão grande que senti que pudesse morrer a qualquer momento. 

Uma chuva fria começou a cair sobre o meu corpo misturando com lágrimas em meu rosto, engoli-me enquanto caminhava para Deus sabe onde. O frio estava intenso e eu não poderia esquecer que estava carregando um bebê dentro de mim. Só por ele, tentei controlar o meu nervosismo, só por ele não me jogaria da primeira ponte que visse. 

Sempre ouvi falar o quanto os homens eram cafajestes e enganavam as mulheres, sempre soube que eles magoavam e pisavam no coração de uma mulher sem dó e nem piedade. Mas Michael era diferente, o modo como ele mostrava que amava-me, o jeito o qual nos beijamos e fazíamos amor. Aquilo tudo parecia um pesadelo, algo fora da realidade e inesperado. Acho que por isso a dor foi ainda maior.

-Nina? --Ouvi uma voz conhecida, olhando em direção a ela. -O que está fazendo na rua à essa hora? E nessa chuva ainda por cima! 

Andrew parecia compadecido, sabia que algo de muito ruim havia acontecido e eu precisava contar com alguém naquele momento. Meu choro voltou com tudo e me joguei nos braços do meu amigo de aula. 

-Ele me traiu, Andrew. Michael acabou com os meus sonhos em questão de segundos. --Andrew abraçou-me como uma proteção fraternal. Escondi meu roto em seu peito enquanto ele afagava-me completamente. 

(...)

Michael 

Meus olhos percorriam cada caminho em que eu passava, sem tirar o foco em encontra-la. Os desembaçadores no para-brisa corriam rapidamente de um lado para o outro, com aquela chuva intensa ao qual caía naquela noite. Eu era um maldito infeliz por ter sido incapaz de mandar Barbara ir embora antes de Nina chegar. 

O desespero reverberava dentro de mim a cada minuto a mais que se passava, sem que eu tenha a achado. Nina estava sozinha, sofrendo, com medo. Provavelmente tomando aquela chuva. Meu Deus o nosso filho! Ela estava esperando um filho meu e agora andando essa rua escura com uma chuva dessas. 

As lágrimas escorriam no meu rosto, meu coração se comprimia dentro do peito como se fosse evaporar. Minha menina era tão insegura, posso imaginar como ficou vendo aquele mal entendido terrível. 

Eu estava nu por ela, para ela. Eu sabia que Nina estava prestes a chegar, me despi a sua espera, para que eu pudesse estar pronto para quando ela chegasse para mim. Faríamos amor naquele noite fria, nos amaríamos até a exaustão, mas acabei pegando no sono. Senti mãos quentes e suaves percorrer o meu corpo todo duro, pronto para enterrar-me dentro dela, quando notei que aquelas mãos na verdade eram de Barbara. A mulher estava completamente nua aproveitando uma situação ao qual me encontrava. Tentei expulsa-la, mas Nina apareceu imediatamente, entendendo tudo errado. 

-Droga!! --Praguejei batendo meu punho no volante, acionando a buzina. -Onde você está, meu amor? Pelo amor de Deus. --Choraminguei sem conseguir ter o mínimo de sinal da minha mulher. 

(...)

A noite para mim foi perturbadora, era impossível dormir, mais impossível ainda era me manter quieto. Eu andava de um lado para o outro naquela sala, atento a qualquer barulho que indicasse Nina entrando por aquelas portas. Isso se ela realmente voltaria, o que acho impossível depois da cena que viu. 
Eu não tinha pista alguma, nenhum parente dela que eu pudesse recorrer, nenhum lugar que eu saberia que pudesse ir. Eu estava perdido.

Sai do apartamento incapaz de continuar lá dentro sabendo que minha mulher estava por aí carregando um filho meu. Deixei um recado para que Rose pudesse me ligar imediatamente se, por acaso, Nina voltasse para casa. Rodei de carro Nova York inteira, cada viela, cada bairro, cada avenida. Era como procurar agulha no palheiro, e cada vez mais desesperador.

(...)

Nina

Andrew estava sendo um amor comigo, depois de me vestir de roupas secas que ele mesmo me ofereceu as dele, fez um chá quente para que eu pudesse tomar. Achei maravilhoso que ele morasse sozinho, assim eu não precisava explicar nada a ninguém. 

-Quer conversar sobre isso? --Ajeitei minhas mãos a xícara preparando para beber um gole, e balancei a cabeça em negativa. 
-Não há nada o que conversar. Michael me traiu e é isso. --Deus sabe o quão confessar aquilo destruía-me por dentro.
-Michael é um milionário, Nina. Dono de um patrimônio mais influente daqui. Acostumado a ter todas as mulheres aos seus pés. --Levantei as vistas para encara-lo. Era como se Andrew alertava-me em silêncio o quanto fui ingenua em confiar em um homem com a influência que Michael tem. 

Andrew tratava Michael como se fosse um riquinho que se aproveitava do nome que tem para pisar nas pessoas, mas eu sabia e tinha certeza absoluta que não era verdade. 

-Você não o conhece, Andrew. Michael não é como você o pinta, ele jamais faria algo desse tipo. --Abaixei minha cabeça, lembrando-me o quão Barbara era bonita. -Talvez não fui capaz de prendê-lo a mim. Não como Barbara sempre foi, e com as atributos que tem. 
-Nina, para! --O olhei. Andrew parecia chateado com o modo em que falei. -Você é linda, perfeitamente linda. O problema não é você. Pare de repetir isso! Não justifique os erros dele injustiçando a si mesma. 

Era assim como Michael me dizia, mas acabou ficando com uma mais bonita que eu. Lágrimas grossas e espeças voltaram a queimar os meus olhos, era só isso que eu faria de agora em diante, sem interrupções. Senti-me frágil, sem forças e completamente afundada em amargura. 




Capítulo 19



Ouvi a campainha tocar e eu sai feito um furacão para atendê-la, nem me importando com o que o detetive falava ao telefone para mim, desligando no mesmo instante. Uma esperança invadiu-me de uma forma que me senti ofegante. Se fosse Nina eu juro que abraçaria com força, aprenderia nos meus braços e nunca mais soltaria. 

Mas a imagem de mamãe acabou com todos os meus planos. Guardei o celular no bolso da calça de moletom e desfiz o sorriso.

-Ah, é você. --Deixei a porta aberta voltando de onde vim.
-Uau! É assim que sua mãe é recebida? --Mamãe sabia direitinho como fazer os seus dramas, mas naquele momento não estava sendo uma boa hora. -Eu soube que aquela coisinha foi embora. --Soltei um riso nervoso, por saber que esse sim era um motivo para aparecer em minha casa. Queria conhecer os detalhes e tentar me convencer de algo que eu não iria escutar. 
-Sim, mamãe ela foi embora. Graças a sua amiguinha. Nina acha que eu a enganei, está por aí Deus sabe onde, carregando um filho meu. 
-O que? --Eu tinha me esquecido que minha mãe não sabia dessa notícia, que pelo que vi, não foi boa para ela. -Você engravidou essa morta de fome? 
-Primeiramente fale baixo, esta aqui é a minha casa e eu exijo que controle-se! Nina é a minha mulher, e sim, eu a engravidei. Agora ela está por aí, e nada tira da minha cabeça que tem dedo seu e da Barbara nisso. --Mamãe olhou para mim como se fosse vitimada, e aquilo para falar a verdade revirou o meu estômago.
-Vê o que essa garota fez com você? Está culpando sua própria mãe. Desculpe, Michael, mas nem todos os problemas do mundo é culpa minha. -- Passei a mão nervosamente no meu rosto.
-Mamãe, me diga, o que a senhora faz aqui? 
-Vim apoia-lo é claro. Vim dizer que se essa garota não é grata por tudo que você fez a ela, é porque não lhe merece, meu filho. --Mamãe aproximou-se de mim, tocando no meu peito nu com a mãe esquerda e a direita em meu rosto. -Às vezes as coisas acontecem por uma razão, talvez seja melhor assim. -- Desviei suas mãos de mim rapidamente, de saco cheio daquela história. 
-A Nina vai voltar pra minha vida, querendo a senhora ou não. E quando isso acontecer, mamãe, pode ter certeza que iriemos para longe daqui. Onde você Barbara e todo mundo que for contra, nunca mais irá nos encher. --Sai de sua presença, deixando mamãe sozinha na sala. 




Nunca vivi um dia de cão como eu estava vivendo naquele momento, só de pensar como Nina estava, onde ela havia se metido. Se havia comido, bebido. Nosso filho estava bem? Ela estava sofrendo? Deus do céu, aquele era o pior pesadelo que eu estava vivendo! 

Deixei as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, lavando-me, a agonia estava lancinante dentro de mim e por mais que eu tentasse procura-la era como procurar uma agulha no palheiro, inútil e desesperador. O detetive que contratei não me dava uma única pista. Nem mesmo na faculdade ela havia ido essa noite.

-Meu anjo, onde está você? --Apertei os meus olhos com força, sentindo toda a dor daquele pergunta sem resposta corroer-me por dentro.

(...)

Nina

Quando Andrew descobriu que estou grávida ele quase surtou, achei mesmo que não me deixaria ficar em sua casa, mas para a minha sorte não foi isso que aconteceu. Isso só serviu para que ele tivesse ainda mais ódio de Michael. Andrew tinha uma implicância com o meu ex noivo que era incrível, parecia até que previa tudo que aconteceria. Mas óbvio, ele julgou pelo fato de Michael ser rico. Andrew acredita que homens ricos são todos iguais, adoram enganar garotas indefesas. Me senti péssima por ter que concordar. 

Caminhei em uma cabine telefônica naquela tarde apenas porque precisava muito falar com Rose. Eu precisava das minhas coisas e não podia, de forma alguma voltar para o apartamento. Eu não podia correr o risco de dar de cara com o homem que eu amo e perdoa-lo pela sua traição. Eu amava aquele homem com toda a minha alma, e seria sim capaz de fraquejar na primeira ludibriada que ele fizesse. 

-Menina! Aonde você está? Pelo amor de Deus! --A voz de Rose aflita, fez meu coração se contorcer no peito, e algumas lágrimas voltaram a escorrer. 
-Rose, por favor, eu preciso da sua ajuda. Mas não diga, de forma alguma que liguei, para o Michael, e muito menos que irá fazer esse favor. Eu te imploro. 
-O que aconteceu com vocês? Michael está deses...
-Não, Rose! --A interrompi. -Por favor, não quero saber nada desse homem. Só preciso que me encontre no parque daqui a vinte minutos. Quero que pegue as minhas coisas, o máximo que você puder e traga para mim. Pode fazer esse favor? 
-Claro, Nina, claro que eu farei. --Sorri aliviada, por conseguir contar com Rose. Era a única além de Andrew que eu poderia contar naquele momento. 
-Michael está aí? --Perguntei mais para saber que não teria problema quando Rose pegar as minhas coisas e trazer para mim.
-Não, ele foi procu...
-Certo! --Óbvio ele estava trabalhando como sempre, nem precisei deixar Rose terminar para saber. 

Esperei Rose no lugar marcado impacientemente, não queria que ninguém me visse naquele momento. Nenhum conhecido e muito menos Michael. 

Vi a senhora robusta de sorriso fácil no rosto, caminhando em minha direção. Apressei nosso encontro correndo até ela. O abraço que dei em Rose fez as sacolas caírem ao chão sem nenhum problema. Eu estava com tanta saudade dela! Me sentia grata por tudo que fez e tem feito por mim, seu carinho e seu amor. Minhas lágrimas voltaram.

-Obrigada, Rose! --Limpei as lágrimas após a emoção e a ajudei pegar as sacolas. 
-Você foi ingrata! --Deu-me uma bronca. -Não disse pra mim onde esteve e nem o que aconteceu. Não sabe o quanto fiquei aflita com tanta confusa lá em casa. --Abaixei a minha cabeça sabendo que fui mesmo uma ingrata, mas não tive escolha. Aquela cena me enojou e eu não aguentaria nem mais um segundo ali.
-Desculpe, Rose, mas não tive outra escolha. --Respirei fundo achando coragem para lhe falar. -Michael me traiu com a Barbara. --Rose arregalou os olhos. -Peguei os dois e não tive outra escolha. 
-Ai meu Deus, Nina! Mas isso só pode ser algum tipo de engano. Michael jamais faria uma coisa dessas. Ele te ama. --Senti meu peito pulsar por lembrar que também pensava assim.
-As pessoas se enganam, Rose. É sempre assim.
-Não, Nina. Não é pelo que eu acho, mas sim pelo que sei. Michael está como um louc...
-Rose, por favor! Não tente defendê-lo. Eu vi, e acho que isso é incontestável. --Ela me olhou com um pesar. -Obrigada por trazer as minhas coisas e, por favor. Não diga nada a ele, ficarei muito chateada se fizer. 
-Não, eu não direi, eu prometo. --Apertei suas mãos nas minhas em uma agradecimento silencioso. -E o bebê, como está? --Passei a mão na barriga que nem ao menos havia um pequeno sinal de gravidez. 
-Ele está bem, vai sobreviver. --Senti suas mãos grossas e enrugadas por conta do trabalho e da idade acarinhar o meu rosto.
-Creio que isso tudo vai passar e que as coisas irão se esclarecer. --Respirei profundamente. -Só não me deixe sem notícias, por favor. Quero saber como as coisas estão indo. --Assenti com um sorriso no rosto.
-Pode deixar. --Abracei Rose com a mesma força de antes e ela foi embora sem que eu lhe dissesse onde estava hospedada, não queria correr o risco de ela acabar abrindo a boca para Michael, apesar de ter quase certeza que não me procuraria mais. 

Quando Rose estava distante o suficiente, girei meu corpo para voltar o caminho de onde vim, quando contemplei uma imagem que definitivamente nem sonhava em contemplar. 
Esther Jackson caminhava em minha direção com um sorriso perverso no rosto, o que fez uma onda de desespero reverberar pelo meu corpo e palpitar o meu coração.






Capítulo 20





Senti meu corpo tremer, e uma camada de suar borbulhando na minha testa por conta do nervosismo. O olhar que Esther detinha em cima de mim era como se eu fosse um mosquito gosmento pronto para ser esmagado. Olhei para os lados no intuito de saber se havia a presença de Michael por perto, mas não obtive resposta. 

-Eu avisei que deveria ficar longe de nós, não avisei? --Sua expressão tinha um desafio contido e um sorriso brotando. 

Pelo visto Esther já sabia o que o filho fez a mim. Óbvio que sabia! Estava lá no seu olhar e no seu sorriso vitorioso. Já estava claro que sairia vencendo dessa história e com certeza não seria eu. Maneei a cabeça concordando.

-Não e preocupe, senhora. Conheço bem o meu lugar. --Preparei-me para me retirar, quando Esther elevou a voz, fazendo-me parar novamente. 
-Espero que saiba mesmo qual é o seu lugar. Que saiba que meu filho nunca iria se envolver com uma empregadinha como você, seriamente. Você só serviu como diversão, uma coisa passageira que os homens usam e depois jogam fora. --Fechei os meus olhos com força, sentindo aquelas palavras estapearem a minha face várias e várias vezes seguidas. Meus olhos queimaram e eu tive vontade de chorar. 

A dor do amor que eu ainda nutria daquele homem que achei que fosse a minha vida, misturado com o peso da realidade matou-me por dentro. Me senti humilhada, levada ao nada, como se fosse insignificante. 

-Mas creio que já está acostumada com isso. 

Aquela mulher tocou em minha honra, e foi o mesmo que me acusar de um crime que eu não havia cometido. 

-Eu já entendi, dona Esther! --Rosnei mostrando-a que não ia mais ouvir calada aquelas insulto. -Michael e eu não estamos juntos, ele pode viver com a Barbara se ele quiser. Irei embora para longe onde não perturbarei mais. --Ela assentiu.
-Acho bom, muito bom mesmo. E espero também que esse filho bastardo fique bem longe do meu filho. Até porque, acredito que ele não está nem um pouco interessado nisso! --A olhei com incredulidade, o modo que ela mulher é má, era impressionante. 

Eu sinceramente não conseguia entender como uma pessoa poderia ser assim, tão fria e sem coração. Era o neto dela, será que isso não contava? Pelo visto não mesmo. 

-Não se preocupe, senhora. Meu filho jamais, chegaria perto de gente como vocês! --Cuspi as palavras sentindo as lágrimas queimarem o meu rosto ao rolar. Sai correndo dali o mais rápido possível, sem forças para nada.

Joguei ao sofá da casa de Andrew deixando o choro vir com tudo doendo o meu peito, apertando a minha cabeça. Eu estava vivendo um tormento, fui do céu ao inferno em segundos, como escorregar à beira do precipício, em um piscar de olhos está caindo a toda velocidade sem se dar conta.

-Oh meu Deus, Nina, o que houve? --Andrew largou algo que segurava nas mãos, sentado-se ao meu lado amparando-me. Acho que ele pensou que eu estava passando mal, pela forma que eu me encontrava. Encolhida e chorando aos berros. 

Eu não conseguia falar, só escondi meu rosto no peito do meu amigo, que me deixou desabafar afagando os meus cabelos. Não tenho nem palavras para descrever o quanto Andrew estava sendo importante demais na minha vida naquele momento. Aquele descendente de indiano era o cara mais humano que encontrei em toda a minha vida. 

(...)

-Eu não acredito que essa cobra ainda está perturbando você. --Andrew parecia revoltado quando lhe contei sobre o meu encontro com a minha ex sogra. -Essa mulherzinha é mesmo uma infeliz! Você tem que fazer alguma coisa, Nina. Não pode deixar essa mulher te intimidando dessa forma. 

Para Andrew era fácil enfrentar como mulher com ela, eu estava em seu território, como uma intrusa. Óbvio que eu não tinha como argumentar.

-Eu nunca mais verei essa gente Andrew. Não faço questão nenhuma de ter nada para falar com Esther Jackson. --Andrew assentiu, provavelmente concordando comigo. 
-E o bebê? O Michael sabe dele, não sabe? --Apertei os meus olhos com força, pela dor em lembrar como ele pareceu contente com a notícia. 
-Sabe. É por isso que fugi, por isso não vou mais à faculdade, não quero ter mais nenhum contato com Michael e muito menos que ele fique perto do meu neném quando nascer. --Andrew abraçou-me, me apoiando. 
-Sabe que eu cuidarei de vocês dois, não sabe? Ficar ao seu lado até o fim se for possível. --Sorri feliz pela suas palavras. 
-Eu sei o quanto você tem sido cuidadoso comigo, Andrew. Mas preciso encontrar o meu caminho, irei procurar um emprego e logo encontrar um lugar para eu ficar com o meu filho. Não quero continuar dando trabalho. --Ele negou com a cabeça e segurou em minhas mãos.
-Você não dá trabalho algum, Nina! Me sinto honrado em ajuda-la. Você é uma amiga, uma amiga muito querida. --Quem diria que no meio daquele tormento eu encontraria um consolo. 

Abracei Andrew apreciando aquele ato de carinho pelo qual estava demonstrando para comigo e o meu bebê, que começava a crescer dentro de mim, enchendo-me de alegria.

(...)

Michael

Minha cabeça queimava de tanta angustia, passei o dia inteiro plantado na porta da faculdade de Nina e nada de encontrá-la. Estava mais que óbvio que ela estava fugindo de mim e ainda mais preocupado em saber que ela não estava tomando aula por minha causa. Eu estava em um tormento que nunca havia passando antes. Dei uma volta por aí a procura da minha mulher mais uma tantas vezes. Parece que Nina evaporou, não havia nem sinal e muito menos rastro, eu estava enlouquecendo.

Fui até as pedras perto do precipícios para olhar a cidade daquela vista, lembrando do dia que disse a Nina o quanto aquele lugar era importante para mim, lembrando quando fizemos amor. O quanto a minha menina estava feliz por estarmos juntos, a mesma felicidade que eu estava sentindo. Eu só queria ter a chance de explicá-la, de dizer o quanto eu a amo, mas nem essa chance eu tive, aquilo consumia-me por dentro.

Voltei pra casa e tomei um banho, para relaxar um pouco o meu corpo. Só um banho me acalmaria, só ele esfriaria aquela quentura de desespero que tomou o meu corpo. Mas óbvio que era apenas por hora, só a presença de Nina que dissiparia toda aquele sofrimento que eu estava passando, só o perdão dela, seria o suficiente para me fazer sorrir novamente. Somente ela e mais ninguém.

Abri o closet a procura de uma roupa confortável e limpa para usar, uma calça folgada de pijama seria o suficiente. Franzi o cenho quando notei que algo estava muito errado ali. As coisas de Nina, não estavam lá, nada, apenas algumas peças, mas muito inferiores a quantidade que tinha. Ela havia voltado pra casa!

Vesti mais que depressa minha calça descendo as escadas correndo. 

-Rose! --Dei um grito no centro da sala, tenho a certeza absoluta que se Nina havia voltado ela sabia muito bem. 
-Sim, senhor? --Apareceu pela sala para me servir prontamente. 
-Cadê as coisas da Nina no closet? Ela voltou pra pegar, não foi? --Rose abaixou a cabeça imediatamente, ficou nervosa, como se quisesse esconder algo de mim. -Por que não me contou? Eu disse pra você que se Nina voltasse era para me ligar imediatamente! --Eu estava tão nervoso, que mal conseguia me controlar, e o silêncio de Rose não estava ajudando muito. -Fala, mulher! 
-A Nina não veio aqui, senhor Jackson. --Olhou para mim finalmente, mas ainda um tanto assustada. 
-Então você levou para ela? --Era a única explicação, seja lá onde Nina estaria com certeza Rose seria a única a saber, eram amigas a final. -Onde ela está Rose? --Aquela era minha única esperança para descobrir onde a mulher que eu amo estava finalmente, e eu já estava louco para ir correndo até lá e abraça-la, pedir perdão quantas vezes ela quisesse, mesmo sabendo que não tive culpa alguma. -Pelo amor de Deus Rose fale. --Aquele silêncio era desesperador.
-E--e--eu não sei, senhor Jackson. As roupas de Nina não estão no clost porque eu as tirei para lavar. --Era mentira, e estava estampado na expressão atordoada de Rose, ela estava encurralada por mim e não queria dizer. 
-Não minta pra mim! --Falei firme, mas em um tom baixo, porém amelaçador. Lhe deixando claro que não acreditaria naquilo. -Onde a Nina está, Rose!! --A falta de informação descontrolou-me fazendo que minha paciência se esgotarem e eu gritar com a minha empregada. Gritei seu nome tão alto que cuspi um pouco. A senhora ficou branca, trêmula, sem saber o que fazer e nem o que falar. Eu havia entendido tudo. 

Me senti cambalear, minhas pernas estavam bambas diante daquela descoberta. A mulher que eu amo definitivamente não queria me ver, Rose sabia onde estava, mas não me falaria, e eu sabia que era a mando dela. 

-Rose, por favor. Só diga a verdade. --Tentei controlar o tom da voz, que estava trêmulo, as lágrimas pontas para saírem de novo dos meus olhos. Aquela agonia me matava. Rose pareceu ceder ao meu pedido desesperado e começou a falar:
-Nina ligou para mim, pediu que eu levasse suas coisas, mas não quer que o senhor saiba onde está. Por favor, senhor Jackson, ela me fez prometer. --Fechei os meus olhos com força, diante do tapa na cara que recebi, mais tinha certeza que um tapa de verdade doeria muito menos.
-Eu sou o seu patrão, você me deve satisfações! 
-Mas ela é minha amiga, e eu a devo lealdade! --Rebateu autoritária, deixando-me possesso. 

Era inútil, Rose não me diria nada e eu estava ainda mais perdido que nunca. Nina levou suas coisas, e provavelmente encontrou um lugar para ficar, ao qual eu não fazia ideia de onde era. Fiz sinal para que Rose se retirasse e quando ela fez, a raiva me dominou.

-Oh Inferno! --Gritei batendo com a mão os objetos que detinha na instante, todos foram ao chão se quebrando. E eu comecei a chorar. 



Capítulo 21




Conversei com Rose naquela manhã, ficamos horas matando a saudade e ela me disse que Michael sabia, que pedi a ela buscar as minhas coisas. Gelei a espinha quando me contou a reação dele, foi bastante diferente daquilo que imaginei. Rose disse também o quanto Michael estava perturbado por causa da minha falta de notícia, disse que procurava-me todos os dias com esperança de me encontrar. Mas ela não sabia me dizer o que realmente aconteceu naquela noite. 

Confesso que conversar com Rose, fez-me ter uma visão diferente daquilo que imaginei. E se realmente não passou de um mal entendido? E se as coisas não eram exatamente como pensei e nutri por conta da dor e da minha insegurança? Michael sempre me amou, ele sempre mostrou isso para mim, em cada beijo, em cada sorriso, toque, palavras e também atitudes. Eles estava me procurando! Estava sofrendo como eu. Poxa eu esperava um filho dele a final. Rose é a minha amiga e eu acredito nela, talvez tudo não passou de uma coisa boba e eu estava afastando o homem da minha vida por uma idiotice. 

-Eu não acredito que você caiu nessa! --Andrew ficou furioso quando lhe contei minha conversa com Rose. -Parece que esse homem tem um poder sobre você que a faz acreditar em cada coisa absurda que ele fale. 

Fiquei magoada com as explosão de nervo dele. Andrew estava tentando me proteger eu sei, mas sua atitude era exagerada, e magoava demais. 

-Quem me disse foi a Rose, Andrew e não o Michael. Eu acredito na minha amiga, ela vive naquela casa e sabe o que acontece lá dentro. 
-Você disse que ele sabe que pediu suas coisas para Rose pegar. Talvez ele queira implantar ideias para ela vir de contar. --Balancei a cabeça com a insistência dele em tentar fazer com que eu não levasse em conta aquela conversa. 
-Tá exagerando, Andrew! Rose disse que antes de Michael saber ele contratou um detetive para ir atrás de mim. Que fica plantado na faculdade a minha espera. Você deve ter o visto, viu? --Os olhos grande e espertos de Andrew perdeu o brilho e se desviu de mim. Ele sabia alguma coisa. -Você o viu, Andrew? 

-É, eu vi alguma coisa. --A esperança me atingiu em cheio como um golpe de repente e meu coração se encheu de alegria. -Mas isso não prova nada! Talvez está com remoso do que fez e se arrependeu. 
-Eu preciso conversar com ele, preciso saber o que aconteceu. 
-Quer mesmo se iludir? Deixar com que Michael Jackson faça sua cabeça para magoa-la de novo?

Eu já estava tão confusa com tudo e ainda por cima ter que lidar com Andrew tentando me dissuadir não estava ajudando. Eu não conseguia entender a sua atitude, não era somente de alguém querendo me ajudar, ele estava determinado.

-Eu não posso ficar aqui sem saber o que está acontecendo. Eu o amo, Andrew, e estou esperando um filho dele. --Andrew virou as costas para mim, passando a mão na cabeça bastante perturbado.
-Só acho que um homem quando ama mesmo uma mulher, ele cuida, protege. Jamais faz com que ela fique na dúvida. --Ele virou de novo para mim e percebi seu olhar chateado, estavam cheios de lágrimas. -Se eu estivesse no lugar dele e tivesse uma mulher maravilhosa como você ao meu lado cuidaria melhor, amaria mais. 
-Andrew... --Era uma confidência e eu entendi perfeitamente bem. Senti meu coração se apertar no peito. 
-Eu sei que não deveria, Nina. Mas não pude evitar. Você é maravilhosa demais para passar despercebida. 

Tentei me lembrar em que momento deixei com que aquela situação ficasse tão séria. Não foi minha intensão magoar ninguém e muito menos nutrir algum tipo de sentimento a outra pessoa sem intensão de correspondê-la. Me senti culpada.

-Andrew, me desculpa! --Ele assentiu, como um pedido para que eu não me preocupasse. 
-Não é culpa sua. Eu é que fui ingênuo demais achando que competiria com Michael Jackson. --Balancei minha cabeça negando. 
-Não é competição, Andrew. Eu o amo, e isso eu não posso evitar. --Ele assentiu rigidamente. 

(...)

Fiquei horas pensando sobre o que Andrew disse, ele estava apaixonado por mim e isso me apavorava. Ele foi tão legal comigo, me ajudou em um momento difícil, colocando-me em sua casa quando eu não tinha para onde ir.

Definitivamente eu não podia corresponder aos seus sentimentos, principalmente amando Michael como eu amava. Não fazia sentido nenhum, e isso que acabava comigo, eu não queria magoar ninguém, principalmente um amigo como ele. 

Também pensei sobre o que Rose me disse. Se aquilo não passou de um mal entendido, eu estava estragando a minha vida por puro orgulho. Quando vi Michael naquela situação com Barbara eu só queria morrer, humilhei a mim mesma por ser inferior a ela, e odiei aquela situação. Me senti menos por causa de uma pessoa era realmente revoltante, você sente raiva de si mesmo, pensa sobre o que você fez de errado para merecer isso e acha que outras pessoas sempre estão vencendo, menos você. E por que você venceria? As pessoas ao seu redor sempre tem algo a mais que você, um brilho maior e uma capacidade além do que você pode conseguir. Barbara é mais linda, rica, e com certeza é a mulher que Esther queria para o filho. Já eu. Não passo de uma empregada desengonçada que achei que mudando algumas roupas iriam resolver.

Fui até a cabine telefônica no centro da pracinha para ligar para Rose, eu queria conversar com ela e ouvi-la dizer mais vezes até me convencer de que Michael estava mesmo procurando-me. Tirei o telefone do gancho preparando-me para discar os números. Olho na direção em que vim e sinto minhas pernas tremerem, ficarem bambas pela visão que tive, meu coração acelerar rapidamente e uma onda de tensão reverberar pelo meu ventre.

-Michael... --Minha voz mal saiu pela surpresa que senti em ver o homem que eu amo parado diante de mim, com um sorriso aliviado no rosto, seus olhos lindos que tanto idolatrava cheios de lágrimas. Ele estava sofrendo tanto quanto eu.

Ele continuava lindo, mesmo nessas condições. Usava uma calça jeans e uma camisa azul, cabelos revoltos como se tivesse sido bagunçado pelas suas próprias mãos em um momento de desespero, ou de felicidade, talvez. 

-Você não tem ideia...do quando eu procurei você! --Sua voz estava embargada, seu corpo trêmulo. Deixei as lágrimas escorrer pelos meus olhos. 

Michael aproximou-se de mim, e eu consegui sentir seu cheiro, aquele cheiro de que tanto senti falta. Cheiro do seu perfume masculino, da sua loção pós-barba, e o cheiro da sua pele, do meu homem naturalmente cheiroso. Aquilo acabou com as minhas estruturas, pude lembrar com saudade todos os momentos felizes que tivemos. 

Cada beijo, cada toque, nós dois no amando como loucos, completamente apaixonado um pelo outro. Sim, ele me amava meu Deus! 

-Não aconteceu, nada! Entre mim e a Barbara. --Fechei os meus olhos com força, apenas escutando tudo que ele tinha a me dizer, eu queria ouvir com calma, que aquelas palavras penetrassem na minha alma e fizesse-me convencer. -Eu estava nu para você, Nina. Meu corpo era seu, era pra você, eu estava querendo seduzir a minha mulher quando chegasse. Peguei no sono e Barbara estava nua ao meu lado e você aparecendo na porta entendendo tudo errado. 
-Meu Deus... --Murmurei baixo, completamente desesperada com o rumo que toda aquela maldita cena causou para nós. Olhei para Michael, as lágrimas já estavam escorrendo por sua face de anjo, enxerguei sinceridade. 
-Acredita em mim pelo amor de Deus! Eu não aguento mais viver assim, Nina. Estou vivendo um inferno desde que você foi embora, eu estou a ponto de explodir. Por favor meu amor, me deixa fazer parte da sua vida, me deixe cuidar do nosso filho. --Segurei meu ventre, lembrando-me que o fruto do meu amor estava dentro de mim, que era uma das melhores coisas que aquele homem havia me dado além do seu amor. Ele era o pai do ser que eu gerava dentro de mim e que me fazia a mulher mais feliz desse mundo.
-Michael! --Me joguei em seus braços deixando o choro vir com tudo. Ele amparou-me, abraçando-me com tanta força que me senti em casa de novo. O meu mundo se resumia estar ali, no corpo dele, sendo protegida por ele. E eu sabia que ele me amava com a mesma intensidade que eu o amava. 

Olhei para sua face, para ter certeza de que eu não estava sonhando, tomei sua boca para mim ao mesmo tempo que ele tinha a intensão de tomar os meus. Beijar o homem que amo com toda força e saudade com que eu beijava, transmitia-me paz, conforto e além de tudo, pude comprovar que éramos sim feitos um para o outro.








Capítulo 22






-Então você acredita em mim? --Segurei seu rosto próximo ao meu, olhando-o nos olhos. 

Óbvio que acreditava, claro que tudo não passou de um mal entendido, eu não tinha mais dúvida disso. A verdade estava ali diante de mim, brilhante e desesperados voltados em minha direção. Michael jamais faria uma coisa dessas. Sinto-me uma estúpida por ter realmente acreditado nisto. 

-É claro, meu amor. --Joguei-me nos braços do homem que amo, sentindo seus lábios úmidos salpicar beijos em meus ombros. Parecia que eu estava no céu, sendo envolvida pelos braços do anjo e absolvida de todos os pecados e sofrimento. 

Abri os meus olhos naquela posição, vi Andrew nos observando. Sua expressão era magoada, e um tanto chateada. Quando percebi que lhe observava, balançou a cabeça e retirou-se do lugar. Recuei rapidamente dos braços de Michael.

-O que foi? --Ele percebeu meu incômodo, olhando na mesmo direção em que a minha onde me encontrava entristecida. 
-É o Andrew, meu amigo. Ele que cuidou de mim, enquanto estava fugida. --Michael franziu o cenho, e pude perceber que estava tentando lembrar de algo.
-Eu vi esse cara na faculdade! --Sobressaltou. -Ele me via o tempo todo plantado esperando por você nos portões e não disse nada. --Abaixei a minha cabeça, sabendo que aquele foi um erro bem grave, levando em conta, de que tudo não passou de uma grande mentira.
-Foi uma ordem minha, Michael. Ele só estava fazendo o que eu pedi. --Michael abraçou-me pela cintura, aproximando nossos corpos. 
-Veja no que deu a minha dispersão. --Estava magoado, como se culpasse a si mesmo de uma culpa que não era sua. -Se eu não tivesse dormido...
-A culpa não é sua. --Abracei seu corpo com força, como se dependesse disso, como se fosse um sonho do qual eu não poderia acordar. -Acabou, meu amor. Ficaremos juntos. 

Pude notar seu sorriso lindo do canto dos lábios, o sorriso que eu amava de todo o meu coração, que alegrava os meus dias como o sol alegra o dia. Sua boca tomou a minha em um beijo que tanto tive saudade, que tanto tocava em minha alma e abraçava-me com abraço de amor. Beijar Michael era estar plena, em paz consigo mesmo. 

-Venha, vamos a um lugar! --Me surpreendi com essa proposta animada e cheia de expectativas. 
-E para onde vamos? --Minha pergunta repleta de curiosidade fez-me parar quando Michael tentou me puxar.
-Um lugar especial, eu sei que vai gostar. --Só de estar com ele, eu sabia que iria gostar muito, não importava o lugar. 

Minha mão foi puxada mais uma vez, deixei-me ser levada por ele, confiava naquele homem plenamente. O caminho de carro até o tal destino, foi bastante tranquilo e muito familiar. Eu conhecia aquela estrada e já sabia bem onde estávamos indo. 

Nossos olhares cúmplices e os beijos que Michael depositava em minhas mãos vez ou outra, era uma forma de levar-me ao céu várias e várias vezes. Eu estava com o meu homem! 

Quando chegamos confirmei as minhas suspeitas. Estávamos no pico das pedras contemplando a cidade inteira de lá de cima, um cenário romântico, que combinava perfeitamente bem com o meu estado de espírito. 

-Eu amo você! --Ele sussurrou em meus ombros, abraçando-me por trás, causando-me arrepios suscetivos. Eu também o amava, com todo o meu coração. 
-Quando a trouxe para esse lugar meses atrás, sentia-me vazio, com uma vontade imensa de fazer todos os meus sonhos se realizarem. Eu queria me sentir vivo de novo, ter um amor ao qual fizesse-me completo. --Prestava atenção em cada palavra que saia de sua boca, com a emoção à flor da pele, enchendo meus olhos de lágrimas. Michael deixou de olhar a vista virando-se a mim. -Acho que encontrei, exatamente o que queria. --Mordi meus lábios, sentindo a primeira lágrimas escorrer quentes dos meus olhos. 

Michael ajoelhou-se diante de mim, beijando demoradamente profundo meu ventre, dando carinho ao nosso filho com amor que abalou as minha estruturas. Eu estava sonhando! Só podia ser. 

Ele levantou-se pelo meu corpo, tomando minha boca de novo com intensidade. Sua língua invadiu minha boca com tanta fome, que tive uma certa dificuldade de acompanhar o seu ritmo de início, mas depois, tudo que compartilhamos foi o amor e o desejo que começava a acender dentro de nós como chamas. 

Meu corpo foi encostado no carro, e seu imprensou em mim. Me sentia excitada, morrendo de vontade do meu homem, querendo o mais rápido possível senti-lo dentro de mim. Selando o nosso amor, tomando seu lugar de direito, atacando-me com vontade, com luxúria e possessão. Eu o queria inteiro e no fundo, tocando minha alma se assim fosse possível, e eu sei que era.

Nos despimos com cuidado, admirando uma ao outro, beijando um ao outro. Entorpecida, fechei os meus olhos, deixando Michael fazer comigo o que bem entendesse. Seus lábios percorreram desde meu ventre nu até os meus seios, que demorou demasiadamente obstinados a chupa-los, adora-lo com sua língua e lábios. Era tão bom, que eu me sentia arrebatada, meus pés flutuavam como se eu estivesse voando. 

Acarinhei seu peito definido com os dedos, tocando o meu homem, deslizando devagar até chegar em seu membro rijo e crescido. Tocar o meu homem de novo era uma vitória para mim. Era como eu dissesse a mim mesma o quanto ele é meu e de mais ninguém. Alisei-o com as mãos fechadas, em um vai e vem lento e prazeroso tanto para ele como para mim. Seus gemidos mostrava-me o quanto estava sendo bom. 

Ele segurou minha coxa, levantando-a à altura dos seus quadris, enterrando em mim com tudo. Suspirei um gemido, sentindo-o entrar e sair com cuidado, em um vai e vem intenso, mas cuidadoso. Abracei o seu pescoço, aconchegando-me em seu ombro, enlouquecida com suas arremetidas intensas. 

-Oh meu amor! --O pau do meu homem era delicioso, sua potência tocando-me em pontos sensíveis, esfregando em meus nervoso erógenos, levava-me ao êxtase. -Amor! --Gemi alto, sentindo o orgasmo quase lá. 

Sentei-me no capô abrindo minhas pernas o máximo que pude, Michael veio com tudo, entrando e saindo rapidamente. Minhas unhas arranhavam sua pele, o suor em sua testa, sua boca entre aberta e seus gemidos constante, fazia-me saber o quanto Michael também estava quase lá. 

Os movimentos ficavam mais rápidos, as arremetidas com mais firmeza, rigidamente deliciosas. Meus gritos aumentavam, junto com a força que eu aperta sua pele. Com os meus olhos fechados, e uma onda de prazer reverberando dentro de mim, senti o orgasmo atingir-me sem aviso prévio. O líquido quente de Michael invadiu-me com violência, encharcando-me por dentro.

(...)

Michael e eu nos deitamos no capô do carro, eu com a cabeça em seu peito, bem abraçadinhos. Nossos dedos estavam entrelaçados um no outro como um simbolo de reconciliação. Senti um beijo cálido na minha testa. Eu me sentia tão feliz naquele momento, era como voltar de novo para casa. Estava de volta ao meu mundo, nos braços do homem que eu amo. Nunca me senti tão segura em toda a minha vida.

-Eu quero me casar com você, meu anjo. Eu preciso que isso aconteça. --Sorri com ternura pela vontade que ele demostrou ter com o nosso futuro. Eu também precisava que isso acontecesse. 
-E vamos sim, meu amor. Eu também preciso me casar com você. --Ele ofereceu sua boca para que eu pudesse beija-lo e eu fiz de bom grado.

Era como ressuscitar, ter de volta tudo que perdi Um recomeço.

-Rose! --Michael e eu chegamos em casa e eu já fui gritando a minha amiga, que apareceu eufórica pela sala.
-Nina! Meu Deus você voltou. --Me joguei nos braços dela, sendo recepcionada com carinho. 
-Eu não podia ficar longe muito tempo. Eu amo esse homem. --Olhei para Michael que estava com o sorriso mais lindo nos lábios. 
-Viu só? Eu disse que a encontraria por mim mesmo. --Sorrimos. 

Estávamos felizes e eu não podia perder essa parte maravilhosa da minha vida. 





Capítulo 23






Eu precisava buscar as minhas coisas na casa de Andrew, precisava ter uma conversa com ele sobre minha volta para casa e, principalmente, a minha volta com Michael. Eu sabia que Andrew ficaria chateado comigo, mas eu não podia fazer muita coisa. Não desprezava o seu amor, mas também definitivamente não podia correspondê-lo. 

-Andrew? --O chamei assim que entrei dentro da casa. Ele caminhou em minha direção com a expressão tristonha.

Apertava o meu coração saber que meu amigo, ao qual me ajudou esse tempo todo estava triste e por minha causa. Só queria que ele não tivesse esse sentimento por mim, porque penso o quanto deve ser ruim amar e não ser amado. Só de pensar que poderia ter acontecido com Michael e eu, me dá um aperto no coração. Se ele não me correspondesse talvez eu estaria infeliz agora. 

-Vim pegar as minhas coisas. --Fiquei sem jeito, caminhando até o quarto onde dormi. 

Andrew não disse nada, apenas me observava arrumar tudo dentro de uma sacola. Eu também evitei ao máximo dizer alguma coisa, estava muito envergonhada pela situação onde chegou. 

-Obrigada, Andrew. Por tudo. --Um sorrio despontou no canto da minha boca, quando coloquei a bolsa no ombro pronta para ir embora.
-Vai voltar pra ele? --Senti uma pontada no peito, pela sua pergunta magoada. 
-Eu o amo. Estou esperando um filho dele. --Ele assentiu rigidamente. -Eu sinto muito, não queria que as coisas chegassem aonde chegou. Eu gosto muito de você, mas não desse jeito. --Assentiu de novo. 
-Não dá pra competir com um homem como Michael Jackson. --Ele suspirou.
-Andrew, não fala assim. 
-Tudo bem. --Levantou as mãos em rendição. -Só espero que ele te faça feliz, ou eu acabo com a raça dele. --Me permitir sorrir. Caminhei até ele, o abraçando com força. 
-Obrigada por cuidar de mim, Andrew. Obrigada pelo seu carinho. Espero que possamos continuar com a nossa amizade. 
-Eu não conseguiria ficar muito tempo longe de você. --Sorrimos. 
-Nem eu. 

Nos abraçamos de novo, e era como um alívio saber que não havia mudado nada entre nós dois. Andrew esteve ao meu lado quando eu mais precisei, me deu abrigo e palavras de conforto. Era uma das pessoas mais importantes para mim.



Algumas meses haviam passado, e meu casamento com Michael já tinha uma data marcada. Eu estava tão animada que não via a hora de me tornar definitivamente mulher do homem que eu amo. 
Minha barriga de três meses já era visível, e eu me derretia toda com o pai coruja que eu havia arrumado para o meu filho. Michael era um pai perfeito desde então. Eu tinha o amor dele, o apoio dele, e principalmente o cuidado dele. 

Mas ainda as coisas não estavam certas. Esther estava distante de tudo, a mãe do meu noivo me odiava e eu não entendia até hoje o porquê. Não podia ser só pelo fato de eu ser uma empregada. Parece que eu havia tirado o seu filho. Era como se eu fosse uma influência natural para afastá-lo dela.

Os meus valores eram os mesmo de Michael, eu gostava das mesma coisas que ele. Pensava sobre o mundo de uma forma diferente do que só luxo e dinheiro, coisa que Esther era completamente adepta. Talvez meu envolvimento com o seu filho o tiraria de uma vez por todas dos seus ideias. Só agora consegui entender, mas eu não queria que nossa família fosse assim, todos divididos. Eu precisava ir atrás de uma chance. 

Respirei fundo ao tocar a campainha na casa de Esther. Eu precisava de uma vez por todas ter coragem de enfrentá-la. Arrancar todo medo que eu tinha em enfrentá-la, olhar em seus olhos e dizer que aquela briga precisava acabar. 

-Olá Esther! --Tingi meu rosto de uma seriedade glacial e a cumprimentei assim que atendeu a porta. 

Seu olhar gélido e impassível me encarava roendo todo o meu corpo, mas não me intimidei, não desta vez. 

-Precisamos conversar, e eu não vou sair daqui sem antes dizer o que eu quero! --Tentei parecer a mais determinada possível, esperando uma torrente de xingamentos vindo dela, mas me surpreendi quando em um gesto de mão, mandou que eu entrasse. 

Esther veio me seguindo, até que eu parasse no centro da sala. Abri a minha bolsa capturando de lá o convite do meu casamento. 

-Você está convidada para o meu casamento com Michael. --Como Esther não pegou o convite, coloquei-o na mesinha de centro. 
-Você venceu, não é? --Pela primeira vez ela disse alguma coisa.
-O amor venceu, Esther. O amor que Michael e eu sentimos um pelo outro. Nunca se tratou de uma competição, e sim de sentimentos. --Ela soltou um riso irônico.
-Faça-me o favor? Quanto tempo você acha que esse amor vai durar? Alguns breves anos? Ele vai olhar para trás e vai enxergar a besteira que ele fez, casando-se com uma mulher ao qual depende da fortuna dele pra sobreviver. --Franzi a testa. Era como se ela dissesse com base no que já havia visto antes. 
-Foi assim com o pai do Michael? --Ela desviu o olhar de mim, bastante incomodada. Foi aí que lembrei de quando Michael disse que a fortuna que ele deixou não incluía nada para Esther. Senti um baque no estômago.
-Não somos tão diferentes a final, Nina. Ambos teremos o mesmo fim, com os nossos filhos nos sustentando. --Passei a mão na minha barriga, assim que ela lançou um olhar rude para a mesma. 
-O Michael não será assim! --Ergui minha cabeça. -O que temos vai além de tudo isso, Esther. Eu não quero o dinheiro dele, mesmo que não desse certo por algum motivo, só que passamos até então será o suficiente pra mim, porque eu sei que nos amamos profundamente. --Ela maneei a cabeça, parecendo conformada. 
-Espero que tenha razão. 
-E eu espero que vá ao casamento do seu filho. Não precisa ser por mim, mas por ele, eu sei que você o ama. Não seria legal manter essa distância por causa das escolhas dele. --Ela não me respondeu, obrigando-me a ir embora depois de um aceno de cabeça. 

Tentei fazer a minha parte, pelo menos eu estava querendo, de coração, uma trégua. Se Esther não pensa assim, eu já não posso fazer nada.

(...)

Dia do casamento

Eu nunca me senti tão radiante em toda a minha vida. Meu vestido de noiva era de personalidade própria, todo em renda transparente com um desenho de borboletas e uma vestido curto tomara-que-caia como roupa de baixo. O meu príncipe estava tão feliz que até eu me perguntava se ele estava mesmo casando-se comigo. 

A festa de casamento foi no mesmo lugar da cerimônia, em uma praia quase ao pôr-do-sol. Michael e eu estávamos sendo incitados pelos convidados a estourar o champanhe. Fizemos isso ao mesmo tempo, molhando as nossas roupas. Eu não conseguia parar de rir, não conseguia para de admirar a minha aliança de espessura grossa indicando que eu era daquele homem pelo resto da minha vida. 

Olhei ao longe, bem perto de uma árvore a poucos metros dali. Esther Jackson estava de braços cruzados, encarando-nos. Senti meu coração saltar de alegria, mas apenas esbocei um sorriso leve em sua direção.
Cutuquei Michael ao meu lado, apontando na direção da mãe. Trocamos olhares cúmplices de satisfação, e continuávamos a nossa alegria. 

Talvez um dia Esther, Michael, nosso filho e eu possamos ser uma família normal. Mas por enquanto eu prefiro dizer que as coisas estavam indo conforme o planejado. Eu estava em paz, meu marido estava em paz e ansiosa pelo nascimento do nosso filho.

1 ano depois

Quando me disseram sobre ser mãe eu sabia que era uma das mais belas coisas do mundo. Mas ao segurar o pequeno Mike no colo aquela sensação só aumentou. Aquela emoção era palpável, era real e estava acontecendo conosco. Nem precisa dizer o quanto Michael era um babão, porque antes mesmo do seu nascimento, ele já dava sinais de como seria com o filho, acho que só piorou. Amo demais os dois homens da minha vida, era como ter dois protetores pelo resto da vida. Minhas inseguranças sumiram, e eu tive coragem de ser quem eu era, sem medo do que pudessem falar.

Me tornei uma grande escritora, e tinha minha própria independência. Mas não posso negar que o fato de ser mulher de Michael Jackson, não me abriu grandes portas, porque estria mentindo. Acho que era o preço a pagar por se envolver com homens ricos, porém o amor que emanava em nossas vidas eram muito maior do que dinheiro e posição social, era verdadeiro. 




FIM

















































108 comentários:

  1. Já to vendo que essa fanfic vai terminar de um jeito triste :( preparando o heart

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  2. Já to vendo que essa fanfic vai terminar de um jeito triste :( preparando o heart

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  3. - Aii..mais uma fic pra mim chorar..rs♥

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  4. Ja estou muito ansiosa, Tay. Espero nao chorar horrores com ela! :3

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  5. Olá suas lindas! Obrigada por já estarem aqui. Segunda chego com a estreia.
    Sinopse atualizada <3

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  6. Lindo... Amei
    Esperando ansiosamente <3

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  7. Aguardo ansiosamente.
    Espero que a fanfic não seja muito dramática.

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  8. Quais dias da semana você vai postar?

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  9. Uii cheguei com a estreia pra vocês \o
    Obrigada por já estarem aqui. Vamos conhecer esta história romântica *-*

    Os dias de postagens são: Segunda, quarta e sexta :3

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  10. Acho que o Mike não achou ela desajeitada não..!!! continua já estou amando Tay

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  11. Estou adorando continua ha vai postar todos os dias ?

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  12. Estou adorando continua ha vai postar todos os dias ?

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  13. Hahaha, amei como ele se viram pela primeira vez :) ja estou shipando esses dois juntos *-*

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  14. Olá meninas, cheguei com mais \o/
    Obrigada pelos coments de vc
    Vamos lá <3

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  15. Mano, ela ja ta doidinha pelo Michael hahaha. Mas Tay, pq voce so posta um capítulo? :(

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  16. Eu não to AGUENTANDO esse capítulo gente ela já TA caidinha e ele também nas altas provocações, to amando continua please

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  17. Eu não to AGUENTANDO esse capítulo gente ela já TA caidinha e ele também nas altas provocações, to amando continua please

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  18. Cheguei com mais amores \o/
    Obrigada pelos coments de vocês <3

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  19. Mentira que o Michael fez isso com a bixinha :( continua, Tay <3

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  20. SENHOR DOS ANÉIS, AJUDA AQUI. O que foi isso? Ele deixou mesmo ela com vontade e foi embora com a ereção? Não acredito. VOLTA AGORA MICHAEL. Continua por favor

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  21. SENHOR DOS ANÉIS, AJUDA AQUI. O que foi isso? Ele deixou mesmo ela com vontade e foi embora com a ereção? Não acredito. VOLTA AGORA MICHAEL. Continua por favor

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  22. Nossa! Ah o mike não fez isso com a nina né! :( Continua

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  23. POXAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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  24. Cheguei com mais \o/
    Obrigada pelos coments de vocês.
    Acham mesmo que Michael deixou Nina no vácuo, acho que não, hein. Veremos

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  25. Em Em! Que bonitinho esse dois *-* Continua, Tay!

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  26. G-zuiss oq foi isso??? Amei...continuaaaaa

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  27. Coontinuaa!! tô amandoo essa fanfic!! ^_^

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  28. Cheguei com mais \o/
    Obrigada pelos coments suas lindas *-*

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  29. Como ela é direta né?! Tô amando, Tay. :3

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  30. Carambaaaaaaa continua Tay .... Continuaaaaaa pelo amor de Deus ... Necessito de mais *-*

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  31. Cade voce Tay ??? Posta logo mulher!

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  32. Oi oi oi oi Cheguei \o/
    Gente desculpa a demora, eu fiquei enrolada com uma porção de coisas, mas cheguei e vou postar dois caps. Obrigada pelos cometes <3

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  33. Eita eita ... Ferrou-se ... Continua Tay ❤

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  34. Vou torcer para que esse casal fique juntos e tenham aquele final felizes para sempre

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  35. Cheguei com mais, amore.
    Obrigada peloos coments *-*
    Vamos ver a treta kkkk

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  36. Ai , probrezinha da Nina , continua!

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  37. A mãe do Michael é um monstro e a Barbara também! Continua, Tay.

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  38. Muie que cap foi esse .. Nam... Essa mãe do Michael é um monstro ... Tadinha da Nina :(
    Continua ❤

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  39. Com uma mãe dessas ng precisa de inimigo! Continuaa

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  40. tadinha da nina mas ela tbm tem que bater boca com a velha e a vagabunda e tem que parar de fazer a linha maria do bairro, santinha, tomara que ela mande todos pro inferno e continue com o mike! ....me excedi kkkkk continua!! <3

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  41. Cheguei com mais \o
    Obrigada pelos comentes <3

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  42. Tay quando você posta os novos capitulos ? ♥♥♥

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  43. O Michael e a Nina são um casal perfeito! Continua, Tay.

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  44. Esses dois juntos e sozinhos, meu Deus hein :3 deu ate calor aqui kkk
    Continua Tay *-*

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  45. Olá meninas! Obrigada pelos coments de vocês. Estou muito feliz que estejam aqui.
    Desculpa a demora de postar, mas é que estou sem tempo ultimamente. Estou escrevendo um livro que me dá mais trabalho do que qualquer outra coisa :p
    Mas em fim, estou aqui. Obrigada.

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  46. NAAAAAAOOOO NINAAA NAOOOO FAZ ISSO, MANO ESSA MÃE DO MJ É MUITO PUTAAAAAAAAA VOU MATAR ELA �� Amei o capítulo, parabéns você escreve muito bem, aguardando ansiosamente por quarta �� Continua logo, amei o cap ❤️❤️

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  47. Cara, não acredito que a Nina vai fazer isso. Se ela deixar o Michael eu vou dar na cara dela! Continua, Tay!

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  48. Nãoo Nina!! n acredito que ela vai fazer isso , continua!

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  49. Este comentário foi removido pelo autor.

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  50. Se Nina fizer isso ela vai ser idiota, ela tem q lutar pelo boffe maravilha q o Michael é..não dar ouvidos pra essa mãe do Michael!! CONTINUAAAA

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  51. Minha maninha do céu, esse Michael é um sonho ! Dá ele pra mim que eu quero ! e não tô nem aí pra escrotiane da mãe dele u.u kkkkkkk
    (Tay, não faça isso com meu heart, não me mande pra rehab depois de me causar um ataque cardiaco, mulher, continue !)

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  52. amo a fic mas a nina é muito mosca morta MAS CONTINUA eu atualizo a pagina de 10 em 10 min pra ver se tem cap novo

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  53. Oiii suas lindas!!! Obrigada pelo carinho <3
    Será que a Nina vai desistir mesmo do Michael? Veremos mais um pouco desse casal
    Obrigada, obrigada e obrigada.

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  54. Ja imaginava que a Nina não ia ter coragem de deixar Michael. Continua, Tay!

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  55. Aaaaaaaaah chorei quando o Michael se ajoelhou e pediu para ela ficar ... Que lindo, meu Deus :') continua Tay ❤

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  56. Entrega essas cenas de sexo escritas pra galera do pornô que irá fazer mó sucesso.

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  57. To amandoooo!! Q liindoo , o mike se ajoelhou pra ela ficar!! ^_^ Continuaa

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  58. Olá linda! Vim com mais 2 caps para vocês
    Obrigada pelos coments, viu? <3

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  59. Aaaaah Tay volta aqui, volta aqui e continua essa estória pelo amor de Deus *-----* necessito ❤

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  60. Q lindoss!!!! Tomara q a bruxa da mãe do Michael não faça nada contra Nina....continuaaa

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  61. Olá meninas! Obrigada pelos coments <3
    Vamos com mais dois caps pra vocês <3

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  62. E mais uma vez essas duas víboras estragam tudo ... Nam :'(
    Continua, Tay ❤

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  63. Eu sabia q elas iriam aprontar! Continuaaa

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  64. Olá meninas, cheguei com mais \o
    obrigada pelos coments *-*

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  65. Ai meu deus! Ela ta grávida :D e isso acontece ... continua

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  66. Que odioooioooo dessa Bárbara... Meu Deus, que mulherzinha ridícula ..
    Continua, Tay *-*

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  67. Tem q ter explicação! Barbara é uma idiota...Continua...

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  68. Ja tou vendo que foi tudo uma armaçao da Barbara, essa louca! Continua Tay!

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  69. Olá amores!! Cheguei com mais pra vocês
    Obrigada pelos coments.
    Vamos ver o que aconteceu e o que Barbara arrumou.

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  70. Nossa senhora, essa Esther é o demônio mesmo ... A muie esta em todo lugar, infernizando a vida da Nina -_-
    Continua, Tay ❤

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  71. Meu Deus, o que sera que a louca da mae do Michael vai fazer com a Nina? Continua, Tay!

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  72. Olá meninas cheguei com mais pra vocês *-*
    Obrigada pelos coments.
    Quando eu voltar será para postar os últimos capítulos, viu? obrigada.

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  73. Que bom que se entenderam :3 pena que a fic ja vai Acabar :(

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  74. "Olhei para sua face, para ter certeza de que eu não estava sonhando, tomei sua boca para mim ao mesmo tempo que ele tinha a intensão de tomar os meus. Beijar o homem que amo com toda força e saudade com que eu beijava, transmitia-me paz, conforto e além de tudo, pude comprovar que éramos sim feitos um para o outro."
    Aaaaaaaaaawwwwwwwwn ❤❤

    Muie que capitulo foi esse... Ain meu coração... Lindo demais ❤
    Continuaaaaaaa

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  75. Olá genteeeeee
    Cheguei com o final da fic *-*
    Queria agradecer a todos que estiveram aqui comigo
    acompanhando e comentando. Confesso que essa não foi uma das
    minhas melhores escritas, mas tá valendo *-*
    Obrigada de coração por tudo.
    Eu disse que Quarta seria a estreia, mas estou de mudança (sim de novo kkk)
    Talvez eu não esteja aqui, mas acho que vou estar sim.
    De qualquer forma, espero vocês em Aprendendo a Viver *-*

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  76. Mais uma linda fic terminada! Parabéns Tay!!! E vamos para "Aprendendo a Viver"..

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  77. Uau esse final foi ... Nem sei qual palavra colocar, para defini-lo ... Vou escrever perfeito, mas não chega nem aos pés desse final ... Pena que acabou :( .. Mas tem "Aprendendo a Viver" que com certeza vou acompanhar ... Parabéns Tay ❤

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  78. Adorei muito bom essa fic nunca irei esquecer quer dizer Tay todas as suas fanfics nunca irei esquecer

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  79. Adorei muito bom essa fic nunca irei esquecer quer dizer Tay todas as suas fanfics nunca irei esquecer

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  80. Fanfic perfeita parabéns tay, flor eu preciso da sua ajuda, vc poderia entrar em contato cmg? Desde já obrigada 11 948047057 bjsss

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  81. Ótima história, eu curti muito parabéns 😘😉

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